Segunda, 29 Abril 2024 | Login

O policiamento na Vasco da Gama precisou ser reforçado nesta sexta-feira (03), após uma troca de tiros entre policiais militares e homens armados, ocorrida no Alto do Canjira, na região da Vasco da Gama, na quinta-feira (02), resultar na morte de quatro suspeitos e no ferimento de uma adolescente de 14 anos.

Tudo começou na quinta-feira, quando guarnições da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT)/ Rondesp Atlântico, receberam uma denúncia de que um grupo de homens armados se preparavam para cometer crimes na festa de Iemanjá, no Rio Vermelho.

Segundo a Polícia Militar (PM-Ba), ao chegar no Alto da Canjira, os PMs se depararam com um grupo de indivíduos armados. Os suspeitos então efetuaram disparos contra os policiais, que revidaram, e a troca de tiros começou.

Ainda conforme versão da PM, no final da ação, os policiais encontraram quatro homens feridos no chão. Todos eles foram encaminhados para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiram aos ferimentos e morreram na unidade de saúde.

Não há detalhes sobre como a adolescente foi ferida. A Polícia Militar apenas confirmou que uma quinta pessoa deu entrada no HGE e sugeriu que a reportagem entrasse em contato com a Polícia Civil (PC-Ba). Já a PC, indicou que a informação fosse buscada com a PM.

Segundo o G1, a adolescente, que não foi identificada, tem 14 anos e foi baleada após a troca de tiros entre os policiais militares e os homens armados, no Alto do Canjira.

Líder do tráfico

Um dos homens mortos é apontado pela PM como o líder do tráfico de drogas, no Alto do Canjira. Ainda segundo a PM, os outros rapazes também são acusados de terem praticado um homicídio no dia 26 de janeiro, na localidade onde foram flagrados. Além de sequestro e roubos utilizando o aplicativo de vendas, na região da Santa Madalena.

Nenhum dos homens teve a identidade revelada. Com eles foram encontradas uma metralhadora e três revólveres calibre 38 e drogas. Todo o material apreendido foi encaminhado para a Corregedoria Geral da Polícia Militar, onde a ocorrência foi registrada.

“Estamos atentos e com ações focadas contra a criminalidade. Seguimos com o policiamento reforçado para garantir a tranquilidade da população”, ressaltou, em nota, o major Valdino, comandante da Rondesp Atlântico.

 

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A Polícia Militar, por meio da Operação Gêmeos, tem intensificado o policiamento durante a madrugada com a operação Ronda Noturna, para oferecer mais segurança a cobradores e motoristas dos coletivos da capital baiana no trajeto até a chegada nas empresas de ônibus.

Com início por volta das 3 horas, como ocorreu na madrugada desta sexta-feira (27), Ronda Noturna acompanha aproximadamente 50 roteiros por onde passam diariamente os trabalhadores do transporte público com o acompanhamento de equipes da Operação Gêmeos.

A unidade da PM é responsável por coibir os roubos a coletivos através de abordagens preventivas a pessoas, em pontos de ônibus e no interior dos coletivos. As ações ostensivas também contam com o apoio de unidades convencionais e outras especializadas da Polícia Militar.

Redução - A PM registrou na primeira quinzena deste ano a redução de 23,5% nesta modalidade de crime em comparação ao mesmo período do ano passado, que já havia registrado uma redução de 35,5 % dessas ocorrências em comparação com 2021.

“Como resultado da intensificação do policiamento, chegamos a registrar quatro prisões de envolvidos nos crimes contra coletivos em menos de 24 horas. Além de todo o esforço operacional diário para atender a frota de mais de 1.800 ônibus convencionais, temos ampliado as ações para alcançar os diferentes modais da capital, a exemplo do novo BRT, e fortalecendo parcerias com a vigilância do Sindicato dos Rodoviários e imprensa”, destaca o comandante da Operação Gêmeos, major Valnei.

“O patrulhamento com motocicletas em determinadas avenidas de Salvador, o uso de novas ferramentas tecnológicas, a implantação da Ronda Noturna e o emprego das Companhias Independentes, dos Comandos Regionais (capital e RMS) e do Comando de Policiamento Especializado, com a Operação Septem, tem sido os principais fatores que contribuíram para essa redução”, acrescenta o oficial.

