Quarta, 15 Maio 2024 | Login

O presidente da Câmara de Vereadores de Ibotirama, Jean Charles Alexandre (PSB), e um policial militar foram presos nesta quinta-feira (8) suspeitos de participar da morte de Marcello Leite Fernandes, de 39 anos, executado a tiros dentro do próprio carro na cidade do oeste baiano, em julho desse ano. Um terceiro envolvido conseguiu fugir, e segue sendo procurado. A polícia também cumpre mandados de busca e apreensão em relação ao caso.

Jean Charles, que tem 44 anos, foi o vereador mais votado da cidade em 2020. Ainda não há informação sobre se o político será afastado do cargo. Em 2018, Jean Charles foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo - estava com uma arma ponto 40 de uso restrito da polícia no carro. Na época, o vereador justificou a posse do armamento em virtude das ameaças que vinha sofrendo por causa da proximidade do júri dos asssassinos do seu irmão.

"Durante esses 40 dias de investigação, conseguimos reunir elementos que fundamentaram pedidos de prisões e buscas. Levantamos as informações e identificamos desavenças entre os acusados e a vítima como possível motivação para o crime. As oitivas com os custodiados e a perícia nos materiais apreendidos serão fundamentais para a elucidação do caso", explicou o diretor adjunto do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Oscar Vieira.

A motivação para as rixas que levaram ao crime não foi divulgada pela polícia até agora. Na época, bolsonarisas disseram que Marcello estava com uma camisa de presidente e que haveria teor político no homicídio (veja mais abaixo).

Foram apreendidos com os suspeitos três pistolas, celulares, documentos e computadores, além de peças de motocicletas. Todo o material será encaminhado para a sede do DHPP, em Salvador, e depois seguirá para o Departamento de Polícia Técnica.

Participam da megaoperação intitulada “Petúnia” o DHPP, policiais da Coordenação de Operações Especiais (COE), do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (DIP) e do Departamento de Polícia do Interior (Depin), além da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SI/SSP), do Departamento de Polícia Técnica (DPT), do Ministério Público (MPBA), da Corregedoria da Polícia Militar e do Grupamento Aéreo (Graer) da PM.

Crime
Câmeras de segurança registraram o momento do crime. O caso está sendo investigado pela Delegacia Territorial de Ibotirama, que está ouviu testemunhas.

Segundo testemunhas, ele usava uma camisa com uma estampa do presidente Jair Bolsonaro. O caso gerou repercussão entre os apoiadores do presidente. A pré-candidata a deputada federal pelo Republicanos, a deputada estadual Talita Oliveira apresentou, nesta terça-feira (26), uma Moção de Pesar na Assembleia Legislativa da Bahia pelo assassinato do bolsonarista.

“Dia triste para Ibotirama. Marcello não tinha nenhum tipo de envolvimento com práticas criminais, sendo assim, não existem outros motivos aparentes para uma execução em praça pública a não ser divergência política”, continua Talita.

O pré-candidato a deputado federal André Porciuncula postou um vídeo sobre o crime e cobrou uma posição do governo.

 

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As horas após o assassinato do empresário Victor Gutemberg Bezerra Ramos, 29, no Catussaba Resort, em Itapuã, nesta quinta-feira (25), foram de horror. Depois do tiroteio - que ocorreu por volta das 11h da manhã -, policiais militares da 15ª CIPM isolaram o local e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou que a vítima não resistiu aos ferimentos. Turistas contam que ficaram proibidos de sair do local e, os que estavam na faixa de areia da praia privativa, só puderam retornar aos quartos depois que o corpo foi removido da piscina, onde aconteceu o crime.

Um casal paulista que chegou na quarta-feira (24), pela primeira vez na Bahia, afirma que não tem intenção de voltar ao estado após o episódio. O homem e a mulher estavam na praia quando o assassinato aconteceu. “A gente estava próximo, podia ter acertado qualquer pessoa que estava aqui, inclusive nós. Reservamos um lugar com valor mais alto com teoricamente mais segurança e acabou sendo inseguro. A gente podia ter sido alvejado”, recorda o homem, que pediu anonimato pois chegou a ver o suposto assassino saindo do hotel pelo portão de acesso com a praia.

