Sábado, 27 Abril 2024 | Login

Entre todas as capitais do país, Salvador é a que possui a internet mais lenta, de acordo com um levantamento realizado entre julho e setembro deste ano pelo site Minha Conexão. A capital baiana, além de estar atrás das principais cidades, possui banda larga pior do que municípios do interior e nem aparece no ranking dos dez com internet mais rápida na Bahia. Enquanto isso, o estado possui a terceira pior velocidade do Nordeste, com média de 82.77 megabytes por segundo (Mbps).

Durante o terceiro trimestre deste ano, a empresa realizou cerca de 6 milhões de testes gratuitos de velocidade em todo país. O objetivo da pesquisa é manter os consumidores informados sobre os provedores e regiões de boas performances. As cidades de Lagoa Real, Juazeiro e Remanso são as que possuem as melhores conexões no estado, segundo a pesquisa.

O pódio dos lugares com as melhores conexões de internet é composto, em sua maioria, por cidades de médio porte. A localização geográfica, os avanços tecnológicos na distribuição de dados, o crescimento da demanda por conectividade durante a pandemia, a descentralização de empresas provedoras e a quantidade de demandas são cinco dos fatores que ajudam a explicar a qualidade (ou não) da internet.

Isso quer dizer que não é necessariamente o tamanho de um município que determina a qualidade da internet oferecida. Salvador, por exemplo, teve como média de velocidade 85.13 Mbps no trimestre – quase metade da rapidez de Wenceslau Guimarães, no sul do estado.

Gerente de produto do Minha Conexão, Alexandre Martins elenca outros dois fatores determinantes na qualidade de internet de uma região. “A maturidade do mercado de telecomunicações, em relação à quantidade de concorrentes e de opções que o cliente tem, e questões socioeconômicas”, indica Martins.

No ranking dos estados do Nordeste, a Bahia fica na frente apenas de Alagoas e Sergipe. Já as capitais Cuiabá, Goiânia e Porto Velho se destacam quando o assunto é a conectividade mais veloz.

Como algumas regiões têm poder aquisitivo menor que outras, as empresas de telecomunicações ajustam as ofertas de plano – portanto, de rapidez e qualidade – para que sejam acessíveis para a população de determinado local.

“Por consequência, isso faz com que algumas regiões do Brasil tenham médias de velocidade inferiores do que outras”, conclui Martins.

Atualizações
Nos últimos anos, duas transformações foram determinantes para a evolução da conectividade nas cidades menores: a pandemia e a popularização da fibra óptica.

A primeira porque, ao transformar as dinâmicas sociais e de trabalho, exigiu uma conectividade maior – o acesso à internet em domicílios rurais foi de 51% a 71% e, nas cidades, de 75% a 83%, segundo o Cetic.br. A segunda, em parte consequência dessas transformações, porque facilitou a distribuição da internet.

Isso porque, antes da fibra óptica, a transmissão de internet acontecia por fiação metálica. E os metais, em uma torre, ficam sujeitos a problemas: eletromagnetismo, intempéries do tempo e até a altura do som de um carro atrapalham.

O metal também possui uma limitação física: um cabo se entende por três quilômetros. Quanto mais distante, mais cabo e menos velocidade. Já um cabo de fibra óptica, feito de vidro ou plástico, pode se estender por 500 quilômetros, sem comprometimento na qualidade da internet se houver necessidade de novos cabos.

Segundo a Anatel, a fibra óptica já representa dois terços da banda larga fixa no Brasil.

Quais são os desafios para uma internet de qualidade?

André Oliveira é analista de sistemas e dono de uma empresa localizada em Feira de Santana, a Core3, que distribui internet para 140 municípios. Quando iniciou no mercado, há 15 anos, eram necessárias até semanas para finalizar a instalação de um ponto de internet. André lembra do caso de um cliente, uma multinacional, que ele e a equipe atendem desde o início da empresa.

“Para entregar 10 megas, deu o maior trabalho, um sofrimento. Levamos quase 15 dias para instalar. Esses caras ainda estão com a gente. Fomos instalar um ponto de 1 giga, 100 vezes maior que antes, e instalamos em uma manhã”.

As dificuldades de acesso e distribuição de internet, no entanto, ainda existem. O dono da Core3 cita, por exemplo, o preço dos equipamentos, em dólar, durante a Guerra na Ucrânia e a crise econômica brasileira.

Para a professora de Energia Elétrica da UniFTC de Petrolina (PE), Marília Gabriela Alves, os principais desafios ainda são: qualidade, instabilidade e velocidade do sinal, alto custo dos planos e equipamentos, além da falta de conhecimento para uso da internet.

Os remédios para cada um deles dependem da região e nos grandes centros podem estar os maiores desafios.

"A qualidade depende dos equipamentos, número de usuários, características geográficas. O acesso à internet tem crescido, porém a qualidade não tem sido garantida", explica a professora.

A pesquisadora acredita que a melhor forma de definir a qualidade da internet no Brasil seria "um produto ainda em amadurecimento".

Publicado em Bahia

O mês de novembro registrou acumulados de chuvas de 208,7% da média histórica (Normal Climatológica). Neste mês, a estação pluviométrica de Ondina (Inmet), usada como referência, registrou acumulados de chuvas de 225,8 mm. O esperado para este mês é de 108,2 mm, segundo a climatologia do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

Os maiores acumulados de chuva no mês de novembro de 2022 foram nas estações de Chapada do Rio Vermelho (252,0 mm), Rio Sena (245, 2mm), Doron (243,8 mm), Cajazeiras VIII (235,4 mm) e Fazenda Coutos (233,4 mm). Já os maiores picos de chuva que ocorreram em uma hora foram registrados nas estações de Cajazeiras VIII – Mangabeira (52,0 mm), Mirante de Periperi (47,6 mm), Castelo Branco (46,6 mm), Cajazeiras VIII (46,4 mm) e Tancredo Neves (45,0 mm).