A capital baiana possui uma frota de 1.836 ônibus das três empresas operadoras, 429 linhas, 3.662 pontos de ônibus e a média de quilômetros rodados ao mês chega a aproximadamente 8,5 milhões.

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Na manhã desta sexta-feira (27), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que os assassinatos contra as dez pessoas da família da cabeleireira Elizamar da Silva, de 39 anos, aconteceram por causa de terras em que morava parte da família.

Segundo o delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá, a motivação do grupo — formado por Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Fabrício Silva Canhedo e Carlomam dos Santos Nogueira — era a chácara, avaliada em R$ 2 milhões.

No terreno, moravam Marcos Antônio Lopes de Oliveira, Renata Juliene Belchior e Gabriela Belchior. Eles eram sogro, sogra e cunha da cabeleireira, respectivamente. Gideon e Horácio também moravam no local, a convite de Marcos, segundo a Polícia Civil.

As investigações apontam que o planejamento dos crimes começou em 28 de dezembro do ano passado. Além do terreno, o grupo queria R$ 200 mil obtidos por Cláudia Regina Marques de Oliveira —ex-mulher de Marcos Antônio — com a venda de uma casa.

Membros da família também foram obrigados a passar dados pessoais sobre contas bancárias e cartões de crédito para os criminosos, durante o período que estiveram em cativeiro, segundo os investigadores.

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Um caso de abuso sexual em que a vítima é sobrinha do agressor deixou a população de 15 mil habitantes do distrito de Humildes, em Feira de Santana, horrorizada nesta semana. Pelo menos dois vídeos que mostram uma jovem de 19 anos sendo agredida sexualmente circularam em grupos de mensagens. A revolta foi tanta que populares incendiaram a casa dos tios da vítima na tarde de terça-feira (24). Os dois fugiram e são procurados pela Polícia Civil.

Em um dos vídeos que a reportagem teve acesso, o tio, de prenome Silvio, aparece nu tentando forçar uma relação sexual com a jovem, que grita e tenta proteger as partes íntimas. O homem então tampa a boca da vítima para abafar o seu pedido de socorro. Ao mesmo tempo, é possível ouvir quem grava as imagens dizer: “Ela vai gostar”.

As informações preliminares dão conta de que quem filmou a agressão é tia da vítima, irmã da mãe da jovem. Em outra gravação, desta vez supostamente feita pelo tio, a vítima aparece coberta apenas por uma toalha. O homem corre até ela e tenta deixá-la nua. Enquanto isso, ela pede aos gritos: “Para aí, fio (sic). Olha a rua, véi (sic)”. Os dois vídeos têm duração de 12 e 11 segundos respectivamente.

Quando populares foram até a casa do suposto agressor e da esposa para incendiar a residência, o casal já não estava mais lá. Procurado, o Corpo de Bombeiros informou que não foi chamado para conter o fogo.

Um outro vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o casal teria fugido de casa. Nas imagens é possível ver um homem e duas mulheres entrando em um carro preto. Aos fundos, vizinhos proferem xingamentos. A Polícia Civil fez o pedido de mandado de prisão e aguarda a decisão da Justiça. Por enquanto, o suspeito é procurado.

Depoimentos

No final da tarde de terça-feira (24), a delegada adjunta da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Feira de Santana, Klaudine Passos, colheu o depoimento da prima e da irmã da vítima. As testemunhas revelaram que os abusos acontecem há cerca de um ano e a prima conta que conseguiu os vídeos através do celular da tia - que teria gravado as imagens.

“Segundo a irmã da vítima, a jovem vem sendo abusada há cerca de um ano. No último domingo, o autor ofereceu para vítima uma quantia de R$ 200 para que ela tivesse relações sexuais com ele”, disse a delegada.

Como forma de ajudar na investigação, a prima passou os vídeos das agressões do celular da tia para o seu próprio. Antes de ouvir o depoimento das parentes, a delegada escutou a vítima, que teria demonstrado um “raciocínio confuso” no depoimento.

“Ela começa a descrever a situação e houve um certo temor em expor o autor e ao mesmo tempo preservar, dizendo que ele deve muitos cartões, que não desejaria que ele fosse preso”, contou Klaudine Passos.

Em nota, a Polícia Civil informou que a Deam de Feira de Santana instaurou inquérito para apurar a denúncia de estupro de vulnerável contra a mulher de 19 anos. Ainda segundo a polícia, a unidade iniciou as diligências após tomar conhecimento de um vídeo e já realizou as primeiras oitivas referentes ao caso.

