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Salvador terá 230 câmeras de segurança e quatro torres de vigilância eletrônica

Salvador terá 230 câmeras de segurança e quatro torres de vigilância eletrônica

A cidade de Salvador terá mais 230 câmeras de segurança, quatro torres e seis postes de videomonitoramento nas áreas turísticas. O esforço da prefeitura é para aumentar a segurança nesses espaços e inibir assaltos e furtos, os tipos de crimes mais comuns nessa região. A primeira torre foi apresentada, nesta terça-feira (1º), e todos os equipamentos devem entrar em operação até o início de 2023.

A torre foi instalada no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho, e vai funcionar assim: ela tem oito câmeras no topo, que conseguem cobrir 360 graus. As lentes fazem reconhecimento facial e leitura de placas de carros. Além disso, quem for vítima de furto, assalto ou precisar do auxílio da Guarda Municipal por alguma outra razão poderá se comunicar com a central através de um interfone instalado na base da estrutura.

Duas câmeras foram posicionadas na direção do interfone com o objetivo de evitar trotes e vandalismo. O investimento é de R$ 16 milhões na compra dos equipamentos, na implantação das torres e postes, e na central de controle da Guarda Municipal, em um financiamento junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através do Programa Nacional de Desenvolvimento Turístico em Salvador (Prodetur).

O contrato para a compra dos dispositivos e instalação da tecnologia foi assinado pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho, nesta terça. O prazo para entrega, instalação e configuração dos equipamentos é de 60 dias. Ele frisou que apesar de a segurança pública ser de responsabilidade do Governo do Estado, o Município tomou a inciativa para aumentar a tranquilidade de baianos e turistas.

“Essas ações vão nos permitir ter imagens de qualidade, reconhecimento facial, identificação de placas de veículos nos principais pontos turísticos de Salvador. Com isso, a prefeitura vem dando sua contribuição para a segurança. Acreditamos que uma das melhores formas de reduzir os índices de criminalidade é investir em inteligência, e a prefeitura, mesmo não sendo a sua atribuição, está dando a sua contribuição, trazendo mais tranquilidade para nós, baianos e soteropolitanos, e para os visitantes”, afirmou.

Segurança
Moradores e trabalhadores das áreas turísticas estão torcendo para que o aumento da vigilância eletrônica amplie a segurança nessas regiões. A professora Isabela Moraes, 42 anos, mora no Rio Vermelho e destacou a importância de se investir em tecnologia.

“É natural que a sociedade passe por adequações para acompanhar o desenvolvimento tecnológico. É horrível sentir que estamos em um Big Brother, mas se a presença das câmeras ajuda no policiamento e na segurança, é importante fazer esses investimentos”, disse.

Já o garçom Matheus Souza, 29 anos, está mais cético. “Não acredito que a presença das câmeras vai inibir ou intimidar os ladrões, mas pelo menos com esse recurso é possível localizar o bandido e não deixar ele escapar impune. Estou torcendo para que funcione e para que seja instalado em toda a cidade”, contou.

Atualmente, a Guarda Municipal usa as câmeras da Secretaria de Segurança Pública (SPP) para fazer o monitoramento da cidade. Agora, a corporação terá uma estrutura física na própria sede, na Avenida San Martin, para fazer esse serviço, mas o compartilhamento das informações permanecerá. As filmagens nas ruas serão efetuadas 24 horas por dia. O diretor-geral da Guarda, Maurício Lima, comentou sobre a novidade.

“A torre tem oito câmeras e uma interface com a central de monitoramento através de um interfone. Então, o cidadão sentindo qualquer sinal de insegurança ou em uma emergência pode apertar o comunicador e falar com a gente diretamente na central. A torre também tem um desfibrilador que pode ser liberado também através do interfone. A gente já desejava esse equipamento, vimos em outras cidades, e agora foi possível”, explicou.

As outras três torres serão instaladas na Praça Cairu, no bairro do Comércio; na região do Farol da Barra, na Barra; e no Terreiro de Jesus, no Centro Histórico. O projeto conta com participações da Companhia de Governança Eletrônica (Cogel), Guarda Civil Municipal (GCM) e da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult).

A prefeitura anunciou também investimento de R$ 3,5 milhões em uma nova sinalização turística no Centro Antigo, na Península de Itapagipe e em trechos da Orla. A intenção é facilitar o acesso e a circulação de turista e de soteropolitano e também o acesso à informação sobre o patrimônio material e imaterial do Centro Histórico de Salvador.