"Nunca esperei passar por algo assim", declara o turista argentino Pablo Gamboa, que estava no hotel na hora do crime. Ele conta que ouviu de sete a oito disparos.

Duas turistas argentinas, que pediram para não serem identificadas, contam que a primeira vez na Bahia foi marcada por uma tragédia. As duas vieram passar férias no estado e estavam fora do resort quando o episódio aconteceu. “Já estivemos no Ceará, Natal, Maceió, aqui é a primeira vez e a primeira vez que acontece uma situação dessa. Dá sensação de perigo, o hotel não é seguro", declarou uma.

O Catussaba Resort está localizado entre as praias de Stella Maris e Itapuã, ao lado de pontos turísticos como o Farol de Itapuã, a Lagoa do Abaeté e o Largo de Cira do Acarajé. A estrutura consiste em quatro piscinas interligadas e acesso à praia.

Em nota, o hotel se posicionou sobre o crime.

Confira:

O Catussaba Resort Hotel vem informar ao público que na manhã deste dia 25 de agosto houve um fato lamentável e sem precedentes em suas dependências: um hóspede foi baleado por uma pessoa ainda não identificada. Esta foi a única vítima, destacando que até o momento não foram identificados quaisquer atentados contra o patrimônio da vítima nem contra a vida e patrimônio de nenhuma outra pessoa.

O Hotel desprendeu todo o esforço possível para prestar os cuidados médicos necessários, tendo sido imediatamente contatada empresa médica que dispõe de ambulância estacionada vizinha ao seu imóvel, assim como também chamou a polícia para alertar a ocorrência do crime. Ambas agiram com a prontidão possível, estando no estabelecimento em poucos minutos.

Ademais, destaca-se que ao longo de suas quase três décadas de funcionamento o Hotel nunca antes foi local de evento desta natureza. De fato, o empreendimento sempre prezou pelo máximo de cuidado e sempre zelou por dar segurança aos seus hóspedes e colaboradores, distribuindo diversos profissionais treinados para vigiar e assegurar todos que adentram no empreendimento.

Enfim, o Hotel desde o primeiro momento se disponibilizou e já colabora de forma mais ampla possível com as autoridades públicas buscando contribuir para a identificação célere dos responsáveis pelo fato.

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Morreu, na madrugada desta segunda-feira (22), a quarta vítima do ataque a um bar na cidade de Eunápolis, no extremo sul da Bahia. O atentado foi cometido na madrugada de sábado (20). Uma pessoa segue internada em hospital.

A quarta vítima é a Joceli Assunção da Silva, que ainda não teve idade divulgada. Ela estava em estado grave no Hospital Regional de Eunápolis, chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu. Na mesma unidade segue hospitalizada Maria do Amparo Santos de Jesus.

Três pessoas morreram ainda no sábado (20). As vítimas foram identificadas como Roseane dos Santos Pereira, de 31 anos, Leonardo Salgado Gonçalves, de 34, e André Henrique de Jesus Reis, de 26. Segundo a Polícia Civil, André havia saído do sistema prisional, onde cumpriu pena por tráfico de drogas.

O crime está sendo investigado pela Delegacia Territorial de Eunápolis.

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Uma mega operação foi deflagrada em Salvador e Região Metropolitana na manhã desta quinta-feira (18). Mais de 130 policiais civis cumprem mandados para reprimir fraudes cometidas mediante negociações de vendas de imóveis e veículos.

A operação foi deflagrada pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP). Segundo o delegado Arthur Gallas, os crimes cometidos por diversos grupos de estelionatários, através de sites de compras e redes sociais, somam um prejuízo de mais de R$ 860 mil e 165 vítimas já foram identificadas.

“Os criminosos atraíam as pessoas, com ofertas de vantagens inexistentes. Após receber o pagamento, os estelionatários fugiam de suas responsabilidades, cortando também a comunicação com os clientes”, detalhou.

As investigações foram desenvolvidas conjuntamente em diversas unidades da Polícia Civil, entre elas, Delegacia do Consumidor (Decon), DCCP sede e Delegacia de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Dreof). Também participam da Operação, os Departamentos de Inteligência Policial (DIP), de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de Polícia Metropolitana (Depom).