Segundo a Defesa Civil, os fenômenos La Niña, que é o resfriamento das águas do Pacífico Tropical, e o aquecimento da temperatura de superfície do Oceano Atlântico intensificaram os sistemas meteorológicos sobre a região de Salvador. Na capital, em novembro, o clima foi influenciado por frente fria, sistema de baixa de pressão (cavado), convergência de umidade, ventos úmidos do oceano Atlântico e Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), informa o Centro de Monitoramento de Alerta e Alarme da Defesa Civil (Cemadec).

"Apesar de termos registrado grandes acumulados de chuvas no período, fechamos o mês sem o registro de ocorrências graves, o que ressalta a importância de nossas ações preventivas, principalmente nas áreas de maior risco de nossa cidade", afirma o diretor-geral da Codesal, Sosthenes Macêdo.

Publicado em Bahia

As obras do primeiro terminal de recarga para ônibus elétricos em Salvador devem ser iniciadas em até 15 dias. Foi o que estimou o secretário municipal de mobilidade (Semob), Fabrizzio Muller, durante o 113º Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana, realizado na manhã dessa segunda-feira (21), no Wish Hotel da Bahia, no bairro do Campo Grande. O prefeito Bruno Reis esteve presente no evento.

A capital será a primeira do Nordeste a implantar um terminal de eletrocarga, cuja capacidade será até 40 veículos por vez. “Será a maior estrutura de recarga, hoje, em área pública do país”, afirmou Muller, que também é vice-presidente geral do Fórum.

O terminal ficará ao lado da estação do BRT Rodoviária. Por enquanto, Salvador conta com quatro ônibus elétricos, que integram o BRT, e mais quatro devem chegar à cidade até o fim do ano. "A gente gostaria que já estivesse em obra, mas, em razão da licitação, se atrasou um pouco", disse o titular da Semob, que antecipou que ainda haverá outros terminais. "Deveremos ter outras estações quando tivermos toda a rede integrada rodando. Claro, que de forma gradativa, mas é algo que a gente já vem trabalhando", explicou ele.

A transição para a eletromobilidade — uso de veículos movidos por eletricidade — e modelos de financiamento estiveram no centro das discussões no fórum, promovido em parceria com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) e responsável por abrir uma série de eventos nacionais voltados à mobilidade urbana. “O sistema de transporte público, como é sabido, está saindo ainda de uma das maiores crises de sua história, e a gente, aqui, utiliza esse fórum como troca de experiências e conhecimentos de boas práticas”, declarou Muller.

Ainda no fórum, houve apresentações de autoridades de outros estados, como Sergipe, São Paulo, Goiás e Paraná, e de representantes de instituições parceiras da prefeitura de Salvador reconhecidas internacionalmente na área de mobilidade urbana, como a Tumi, a WRI e a GIZ. Também foram abordadas a gratuidade para idosos, a regulamentação dos aplicativos de transporte de passageiros e a proposta do projeto de lei para criação do Marco Legal do Transporte Público.

Em paralelo ao encontro, aconteceu o Tumi Day, promovido pela já citada Iniciativa de Mobilidade Urbana Transformativa (Tumi), com representantes de cinco cidades brasileiras — entre elas, a própria Salvador — escolhidas pela iniciativa para receber apoio técnico na implantação de ônibus elétricos na operação de transporte. Fabrizzio Muller acredita que o advento do BRT represente a chegada de uma nova cultura. “É tentar buscar os serviços que estão prestados no BRT para o resto da cidade”, almeja.

Já nestas terça (22) e quarta-feira (23), acontecem as reuniões do grupo Qualionibus, durante as quais municípios e entidades se reúnem para discutir diversas temáticas a respeito do transporte coletivo, como combate ao assédio sexual, financiamento e mobilidade. O grupo fará também uma visita técnica ao BRT, em que poderá conhecer o local onde será implantado o Eletroterminal de Salvador, além de visitar o Centro de Controle Operacional (CCO) do modal, considerado um dos mais modernos do país.

Dificuldade para manter o sistema

Uma tecla batida tanto por Fabrizio Muller como pelo prefeito Bruno Reis (União) foi a da dificuldade enfrentada pelas prefeituras para manter o sistema de transporte público. “A tarifa não remunera mais o sistema. Isso é uma constatação”, declarou Reis, mencionando, em seguida, fatores como a queda do número de passageiros transportados durante a pandemia e o aumento do custo dos insumos.

O prefeito acrescentou que Salvador é a 23ª capital em arrecadação per capita, “com déficits históricos em todas as áreas”. “Nós não temos condições de assumir mais essa responsabilidade. Essa é outra constatação que eu trago da minha experiência e por conhecer as contas públicas da nossa prefeitura e da maioria das prefeituras do Brasil”, afirmou Bruno Reis.

O gestor definiu como "o xis" da questão a busca de formas de diminuir as despesas e de conseguir apoio para subsidiar o sistema. “Aqui, por exemplo, nós temos o desafio que é a questão do cobrador, o desafio no reordenamento das linhas”, exemplificou ele. “Em todos os países do mundo, de extrema-direita, de centro ou de extrema-esquerda, o transporte público é subsidiado por quem? Pelo órgão central”, argumentou Reis.

Questionado sobre a verba necessária para o equilíbrio das contas do município, Fabrizzio Muller disse não haver “como falar em valor específico”. “Hoje, nosso sistema é remunerado pela tarifa. Quando você teve uma redução expressiva do usuário pagante, isso mostrou o tamanho da crise. [...] O que a gente tem que buscar são novas fontes de financiamento”, respondeu o secretário da Semob.

Próximas entregas de obras viárias

Salvador deve ganhar ou dar início à construção de, no mínimo, mais cinco equipamentos viários até 2024, de acordo com Bruno Reis. Até o fim do mandato, devem ser entregues um viaduto em frente ao Shopping da Bahia; um viaduto na região do Detran; a duplicação do Pontilhão Marcos Freire; as obras complementares ao Complexo da Rótula do Abacaxi; e novas vias de acesso a diversos bairros da capital baiana.

