Sexta, 10 Maio 2024 | Login

O Dia D das campanhas de imunização contra poliomielite e da multivacinação, para atualização do esquema vacinal de crianças e adolescentes, será neste sábado (20), das 8h às 17h, em Salvador. Serão 125 pontos de vacinação em todas as regiões da cidade. A lista pode ser consultada no site da Secretaria Municipal da Saúde.

A estimativa é que mais de 152 mil crianças menores de 5 anos componham a estratégia contra pólio e a meta para a campanha contra a poliomielite é vacinar pelo menos 95% das crianças menores de 5 anos que residem no município. Até o momento, pouco mais de 2,5 mil crianças menores de cinco anos compareceram aos postos para imunização.

De acordo com a coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Doiane Lemos, essa é mais uma oportunidade de pais e responsáveis regularizarem a situação vacinal das crianças e adolescentes que residem na capital. “Temos praticamente duas semanas que iniciamos as estratégias na cidade e a busca pelos imunizantes ainda é bastante tímida. Nossa expectativa é que, no Dia D, os pontos de vacinação apresentem uma procura significativa. O intuito é evitar a transmissão de doenças que são imunopreveníveis em nossa cidade”, enfatizou.

No caso da multivacinação, são esperados 497 mil jovens com idade inferior a 15 anos para a atualização do calendário de imunização. No entanto, até o momento, apenas 6 mil jovens entre zero e menores de 15 anos de idade buscaram os postos de saúde.

Proteção
Há duas vacinas contra a pólio disponíveis no calendário de vacinação. A VIP (vacina inativada pólio), administrada por via intramuscular, é preferencialmente destinada a crianças no primeiro ano de vida. Já a VPO (vacina pólio oral), também conhecida por ser a vacina da gotinha, é utilizada como reforço nas campanhas anuais de vacinação.

Na multivacinação estão disponíveis todas as vacinas do calendário básico voltado a crianças e adolescentes menores de 15 anos. Dentre os imunizantes estão a tríplice viral, tetraviral, DTP, HPV quadrivalente, meningocócica conjugada (ACWY), Pneumocócica 10 e BCG.

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A intensificação dos ventos podem causar ondas de até 2,5 metros na orla de Salvador. O alerta foi emitido pela Marinha e é válido até essa sexta-feira (19).

Segundo a Marinha, as ondas maiores podem ocorrer em toda faixa litorânea que vai até o Rio Grande do Norte.

Os navegantes devem ficar atentos aos avisos e condições meteorológicas antes de irem ao mar, alerta a Marinha.

A previsão do tempo para Salvador nesta quinta-feira (18) é de poucas nuvens, com possibilidade de chuva isolada.

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Pelo menos 131 tiroteios ocorreram em Salvador e Região metropolitana no mês de julho. Ao todo, 108 pessoas foram baleadas, sendo 84 mortas e 24 feridas, segundo o primeiro balanço da violência armada lançado nesta segunda-feira (8) pelo Instituto Fogo Cruzado. Os números se referem ao mês de julho, quando o Instituto passou a mapear a Bahia, onde atua em parceria com a Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas. Os dados também estão disponíveis na API do instituto, onde podem ser consultados de forma aberta e gratuita.

"Isso significa que, em média, três pessoas foram baleadas por dia, em alguma das 13 cidades da região metropolitana. Dentre estes números estão vidas e famílias como a dos gêmeos rifeiros, mortos após saírem de uma festa no subúrbio de Salvador. Ainda não se sabe os motivos ou autores do crime, o que deixa a família ainda mais abalada", comenta Cecília Olliveira, diretora executiva do Instituto Fogo Cruzado. Ela destaca ainda que Salvador despontou nesse primeiro mês no topo do ranking da violência armada na Bahia. "A cada 10 tiroteios na região metropolitana, oito aconteceram na cidade. A capital teve 105 tiroteios, 67 mortos e 20 feridos. São números bem graves, que indicam o tamanho do problema".