O termo “vulnerável” é utilizado pela lei quando as vítimas de estupro são menores de 14 anos ou consideradas incapazes de discernir sobre a decisão de consentir com uma relação sexual - como é o caso. A pena para o crime é de reclusão de oito a 30 anos. “Eu, a assistente social e toda a rede entendemos que a idade cronológica dela não é compatível com seu intelecto”, explicou a delegada.

Exames periciais foram requisitados para comprovar a denúncia de estupro. A polícia reforça que detalhes do caso não podem ser divulgados por se tratar de investigação referente a crime contra a dignidade sexual.

Vítima aparece ao lado da tia em vídeo defendendo o suposto agressor

Além dos vídeos que revelam os abusos sexuais e as imagens do casal supostamente fugindo de casa, outra gravação viralizou nas redes sociais. Dessa vez, a esposa de Silvio aparece ao lado da sobrinha e explica que tudo não passou de uma “brincadeira”.

“Está havendo um boato que Silvio estuprou (o nome da vítima), mas ele não estuprou, de jeito nenhum. É porque ele tem uma hérnia em um ovo (sic), essa hérnia é grande, e ela ficou falando que ele tinha uma binguinha (sic) [...] Aí ele pegou e ficou fazendo aquilo, mas foi de brincadeira”, afirma a tia, que chegou a dizer que a vítima usava roupas íntimas no momento do ato.

Em seguida, a jovem aparece sozinha e defende o tio das acusações. “Silvio não me estuprou não, gente, eu sou virgem. Podem fazer exame para comprovar. Tão dizendo que vão matar ele, mas ele é inocente e trabalhador”, diz.

Segundo a delegada do caso, é provável que a vítima tenha sido coagida a fazer a gravação. “A gente acha que houve um envolvimento do tio para que ela gravasse esse vídeo. Talvez com medo de que as pessoas invadissem a casa ou do rapaz ser morto”, afirmou Klaudine Passos. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a jovem e nem com seus familiares.

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Equipes da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca) prenderam um médico em flagrante, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, no imóvel do suspeito, nesta terça-feira (24). No local foram encontradas imagens de pornografia infanto-juvenil em dispositivos eletrônicos, além de uma cartela de drogas sintéticas.

O suspeito é investigado em um inquérito policial do Rio de Janeiro, decorrente de uma prisão em flagrante por estupro de vulnerável, ocorrido naquele estado. No imóvel, localizado em um condomínio, na Avenida Paralela, foram apreendidos notebooks, aparelhos celulares, pen-drivers e outros dispositivos eletrônicos e o entorpecente.

A titular da Dercca, delegada Simone Moutinho, afirma a importância da ação. “Esses materiais são de suma importância para subsidiar as investigações do Rio de Janeiro, como também a identificação de possíveis coautores, além do próprio embasamento da acusação deste suspeito”, avaliou.

Todo material apreendido seguirá para perícia do Departamento de Polícia Técnica (DPT). O suspeito será autuado em flagrante pelo armazenamento das imagens de pornografia infantil e posse de entorpecente.

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O mistério que envolve a morte de pelo menos sete pessoas da mesma família, incluindo três crianças, tem mobilizado investigadores das polícia civis do Distrito Federal, de Goiás e de Minas Gerais, desde 14 de janeiro. Um homem preso por participação nos homicídios acusou Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos, e o filho Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, de 30, também desaparecidos, de arquitetar os assassinatos das mulheres e das crianças. Mas a descoberta do sétimo corpo contraria essa hipótese, segundo o delegado encarregado da investigação.

A polícia suspeita que o crime esteja ligado a R$ 400 mil obtidos pela mulher de Marcos Antônio e mãe de Thiago Gabriel, Renata Juliene Belchior, de 52 anos, com a venda de uma casa em Santa Maria (DF). E a R$ 100 mil de um empréstimo pedido pela mulher de Thiago e nora de Marcos, a cabelereira Elizamar da Silva, de 39 anos.

De 14 a 16 de janeiro, a polícia recebeu denúncias de desaparecimento de dez pessoas, todas da mesma família. Os denunciantes eram dois filhos de Elizamar, que foi assassinada: um rapaz de 24 anos e uma jovem de 18 anos, preocupados com o sumiço da mãe e os demais parentes.