“Tem outras grandes novidades que, após a conclusão dos projetos e a garantia dos recursos, nós faremos os devidos anúncios”, acrescentou Reis. “Se não forem concluídos no nosso governo, nesses próximos dois anos, estarão em execução”, assegurou ele.

O prefeito aproveitou para endossar a importância do BRT para a cidade. “A gente sempre frisa que o BRT é mais do que uma obra de transporte público: é uma obra de mobilidade. Então, temos o conjunto de viadutos do trecho 2”, afirmou ele, dando destaque ao cruzamento das avenidas Vasco da Gama e Garibaldi.

Reis relembrou investimentos anteriores feitos durante sua gestão. “Inauguramos, pelo menos, cinco importantes vias”, disse, em referência a entregas como a Via Bronze; a Estrada das Pedreiras; a Estrada dos Fidalgos; a ligação do Jardim Nova Esperança com a Avenida Mário Sérgio; e o ‘mergulhão’ entre as avenidas Tancredo Neves e Magalhães Neto. "Nenhum governo, em tão pouco tempo, investiu tanto em mobilidade e tem tantos investimentos previstos como o nosso", declarou o gestor.

Publicado em Bahia

Falta menos de um mês para o fim do ano letivo, mesmo assim escolas e universidades de Salvador emitiram comunicados nos últimos dias orientando os estudantes e funcionários a usarem máscara de proteção e a completarem o ciclo vacinal. O temor é de que as aglomerações de verão provoquem uma nova onda de contaminação no estado, como já vem acontecendo no restante o Brasil.

O Colégio Vitória-Régia, no Cabula, informou que está trabalhando esse assunto internamente com colaboradores, alunos e famílias. O comunicado foi encaminhado na quinta-feira (17) e terá continuidade nos próximos dias.

“Com o aumento de atendimento de casos respiratórios, os órgãos de saúde têm reforçado a necessidade de uso de máscara, vacinação e intensificação da testagem contra covid-19. Assim, visando o cuidado e a proteção de todos, lembramos a importância da higiene das mãos, o uso da máscara em ambientes fechados e a manutenção da carteira de vacinação em dias como medidas preventivas para o combate ao covid-19. Cuide de si e cuide do outro”, diz o texto.

Os Colégios Marista e Mendel também enviaram comunicados aos pais e colaboradores. Apesar da iniciativa, o uso de máscaras em escolas atualmente não é uma obrigação. Semana passada, o Ministério da Saúde (MS) recomendou que a população volte a usar o equipamento em espaços fechados, mal ventilados e com aglomeração, em especial para pessoas com comorbidade, idosos, imunossuprimidos e gestantes.

A Escola Pan American School of Bahia (PASB) afirmou que também emitiu um comunicado para os pais reforçando a sugestão de que, embora não seja mais obrigatório, o equipamento é considerado um recurso eficaz para evitar o contágio do vírus. “Também recomendamos a abertura das portas e janelas para mais circulação do ar e os professores estão reforçando a higienização das mãos com seus alunos”, diz.

No Colégio Antônio Vieira, no Garcia, o comunicado foi emitido em agosto, quando a Bahia vivia um pico de contaminações, e está em vigor desde então. A direção pede que as famílias não levem os estudantes para a escola em caso de sintomas gripais e diz que um novo aviso só não foi emitido, porque parte dos alunos já encerraram o ano letivo e outra parte conclui nos próximos dias.

A Bahia registrou, na última semana epidemiológica, 1.012 novos casos de covid-19, com uma média de 833 casos ativos e 5 óbitos notificados. O estado ainda não registrou casos da variante BQ.1, mas as autoridades sanitárias temem que com a aproximação do verão e as aglomerações típicas do período, aconteça uma nova onda de contaminação.

Atualmente, a Bahia é o único estado do país considerado estável, ou seja, sem aumento e nem diminuição expressiva de casos. Em média, são 250 novos diagnósticos por dia. No entando, segundo o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), no primeiro semestre deste ano, eram processadas por dia, em média, cinco mil amostras para testagem do vírus. Mas, nos últimos meses, o número caiu para cerca de mil testes por semana, o que representa uma queda de 97% no processo de detecção do coronavírus no estado.

De acordo com o MS, entre 6 e 11 de novembro foram notificados 57.825 casos e 314 mortes por covid-19 no país. A média móvel nacional dos sete últimos dias é de 8.448 diagnósticos diários, o que representa um aumento de 120% se comparado com a semana anterior. A média de óbitos teve crescimento de 28%, com 46 mortes, frente a 36.

Universidades
Na quarta-feira (16), o Comitê de Assessoramento da Covid-19 na Universidade Federal da Bahia (Ufba) emitiu um comunicado no qual recomenda o uso de máscaras em ambientes fechados da instituição. O documento faz uma análise do avanço da variante BQ.1 derivada da Ômicron, em todo país, e da necessidade de reforçar os cuidados. No dia seguinte, a Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) publicou um boletim pedindo que a comunidade acadêmica redobre a atenção.

Instituições privadas, como a UniFTC e a Unifacs afirmaram que seguem as diretrizes dos órgãos de saúde e recomendam que estudantes e colaboradores adotem as medidas de prevenção contra a covid-19. O presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior da Bahia (Semesb/ Abames), Carlos Joel Pereira, explicou as medidas.

“As instituições de ensino entendem que devem obedecer de forma rigorosa toda a orientação sanitária passada pelos órgãos de saúde. Então, se houver indicativo ou necessidade de uso de máscara ou novas medidas que inibam a proliferação do vírus, elas vão se manifestar no sentido de assim agir”, disse.

Proteção
Apesar de as máscaras não serem obrigatórias nas escolas e universidades, há quem não abra mão do equipamento. Os Colégios Bernoulli e Módulo informaram que não emitiram nota, mas que alunos estão fazendo o usando dos EPIs por conta própria. A estudante Eduarda Souza, 23 anos, explicou porque manteve a proteção.

