Quinta, 02 Maio 2024 | Login

Foram registrados 4.608 novos casos de Covid-19 em 24h na Bahia, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) divulgado nesta terça-feira (16). De acordo com a Sesab, foram contabilizadas 118 mortes.

Apesar de terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro dos óbitos foram contabilizados no boletim desta terça. No total, 13.459 pessoas morreram vítimas da Covid-19 no estado, o que representa letalidade de 1,80%.

Com os novos dados, a Bahia registrou 748.835 casos de Covid-19 desde o início da pandemia.

De acordo com a Sesab, 17.374 casos de Covid-19 estão ativos na Bahia. Ao todo, 44.467 profissionais da saúde tiveram diagnóstico positivo para a doença.

A Sesab informou também que na Bahia, até as 15h desta terça, 477 solicitações de internação em leitos de UTI adulto constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Além disso, haviam também 186 pedidos de regulação para leitos clínicos adulto.

O boletim informa também o número de vacinados no estado. De acordo com a Sesab, 739.357 pessoas foram vacinadas contra a Covid-19, dos quais 272.576 receberam também a segunda dose até as 15h desta terça.

Leitos Covid-19
Segundo boletim desta terça, dos 2.773 leitos ativos na Bahia, 2.097 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação geral de 76%.

Desse total, 1.296 leitos são para atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e estão com ocupação de 86% (1.120 leitos ocupados). A taxa dos leitos de UTI pediátrica é de 64%, com 23 das 36 unidades ocupadas.

Já as unidades de enfermaria adulto na Bahia estão com 67% da ocupação, e a pediátrica tem ocupação de 46%.

Em Salvador, dos 1.488 leitos ativos, 1.191 estão com pacientes internados, o que representa taxa de ocupação geral de 80%. A taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto é de 87% e a pediátrica de 59%.

Os leitos clínicos para adultos estão com ocupação de 75%. Já nos leitos pediátricos, a taxa de ocupação é de 76%.

Os dados representam notificações oficiais compiladas pelo Diretoria de Vigilância Epidemiológica em Saúde da Bahia (Divep-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta terça.

O boletim completo pode ser acessado no site da Sesab e por uma plataforma disponibilizada pela secretaria.

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É com o estoque de oxigênio no fim que hospitais municipais de cidades do interior baiano têm operado nos últimos dias. Por causa do crescimento de casos graves de covid-19 e da demora na regulação dos pacientes, a demanda por oxigênio hospitalar cresceu além da capacidade dos fornecedores suprirem as prefeituras. A situação nos municípios se tornou pública depois que o prefeito de Queimadas, André Andrade (PT), postou vídeo em suas redes sociais expondo o problema.

“Nesse final de semana tivemos nove internamentos de uma vez só. Antes eram apenas dois internados. A empresa que nos fornece não tinha oxigênio. E a situação da nossa região está um pouco complicada também. Pedimos ajuda de cidades vizinhas e não conseguimos, pois todas estão com dificuldades. Hoje, graças a Deus, estamos recebendo um carregamento, mas ainda assim a situação está crítica. Isso é na Bahia toda”, desabafou o secretário de Saúde de Valente, Arnaldo Amaral.

Tanto Valente quanto Queimadas ficam no nordeste baiano e possuem população de cerca de 25 mil habitantes. De acordo com os boletins epidemiológicos municipais, os casos ativos de covid-19 nas duas cidades têm aumentado. O problema é que, segundo os gestores desses municípios, tudo tem acontecido rapidamente e sem dar tempo para o sistema de saúde absorver a demanda.

“No domingo passado eram dois pacientes internados. Em uma semana o número saltou para 14, todos demandando oxigênio, alguns consumindo até 20 litros por hora. Um botijão do grande pega apenas 50 litros. Isso sem contar os pacientes que já receberam alta, estão em casa, mas mesmo assim têm dificuldade de respirar e precisam de suporte de oxigênio”, relatou o prefeito da cidade de Queimadas.

No município, a empresa que normalmente fornece o material para a cidade alegou não ter mais como suprir a demanda. A solução encontrada foi ir até Feira de Santana fazer um contrato com uma outra fornecedora. “Antes disso, eu pedi socorro para as cidades vizinhas de Cansanção e Santa Luz, mas tá difícil, todo mundo trabalhando no limite. De dois em dois dias temos que buscar oxigênio”, conta.

