Quarta, 01 Maio 2024 | Login

A secretaria municipal de Saúde da Prefeitura de Ilhéus (Sesau) atualizou as informações do número de ilheenses vacinados contra a Covid-19 e da ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pela população da cidade. De acordo com o órgão, até o final da última quarta-feira (16), Ilhéus chega à marca de 62 mil ilheenses elegíveis (acima de 18 anos) vacinados, o correspondente a 62% dessa população, conforme os últimos dados de densidade demográfica de Ilhéus informados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicados em 2010.

A Sesau avalia que o avanço da vacina e das ações restritivas e de prevenção adotadas pelo município, refletiram no decréscimo gradativo de internações por ilheenses em leitos de UTI. A ocupação desse público nos dois últimos meses varia de 28% a 38%. Segundo a última informação repassada, do dia 15 de junho, dos 81 leitos de UTI existentes na cidade, 39,5% são ocupados por ilheenses, o que corresponde a 32 internações. Ao todo, 68 leitos de UTI estão ocupados. Trinta e seis pacientes internados são de outros municípios.

Já no dia 31 de maio, Ilhéus ocupava 23 leitos de UTI, 28,4% dos 81 existentes, mês em que a ocupação de leitos por ilheenses variou de 30% a 39%. Já em junho, o cenário mostrou uma redução, uma vez que a ocupação de leitos de UTI por pessoas de Ilhéus ficou, prevalentemente, entre 29,6% e 32% de ocupação.

“Ao ser mantido o ritmo da vacinação que temos desempenhado com êxito em Ilhéus, e com a perspectiva da chegada de novas doses, trabalhamos para que alcancemos o desejado do controle da pandemia na cidade, quando pelo menos 75% da população da cidade esteja vacinada. Reiteramos a importância de as pessoas serem vacinadas, bem como a continuidade da adoção das medidas de prevenção como uso de máscara, álcool gel, distanciamento social e não fazer aglomerações, o que prevenirá a proliferação das novas variantes mais letais da Covid-19 na cidade”, informou o secretário municipal de Saúde, Geraldo Magela.

A Sesau destacou parceria do Município na fiscalização com órgãos como a Polícia Militar, Guarda Civil Municipal, Sutram, fiscais de posturas e ambientais.

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A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no Brasil subiu esta semana para 1,07. O índice é medido pelo Imperial College de Londres.

Isso significa que cada 100 pessoas com o vírus no país infectam outras 107. Na semana passada, o Rt do Brasil estava em 0,99. Pela margem de erro das estatísticas, essa taxa pode ser maior (Rt de até 1,28) ou menor (Rt de 1,02). Nesses cenários, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 128 ou 102, respectivamente.

A universidade britânica também projeta que o Brasil tenha 14.300 mortes devido à Covid-19 nesta semana. O cenário mais positivo prevê 12.400 óbitos e, o mais negativo, 16.500.

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Em sua fala inicial na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, a microbiologista e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Natalia Pasternak adotou um tom crítico ao uso de medicamentos sem a eficácia comprovada para o tratamento precoce da covid-19. A especialista, que foi ao colegiado munida de uma apresentação, apontou erros na defesa da cloroquina contra covid devido à falta de evidências científicas a favor do medicamento e afirmou que o fármaco nunca teve a probabilidade de funcionar contra a doença.

A especialista foi enfática ao defender que a ciência não é uma questão de opinião, mas que a mesma funciona por meio de fatos. Ao comentar sobre a cloroquina, Pasternak afirmou que o medicamento não tem "plausibilidade biológica" para funcionar, tendo sido testado e falhado na tentativa de atribuir imunidade a outras viroses, como zika, dengue e a chikungunya.

Pasternak afirmou que testes pré-clínicos realizados com o medicamento em animais, feitos normalmente em camundongos e macacos, não funcionou. "Não funciona em células do trato respiratório, não funciona em camundongos, não funciona em macacos e também já sabemos que não funciona em humanos", disse, afirmando que foram esgotadas as opções de testes para o medicamento. "A gente só não testou em emas porque elas fugiram", provocou Pasternak em menção a um episódio em que o presidente Jair Bolsonaro foi fotografado correndo atrás do animal com uma caixa do medicamento.