Investigadores descobriram que dois carros com corpos carbonizados haviam sido encontrados em Cristalina (GO) e Unaí (MG) entre os dias 13 e 14, e o veículo achado em Goiás pertencia a Elizamar. Dentro dele, havia quatro corpos: o da cabeleireira e de três filhos — um menino e uma menina, gêmeos, de 6 anos, e um garoto de 7 anos.

O carro achado em Minas estava em nome de Marcos Antônio. Nele, estavam duas vítimas queimadas, que podem ser Renata Juliene, mulher de Marcos, e Gabriela Belchior de Oliveira, de 25 anos, filha do casal.

Uma perícia e o trabalho de reconhecimento no Instituto Médico Legal já confirmaram a identidade de Elizamar e das crianças. E um segundo exame apontou ontem que os cadáveres de Minas eram de duas mulheres. Mas ainda não foi possível confirmar a identidade de Renata e Gabriela.

R$ 10 mil com presos
Com ajuda de imagens de câmeras de segurança e o depoimento de testemunhas, os investigadores prenderam três homens apontados como os executores: Horácio Carlos Ferreira Barbosa, de 49 anos, Gideon Batista de Menezes, de 55, e Fabrício Silva Canhedo, de 34 anos. O último foi detido anteontem e teria sido responsável por vigiar duas das vítimas num cativeiro em Planaltina (DF). Com os suspeitos, foram encontrados R$ 10 mil.

À polícia, Horácio apontou Marcos Antônio e Thiago como mandantes. E também implicou uma mulher identificada como Claudia, que seria amante de Marcos Antônio, e a filha dela, Ana Beatriz. Os três teriam sido contratados por R$ 100 mil.

O assassino confesso afirmou que o plano era atrair Elizamar a um encontro onde ela seria morta. Mas o cenário mudou quando a cabeleireira apareceu acompanhada dos filhos. O avô Marcos Antônio, o pai Thiago, Gideon e Horácio teriam resolvido levá-las a Cristalina. Na cidade goiana, todos foram sufocados e os criminosos atearam fogo no veículo com os corpos dentro, de acordo com Horácio. Ele afirmou que Thiago teria matado um dos filhos.

Renata e Gabriela, segundo contou Horácio aos agentes da 6ª Delegacia do Distrito Federal, teriam sido sequestradas por Marcos Antônio e Thiago e levadas a um cativeiro em Planaltina, onde foram igualmente assassinadas e tiveram os corpos queimados. No local, policiais encontraram dois colchões, aparelhos celulares e fitas usadas para prendê-las. E o corpo de um homem que põe em xeque a versão de Horácio, para o delegado Ricardo Viana.

"Agora, trabalhamos com a tese de que Gideon, Horácio e Fabrício se associaram, subtraindo valores da família e ceifando as vítimas uma a uma. Com a localização desse sétimo corpo, a coautoria fica prejudicada. Os parentes desaparecidos não praticaram o crime juntos e não estavam em conluio com as três pessoas presas", disse o delegado ao site Metrópoles.

Thiago já foi condenado a 1 ano e 4 meses de reclusão, no regime semiaberto, pela posse de veículo furtado e com placas adulteradas, em 2021. “Disse que é mecânico e adquiriu o veículo VW/Gol, um mês antes do fato, de pessoa chamada Igor, no valor de R$ 2.000,00, sem documentação. Usava chave de fenda para ligá-lo, pois a chave que recebeu não funcionava. Sabia que era produto de furto, mas mesmo assim continuou a conduzi-lo. Negou ter conhecimento de que a placa era de outro veículo”, dizem os autos do processo.

"Ela sempre me ajudou e apoiou muito em momentos mais difíceis que enfrentei. Meu amor por ela, pela filha e pelos netos será eterno. Não sei nem explicar a dor que estou sentindo agora, é impossível descrever", disse uma parente de Renata, que pediu para não ser identificada, comentando o choque da família.

Nas redes sociais, Ismael da Silva, irmão de Elizamar, fez uma publicação demonstrando revolta pelas mortes e chegou a acusar Thiago. “Acabamos de chegar do IML e lá estão os quatro corpos da minha irmã, das crianças, e o principal suspeito é esse animal do pai das crianças, que está desaparecido. Tanto ele como o pai dele. Quem tiver informação sobre esse lixo liga para a polícia”, escreveu, depois da identificação dos corpos. “Esses monstros acabaram com a nossa família”, protestou.