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O Ministério Público estadual e a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP) cumprem mandados de busca e apreensão nas residências de seis policiais militares investigados, entre eles dois oficiais, por cometerem crimes de homicídio qualificado ocorridos em 2018 e 2019. A pedido do MP, a Justiça determinou o afastamento cautelar dos PMs da função pública por um período de um ano. A ação faz parte da ‘Operação Verdugo’, deflagrada na manhã desta sexta-feira (12), para cumprimento de nove mandados de busca e apreensão.

Os mandados estão sendo cumpridos nos municípios de Salvador, Vitória da Conquista, Lauro de Freitas e Contendas do Sincorá. Já foram apreendidas quatro armas de fogo, três na capital e uma em Contendas, além de cofres e munições, em Vitória da Conquista. Além das residências dos policiais, os alvos são as sedes da 78ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), da Rondas Especiais (Rondesp) do Sudoeste, localizadas em Vitória da Conquista, do Batalhão de Polícia de Choque, em Lauro de Freitas.

A operação, que decorre de dois inquéritos policiais, foi deflagrada por meio dos Grupos de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) e de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, e pela Força-Tarefa de Combate a Grupos de Extermínio e Extorsão da SSP. O afastamento e os mandados de busca foram decretados pela Vara do Júri da Comarca de Vitória da Conquista, atendendo pedido do Ministério Público.

Segundo as investigações, os policiais militares, à época dos delitos lotados em Vitória da Conquista, estavam em serviço quando teriam executado sumariamente Valdomiro de Jesus Meira Filho e Thiago Menezes de Oliveira, no interior de residências, em razão de suposto envolvimento das vítimas com o tráfico ilícito de drogas. Eles também são investigados por fraude processual.

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Pelo menos 131 tiroteios ocorreram em Salvador e Região metropolitana no mês de julho. Ao todo, 108 pessoas foram baleadas, sendo 84 mortas e 24 feridas, segundo o primeiro balanço da violência armada lançado nesta segunda-feira (8) pelo Instituto Fogo Cruzado. Os números se referem ao mês de julho, quando o Instituto passou a mapear a Bahia, onde atua em parceria com a Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas. Os dados também estão disponíveis na API do instituto, onde podem ser consultados de forma aberta e gratuita.

"Isso significa que, em média, três pessoas foram baleadas por dia, em alguma das 13 cidades da região metropolitana. Dentre estes números estão vidas e famílias como a dos gêmeos rifeiros, mortos após saírem de uma festa no subúrbio de Salvador. Ainda não se sabe os motivos ou autores do crime, o que deixa a família ainda mais abalada", comenta Cecília Olliveira, diretora executiva do Instituto Fogo Cruzado. Ela destaca ainda que Salvador despontou nesse primeiro mês no topo do ranking da violência armada na Bahia. "A cada 10 tiroteios na região metropolitana, oito aconteceram na cidade. A capital teve 105 tiroteios, 67 mortos e 20 feridos. São números bem graves, que indicam o tamanho do problema".

O balanço mostra ainda que, dos 131 tiroteios mapeados em julho, 37 ocorreram durante ações ou operações policiais, deixando 25 pessoas mortas e seis feridas. Chama atenção uma ação policial que deixou ferida a tiros uma adolescente de 15 anos no dia 20 de julho, em Lauro de Freitas, no bairro de Itinga. Railane França conversava com amigos, quando a polícia chegou ao local atirando e ela acabou atingida ao tentar proteger a sobrinha de três anos. O adolescente Janderson dos Santos, 14 anos, também ficou ferido.

Outro caso impactantes de julho foi o duplo assassinato dos irmãos gêmeos no bairro do Lobato, em Salvador, Ruan e Rubens, de 23 anos, ambos rifeiros, que foram a uma festa perto de casa durante a madrugada do dia 25, e ao chegar, foram assassinados. Os corpos foram encontrados em outro local com marcas de tiros.Três dias antes, outro caso grave ocorreu.