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  • De azul e branco, baianos e turistas celebram a Rainha do Mar

    Colares, fitinhas, flores e o cheiro de alfazema tomaram conta das ruas do bairro do Rio Vermelho, em Salvador, onde baianos e turistas se reuniram para celebrar a Rainha do Mar, Iemanjá, nesta sexta-feira (2).

    Por volta das 6h30, o sol estava escondido entre as nuvens, mas isso não impediu que o público fosse para o local e formasse uma longa fila para entregar o presente à Iemanjá.

    Na multidão estava o biólogo Maick dos Santos, que é de São José do Rio Preto, em São Paulo. Esta é a segunda vez que ele participa da festa.

    “Eu vim ano passado pela primeira vez e decidi voltar este ano, porque eu gosto muito da energia, de toda a cultura que envolve a celebração”, disse.

    Para o paulista, este dia é marcado pela valorização da cultura e das religiões de matrizes africanas.

    “Acho importante as pessoas entenderem de onde elas vêm. É um momento para celebrar a ancestralidade, a religiosidade e toda a história da cultura preta”, destacou.

    Pouco tempo depois, o sol apareceu e as nuvens se dispersaram no céu. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é de que a temperatura máxima chegue até 32º nesta sexta, na capital baiana.

    De vestido azul e tranças pretas, a oceanógrafa Ana Beatriz participa da festa todos os anos. Baiana de Salvador, ela escolheu uma roupa leve para curtir o dia em meio ao calor que faz na cidade.

    “Acho que é um momento para agradecer pelo ano que passou e pedir prosperidade e caminhos abertos para este ano que está começando”, disse.

    Quem também é veterana na celebração é a carioca Inês Cunha. Este é o sétimo ano que ela participa da festa e, segundo a carioca, já virou tradição usar a mesma camisa branca com o trecho de uma música em homenagem à Rainha do Mar.

    "Eu uso essa camisa, porque ela tem o trecho de uma música da Império Serrano, de quando a escola de samba fez uma homenagem à Iemanjá”, explicou.

    “Hoje é um dia para se recomeçar com as raízes, com a ancestralidade. Cada vez que a gente vem, a gente descobre uma coisa diferente. Já fiz minha oração, molhei os pés no mar, participei da roda de samba e agora estou volta do para o hotel”.

    Quem ficou responsável pelo presente principal de Iemanjá foi a Casa de Oxumarê, localizada na Avenida Vasco da Gama, em Salvador. Ele será entregue por volta das 16h desta sexta.

    O tema deste ano é Olokun que, segundo os organizadores, é o espírito do vasto do oceano que mora nas profundezas, e foi escolhido através de um jogo de búzios feito pelo babalorixá da Casa de Oxumarê, Babá Pecê.

    "Temos dois presentes hoje: um foi o sonho dos pescadores e [o outro], a concha, foi escolhida pelo oráculo. A concha representa não só a riqueza do mar, o oxogênio, mas também a mudança do ser", explicou Babá Pecê.

    Entre os adornos utilizados no presente estavam conchas, flores, uma imagem que representa a Rainha do Mar, comidas, além de outras "coisas secretas" que, de acordo com os organizadores, não podem ser detalhadas.

    Autoridades políticas estiveram no local, a exemplo do governador Jerônimo Rodrigues e do vice-governador Geraldo Júnior. O prefeito de Salvador, Bruno Reis, deve comparecer pela tarde dutante a entrega do presente.

  • Parte de prédio que abrigou restaurante citado em obra de Jorge Amado desaba em Salvador

    Parte do prédio que abrigou o Restaurante Colon por 107 anos, em Salvador, desabou na manhã desta quinta-feira (25), um dia após ser interditado pela Defesa Civil da capital baiana (Codesal). Tradicional na capital baiana, o estabelecimento localizado no bairro do Comércio, foi citado na obra "O Sumiço da Santa", do escritor baiano Jorge Amado.

    Por causa do risco de desabamento, parte da Praça Conde dos Arcos, localizada na Rua da Holanda, também foi isolada na quarta-feira. Enquanto o acesso ao local está interditado, a opção de tráfego, segundo a Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador), é seguir pela contramão, na Rua Alvares Cabral.