Demanda excessiva

Em Cipó, cidade de quase 20 mil habitantes, também localizada no nordeste baiano, o consumo de oxigênio hospitalar aumentou em seis vezes nos últimos dias. Segundo a assessoria de comunicação do Município, houve um dia em que o fornecedor não conseguiu entregar o gás, que chegou na iminência de faltar. “Conseguimos outra empresa. Na hora a gente nem pensou duas vezes, corremos para comprar, pois não íamos deixar os pacientes morrerem”, diz nota da prefeitura.

Nessa cidade, o hospital municipal possui apenas três leitos para pacientes com covid-19. Outros leitos de retaguarda, usados para casos mais graves, estão na cidade de Antas. “Só que lá também está cheio. Estamos agora preparando uma nova ala do hospital, que até estava em reforma, para criarmos leitos de retaguarda aqui mesmo”, explica a nota.

Cipó, inclusive, permaneceu sem mortes por covid-19 até o dia 4 de março. Desde então, em apenas 11 dias, quatro óbitos foram registrados, sinal do avanço da doença na cidade que possui ainda 409 casos confirmados e 27 ativos, segundo o último boletim epidemiológico. Já Valente tem 1.791 casos positivos, 138 ativos e 15 mortes. Queimadas, por sua vez, aparece com 43 casos ativos e 13 falecimentos em decorrência da covid-19. O número de casos totais não foi divulgado pelo município no seu boletim.

Para o prefeito André Andrade, o problema vivido pelos três municípios é uma realidade das pequenas cidades do interior baiano. “Os grandes hospitais são abastecidos diretamente com um caminhão. Salvador, Feira de Santana, esses municípios grandes não têm esse problema. Mas a gente que é cidade pequena vive de licitação, que é vencida por pequenas empresas. Só que agora, em 24 horas, consumimos o que antes era gasto em 30 dias”, disse.

O secretário de saúde de Valente também segue essa linha de pensamento. “Nós estamos torcendo para as coisas se estabilizarem para não chegarmos no patamar de Manaus. Meu fornecedor informou hoje [Segunda, 15] que a White Martins disse para ele que ia reduzir a quantidade fornecida. Se reduz de lá, reduz aqui. Só me resta apelar para ele não vender para outros setores, apenas a saúde. Tô apelando também para os donos de clínicas segurarem as compras”, disse Arnaldo Amaral.

White Martins

Em nota, a White Martins informou que "o fornecimento de oxigênio segue sendo realizado com o objetivo de manter todos os seus clientes medicinais abastecidos no Estado da Bahia, conforme estabelecido em contrato". Ainda segundo a empresa, o consumo de oxigênio nas instituições de saúde baianas registrou um aumento médio de 20% nas primeiras duas semanas de março, em comparação com as duas semanas anteriores. A empresa acrescentou ainda que não é fornecedora de oxigênio da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador.

"A companhia tem mantido constante contato com os seus clientes e autoridades de saúde locais sobre as variações de consumo de oxigênio. Nestas oportunidades, a empresa solicita que sejam comunicadas formalmente e previamente as necessidades de acréscimo no fornecimento do produto bem como a previsão da demanda. Isso porque compete às instituições de saúde públicas e privadas sinalizar qualquer incremento real ou potencial de volume de gases às empresas fornecedoras", acrescenta a nota.

"Estes estabelecimentos são responsáveis pela gestão da saúde e têm acesso a dados que compõem o panorama epidemiológico da COVID-19, como o índice e a velocidade de contágio da doença, o crescimento da taxa de ocupação de leitos, a abertura de novos leitos, a implantação de hospitais de campanha, a quantidade de pacientes atendidos, bem como a classificação dos casos. A White Martins – como qualquer fornecedora deste insumo – não tem condições de fazer qualquer prognóstico acerca da evolução abrupta ou exponencial da demanda", finaliza o texto com o posicionamento da empresa.

Medidas para conter o vírus

Em meio ao agravamento da pandemia, as gestões municipais baianas estão implementando medidas para controlar a disseminação da covid-19. Em Cipó, uma reunião foi realizada nessa segunda-feira (15) para decidir por uma aprovação de restrições mais severas. Em Valente, a decisão já está tomada e um lockdown começa a valer nessa quarta-feira, 17. O comércio, com exceção somente de postos de gasolina, terá que funcionar em sistema delivery. “Só deixamos os postos abertos, pois precisamos abastecer os veículos da saúde”, disse o secretário de saúde da cidade.