As redes sociais revelam um pouco do comportamento dos envolvidos na trama. Thiago demonstrava carinho por seus três filhos mortos. “São minha vida”, escreveu na foto ao lado deles que ilustra um de seus perfis. Em outra imagem de novembro de 2020, Thiago posa ao lado das crianças mais uma vez, segurando um bolo de aniversário. “Essa foto ficou linda, amor”, comentou Elizamar.

No penúltimo dia de 2022, a cabeleireira publicou um comentário que indicava desgaste no relacionamento com Thiago. “Mesmo que eu fosse a melhor pessoa do mundo, não teria sido o bastante, já que você não fazia questão que fosse”, ecreveu. “Triste é você gostar muito de uma pessoa e descobrir que ela é falsa com você”, havia compartilhado antes, em outubro.

Marcos Antônio publicava em sua rede social fotos de vaquejada e de veículos e acessórios de construção. Seu perfil é ilustrado com a frase “Cuidado ao fazer muito pelo ingrato, no final ele diz que não te pediu nada!”.

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Os dois jovens indígenas mortos a tiros, no final da tarde desta terça-feira (17), no extremo sul da Bahia, foram vítimas de disputas envolvendo a demarcação de terras que ocorre na região. Segundo o Cacique Renato Pataxó, o crime foi cometido por pistoleiros contratados por fazendeiros.

Os indígenas Pataxó Nawir Brito de Jesus, 17 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25, foram baleados no distrito de São João do Monte, entre os municípios de Itabela e Itamaraju, segundo a Polícia Civil. Ainda de acordo com o cacique, os jovens são membro da comunidade indígena de Barra Velha, em Porto Seguro.

O cacique ainda confirmou que esteve em uma reunião virtual, realizada nesta quarta (18), com a ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sônia Guajajara e a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joênia Wapichana.

"A minha primeira agenda do dia será com lideranças indígenas do Extremo Sul da Bahia. Acompanharei de perto o que vem acontecendo na região e irei requisitar ação imediata do Estado", escreveu a ministra em publicação nas redes sociais.

Ainda ontem, Guajajara afirmou que já tinha acionado o Ministério da Justiça para enviar a Força Nacional ao local, classificando o crime de "cruel assassinato". "O território Barra Velha aguarda a portaria declaratória", disse.

Já Wapichana informou que pediu que a Funai acompanhe o caso, além solicitar apoio e proteção dos órgãos de segurança. "Da mesma forma, solicitei providências para a garantia e proteção dos povos indígenas dessa região da Bahia e medidas para garantir a justiça que o caso requer."

Segundo o cacique Renato, os indígenas da Aldeia Barra Velha sofrem há tempos com ameaças e perseguição.

"O motivo do crime é a questão da autodemarcação do território. O povo Pataxó vem sofrendo diversos ataques e ameaças desde maio do ano passado", comentou o cacique, citando ainda a morte do jovem indígena Gustavo Conceição da Silva, de 14 anos, vítima de disparos de arma de fogo em setembro do ano passado.

Em nota pública, a Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo sul da Bahia (Finpat) confirmou que os jovens foram alvejados por disparos de arma de fogo, enquanto trafegavam em uma motocicleta, na BR 101, próximo ao Povoado do Montinho, município de Itabela.

"Os indígenas estavam sendo perseguidos por pistoleiros em um veículo Monza Prata, foram derrubados, rendidos e executados com vários tiros, inclusive na cabeça. Os indígenas foram assassinados, na entrada da Fazenda Condessa, uma das retomadas do Povo Pataxó, no Território Indígena Barra Velha, município de Porto Seguro", declara.

"Nas últimas semanas, as lideranças indígenas, preocupadas e temendo por suas vidas e comunidades, vinham denunciando e comunicando a todas as autoridades, a presença de um grande grupo de pistoleiros na Fazenda Brasília, de um proprietário denominado de 'Gaúcho'. Diariamente, pistoleiros fortemente armados com aparato de guerra, faziam ataques a tiros a uma comunidade indígena, localizada na Fazenda Condessa, usando arma de grosso calibre, deixando a casa totalmente perfurada a balas", diz a Finpat.