A microbiologista enfatizou que a insistência no medicamento é uma "mentira orquestrada pelo governo federal", afirmando que os estudos apresentados são suficientes para descartar a ideia de uso do medicamento para o tratamento da doença. "Estamos pelo menos seis meses atrasados em relação ao resto do mundo, que já descartou cloroquina", disse.

A "evidência anedótica", afirmou Pasternak, comentando sobre casos em que pessoas tomam o medicamento e apresentam uma melhora, "não são evidências científicas", sendo apenas casos, disse. "O plural de evidências anedóticas não é evidência científica, é só um monte de evidências anedóticas", afirmou. "Não interessa quantas pessoas a gente conhece que usaram cloroquina e se curaram, isso não se transforma em evidência científica, isso precisa ser investigado", afirmou.

Para ilustrar que causa não é efeito, a especialista apresentou um gráfico, baseado em fatos reais, que mostram que existe uma correlação entre o consumo de queijo mussarela nos Estados Unidos e o número de bolsas de estudos concedidas para Engenharia Civil. "Se a gente for olhar a correlação da cloroquina assim, a gente pode concluir que o problema das bolsas de estudo com a graduação é muito fácil de se resolver, é só as pessoas comprarem mais queijo".

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O governador Rui Costa demonstrou preocupação com a situação da Bahia no próximo mês, por conta do cenário atual e pensando no período pós-São João. "Estamos com medo que o começo de julho tenha uma tragédia pior do que o mês de março", afirmou Rui, que participou nesta quinta-feira (10) de uma inauguração de policlínica em Eunápolis, no sul da Bahia.

A situação agora também exige cautela, diz. "Estamos muito preocupados agora. Chegamos em março a 20 mil contaminados, e o que aconteceu em março? Uma tragédia", afirma. "Qual a diferença do mês de fevereiro e março para agora? Tínhamos leitos vazios na Bahia inteira, e nós tínhamos capacidade para absorver a multidão que chegou aos hospitais", considerou.

Agora, há menos leitos vazios. "Se as festas de São João provocarem uma avalanche de pessoas nos hospitais, só temos 15% de leitos disponíveis", acrescenta. "Se não conseguirmos regular em até 24h, está comprovado que a taxa de mortalidade aumenta".

Rui disse que se isso vai acontecer ou não, "depende do comportamento das pessoas" durante o período junino. "Já vimos que até pequenas aglomerações como no Dia das Mães afeta nos índices", explicou.

Por isso, ele pediu à população que colabore evitando aglomerações. Também criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo ritmo de vacinação no país. "Quero pedir ajuda de vocês porque ninguem faz nada sozinho. Precisamos da ajuda e consciência da população. Se dependesse de nós, o povo já estaria vacinado, mas não estamos porque o presidente não comprou vacina e nós temos que superar esse momento agora".

Sem ônibus no São João
Rui já anunciou em maio que durante o período junino a Bahia ficará sem ônibus intermunicipais, para desestimular festas e aglomerações. "Alguns dias antes do São João, vamos proibir a colocação de horários extras e estipular a lotação máxima dos ônibus de 70%. Nos dias mais próximos ao São João, três dias antes e depois, nós vamos suspender totalmente o transporte. Então, funcionará dessa forma para não prejudicar quem precisa fazer uma viagem por necessidade de saúde ou de trabalho, sem estimular que as pessoas se locomovam com a intenção de se aglomerarem em festas e reuniões vinculadas ao período das festas juninas”, disse.

Para ele, falta sensibilidade em quem insiste na festa. "Independente da cidade e da região, digo que nós não permitiremos qualquer festa no São João. Não entendo a falta de sensibilidade das pessoas porque fazer qualquer festa nessa situação é um desrespeito a vida humana", afirmou o governador.

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O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco criticou, entre as cláusulas para a aquisição de vacinas da Pfizer contra a covid-19, o dispositivo que obrigava o governo brasileiro a publicar medida provisória e que esta fosse convertida em lei. "Dentro do nosso Estado Democrático de Direito, os Poderes são independentes. Então não podemos garantir que ela fosse convertida em lei", disse Franco à CPI da Covid nesta quarta-feira (9).