Em Queimadas, as medidas mais duras já estão valendo desde a última sexta-feira, 12. Agências bancárias, lotéricas e a feira municipal não estão mais funcionando pelo menos até o próximo domingo, 21. “São serviços que contribuem para movimentar muitas pessoas na cidade”, justificou o prefeito, que também proibiu o transporte de passageiros nas estradas da cidade.

“Pode-se contar que é um tipo de lockdown. Aqui tá parecendo feriado de finados com as ruas vazias”, disse Andrade, que recebeu uma ligação do governador Rui Costa, preocupado com a situação do município.

Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) disse que o abastecimento de oxigênio segue normal em todas as unidades da rede estadual.

“Temos elevada capacidade de armazenagem nos hospitais, pois utilizamos tanques em vez de cilindros. Além disto, temos contrato com diversos fornecedores que tem condições de dobrar a produção caso seja necessário, não havendo risco de faltar oxigênio”, explicaram.

No caso das cidades que relatam risco ou até mesmo falta do gás, a Sesab explica que os municípios são orientados a informar à Central Estadual de Regulação para que, se necessário, os pacientes sejam transferidos para outros locais que tenham o recurso indicado.

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A Bahia registrou 102 mortes e 1.163 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,2%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) nesta segunda (15). No mesmo período, 3.341 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).

Apesar das 102 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta segunda. Destas, 87 ocorreram em 2021.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 13.341, representando uma letalidade de 1,79%.

Dos 744.227 casos confirmados desde o início da pandemia, 712.692 já são considerados recuperados, 18.194 encontram-se ativos.

Situação da regulação de Covid-19

Às 15h desta segunda-feira, 482 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 179 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

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A Bahia registrou 80 mortes e 2.916 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,4%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) neste domingo (14). No mesmo período, 3.356 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).

Apesar das 80 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados neste domingo.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 13.239, representando uma letalidade de 1,78%.

Dos 743.064 casos confirmados desde o início da pandemia, 709.351 já são considerados recuperados, 20.474 encontram-se ativos.

Situação da regulação de Covid-19

Às 15h deste domingo, 495 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 255 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

Publicado em Saúde

A Bahia registrou 101 mortes e 5.124 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,7%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) nesta sexta (12). No mesmo período, 4.363 pacientes foram considerados curados da doença (+0,6%).

O registro de mortes do boletim desta sexta mantém a tendência de alta desde o final de fevereiro, trazendo mais de 100 óbitos por coronavírus por dia.

Apesar das 101 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta sexta. Os números também representam o crescimento de casos graves no estado, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs.

Das 101 mortes, 98 ocorreram em 2021. Levando em conta apenas os boletins desta semana, a partir de segunda-feira (8), é possível afirmar que pelo menos 315 pessoas morreram na Bahia desde a última sexta (5) até esta sexta (12) vítima de covid-19. Número que tende a crescer se ampliado o leque de boletins analisados, e que ainda deve contar com atualizações futuras.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 13.062, representando uma letalidade de 1,78%.

Dos 735.666 casos confirmados desde o início da pandemia, 701.553 já são considerados recuperados, 21.051 encontram-se ativos.

Situação da regulação de Covid-19

Às 15h desta sexta-feira, 513 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 219 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da república, voltou a atacar a imprensa e ironizar o uso de máscaras de proteção contra o coronavírus. A declaração foi dada em um vídeo publicado na noite desta quarta-feira (10) em seu perfil no Instagram.

"Eu acho uma pena, essa imprensa mequetrefe que a gente tem aqui no Brasil fique dando conta de cobrir apenas a máscara. 'Ah a máscara, está sem máscara, está com máscara'. Enfia no rabo gente, porra! A gente está lá trabalhando, ralando”, disse Eduardo.

Esta não é a primeira vez que a família Bolsonaro ironiza ou questiona a eficácia do uso das máscaras, embora o item seja indicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como forma de prevenção a disseminação do vírus.

“Começam a aparecer os efeitos colaterais das máscaras" e "eu tenho minha opinião sobre as máscaras, cada um tem a sua, mas a gente aguarda um estudo sobre isso feito por pessoas competentes", foram algumas das falas de Bolsonaro sobre o item em fevereiro.

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A Bahia registrou 103 mortes e 4.650 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) nesta terça (9). No mesmo período,4.872 pacientes foram considerados curados da doença (+0,7%).