Para Dudu Ribeiro, cofundador da Iniciativa Negra por Uma Nova Política de Drogas e coordenador da Rede de Observatórios da Segurança na Bahia, "uma das grandes questões quando o assunto é segurança pública é a qualidade e a transparência na produção de dados. Historicamente temos visto uma resposta da segurança pública baseada em incentivos ao punitivismo e em bravatas, e ainda muito afastada da produção de dados. Essa parceria com Fogo Cruzado vem para buscar cada vez mais qualidade nesses dados, para que possam embasar as demandas das organizações da sociedade civil e também do poder público.” Ribeiro ainda denuncia que a negligência desses dados faz parte de um projeto político que afeta duramente as populações vulneráveis. “Deixar os dados da segurança pública numa neblina que a sociedade civil não acessa é uma decisão política que justifica uma política de morte”, finaliza.

Esse é o primeiro relatório do Instituto Fogo Cruzado na Bahia. O aplicativo do Instituto funciona de forma colaborativa e anônima com registro de dados e informações sobre tiroteios e violência por arma de fogo. Por meio das informações coletadas e de um mapeamento ativo, o Instituto realiza o levantamento e faz a contabilização, especificando as localidades e os recortes dos dados (chacinas, balas perdidas, tiroteios e outros indicadores). O mapeamento pode ser acompanhado diariamente através do aplicativo disponível para Android e iOS ou no Twitter.

O mapa da violência armada

Entre a capital e a região metropolitana, os cinco mais afetados pela violência armada foram:
Salvador: 105 tiroteios, 67 mortos e 20 feridos
Camaçari: 12 tiroteios, 7 mortos e 1 feridos
Vera Cruz: 3 tiroteios, 3 mortos
Lauro de Freitas: 3 tiroteios e 3 feridos
Candeias: 2 tiroteios, 2 mortos

O perfil da violência armada
Ao todo, três agentes de segurança foram baleados em Salvador e região metropolitana: um morreu e dois ficaram feridos.

Houve sete casos de ataques armados sob rodas, quando pessoas passam em carros atirando. Ao todo, nove pessoas foram baleadas nestes casos: seis morreram e três ficaram feridas.

Três pessoas foram atingidas por balas perdidas em julho. Nenhuma delas morreu. Todas as vítimas foram atingidas durante ações ou operações policiais.

Uma pessoa morreu em uma ocorrência registrada no transporte público. E três pessoas morreram em ocorrências registradas em bar.

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A segunda suspeita de participar do assalto e morte da estudante Cristal Rodrigues Pacheco, de 15 anos, foi presa pela Polícia Civil da Bahia nesta quinta-feira (4). A prisão foi feita depois que o advogado acompanhou a suspeita até o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no início da tarde de hoje.

A mulher, identificada como Andréia Santos Carvalho, conhecida como 'Andreia Rasta', se apresentou depois que a Justiça determinou a prisão temporária dela. Ela estava foragida desde o dia do crime, que aconteceu na terça (2). A primeira suspeita foi presa no mesmo dia da morte de Cristal.

Crime
A adolescente Cristal Rodrigues Pacheco, 15 anos, que seguia para a escola, foi morta durante uma tentativa de assalto, a pouco metros da sede do Comando Geral da Polícia Militar.

Moradora do Corredor da Vitória e estudante do Colégio das Mercês, a adolescente estava acompanhada da mãe e da irmã quando foi abordada. Segundo informações iniciais, no meio da ação, uma das suspeitas, que carregava uma pistola calibre 653, acabou atirando contra a garota, que foi atingida no peito e morreu no local.

O crime aconteceu em frente ao Palácio da Aclamação, próximo ao Campo Grande. Cristal não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo de ser atendida, ainda com o uniforme da escola. A mãe e a irmã de Cristal não sofreram ferimentos e estão em casa.

A primeira suspeita presa, Gilmara Daiam de Sousa Brito, confessou a participação no crime, mas negou ter disparado contra Cristal. Ela passou por audiência de custódia na manhã de hoje e deve ser encaminhada ao presídio. Gilmara já tinha passagens por tráfico de drogas e roubos.

'Eu ouvi o disparo', diz mãe
A mãe da estudante falou na noite de quarta-feira (3), pela primeira vez sobre a morte da filha mais velha. Em entrevista à TV Bahia, ela deu detalhes sobre a tentativa de assalto que culminou no assassinato da filha. Sandra depôs na polícia também nesta quarta.