“Por mais que os números tenham caído no meio do ano, fiquei com receio porque a sala de aula é um ambiente fechado e que concentra muita gente. Mantive o uso também no ônibus e no metrô. Só não usava máscara em espaços abertos, como quando ia à praia ou passear com o cachorro na rua”, contou.

Os Colégios Integral, Oficina, Anchieta, Anchietinha e São Paulo lembraram que a exigência do uso de máscaras em escolas precisa ser determinada pelas autoridades sanitárias, e que sempre recomendaram o uso do equipamento e a vacinação. As Secretarias da Educação da Bahia e de Salvador também disseram que seguem as orientações dos órgãos de saúde e que não há determinação nesse sentido.

O Conselho Estadual de Educação e a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) foram procurados, mas não se manifestaram.

‘Não precisa esperar o caos para poder agir’, diz especialista
O presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Marcos Sampaio, afirmou que o uso de máscaras em escolas e universidades é uma medida necessária. Ele frisou que a proteção deve ser adotada em todos os espaços fechados.

“Não precisamos viver o caos para só depois tomar as medidas necessárias. Salas de aula são ambientes fechados e as escolas têm muitas crianças que não completaram o ciclo vacinal, então, essa medida precisa ser adotada de imediato”, afirmou.

Na sexta-feira (18), o Conselho enviou ao Governo Federal recomendações para frear a o avanço do vírus, como a adoção de medidas eficazes e ágeis para vacinação, o retorno da obrigatoriedade da apresentação do cartão de vacina em espaços de grande concentração de pessoas e a disponibilização, em caráter emergencial, de vacinas bivalentes de 2ª geração, além da ampliação do estímulo à testagem da população.

Perguntada se vai exigir máscaras em escolas, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) informou que permanece em alerta para adotar e indicar medidas oportunas, que a Bahia tem a segunda menor taxa de mortalidade por covid do país e que as recomendações para enfrentamento da pandemia são: completar o esquema vacinal, testagem de sintomáticos, isolamento de positivos e uso de máscara em unidades de saúde.

Publicado em Bahia

A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2023 deve ser votada na próxima semana na Câmara de Vereadores de Salvador. O prefeito Bruno Reis (UB) informou, nesta quinta-feira (17), durante coletiva de imprensa no bairro do Comércio, que a Câmara, após o período eleitoral e com o estabelecimento de um novo calendário para apreciação de projetos, deve voltar a ter uma relação dinâmica com o Executivo municipal.

"A LDO já deveria ter sido votada no primeiro semestre. Ontem [quarta-feira], num acordo de líderes, foi estabelecido um calendário, com isso a Câmara vai voltando a sua normalidade com a relação entre o Executivo e Legislativo, sempre colocando os interesses da cidade acima das disputas políticas, das questões partidárias", disse o prefeito.

Bruno Reis também pontuou que ainda não fez nenhum acordo com o governador eleito da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), mas que as pautas no Legislativo precisam avançar. "Temos a LOA, que é a Lei Orçamentária do ano que vem, e tem alguns ajustes, incentivos fiscais e IPTU, inclusive fixando a correção que é prevista normalmente pelo IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] do período, que é a inflação. Todas essas pautas precisam ser discutidas e precisam do empenho do Legislativo e do Executivo. Passada a eleição, todos precisam descer do palanque e trabalhar juntos", comentou.

Sobre uma possível reforma administrativa municipal para 2023, o prefeito disse que não há previsão para uma mudança. "Ainda não é o momento para falar se vai ter mudança ou não. Pode ser que algumas peças possam ser reposicionados, mas não é esse o foco agora", finalizou.

Publicado em Política

Pais e responsáveis por crianças na capital e no interior do estado estão em alerta por conta do aumento de casos de meningite viral. Este ano, já foram registradas 31 ocorrências da doença em Salvador, número 675% maior do que os quatro pacientes diagnosticados na cidade em 2021, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em toda a Bahia, foram 85 casos em 2022, contra 17 no mesmo período de 2021, aumento de 400%.

A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) afirma que o aumento ocorre porque, no auge da pandemia, as medidas de prevenção para conter a covid-19 também serviram para frear a meningite. Em 2020, foram 35 ocorrências na Bahia. Já em 2019, antes do novo coronavírus, o número foi alto também - 104.

Fortes dores de cabeça, vômito e febre acima de 38º são os principais sintomas da doença que inflama as camadas dos tecidos que recobrem o cérebro e a medula espinhal. A meningite viral é causada por um vírus e é o tipo mais comum da doença, que também pode acometer os pacientes via bactérias. A forma bacteriana tende a ser mais grave do que a viral.

Adriana Dourado, sanitarista da diretoria de Vigilância Epidemiológica da Sesab, garante que até então não há registro de surto da doença no estado. Ela explica que a baixa notificação entre 2020 e 2021 se deve às medidas de isolamento e ao uso de máscaras. “Isso favorece o controle de outras doenças, como meningite”, acrescenta.

A transmissão da doença se dá pela saliva, secreções respiratórias ou contato com objetos contaminados. Diversos vírus podem provocar a doença, por isso é importante estar sempre com a caderneta de vacinação atualizada.

“Não existe uma vacina para meningite viral, mas para os vírus que causam a doença. Por exemplo, a vacina tríplice viral vai prevenir contra o sarampo, que pode levar à meningite”, esclarece.

Na metade do mês de outubro, a escola Gurilândia, que possui unidades nos bairros Pituba e Federação, enviou um comunicado aos pais e responsáveis pelos alunos alertando sobre a meningite viral e os sintomas da doença. No comunicado, a escola nega que tenha havido casos confirmados entre os estudantes, mas reforça que crianças com sintomas devem ir ao médico e permanecerem em observação.