A Federação ainda esclareceu que os episódios de perseguição foram denunciados, "porém, pouca atenção e providências foram tomadas para conter essas ameaças, muito menos medidas e operações policiais para o desarmamento e prisão de pistoleiros e milícias instaladas nos territórios indígenas". A Federação alega que a Força Tarefa da Polícia Militar, que tem feito rondas em cerca de 20 localidades/retomadas no município de Prado, Itamarajú, Porto Seguro e Itabela, dispunham de poucas condições e pouco efetivo para a cobertura.

Agora, a busca é por intermédio Federal, no objetivo de conter a violência e assassinatos de indígenas. 

Investigações

A Polícia Civil reforçou as equipes no Sul do estado para acelerar a elucidação das mortes dos jovens indígenas. Delegados e investigadores da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Eunápolis) realizam levantamentos e ações de inteligência na região.

As vítimas estavam em uma moto sem placa quando foram baleadas. Equipes das polícias Militar e Rodoviária Federal desde ontem fazem buscas na região.

"Todos os policiais estão em campo levantando informações e buscando possíveis testemunhas, além de imagens. Importante acrescentar que equipes do Grupo Especial de Mediação e Acompanhamento de Conflitos Agrários e Urbanos (Gemacau) da PC estão dando apoio na apuração", explicou o titular da 23ª Coorpin, delegado Moisés Damasceno.

Damasceno acrescentou que informações sobre o caso podem ser enviadas, com total sigilo, através do telefone 181 (Disque Denúncia da SSP).

Histórico de violência

No dia 4 de setembro do ano passado, Gustavo foi morto a tiros em uma fazenda no município de Prado, também no extremo sul da Bahia. Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), o registro é fruto de invasão do Território Indígena (TI) Comexatibá por grupo de pistoleiros, com ao menos cinco homens armados com armas calibre 12, 32, fuzil ponto 40 e bomba de gás lacrimogêneo. No conflito, os invasores ainda alvejaram outro adolescente, com um tiro no braço e outro de raspão.

Secretário de Assuntos Indígenas do Prado, Xawâ Pataxó conta que o grupo de grileiros somava mais de cinco homens em dois carros. A invasão do Território Indígena Comexatibá aconteceu após retomada indígena de terras em 1º de setembro. A situação se acirrou depois da iniciativa de reconquista de territórios originários.

“Muitos indígenas estão com medo, alguns estão em aldeias nos interiores mais próximos à floresta no próprio território e outros estão amedrontados sem poder sair de suas comunidades até para comprar alimento. Estão com dificuldade em comprar alimento porque se [saírem dos territórios] correm risco de ser mortos”, denuncia.

A APIB ainda aponta para a falta de demarcação no território tradicional Pataxó. “Cansados de esperar, no mês de junho de 2022, aconteceu a ocupação pacífica de uma área do território que era explorada pela monocultura de eucalipto. A partir de então, houve vários ataques aos Pataxó [...] mas sem quaisquer providências por parte dos órgãos públicos de segurança”.

Dias após a morte de Gustavo, pistoleiros fizeram duas invasões à comunidade Pataxó Aldeia Nova, no TI Barra Velha, em Porto Seguro. Nos dois casos não houve feridos, já que os indígenas se refugiaram quando as invasões começaram.

“Como a gente não tem arma e viu movimentação estranha, a gente falou com famílias para estar recuando. [Os pistoleiros] derrubaram portas, invadiram casas”, disse o cacique Purinã Pataxó à época. Ele afirma que o objetivo da invasão foi amedrontar a comunidade e assassiná-lo, visto que é o líder na região.

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A ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sônia Guajajara, comentou, nesta quarta-feira (18), a morte de dois indígenas, assassinados a tiros na noite de terça-feira (17), na BR-101, em trecho da cidade de Itabela, no extremo sul da Bahia.

As vítimas foram identificadas como Nawir Brito de Jesus, 17 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25. A ministra disse, nas redes sociais, que teria uma agenda com indígenas Pataxós nesta quarta-feira para discutir o caso e prometeu acompanhar de perto a situação.

A ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sônia Guajajara, comentou, nesta quarta-feira (18), a morte de dois indígenas, assassinados a tiros na noite de terça-feira (17), na BR-101, em trecho da cidade de Itabela, no extremo sul da Bahia.