À TV, ela contou que andava com as filhas pelo passeio, quando foi abordada pelas criminosas. "Foi muito rápido. Uma era baixinha e uma do cabelo aloirado. Ela simplesmente anunciou o assalto, falei que não tinha celular e ela disse: 'você tem um relógio e uma aliança'. Ela baixou a cabeça e me mostrou um revólver que não consegui identificar o calibre, porque não tenho conhecimento, só sei que a arma era pequena. Ela também estava com uma faca estilo açougueiro com o cabo branco", lembra.

A mãe de Cristal também agradeceu as homenagens que vem recebendo de colegas da filha e pessoas que não conheciam a vítima. “Me senti abraçada e amada ao saber que minha filha era muito querida".

Relembre o caso:

Rotina - Todos os dias, por volta das 6h30, Cristal Rodrigues Pacheco, 15 anos, fazia o mesmo caminho para o Colégio Nossa Senhora das Mercês, que fica localizado na Avenida Sete de Setembro, junto com a mãe e a irmã mais nova, Fernanda, de 12 anos. A estudante era moradora de um prédio no Campo Grande, próximo ao Corredor da Vitória. Segundo amigos e vizinhos, a adolescente sempre foi educada, de- dicada aos estudos - ela cursava o 9° ano do ensino fundamental -, e amorosa com os pais e a irmã caçula;

Abordagem - Cristal, a mãe e a irmã passavam em frente ao Palácio da Aclamação, na terça-feira (02), quando, do lado direito da avenida, duas mulheres se separaram e, em questão de segundos, abordaram as três, assustando-as. A tática é conhecida e muito usada por duplas de assaltantes que atuam no centro da cidade;

Tentativa de assalto - A mãe de Cristal contou à polícia que as mulheres anunciaram o assalto e que ela informou não estar com celular. Uma das assaltantes mostrou a arma e pediu a aliança e o relógio de Sandra Pacheco;

O tiro - A suspeita presa contou à polícia que sua comparsa se atrapalhou durante a ação e a arma acabou disparando, feridondo-a de raspão e atingindo em cheio a estudante. Cristal recebeu um tiro no peito dado por uma pistola pequena - possivelmente calibre 653, mas que ainda não foi achada pela polícia -, em curta distância. Segundo o médico e perito do Departamento de Polícia Técnica (DPT), Marcos Mousinho, foi "um tiro direcionado para matar";

Ajuda - Nas imagens das câmeras de segurança que filmaram a cena, dá para ver que a mãe de Cristal, vendo a filha caída no chão, correu para socorrê-la e não percebeu que as duas suspeitas levaram a mochila da estudante com todos os pertences. À TV Bahia, Sandra Pacheco disse que as duas suspeitas sairam correndo após os disparos contra Cristal. Fernanda, a irmã mais nova, correu para pedir ajuda, mas Cristal morreu no local do crime, nos braços da mãe. O corpo da adolescente foi enterrado no começo da noite de terça-feira (02), no Campo Santo, sob forte emoção.

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Moradores da cidade de São Francisco do Conde, interior da Bahia, ficaram surpresos após, nesta quinta-feira (21), um delegado ser preso e encaminhado para a 21ª Delegacia Territorial.

Trata-se de um homem que se passava por delegado na cidade. Ele já tinha um mandado de prisão em aberto por roubo, expedido pela comarca de Pernambuco. A prisão só ocorreu após denúncias.

De acordo com o delegado Ítallo Bruno Melo, além de se passar por uma autoridade, o homem ainda obrigava os trabalhadores a comprarem drogas para ele na cidade.

“Fomos informados que ele estava se apresentando como autoridade policial e obrigando alguns mototaxistas a comprar drogas para ele. De imediato, o Setor de Investigação (SI) se deslocou ao endereço do investigado e encontramos o homem com uma carteira de delegado dos direitos humanos”, explicou.

O falso delegado seguirá na unidade da 21ª DT à disposição do Poder Judiciário.