A filha da advogada Tatiana Matos é aluna do grupo 5 da escola, e a mãe foi uma das que recebeu o comunicado. Tatiana, que é representante da turma da filha, conta que ficou preocupada quando soube de rumores de que alunos estavam com a doença e que por isso marcou uma reunião com a diretoria.

“A escola mantém uma central de monitoramento desde a pandemia e existia um boato de que alunos estavam com meningite viral no grupo 4. Quando soube, marquei uma reunião online, e até hoje nenhum caso foi confirmado”, afirma a advogada. A reportagem tentou contato com a escola, mas não obteve resposta até a publicação desta reporagem.

A doença
Casos de meningite viral são mais comuns em crianças de até 5 anos e dificilmente evoluem para quadros graves, como explica o virologista Gúbio Soares.

“Em caso de sintomas, é importante procurar os centros médicos. Geralmente, as medicações para a doença são conhecidas e controlam a febre e a dor de cabeça. Em casos raros, a meningite viral evolui para casos graves", diz o especialista.

O estudante Edrei Santos, 21, lembra até hoje da dor que sentiu pouco antes de ser diagnosticado com meningite viral, aos 12 anos de idade. Em uma manhã, quando acordou em casa, em Feira de Santana, a pressão na parte de trás da cabeça era tão forte que ele teve dificuldades para falar e andar.

“Acordei sentindo uma dor que me deixava paralisado. Eu lembro que comecei a chorar e que quanto mais eu gritava, mais dor sentia. Foi quando meus pais me levaram ao hospital”, relembra o jovem. Quando a meningite viral foi descoberta, Edrei passou cerca de uma semana internado para tratar os sintomas e felizmente recebeu alta sem adquirir sequelas.

Os sintomas das meningites viral e bacteriana são parecidos, por isso, é essencial procurar um especialista, para que o tratamento adequado seja feito.

Pessoas de até 19 anos devem tomar vacina contra forma bacteriana

Se para a meningite viral não existe vacina específica, no caso da forma bacteriana a vacina está disponível nos postos para os profissionais de saúde e pessoas de até 19 anos. Duas vacinas são oferecidas, a meningocócica tipo C (conjugada) e a ACWY. O público alvo foi expandido depois de um aumento de casos da forma bacteriana.

Em outubro, houve aumento de 160% nos casos do tipo bacteriano, mas segundo a Sesab, até julho, apenas 62,9% das crianças baianas tinham se imunizado. Até 24 de setembro, a Bahia tinha 273 pacientes com a doença. O aumento não é exclusivo daqui: em São Paulo houve crescimento de 77% nos casos entre maio e setembro.

Com medo da doença, a estudante de Psicologia Juliana Motta, 27, antes de participar de um congresso na capital paulista, procurpu um posto. “As profissionais de saúde me disseram que como eu já tinha tomado a vacina na infância, não precisava tomar novamente”.

Pouco antes da viagem para São Paulo, Juliana Motta também disse que iria se prevenir como fez durante a fase aguda da pandemia: usando máscara em locais fechados, lavando as mãos sempre que possível e usando álcool em gel.

Sintomas da meningite:

Febre
Rigidez na nuca
Dor de cabeça
Mal-estar
Náusea e vômito
Confusão mental
Sensibilidade à luz
Dores intensas ou dores nos músculos, articulações, peito ou barriga
Manchas vermelhas na pele, parecidas com picadas
Respiração rápida
Calafrios

Publicado em Saúde

Um pãozinho torrado, ovos bem mexidos ou simples cuscuz. O café da manhã tão tradicional na mesa de todo baiano tem sofrido adaptações devido à alta nos preços de alimentos nos últimos meses, sobretudo, da manteiga, item indispensável no dia a dia. O preço do produto encareceu 30,41% nos últimos 12 meses em Salvador, sendo possível encontrar um pote de 500g por R$ 37,04 - conforme pesquisa no Preço da Hora. O índice supera até mesmo a taxa de inflação geral acumulada no último ano, de 8,87%, apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O economista Guilherme Dietze, consultor econômico da Fecomércio-Ba, diz que múltiplos fatores constroem o cenário de alta para a manteiga, de modo igual para outros derivados do leite. Ele explica que o preço de commodities - produtos básicos a exemplo da soja, milho e trigo, que são componentes da ração animal - cresceram por conta da crise econômica na pandemia. Assim como devido à guerra da Ucrânia, visto que os dois países envolvidos são exportadores de insumos. O resultado do cenário culminou em baixa oferta dos grãos para alimentação dos bovinos.


Dietze ressalta que, no Brasil, ainda houve período de estiagem no último ano. Com a seca, produtores precisaram complementar alimentação do pasto justamente com ração - já inflacionada pela baixa oferta e alta demanda global - fazendo com que o custo de produção do leite e derivados ficassem ainda mais caros. “O IBGE mostra redução na produção de leite e disparada de preço”, relaciona.

Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a manteiga (1,49%) é um dos quatro produtos que compõem a cesta básica e tiveram aumento em setembro, na capital. Completam a lista a farinha de mandioca (1,59%), café em pó (0,49%) e arroz agulhinha (0,38%). Houve aumento no valor médio do quilo da manteiga em 14 das 17 capitais no último mês. As taxas variaram entre 0,19%, em Brasília, e 5,44%, em Campo Grande.

Para o economista Gustavo Palmeira, do DIEESE, a menor oferta de leite no campo e consequente aumento do preço dos derivados está mais ligada à questão climática e período de entressafra do que ao contexto da Ucrânia, Segundo ele, existe a possibilidade de influência internacional, porém, é preciso confirmar que a ração utilizada para produção de leite é derivada de trigo - produto o qual Rússia e Ucrânia são grande produtores.

O economista ainda relaciona o aumento do custo na produção de leite ao câmbio, que tornou mais cara a compra de insumos que dependem de matéria-prima importada, como os fertilizantes, suplementos minerais e medicamentos.