As vítimas foram identificadas como Nawir Brito de Jesus, 17 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25. A ministra disse, nas redes sociais, que teria uma agenda com indígenas Pataxós nesta quarta-feira para discutir o caso e prometeu acompanhar de perto a situação.

"Os povos indígenas continuam a enfrentar ameaças e a morte por defender seus direitos à terra. Requisitarei ações revigoradas do Estado para trazer justiça ao povo Pataxó pela morte desses dois jovens. Não haverá impunidade", escreveu."

Entenda o caso

De acordo com a polícia, Nawir Brito de Jesus e Samuel Cristiano do Amor Divino foram atingidos pelos tiros, por volta das 17h, no km 787, quando se deslocavam do Povoado de Montinho para uma das fazendas ocupadas por um grupo indígena no processo de retomada feitos pelos povos Pataxós da região extremo sul.

Desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 1° de janeiro, o grupo já ocupou cerca de três fazendas da região.

Testemunhas informaram que os disparos foram feitos por homens em uma motocicleta e as vítimas foram atingidas nas costas.

O caso é investigado pela Delegacia Territorial (DT) de Itabela. Ainda não há informações sobre a autoria e motivação do crime.

A Polícia Civil informou que mais detalhes sobre o crime não podem ser divulgados no momento, para não interferir na investigação.

Após o assassinato, os indígenas fizeram uma manifestação na BR-101, que ficou interditada por cerca de três horas, entre 19h e 22h.

Depois do protesto, o Movimento Indígena da Bahia e a Federação Indígena das Nações Pataxós e Tupinambás do Extremo Sul da Bahia (FINPAT) fizeram pedidos de reforço de segurança aos povos da região, que estão em conflitos com fazendeiros, aos ministérios da Justiça e dos Povos Indígenas, além da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

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O marido e o sogro da cabeleireira Elizamar da Silva, 39 anos, são os suspeitos de encomendar o crime, que terminou com a morte dela, dos três filhos pequenos, da sogra e da cunhada. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), um dos presos por participação no crime contou que o marido dela, Thiago Gabriel Belchior, 30, o contratou por R$ 100 mil.

Até então, Thiago e o pai, Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54, eram tratados como desaparecidos. Agora, a suspeita é que os dois tenham fugido com uma mulher, identificada Cláudia, e a filha dela, Ana Beatriz. Cláudia seria amante de Marcos. Eles ainda são procurados.

No total, seis corpos foram encontrados em dois carros carbonizados, pertencentes aos desaparecidos. No carro igual ao da cabeleireira haviam quatro corpos dentro, que seriam de Elizamar e dos gêmeos Rafael e Rafaela, de 6 anos, e Gabriel, de 7 anos. No carro do sogro de Elizamar foram encontrados dois cadáveres carbonizados, que seriam da esposa dele, Renata Juliene Belchior, 52, e a irmã dele, Gabriela Belchior de Oliveira, 25. Os corpos ainda serão oficialmente identificados.

Dinheiro
Thiago Gabriel teria mandado matar a mulher por conta de uma grande quantidade de dinheiro que ela tinha guardado. O valor não foi divulgado.

Segundo o delegado-chefe da 6ª DP (Paranoá), Ricardo Viana, Thiago teria atraído a esposa à casa do pai, mas quando ela chegou acompanhada dos três filhos, decidiu mudar os planos. Segundo o Metrópoles, os quatro foram amordaçados e levados ao local do crime. Thiago teria tentado acalmar as crianças, mas a situação saiu de controle e ele acabou asfixiando as vítimas.

Um dos presos pelo crime, Gideon Batista de Menezes, 55 anos, foi flagrado por uma câmera de segurança comprando um galão de gasolina. O produto teria sido usado para queimar os veículos com os corpos dentro. Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49 anos, também foi preso pelo crime.

“Ele [Horácio] relatou que o Thiago, junto com Marcos, encomendou ele e o Gideon para que fizessem os crimes. Ele recebeu R$ 100 mil. Apreendemos R$ 15 mil que seria de pagamento”, disse o delegado em coletiva realizada na noite terça-feira (17).

Ainda de acordo com a polícia, o dinheiro usado para pagar os assassinos seria da venda de um terreno da esposa de Marcos, no valor de R$ 400 mil.

Antes de morrer, Renata e a filha foram mantidas em cativeiro. Marcos chegou a se passar por elas, respondendo mensagens com os celulares delas.