    De acordo com a Defesa Civil de Salvador (Codesal), por falta de manutenção, o prédio foi evacuado, em vistoria realizada no dia 28 de setembro de 2020, e o responsável pelo estabelecimento, aberto na época, foi notificado a suspender as atividades comerciais e evacuar o imóvel imediatamente.

    A interdição ocorreria até que o risco fosse sanado com a realização de serviços de recuperação e reforço estrutural das partes instáveis do imóvel, principalmente nos três últimos pavimentos superiores, sob a supervisão de um profissional habilitado junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).

    Segundo a Codesal, a solicitação de inspeção predial foi encaminhada, então, à Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) para a interdição do restaurante e imóvel. Na época, o prédio apresentou desprendimento de reboco da fachada lateral.

    A secretaria informou ainda que, na quarta-feira (24), a Codesal realizou uma nova vistoria no local, fechado há cerca de três anos, interditando, por precaução, a área do entorno com a ajuda da Transalvador.

    A Codesal ressaltou que até então, não houve necessidade de interditar os imóveis próximos. Antes do prédio desabar, equipes da secretaria retornaram nesta quinta-feira (25), ao local com técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para nova avaliação.

    Imóvel em área tombada pelo Iphan
    Em nota, o Iphan informou que tem um processo aberto de fiscalização, desde 2022, para apurar possível degradação do imóvel, que está em área tombada pelo Instituto.

    Em vistoria realizada nesta quinta, antes do desabamento, foi constatado que o prédio estava em estado de degradação. O Iphan afirmou que por se tratar de imóvel particular, a responsabilidade pela conservação dos bens tombados é dos proprietários.

    O Iphan explicou que tem acionado órgãos públicos para se ter os nomes dos proprietários do prédio para adoção das medidas cabíveis, podendo gerar multa, em caso de negligência. Disse ainda que recebeu uma informação sobre a identidade do dono e o auto de infração está sendo emitido.

    Fechamento do restaurante
    Após 107 anos de funcionamento, o Restaurante Colon fechou as portas em novembro de 2021.

    Fundado em 1914 por José Maria Orge, que saiu da Galícia, na Espanha, para fugir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o restaurante já recebeu a presença de personalidades como Jorge Amado, Carlinhos Brown, Neuza Borges, Tatti Moreno, Nelson Rufino, entre outros.

    A decisão de fechar o local ocorreu após a pandemia da Covid-19. O último dia foi marcado por um sentimento de tristeza para clientes e funcionários.

    No entanto, os donos do restaurante decidiram reabrir o estabelecimento em outro imóvel, localizado na Rua Conselheiro Saraiva, também no bairro do Comércio.

  • Vendedores ambulantes são deslocados para 'passarela' no carnaval de Salvador; entenda

    Os vendedores ambulantes que trabalham na Barra terão uma área específica no carnaval de Salvador em 2024. A prefeitura vai montar uma espécie de passarela atrás da balaustrada da orla para os trabalhadores.

    O anúncio foi feito pelo titular da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), Alexandre Tinoco. "Eles poderão ficar de forma confortável e segura, podendo servir as pessoas através da balaustrada", disse à TV Bahia nesta quarta-feira (24).

    Entenda a diferença:
     Nos carnavais anteriores, os ambulantes ficavam na calçada, na frente da balaustrada.

     Neste ano, esses trabalhadores poderão ficar na estrutura montada ao fundo, especialmente para eles.

     O espaço vai abrigar também os isopores grandes dos ambulantes — o kit entregue pela prefeitura a cada trabalhador de serviço no carnaval é composto por um isopor grande e dois pequenos. Na folia de 2024, a caixa maior não poderá ficar na calçada.

     Mas os ambulantes poderão circular pela calçada e pela pista para se aproximar dos blocos, por exemplo, desde que usem os isopores pequenos.

    O objetivo com isso é "desafogar" as ruas do circuito para facilitar a circulação de pessoas.

    A estrutura está sendo montada entre o Farol da Barra e o Barra Vento. A estimativa da Semop é de que cerca de 320 a 350 ambulantes ocupem o espaço.

    Ao todo, considerando o Circuito Dodô, que vai da Barra à Ondina, e o Circuito Osmar, no Campo Grande, 4.110 trabalhadores foram cadastrados para o carnaval deste ano.

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