O registro de mortes do boletim desta terça mantém a tendência de alta desde o final de fevereiro, trazendo mais de 100 óbitos por coronavírus por dia.

Apesar das 103 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta terça.

Os números também representam o crescimento de casos graves no estado, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs. Das 102 mortes, 100 ocorreram em 2021. Levando em conta apenas os boletins de hoje e de segunda-feira (8) é possível afirmar que pelo menos 129 pessoas morreram na Bahia entre sexta (5) e esta terça (9) vítima de covid-19.

Com as mortes registradas nesta terça, o número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 12.735, representando uma letalidade de 1,77%.

Dos 720.068 casos confirmados desde o início da pandemia, 688.301 já são considerados recuperados, 19.032 encontram-se ativos.

Situação da regulação de COVID-19

Às 15h desta terça-feira, 446 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 175 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

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O prefeito de Candeias, Dr. Pitágoras, se reuniu com os representantes da Cooperativa de Transporte Alternativo de Candeias, na tarde desta segunda-feira (08), para discutir pautas do sistema, principalmente em relação aos problemas causados pela pandemia.

Como medida de auxílio ao transporte, o prefeito anunciou a isenção da taxa do alvará e da vistoria para o ano de 2021 e também a exclusão por dia de juros e multas das dívidas do exercício de 2020. Foi acordado ainda, a intensificação das fiscalizações relacionadas aos transportes clandestinos de lotação.

O prefeito rejeitou a proposta de aumento das passagens neste momento de crise econômica, alta de preços e desemprego.

Durante a reunião foi destacado que os cuidados no transporte público devem ser redobrados com a intensificação da higienização diária dos veículos e controle de lotação.

Também estiveram presentes na reunião a vice-prefeita, Marivalda da Silva, o secretário de Transporte, Emerson Nino, o chefe de gabinete, Filipe Magno, o secretário de Fazenda, Camilo Pinto, e os associados Robério Gomes, Ariosvaldo Ribeiro.

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O comércio de Feira de Santana vai funcionar em escalonamento a partir dessa quarta-feira (10). O esquema vai funcionar desta forma até sexta-feira (12), quando começa o lockdown na cidade e se estende durante o final de semana.

Além disso, a cidade também continua com o toque de recolher em vigor, que começa às 20h. A proposta de fazer um escalonamento é reduzir o número de passageiros nos ônibus nos horários de pico.

Veja a divisão:

Grupo A - das 8h às 17h
Auto peças e Oficinas,
Locadoras e Consorssionárias
Oticas e Relojolherias e Bijouterias
Eletrodomesticos, Móveis, Colchões
Artigo de festas e Bomboniere
Cosmético e Perfumaria
Artigo Eletrônico e Informática
Embalagens e Limpezas
loja Conveniência e Floristas
Feiraguay Box nº PAR

Grupo B - das 9h às 18h
Material de Construção
Armarinho e Utilidade do lar
Cama e Mesa e Tecidos
Vestuário, Moda e Artigo Esportivo
Calçados e Bolsas e Acessórios
Artigo Escritórios e Papelaria
Despachantes e Corretoras
Barbearia e Salão de beleza
Feiraguay Box nº IMPAR


Grupo C
Shopping das 11h às 19h
Centro Abactecimento das 4h às 15h
Shopping Cidade das Compras das 8 h às 16h
Galerias e MAP e Galpão Arte das 9h às 16h

Grupo D - Horário Normal
Industrias Geral/ Construção Civil
Açougue, abatedouros e peixarias
Transportadoras, Segurança e TI
Bancos, lotéricas
Clínicas e laboratórios
Fertilizantes e Produtos Veterinária

Grupo E - Horário Normal
Padarias e Supermercados e Farmácia
Postos Gasolina e Borracharias
Ração Animal e Distribuidora Água e Gás

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Vitamina C, vitamina D, extrato de própolis e ivermectina. Essa é a lista de medicamentos que os farmacêuticos de Salvador se acostumaram a ouvir na pandemia do novo coronavírus e que, com o aumento do número de casos positivos e o pré-colapso nos sistemas público e privado de saúde, tem sido solicitada ainda mais vezes no balcão das farmácias espalhadas ao redor da cidade.