Aos questionamentos do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre a demora do governo em propor alterações legais para o contrato com a vacina da Pfizer, Franco afirmou que o laboratório "foi irredutível em alterar qualquer uma das cláusulas". "Inclusive, nas negociações do contrato, mesmo depois da lei 14.125, qualquer discussão do contrato eles levavam para o jurídico da Pfizer em Nova York", acrescentou.

Segundo o ex-secretário, cláusulas semelhantes foram encontradas no contrato para compra de vacinas da Janssen. "Nós propusemos pelo Ministério da Saúde, uma minuta de medida provisória que atenderia as demandas da Pfizer e da Janssen e houve uma falta de consenso entre as consultorias jurídicas dos ministérios que estavam participando da discussão com relação a de quem deveria partir a iniciativa uma vez que deveria ser convertida em lei. Dessa forma, esses artigos ou parágrafos foram retirados da medida provisória", narrou, de forma semelhante à descrito pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

Franco, entretanto, se recusou a responder de qual órgão partiu a iniciativa de retirar os trechos. Os dispositivos retirados, segundo revelado pelo Estadão/Broadcast tratavam principalmente da responsabilidade por efeitos adversos e da contratação de seguro pelo governo.

Segundo o vice-presidente da CPI e relator no Senado da medida provisória convertida em lei, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), os órgãos que assinaram a minuta encaminhada ao Presidente da República e que continha as cláusulas citadas incluem: o Ministério da Justiça, da Controladoria-Geral da União, da Advocacia-Geral da União, do Ministério da Economia, do Ministério da Saúde e da Casa Civil.

'Politização em SP'
No depoimento, Elcio Franco acusou o governo do Estado de São Paulo de "politização" da discussão sobre vacinas. "As tratativas eram com o Butantan, não com o governador de São Paulo", afirmou.

Ao longo das entrevistas coletivas semanais do Governo de São Paulo, o governador João Doria (PSDB) ao lado de representantes do Butantan, repetidas vezes cobrou o governo federal e órgãos reguladores por mais agilidade e "senso de urgência" nas negociações para a aquisição de vacinas. Segundo o ex-secretário, a politização aconteceu pela pressa do governo estadual em iniciar a vacinação uma vez que o Butantan "só entrou com o pedido de uso emergencial no dia 8 de janeiro".

Franco mais cedo havia sido confrontado pelo relator Renan Calheiros sobre afirmação, à época em que esteve na pasta, de não haver "intenção de compra de vacinas chinesas". Segundo Renan, "esse vídeo, infelizmente, escancara uma contradição brutal sobre as negociações com o Butantan".

Franco justificou que a primeira oferta do Instituto Butantan, em julho de 2020, era para a importação de vacinas.

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Vacinação salva, e os números estão aí para provar: pela primeira vez desde o início da pandemia, e já como reflexo do avanço da imunização dos idosos, o Brasil registrou mais mortes entre crianças, jovens e adultos de covid-19 do que de pessoas a partir de 60 anos. Os dados são dos cartórios de registro civil do país, responsáveis pelas certidões de óbito.

Segundo o portal UOL, na semana epidemiológica de número 22, entre os dias 30 de maio e 5 de junho, 53,6% dos óbitos de covid-19 no país foram de vítimas até 59 anos de idade. Na semana anterior, essa média havia ficado em 49% (e era a maior até então).

Até essa terça, estavam registradas no portal da transparência da Associação Nacional de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil) 7.499 mortes na semana 22 em decorrência do novo coronavírus. O número absoluto ainda pode crescer devido a inserções de dados com atraso, mas o percentual por faixa etária não deve ser alterado.

Para efeito de comparação, na última semana antes do início da vacinação no país, entre 10 e 16 de janeiro, 77,5% das mortes registradas foram de vítimas com 60 anos ou mais e apenas 22,5% entre jovens e adultos. Em 2020, a participação de mortes na faixa etária dos 60 anos ou mais foi de 76%.