 

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Pelo menos uma pessoa ligou, por minuto, para o número de emergência policial em 2021 para denunciar casos de violência doméstica. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado este ano e mostram que, se a mulher é a principal vítima desse tipo de crime, a mulher negra sofre ainda mais. De acordo com o levantamento, 62% das vítimas de feminicídio no Brasil são negras. Quando se analisa as vítimas de outros tipos de assassinatos violentos, esse índice passa dos 70%.

No mês de Julho, em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha, são pensadas diversas ações e movimentos que chamam atenção para a questão racial e de gênero. Uma dessas articulações aconteceu no Rio de Janeiro, onde 16 grupos e organizações liderados por mulheres negras de todo o país se reuniram ao longo de quatro dias para debater estratégias de enfrentamento à violência racial.

O encontro, organizado pelo ELAS+, primeiro fundo independente de mulheres do Brasil, faz parte do edital 'Aliança Negra' - que propõe a formação de uma grande rede pelo fim da violência. 'O desafio é, no período de três anos, construir uma resposta forte contra a naturalização da violência racial no Brasil. Estamos tentando engrossar o caldo para fortalecer essa agenda que visa o fim do genocídio da população negra, combate à violência contra mulheres negras e pessoas trans negras, além do fortalecimento da comunicação antiviolência racial' - explica K.K Verdade, Diretore Executive do ELAS+.

Encarar as estatísticas e organizar movimentos de resistência, no entanto, não podem ser tarefas apenas de quem já é vítima das agressões. Representante da Rede de Mulheres Negras Evangélicas, Liz Guimarães participou do encontro e lembrou que é preciso o engajamento de toda a sociedade. 'É imperativo que as pessoas brancas se comprometam com a reparação, um compromisso de ir em busca e agir contra o dano causado', destacou. Integrante da Articulação de Mulheres Negras Brasileiras, Cleide Resende também fez questão de ressaltar a importância de receber apoio na luta. 'Quando chamam a gente de guerreira eu fico preocupada. Não somos guerreiras. A gente resiste, mas a gente também morre por resistir', enfatizou.

Questões sobre encarceramento e violência contra familiares de pessoas em regime prisional também foram discutidas. Dados do Banco Nacional do Monitoramento de Prisões, mantido pelo Conselho Nacional de Justiça, apontam que o Brasil tem mais de 910 mil pessoas vivendo em privação de liberdade. E o Anuário Brasileiro de Segurança Pública revela que a maioria, 67%, são pessoas negras. Como se pode ver, o sistema prisional brasileiro também coloca mulheres negras, mães e companheiras dos encarcerados, em situação de vulnerabilidade social. Além disso, vem crescendo o número de mulheres presas. O levantamento da Segurança Pública aponta que, entre 2020 e 2021, houve um acréscimo de mais de 20% no número de mulheres encarceradas. A maior parte por crimes cometidos sem violência.

Problemas como a falta de acesso à saúde, falta de condições sanitárias adequadas e a própria fome também foram colocados como pontos de atenção. Integrante da Rede-SANS (Rede de Defesa e Promoção da Alimentação Saudável, Adequada e Solidária), Luiza Cavalcante lembrou, durante o encontro dos grupos apoiados pelo edital Aliança Negra, que a miséria social precisa ser considerada uma forma de violência. 'Enfrentar a fome é também enfrentamento à violência. É preciso garantir alimentação saudável e fortalecimento da saúde para a população negra', destacou.

Para saber mais sobre projetos e grupos que fazem parte da 'Aliança Negra pelo Fim da Violência' basta acessar: http://fundosocialelas org/aliancanegra/

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Uma jovem de 20 anos foi estuprada no terreno do antigo Hotel Othon Palace, na segunda-feira (18), no bairro de Ondina.

De acordo com a Polícia Civil, ela foi abordada por um homem, que estava com uma arma de fogo, na Avenida Anita Garibaldi, e ele a conduziu até o fundo do hotel. Antes, ele seguiu a vítima da Federação até a avenida.

O suspeito levou ainda o aparelho celular da jovem. De acordo com as autoridades policial, o autor dos crimes já foi identificado e está sendo procurado pelos policiais, que estão em diligências para localizá-lo.

Imagens de câmeras de segurança já estão sendo analisadas. As guias de perícia para a vítima foram expedidas. O caso é investigado pela 7ª Delegacia Territorial do Rio Vermelho.

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