O grupo de medicamentos que, além de não ter comprovação científica de eficácia contra a covid-19, dispensa a necessidade de receituário na compra, virou o queridinho dos cidadãos que têm a expectativa de diminuir a possibilidade de ser infectado com tratamento precoce, mais uma hipótese descartada por autoridades médicas como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que já reafirmou que a única forma de se precaver para o vírus é a prevenção, com a utilização de máscaras, lavagem constante das mãos e o distanciamento social.

No entanto, justamente por não precisarem de receitas para adquirir esses medicamentos e pelo fato desses artigos serem conhecidos pelo fortalecimento da imunidade no caso das vitaminas e do própolis e combatentes de vermes no caso da ivermectina, soteropolitanos têm ido às farmácias em busca deste grupo de remédios. Sem arriscar uma porcentagem de crescimento, farmacêuticos e gerentes ouvidos pelo CORREIO afirmaram que, nas últimas semanas, é clara a existência de uma demanda ainda maior pelo grupo, que já havia superado, em procura, remédios para dor e febre - antes líderes em buscas na farmácia - e que, com o aumento massivo de casos, chegam a estar em falta no estoque de alguns estabelecimentos.

Pedidos sem fim
Jaime Neves é farmacêutico da Ultra Econômica, localizada no bairro de Brotas afirma, e afirma que os polivitamínicos, o própolis e a ivermectina nunca foram tão procurados nas últimas semanas. Segundo ele, mesmo tendo efeitos desmentidos pelas autoridades em saúde, os remédios acompanham os números de casos positivos. Quanto mais gente contaminada, mais esse grupo de remédios é solicitado.

"A gente percebeu que, por conta desses boatos e fake news, a procura por vitamínicos e extrato de própolis cresceu muito por estarem relacionados com o sistema imunológico. Ivermectina e cloroquina seguiram o mesmo caminho. Nas últimas semanas, houve um novo disparo na procura por esses remédios. Eles nunca deixaram de ser procurados, mas agora estão saindo como nunca", relata.

O farmacêutico afirmou que não consegue mensurar o tamanho da crescente na procura por esses remédios, mas diz que é seguro dizer que nenhum dos outros medicamentos conseguem superá-los em vendas: "Eu não consigo dizer qual é a taxa de crescimento na saída deles aqui, não posso precisar porque teria que analisar em um gráfico para ser mais exato. Porém, é fácil dizer que eles são os mais vendidos, com uma diferença grande", diz.

Outro que não se arrisca para pôr em números o crescimento da procura é Uelinton Ferreira, gerente da da farmácia Super Ideal, localizada em Nazaré. Mas ele garante que o grupo é, de fato, o mais procurado pelos clientes. "O que a gente tinha percebido é que esses remédios estavam sendo bem procurados, mas de uma maneira que é comum à pandemia. Agora, a demanda por eles cresceu bastante ultimamente. Os remédios como as vitaminas, que são receitados por alguns médicos para aumentar a imunidade contra a covid-19, saem muito. Estes estão no mesmo patamar da procura por antigripais e também da ivermectina", garante.

Compras não param
Se seguir o ritmo do número de novos casos de covid-19, a venda desses remédios tende a aumentar. Até porque pessoas como Ramon Andrade, 39, que tem nos polivitamínicos uma de suas maiores esperanças para evitar a covid-19. "Se fortalece a imunidade, logo vai me servir pra ficar longe do vírus e poder trabalhar em paz, sem chance de pegar o vírus. Como é que ele fortalece a imunidade, mas não é bom contra o vírus?", afirmou o cidadão após ser questionado pela reportagem do CORREIO sobre o fato das vitaminas não terem eficácia comprovada pela ciência para evitar a contaminação pelo vírus.

Outra cliente, que não quis se identificar, também vai pelo mesmo caminho de Ramon. Ela, que estava comprando Ivermectina, acredita que, se o remédio é um vermífugo, ele pode ser importante também para barrar a entrada do vírus em seu organismo. "Por que não pode ser eficiente? A Ivermectina é boa para matar verme no organismo da gente e pode sim ser um tratamento pra covid-19 não pegar a gente. Tem até médico que receita ela", disse a cliente, que discorda dos posicionamentos de autoridades em saúde que já reafirmaram a inutilidade da Ivermectina no combate ao vírus.

Um levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (Abiad) apontou que 48% dos consumidores de suplementos aumentaram o uso durante a pandemia. Chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzaneseo, Daniel Magnoni afirma que a demanda de vitaminas cresceu bastante em seu consultório.