Ainda de acordo com o UOL, a maior redução ocorreu na participação de mortes de idosos com 80 anos ou mais no país, que respondeu por 30% dos óbitos em 2020, mas na semana passada representaram 13,7% do total.

Segundo o Plano Nacional de Imunização (PNI), quem tem 60 anos ou mais foi classificado como grupo prioritário, mas, como houve um chamado descendente por idade, ainda há pessoas na janela imunológica.

Todos os estados já chamaram pessoas com 60 anos ou mais para imunização de pelo menos uma dose. Inicialmente, a queda ocorria entre as maiores faixas etárias, em especial a partir de 85 anos, que "abriram" a vacinação com a CoronaVac – e que tem intervalo de 21 dias entre as doses. Já quem toma a vacina AstraZeneca tem um intervalo maior entre as duas doses: 90 dias.

“O que nós estamos observando é uma redução de hospitalização e mortalidade nos grupos que têm completado as doses. Isso é mais uma resposta para sociedade de que se vacinar é importante. É mais uma ferramenta para nos apoiar a sair desta pandemia”, disse Melissa Palmieri, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, ao UOL.

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A Bahia recebeu uma nova remessa de vacinas contra a covid-19 nesta quarta-feira (2). São 366.000 doses de imunizantes da Astrazeneca/Oxford. O voo comercial trazendo a carga pousou no aeroporto de Salvador por volta das 9h30. Todas as doses serão usadas para primeira aplicação, que está parada em várias cidades, como Salvador. Está prevista ainda a chega de 37.440 doses de vacinas da Pfizer na tarde da quinta-feira (03).

As vacinas que já chegaram começarão a ser enviadas aos municípios baianos em aeronaves do Grupamento Aéreo da Polícia Militar e da Casa Militar do Governador, após conferência da equipe da Coordenação de Imunização do Estado. Só receberão cidades que já tenham aplicado 85% ou mais das doses anteriores, segundo decisão da Comissão Intergestores Bipartite (CIB).

Com a carga desta quarta-feira, a Bahia chega ao total de 6.775.710 doses de vacinas recebidas, sendo 3.035.800 da Coronavac, 3.566.750 da AstraZeneca/Oxford e 173.160 da Pfizer.

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A Bahia registrou 88 mortes e 4.280 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta terça (1). No mesmo período, 4.657 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).

O total de mortes por covid-19 na Bahia é de 21.329. A taxa de letalidade da doença no estado é de 2,10%. Apesar das 88 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta segunda. Todas ocorreram em 2021, sendo 83 no mês de maio.

Dos 1.016.480 casos confirmados desde o início da pandemia, 979.917 já são considerados recuperados, 15.234 encontram-se ativos. Na Bahia, 49.200 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

De acordo com a Sesab, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se à sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

Situação da regulação de Covid-19
Às 12h desta terça-feira, 168 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 109 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

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A Bahia registrou 4.060 novos casos de Covid-19 nas últimas 24h, de acordo com boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), nesta sexta-feira (28). Segundo boletim, mais 115 mortes causadas pela doença foram contabilizadas.

A Sesab ressalta que as mortes aconteceram em datas diversas, mas foram registradas no boletim desta sexta. Com os novos dados, a Bahia tem 20.971 óbitos pela doença, o que representa letalidade de 2,09%.

Na tarde desta sexta, a Bahia já tinha alcançado a marca 1 milhão de casos confirmados da doença. Ao todo, o estado tem 1.003.523 casos do novo coronavírus registrados desde o início da pandemia.

Dentre os óbitos, 55,74% ocorreram no sexo masculino e 44,26% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,82% corresponderam a parda, seguidos por branca com 22,07%, preta com 15,42%, amarela com 0,43%, indígena com 0,13% e não há informação em 7,13% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 62,70%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,45%).

O boletim informa também a situação da vacinação na Bahia. No estado, 3.310.961 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19, dos quais 1.507.374 receberam também a segunda dose, até as 16h desta sexta.

Os dados representam notificações oficiais compiladas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta sexta.

O boletim completo está disponível no site da Sesab e em uma plataforma online.