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O homem que foi preso por espancar uma idosa até a morte após em Dias D'Ávila, Região Metropolitana de Salvador, estava sendo atendido em uma Unidade de Pronto Atendimento no centro cidade horas antes de cometer o crime.

Na manhã de quinta-feira (12), o homem foi encaminhado para a unidade de saúde após um episódio de surto psicótico. Segundo informações da TV Bahia, ele estava amarrado à maca, mas conseguiu se soltar e escapar da unidade.

O crime aconteceu em um condomínio no bairro Cristo Rei, quando Elisabete Nunes de Oliveira, 68 anos, saiu de casa para levar o lixo. O homem invadiu o condomínio e então a atacou, agredindo a idosa na rua.

A mãe do suspeito alegou que o filho conseguiu se soltar das amarras após se debater muito, quebrou a janela da UPA e arrombou um portão durante a fuga. Em nota, a Prefeitura de Dias D'Ávila afirmou, no entanto, que foi a mãe que afrouxou as amarras e facilitou a fuga. Já a família nega a versão.

"Relatos da equipe de enfermagem que trabalhava no plantão evidenciaram a insatisfação da genitora com as contenções no filho, que pedia, constantemente, para que fossem retiradas. Já na manhã de hoje (quinta), às 06:15h, após receber ajuda da própria mãe para se livrar das contenções, o paciente evadiu da UPA, quebrando uma vidraça e fugindo pelos fundos da unidade. Imediatamente ao perceber a fuga, a equipe técnica acionou as autoridades policiais informando sobre o caso", declarou.

Horas depois da fuga, o homem deu entrada novamente na unidade, ainda em surto, dessa vez trazido pela Polícia Militar, após ter assassinado a idosa e apresentando muitas escoriações pelo corpo.

Custodiado pela Polícia Militar, foi mais uma vez contido e medicado. Por orientação médica, no mesmo dia, ele foi transferido para uma unidade referência, regulado para o Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira, em Salvador.

Surto e incêndio criminoso

A mãe do suspeito contou que o surto do filho começou dias antes do crime. Ela diz que chegou a ser agredida por ele na noite de terça-feira (10). "Pegou uma faca e disse: "se você sair, eu te mato". Aí eu comecei a chamar os vizinhos. "Me acuda, vizinho, me acuda". Aí ele: "cala a boca, cala a boa"". Ela ainda relata ter recebido dois socos e ter sido arrastada do sofá ao chão.

Os vizinhos, após ouvirem os gritos, acionaram a PM, mas o homem acabou fugindo antes dos militares chegarem. Já durante a madrugada de quarta (11) ele voltou para a casa onde vivia com a mãe e ateou fogo no imóvel, fugindo novamente em seguida.

Ele foi encontrado pela PM mais tarde, em uma praça na cidade, durante um episódio de surto, em que estava despido e fazendo atos obscenos. "De imediato nossa guarnição foi ao local, identificou o indivíduo e já acionou o Samu por se tratar de uma pessoa em surto psicótico. Após o atendimento do Samu, foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA)", informou o major Jorge Ramos, comandante da 36ª CIPM.

Na UPA, a mãe do paciente disse que ele estava com mãos e pernas amarradas e que não teve a ajuda que precisava. Sem receber ajuda de enfermeiros ou seguranças, segundo a mãe, o homem conseguiu arrebentar as amarras. Ele acabou sendo capturado novamente apenas após já ter cometido o crime que tirou a vida de Elisabete.

A Prefeitura ainda esclareceu que o paciente em questão possui histórico de atendimento no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) de Dias d'Ávila, tendo seu primeiro atendimento no dia 07 de agosto de 2019, conforme relatórios do órgão. Contudo, seu último contato com profissionais da instituição aconteceu no dia 24 de novembro de 2021.

"Por fim, a Prefeitura de Dias d'Ávila reafirma a correta conduta dos profissionais da Unidade de Pronto Atendimento Lucas Evangelista e lamenta profundamente a morte da idosa na manhã de hoje. Após registro do Boletim de Ocorrência na 25ª Delegacia de Polícia Civil de Dias d'Ávila, a gestão municipal se coloca à disposição das autoridades policiais para
maiores esclarecimentos e contribuição no que for necessário para a conclusão do inquérito", conclui.

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