“As pesquisas mostram que a pandemia impulsionou a busca por suplementos, não só visando à imunidade, mas também à prevenção de doenças e dores crônicas, mobilidade e falta de disposição. É importante separar o que realmente tem comprovação científica das fake news”, afirma Dr. Magnoni.

O uso das vitaminas e similares também é acompanhado de tentativas mais naturais. A dona de casa Renildes Fernandes testou positivo para o coronavírus em outubro de 2020 - pouco tempo depois de fazer uma bateria de exames que apontaram um grande déficit vitamínico em seu corpo. Ela passou todo o período da doença isolada em casa.

Durante esse período, tomou vitamina C e D, além dos mais diversos sucos: de abacaxi com hortelã, ou uma vitamina batendo couve, laranja, limão, maçã, cenoura e um pedacinho de gengibre. Seu filho, Igor, também é obrigado a tomar.

"Eu sou diabética e hipertensa. Tinha uma alimentação daquele jeitinho brasileiro que não liga pra nada. Depois da pancada, eu vim acordar e perceber que precisava viver mais um pouco. Então a gente vai se cuidando como pode", disse Dinha.

É possível encontrar pessoas que aliam remédios sem receitas às fórmulas naturais em todo canto da cidade. Dona Dinha mora no Engenho Velho da Federação. Em Brotas, a corretora Suzana Soares, 63, também faz os seus chás, toma vitamina C e convida, delicadamente, que as duas filhas façam o mesmo. Já no bairro de São Marcos, a massoterapeuta Nadjane Santana segue pelo mesmo caminho, e tem a companhia do maridão.

É sempre bom reforçar que nenhuma dessas medidas, naturais ou não, possuem eficácia comprovada contra o coronavírus. A médica nutróloga Mariana Sampaio afirma, no entanto, que um estilo de vida saudável, uma boa alimentação e uso de substâncias indicadas por um profissionail de saúde para melhorar a imunidade são bem-vindos. Desta maneira, os anticorpos da pessoa ficam mais preparados para combater todo tipo de infecção e pode diminuir eventuais debilidades que o vírus deixa no organismo.

Para o infectologista Matheus Todt, a compra desses medicamentos pode, inclusive, desviar o foco do que é mais importante. "Não existe medicamento que trate ou previna a covid-19, não há eficácia comprovada que justifique o uso em nenhuma substância farmacológica para o vírus. Além disso, têm efeitos colaterais e podem terminar iludindo as pessoas, que começam a achar que não pegam a doença e passam a ter mais displicência nos cuidados básicos como o uso de máscara e distanciamento que são as maneiras eficientes de se proteger contra a covid-19", afirma.

Risco à saúde

A automedicação pode causar sérios problemas de saúde, como o noticiado pelo CORREIO, dos casos de hepatite causados por Ivermectina que assustam hepatologistas em Salvador. Houve caso de profissionais que em mais de três décadas de trabalho como hepatologista, havia atendido dois pacientes com lesões no fígado provocadas por Ivermectina e nos últimos cinco meses receberam quase dez pessoas. Todas ingeriram doses excessivas do remédio – cinco delas com prescrição médica.

É justamente esse uso excessivo dos medicamentos que preocupa os farmacêuticos. Magno Teixeira, presidente do Sindicato dos Farmacêuticos da Bahia (Sindifarma), acredita que quem toma muitas doses dessas substâncias em um curto espaço de tempo, o que não é recomendado, principalmente, no caso da Ivermectina, pode sofrer com efeitos colaterais. "As pessoas usam o polivitamínico com a ideia de fortalecer o sistema imunológico, mas a questão é que esse fortalecimento não é rápido. Isso vem com o tempo, aos poucos, junto com atividades físicas e alimentação saudável regular. No caso, a Ivermectina, além de não ter efeito, pode causar efeitos colaterais porque, ao invés de usar uma vez a cada 15 dias, as pessoas usam diariamente, o que pode causar um efeito colateral significativo", afirma.

Procurado pela reportagem do CORREIO, o Conselho Regional de Farmácia (CRF), endossou a não existência de substâncias farmacológicas que sejam eficazes contra a covid-19. "Até o momento, não há nenhum tipo de medicamento que previna a infecção causada pelo novo coronavírus, com exceção da vacinação. Medidas individuais não farmacológicas são muito importantes para prevenir a covid-19, como o uso de máscara, distanciamento social e boa higiene das mãos", escreve.

Publicado em Bahia