Leitos Covid-19
De acordo com boletim desta sexta, a Bahia tem 3.453 leitos ativos para tratamento da Covid-19. Desse total, 2.677 estão com pacientes, o que representa taxa de ocupação geral de 78%.

Desses leitos, 1.598 são de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com taxa de ocupação de 84% (1.339 leitos ocupados).

Já nas UTIs pediátricas, 26 das 36 estão com pessoas internadas, o que representa uma taxa de ocupação de 72%. O leitos clínicos para adulto estão com ocupação de 72%, e os leitos infantis, estão com lotação de 66%.

Em Salvador, dos 1.557 leitos ativos, 1.194 estão ocupados (77% de ocupação geral). A taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto é de 81%, e o pediátrico, está em 74%.

Ainda na capital baiana, os leitos de enfermaria registram ocupação de 73% para adultos, 65% para os leitos pediátricos.

Ainda segundo a Sesab, até as 12h desta sexta, 182 solicitações de internação em UTI adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 70 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema.

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Proibição da venda de bebidas alcoólicas, lockdown completo e aumento da fiscalização. Essas são algumas medidas que pequenas cidades baianas adotaram para lidar com a pandemia. Em meio ao cenário de aumento de casos, mortes e internações nos leitos municipais, prefeituras, de cidades como Coronel João Sá, Monte Santo, Pedro Alexandre, Adustina, Iaçu e Ribeira do Pombal impuseram um isolamento rígido.

Em Ribeira do Pombal, a situação é classificada pelos profissionais de saúde como um pré-colapso. O município de cerca de 50 mil habitantes é o quinto da Bahia com o maior número de casos ativos, ou seja, de pessoas atualmente infectadas pela covid-19. No total, são 399, deixando Ribeira do Pombal atrás apenas de Salvador, Feira de Santana, Barreiras e Paulo Afonso, de acordo com os dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Atuando na rede municipal de saúde da cidade desde o início da pandemia, o médico Carlos Domini chegou a comparar a realidade da cidade com a vivida em Manaus no início do ano.

“Tá um inferno aqui, eu nunca vi um negócio desse não. Se você ver, aqui a situação é de Manaus mesmo”, disse.

Em Ribeira do Pombal, até 150 pessoas são atendidas por dia com sintomas de covid-19. Até a terça-feira, 25, 255 pacientes aguardavam resultado dos testes RT-PCR enviados ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Os nove leitos e cinco respiradores disponíveis na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) voltada para covid estão constantemente ocupados. Há ainda o risco de desabastecimento de medicamentos para intubação, como Propofol, Rocorunio, Dormonid, Fentanil, Heparina e Enoxieparina.

“É uma situação calamitosa. Transferimos oito, 10 pacientes por dia e a UPA toda hora lotando. A sorte é que temos uma usina de oxigênio, se não já teria morrido gente com falta de ar. O estado tem sido parceiro e feito as transferências. Mas nossa preocupação é dos hospitais de Salvador e Feira de Santana não conseguirem mais absorver a demanda, o que vai fazer com que haja mais mortes”, lamenta Domini

Até o momento, 51 pessoas morreram de covid em Ribeira do Pombal, cinco apenas nos últimos sete dias. Visando melhorar a situação, uma unidade de saúde do município passou a atender como gripário e um lockdown completo – com o comércio funcionando apenas por delivery - foi determinado até hoje. Mas, segundo o médico que atende o município, as medidas de isolamento serão prorrogadas pelo menos até a segunda-feira (31). “Depois, acho que vai ter que prorrogar mais alguma coisa. Tem que abrir de forma escalonada”, argumenta.

Outras cidades estão em situação complicada
Assim como Ribeira do Pombal, Coronel João Sá, no nordeste baiano, optou por medidas mais duras, como a proibição da venda de bebidas alcoólicas, que por lá vai até, pelo menos, a próxima quinta-feira, 3 de junho.

"A gente foi percebendo que as pessoas, no geral, não consomem sozinhas as bebidas. Na zona rural do município, tem muitas aglomerações em bares, por exemplo”, explicou Almy Rozendo, secretário de Comunicação.