Na mesa do café da manhã, o item não foi o único a amargar o aumento do preço. De acordo com o IBGE, a variação acumulada dos últimos 12 meses do leite longa vida chegou a 61,5% e a do café moído chegou a 46,49%. O pão francês foi o produto que teve o menor índice nesse período, com 19,67%.

Adaptações
Por conta dos preços, consumidores têm escolhido cortar o produto, trocá-lo pela margarina ou diminuir o consumo. A dona de casa Marlucia Omena, 77, conta que comia com frequência alimentos com manteiga, mas já pensava em cortar por questão de saúde em razão do colesterol. Com o aumento do preço, ela finalmente parou de comprar manteiga e foi adaptando as receitas.

“Eu amava manteiga, comia pão com manteiga, bolacha com manteiga, era mortadela frita na manteiga, aipim, cuscuz, tudo tinha que ter manteiga. Hoje só como manteiga quando outra pessoa faz a comida. Em casa não uso manteiga de jeito nenhum. Até que me acostumei a comer pão com creme de ricota ou patê de frango, bolacha já não como mais e cuscuz agora é com leite”, ressalta.

Para adaptação, a dica que o economista Antonio Carvalho dá é justamente reduzir o consumo - em caso de itens não essenciais - para alertar os fornecedores sobre a expectativa de preço dos consumidores. “É a forma que consumidor tem [protestar], quando para de comprar, o fornecedor percebe e entende que preço que está cobrando não está sendo aceito”, avalia.

Já a nutricionista Barbara Dias Severo alerta que é importante estar atento ao consumo da margarina, que pode ocasionar o aumento das chances de ter derrame e infarto. E, embora a manteiga seja menos prejudicial à saúde, a substituição deve ser moderada em razão do produto ser rico em gorduras saturadas e colesterol. "O maior substituto da manteiga hoje é o óleo de coco, tem valor biológico muito melhor por ser fonte de gordura vegetal", indica.

Após alta de 66%, preço do leite tem queda na capital
Dados do DIEESE revelam que o preço do leite integral diminuiu em 16 capitais durante setembro, inclusive, em Salvador (2,15%). A queda vem após o acumulado dos últimos 12 meses marcar aumento de 66,15%.

O economista Gustavo Palmeira, do DIEESE, explica que, como a produção de leite requer menos processos e tempo para venda, o ajuste do preço é mais rápido do que dos derivados, que passam por mais etapas de produção até chegar no consumidor final. É esperado, portanto, que o iogurte, manteiga e queijo também reduzam os valores, contanto que o cenário continue o mesmo para o leite.

Queijo, iogurte, leite Fermentado, manteiga, creme de Leite, leite Condensado, requeijão e cream cheese são alguns dos derivados do leite Foto: reprodução

Em consonância, o preço da cesta básica na cidade de Salvador foi a capital com a segunda cesta básica mais barata (R$ 560,31) entre as capitais pesquisadas pelo Departamento, a cidade apresentou variação negativa de -2,88%, em relação a agosto. Contudo, na variação acumulada ao longo do ano, a elevação foi de 8,12%.

No mesmo mês, o trabalhador de Salvador remunerado pelo salário mínimo precisou trabalhar 101 horas e 43 minutos para adquirir a cesta básica. Em agosto, o tempo de trabalho necessário foi de 104 horas e 43 minutos, e, em setembro de 2021, de 95 horas e 46 minutos.

Publicado em Bahia

Esperança e alívio foram os sentimentos de pais ao redor do Brasil quando souberam, em agosto, que poderiam vacinar os filhos de 3 e 4 anos contra a covid-19. Na Bahia, a liberação significa a imunização de mais de 410 mil crianças, sendo necessário o envio de 744 mil doses para esquema completo do público-alvo. Desde o anúncio do Ministério da Saúde (MS), no entanto, o estado recebeu apenas uma remessa com 71 mil doses do imunizante, o que representa apenas 9,5% do necessário, segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Do total enviado, 57.851 (14,09% do público-alvo) receberam a primeira dose e apenas 18.395 crianças (4,48%) completaram o esquema vacinal, mostra o Painel Vacinação Covid-19 da Sesab. Ao todo, a vacinação alcançou 76 mil crianças da faixa etária na Bahia, mais do que a pasta federal enviou. A Sesab explica que isso é possível porque o estado realizou levantamento dos estoques disponíveis no território e havia cerca de 200 mil doses aptas para concluir os esquemas vacinais primários iniciados com o imunizante enviado.

Embora não tenha dados sobre a busca e a quantidade de doses nos postos de vacinação municipais, a Sesab diz que já fez pedidos da CoronaVac à pasta nacional para atender à demanda e não recebeu retorno. Sem novas remessas, a Secretaria aponta para a suspensão da vacinação por conta do número de doses insuficientes.

O cenário de interrupção já vem acontecendo em outros estados. No Rio de Janeiro, Distrito Federal e em ao menos 11 municípios do Rio Grande do Norte, postos pararam de aplicar a primeira dose. Em São Paulo, está disponível apenas para crianças com comorbidades, deficiências ou indígenas. Isso em um momento em que especialistas alertam para uma nova onda da doença no Brasil, já que os Estados Unidos e países da Ásia e da Europa estão tendo um aumento no número de casos de covid.

Salvador e Feira de Santana têm um público maior que o número de doses recebidas, mas ainda seguem com estoque disponível e, portanto, vacinando sem restrições à espera de nova remessa da Saúde.

Até o momento não houve remanejamento de doses para que não haja falta devido à baixa procura pelas vacinas, ou seja, apesar da quantidade inferior ao necessário distribuída ao estado, a adesão à vacinação infantil não esgotou os lotes.

Quem ainda não vacinou o filho de 4 anos, Davi, foi a autônoma Rosana do Nascimento, 33. Ela conta que, com exceção da vacina para covid, o calendário vacinal da criança está completo e ainda pretende levar o pequeno para ser vacinado, no entanto, o pai de Davi, Roberto, ainda tem dúvidas quanto à Imunização infantil. Rosana, Roberto e Rebeca, de 11 anos, estão vacinados para a covid-19. A fim de resolver o impasse, a autônoma marcou consulta com o pediatra para o próximo mês.

“Da sala dele, a professora disse que a maioria [dos alunos] não foi vacinada. Outros amigos dessa faixa etária também não estão vacinados. Todos por esse motivo das pessoas falando muito dessas vacinas. Acabou ficando aquele medo”, justifica. “A gente não vê, nem ouve falar mais em covid. Mas uma criança morta já é muito. Eu acho que deveria falar mais sobre a vacina. Falta informação", acredita.

Infectologista e professor na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Robson Reis salienta que as vacinas para covid-19 são eficazes, seguras e avaliadas por agências de saúde. O médico reconhece que é possível aparecer reações adversas, mas para a faixa de idade entre 3 e 4 anos os sintomas costumam ser leves.

Já para crianças que não foram imunizadas, o risco de complicações da covid é maior, visto que há possibilidade de evoluir da mesma forma que o quadro clínico em um adulto, com comprometimento pulmonar e podendo ir a óbito, alerta Reis. Só no Brasil, entre 4 de setembro e 1 º de outubro, 437 crianças foram hospitalizadas por complicações da covid, sendo que 17 mortes pela doença foram registradas entre menores de 5 anos.

“A vacinação contra doenças infecciosas acaba sendo uma importante arma para defender a criança. Em relação à covid, a mesma coisa, as vacinas se mostraram eficazes e seguras”, garante.

Segundo o Ministério da Saúde, a aquisição de novas doses leva em conta o ritmo de vacinação do público e avanço do número de doses aplicadas, que atualmente está em cerca de 40% em todo país, ou seja, em índice menor que a metade.

Ainda assim, a pasta está em tratativa com laboratório para aquisição de mais doses para o público de 3 e 4 anos, mas não informou data para novas remessas da CoronaVac, único imunizante autorizado pela Anvisa à faixa etária na Bahia.

Apenas 4% das crianças na faixa etária estão imunizadas contra covid-19 na Bahia

Pior que a taxa de crianças entre 3 e 4 anos vacinadas com a primeira dose da covid-19 (14%), está a da segunda dose (4,64%). Dados da Sesab revelam que do público de 410.459 apenas 19.046 estão com a dose de reforço e, portanto, com o esquema vacinal completo. Dos 417 municípios do estado, 231 estão zerados na vacinação para a faixa etária.

A professora Juliana Roullet, 38, levou a filha Júlia Roullet, 4, e conta que estava ansiosa para a criança ser imunizada e a levou para tomar a primeira dose logo em agosto. No entanto, a família tem encontrado dificuldades para completar o esquema vacinal. “A segunda dose está em atraso. Ela [Júlia] teve gastroenterites, crise de sinusite e emendou dois ciclos de antibiótico nesse período após a primeira dose. Estamos aguardando estabilizar o quadro”, afirma.

Júlia é uma criança com síndrome de Down e, logo, imunossuprimida, Mesmo assim não teve reação à CoronaVac, destaca a mãe. A preocupação de Juliana é com o contato da filha com crianças não vacinadas. “Por se tratar de vírus, quanto maior a circulação viral, ele pode sofrer mutações e afetar pessoas imunizadas contra outras variantes”, diz.

O infectologista Robson Reis ressalta que a eficácia vem a partir do esquema vacinal completo. “A dose de reforço é o que vai trazer aquele percentual de proteção publicado nos artigos científicos.”

Confira informações para vacinação de crianças entre 3 e 4 anos em Salvador e Feira de Santana:

Salvador

A Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Secretaria de Saúde, segue com a campanha de aplicação dose da vacina contra a Covid-19 nesta sexta-feira (4).

1ª DOSE DE CRIANÇAS DE 03 E 04 ANOS – 08 ÀS 16 HORAS

Postos fixos: USF Lealdina Barros (Vale da Muriçoca), CSU Pernambués, UBS Sergio Arouca (Paripe), USF Bom Jesus dos Passos, USF Ilha de Maré e USF Paramana.

2ª DOSE DE CRIANÇAS DE 03 A 11 ANOS – 08 ÀS 16 HORAS

Postos fixos: USF Lealdina Barros (Vale da Muriçoca), USF Menino Joel (Nordeste de Amaralina), USF Curralinho, UBS Cosme de Farias, UBS Manoel Victorino (Brotas), CSU Pernambués, USF Cajazeiras V, USF Cajazeiras XI, UBS Péricles Cardoso (Barbalho), USF Gamboa, UBS Virgílio Carvalho (Bonfim), USF Joanes Centro Oeste, UBS José Mariane (Itapuã), USF Mussurunga I, UBS Maria Conceição Imbassahy (Pau Miúdo), Multicentro Liberdade, UBS Cecy Andrade (Castelo Branco), USF João Roma Filho (Jardim Nova Esperança), USF Luiz Braga (Pirajá), UBS Sergio Arouca (Paripe), USF São Tomé de Paripe, USF Colinas de Periperi, USF Alto da Terezinha, USF Beira Mangue, USF Bom Jesus dos Passos, USF Ilha de Maré e USF Paramana.

Crianças acompanhadas por pai ou mãe: devem estar com nome no site da SMS e apresentar originais e cópias do documento de identificação com foto do pai ou da mãe que estiver presente, original e cópia do documento de identificação da criança, e originais da caderneta de vacina e cartão SUS de Salvador da criança.

Crianças desacompanhadas do pai ou da mãe: devem estar com o nome no site da SMS e acompanhada por outra pessoa maior de 18 anos com Formulário de Vacinação preenchido e assinado pelo genitor da criança (pai ou mãe), cópia do documento de identificação com foto do responsável pela assinatura no documento, mais original e cópia do documento de identificação da criança, além dos originais da caderneta de vacina e do cartão SUS de Salvador da criança.