Segundo o gestor, nas últimas três semanas, o aumento de casos se deu de forma alarmante no município. “Em um único dia tivemos 70 novos casos confirmados. Antes era só um ou dois, quando tinha. Só ontem mesmo foram 42 novos casos”, lamenta.

Coronel João Sá não possui leitos para internação por covid. “Ficamos dependentes da regulação”, diz o secretário. Até o momento, 18 pessoas morreram da doença na cidade de cerca de 15 mil habitantes e 122 casos ativos.

Já em Pedro Alexandre, ainda no nordeste, desde 29 de abril cresceram as notificações de síndromes gripais, de acordo com a prefeitura. “Os pacientes tiveram piora clinica repentina e queda nos níveis de saturação, por vezes requerendo oxigenoterapia, o que requereu da vigilância em saúde uma mudança do olhar epidemiológico sobre o território de Pedro Alexandre”, disse Lídia Alves, secretária de Saúde.

No total, o município tem 96 casos ativos e quatro óbitos desde o início da pandemia. “Fomos percebendo a necessidade do aumento de medidas restritivas. Adotamos a barreira sanitária para verificação de temperatura e desinfecção de veículos; estendemos a suspenção da feira livre e fechamento do comércio não essencial; e restringimos os transportes intermunicipais com monitoramento dos viajantes com testagem imediata para os sintomáticos e monitoramento por nove dias para assintomáticos até que seja conveniente a testagem oportuna”, afirmou a secretária.

Em Pedro Alexandre, também está proibida a venda de bebidas alcoólicas até 5 de junho. Já Monte Santo, que chegou a ficar em lockdown por cinco dias, a venda de álcool se mantém suspensa até, pelo menos, a próxima segunda-feira (31), inclusive para o comércio no formato delivery. A cidade de 50 mil habitantes, também localizada no nordeste, tem 148 casos ativos e outros 80 suspeitos. No total, são 33 mortes desde o início da pandemia.

Os outros municípios que endureceram o cerco das medidas de isolamento foram Iaçu, no Centro-Norte baiano, que proibiu a abertura de bares e venda de bebidas alcoólicas até a segunda-feira (31), e Adustina, que instituiu 16 dias sem o comércio de álcool no município, válidos a partir de hoje até o dia 12 de junho. Em Adustina são 45 casos ativos, 87 suspeitos e 16 mortes por covid. Já Iaçu tem 119 casos ativos, 49 suspeitos e 25 óbitos.

Proibir venda de álcool não é suficiente, diz especialista
Coordenadora do curso de medicina do campus Eunápolis da Rede UniFTC, a epidemiologista Lucélia Magalhães é crítica das medidas que proíbem a venda de bebidas alcoólicas. “Eu não conheço nenhum estudo que compare o impedimento da venda de bebidas alcoólicas com a diminuição da transmissibilidade de covid e, consequentemente, diminuição de casos e mortes”, argumenta.

Segundo a médica, o princípio teórico que embasa essa medida está no fato de que, quando as pessoas estão bebendo, ficam sem máscara e mais suscetíveis a não cumprirem o isolamento social. Com isso, os perdigotos, ou seja, as gotículas contaminadas de saliva que saem na hora que a pessoa fala, tosse, espirra ou assoa o nariz, são facilmente espalhadas entre as pessoas que estão consumindo a bebida.

“Só que dizer que sem a venda de bebidas não terá festa e, assim, não terá aglomerações não faz sentido, pois impedir a venda não significa impedir o consumo. Depois que a restrição se prolonga, haverá o que a gente chama de mercado negro. As pessoas compram de forma ilegal. Elas vão preferir as bebidas mais baratas, pois o preço vai subir. E quanto mais prolongada a proibição, maior fica o mercado negro”, diz.

Para Lucélia Magalhães, do ponto de vista epidemiológico, é preciso que as cidades pequenas foquem em ações de maior controle e assistência à saúde. “A aglomeração sem proteção é um risco, principalmente em local onde não tem ventilação, e deve ser combatida. Mas também é importante identificar precocemente e de forma massiva os portadores da doença. Em cidade pequena isso pode ser mais fácil. Quem tá contaminado, precisa ser isolado, monitorado, vigiado e receber uma assistência médica individualizada e rápida”, defende.

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