Feira de Santana

Em Feira de Santana, as doses do imunizante estão disponíveis em 104 salas de vacina, localizadas nas unidades de saúde da zona urbana e rural, que funcionam de segunda a sexta-feira.

1ª e 2ª DOSE DE CRIANÇAS DE 03 E 04 ANOS

As unidades vinculadas ao programa Saúde na Hora, tem funcionamento ampliado das 8h às 21h. São elas: Campo Limpo I, V e VI; Liberdade I, II e III; Queimadinha I, II e III; Parque Ipê I, II e III; Videiras I, II e III; Rua Nova II, III e Barroquinha. A criança só pode ser vacinada na presença dos pais ou de um responsável legal. Para isso, é obrigatório apresentar o cartão SUS, CPF, RG ou certidão de nascimento e caderneta de vacinação.

Publicado em Saúde

A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) anunciou nesta terça-feira (1º) que os shoppings de Salvador começam hoje a diminuir o tempo de tolerância sem cobrança nos estacionamentos dos estabelecimentos. Anteriormente de 30 minutos, o tempo sem cobrar agora será reduzido pela metade, passando a ser de apenas 15 minutos.

Em nota, a Abrasce diz que a mudança foi motivada "por uma adaptação à realidade de mercado, que já pratica esse tempo de tolerância em outros tipos de estabelecimentos privados da cidade".

A associação destaca ainda que a maioria das cidades do país também tem como prática manter um período de tolerância de 15 minutos, período que garante que o embarque e desembarque seja feito com tranquilidade, afirma.

Os estacionamentos de shoppings em Salvador passaram a ter cobrança em junho de 2015. Desde então, era mantido pela maioria das unidades um período de tolerância de meia hora.

Publicado em Bahia

A cidade de Salvador terá mais 230 câmeras de segurança, quatro torres e seis postes de videomonitoramento nas áreas turísticas. O esforço da prefeitura é para aumentar a segurança nesses espaços e inibir assaltos e furtos, os tipos de crimes mais comuns nessa região. A primeira torre foi apresentada, nesta terça-feira (1º), e todos os equipamentos devem entrar em operação até o início de 2023.

A torre foi instalada no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho, e vai funcionar assim: ela tem oito câmeras no topo, que conseguem cobrir 360 graus. As lentes fazem reconhecimento facial e leitura de placas de carros. Além disso, quem for vítima de furto, assalto ou precisar do auxílio da Guarda Municipal por alguma outra razão poderá se comunicar com a central através de um interfone instalado na base da estrutura.

Duas câmeras foram posicionadas na direção do interfone com o objetivo de evitar trotes e vandalismo. O investimento é de R$ 16 milhões na compra dos equipamentos, na implantação das torres e postes, e na central de controle da Guarda Municipal, em um financiamento junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através do Programa Nacional de Desenvolvimento Turístico em Salvador (Prodetur).

O contrato para a compra dos dispositivos e instalação da tecnologia foi assinado pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho, nesta terça. O prazo para entrega, instalação e configuração dos equipamentos é de 60 dias. Ele frisou que apesar de a segurança pública ser de responsabilidade do Governo do Estado, o Município tomou a inciativa para aumentar a tranquilidade de baianos e turistas.

“Essas ações vão nos permitir ter imagens de qualidade, reconhecimento facial, identificação de placas de veículos nos principais pontos turísticos de Salvador. Com isso, a prefeitura vem dando sua contribuição para a segurança. Acreditamos que uma das melhores formas de reduzir os índices de criminalidade é investir em inteligência, e a prefeitura, mesmo não sendo a sua atribuição, está dando a sua contribuição, trazendo mais tranquilidade para nós, baianos e soteropolitanos, e para os visitantes”, afirmou.

Segurança
Moradores e trabalhadores das áreas turísticas estão torcendo para que o aumento da vigilância eletrônica amplie a segurança nessas regiões. A professora Isabela Moraes, 42 anos, mora no Rio Vermelho e destacou a importância de se investir em tecnologia.

“É natural que a sociedade passe por adequações para acompanhar o desenvolvimento tecnológico. É horrível sentir que estamos em um Big Brother, mas se a presença das câmeras ajuda no policiamento e na segurança, é importante fazer esses investimentos”, disse.

Já o garçom Matheus Souza, 29 anos, está mais cético. “Não acredito que a presença das câmeras vai inibir ou intimidar os ladrões, mas pelo menos com esse recurso é possível localizar o bandido e não deixar ele escapar impune. Estou torcendo para que funcione e para que seja instalado em toda a cidade”, contou.

Atualmente, a Guarda Municipal usa as câmeras da Secretaria de Segurança Pública (SPP) para fazer o monitoramento da cidade. Agora, a corporação terá uma estrutura física na própria sede, na Avenida San Martin, para fazer esse serviço, mas o compartilhamento das informações permanecerá. As filmagens nas ruas serão efetuadas 24 horas por dia. O diretor-geral da Guarda, Maurício Lima, comentou sobre a novidade.

“A torre tem oito câmeras e uma interface com a central de monitoramento através de um interfone. Então, o cidadão sentindo qualquer sinal de insegurança ou em uma emergência pode apertar o comunicador e falar com a gente diretamente na central. A torre também tem um desfibrilador que pode ser liberado também através do interfone. A gente já desejava esse equipamento, vimos em outras cidades, e agora foi possível”, explicou.

As outras três torres serão instaladas na Praça Cairu, no bairro do Comércio; na região do Farol da Barra, na Barra; e no Terreiro de Jesus, no Centro Histórico. O projeto conta com participações da Companhia de Governança Eletrônica (Cogel), Guarda Civil Municipal (GCM) e da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult).

A prefeitura anunciou também investimento de R$ 3,5 milhões em uma nova sinalização turística no Centro Antigo, na Península de Itapagipe e em trechos da Orla. A intenção é facilitar o acesso e a circulação de turista e de soteropolitano e também o acesso à informação sobre o patrimônio material e imaterial do Centro Histórico de Salvador.

Publicado em Bahia