O balanço mostra ainda que, dos 131 tiroteios mapeados em julho, 37 ocorreram durante ações ou operações policiais, deixando 25 pessoas mortas e seis feridas. Chama atenção uma ação policial que deixou ferida a tiros uma adolescente de 15 anos no dia 20 de julho, em Lauro de Freitas, no bairro de Itinga. Railane França conversava com amigos, quando a polícia chegou ao local atirando e ela acabou atingida ao tentar proteger a sobrinha de três anos. O adolescente Janderson dos Santos, 14 anos, também ficou ferido.

Outro caso impactantes de julho foi o duplo assassinato dos irmãos gêmeos no bairro do Lobato, em Salvador, Ruan e Rubens, de 23 anos, ambos rifeiros, que foram a uma festa perto de casa durante a madrugada do dia 25, e ao chegar, foram assassinados. Os corpos foram encontrados em outro local com marcas de tiros.Três dias antes, outro caso grave ocorreu.

Para Dudu Ribeiro, cofundador da Iniciativa Negra por Uma Nova Política de Drogas e coordenador da Rede de Observatórios da Segurança na Bahia, "uma das grandes questões quando o assunto é segurança pública é a qualidade e a transparência na produção de dados. Historicamente temos visto uma resposta da segurança pública baseada em incentivos ao punitivismo e em bravatas, e ainda muito afastada da produção de dados. Essa parceria com Fogo Cruzado vem para buscar cada vez mais qualidade nesses dados, para que possam embasar as demandas das organizações da sociedade civil e também do poder público.” Ribeiro ainda denuncia que a negligência desses dados faz parte de um projeto político que afeta duramente as populações vulneráveis. “Deixar os dados da segurança pública numa neblina que a sociedade civil não acessa é uma decisão política que justifica uma política de morte”, finaliza.

Esse é o primeiro relatório do Instituto Fogo Cruzado na Bahia. O aplicativo do Instituto funciona de forma colaborativa e anônima com registro de dados e informações sobre tiroteios e violência por arma de fogo. Por meio das informações coletadas e de um mapeamento ativo, o Instituto realiza o levantamento e faz a contabilização, especificando as localidades e os recortes dos dados (chacinas, balas perdidas, tiroteios e outros indicadores). O mapeamento pode ser acompanhado diariamente através do aplicativo disponível para Android e iOS ou no Twitter.

O mapa da violência armada

Entre a capital e a região metropolitana, os cinco mais afetados pela violência armada foram:
Salvador: 105 tiroteios, 67 mortos e 20 feridos
Camaçari: 12 tiroteios, 7 mortos e 1 feridos
Vera Cruz: 3 tiroteios, 3 mortos
Lauro de Freitas: 3 tiroteios e 3 feridos
Candeias: 2 tiroteios, 2 mortos

O perfil da violência armada
Ao todo, três agentes de segurança foram baleados em Salvador e região metropolitana: um morreu e dois ficaram feridos.

Houve sete casos de ataques armados sob rodas, quando pessoas passam em carros atirando. Ao todo, nove pessoas foram baleadas nestes casos: seis morreram e três ficaram feridas.

Três pessoas foram atingidas por balas perdidas em julho. Nenhuma delas morreu. Todas as vítimas foram atingidas durante ações ou operações policiais.

Uma pessoa morreu em uma ocorrência registrada no transporte público. E três pessoas morreram em ocorrências registradas em bar.

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Uma jovem de 20 anos foi estuprada no terreno do antigo Hotel Othon Palace, na segunda-feira (18), no bairro de Ondina.

De acordo com a Polícia Civil, ela foi abordada por um homem, que estava com uma arma de fogo, na Avenida Anita Garibaldi, e ele a conduziu até o fundo do hotel. Antes, ele seguiu a vítima da Federação até a avenida.

O suspeito levou ainda o aparelho celular da jovem. De acordo com as autoridades policial, o autor dos crimes já foi identificado e está sendo procurado pelos policiais, que estão em diligências para localizá-lo.

Imagens de câmeras de segurança já estão sendo analisadas. As guias de perícia para a vítima foram expedidas. O caso é investigado pela 7ª Delegacia Territorial do Rio Vermelho.

Publicado em Polícia

O prefeito de Salvador Bruno Reis (UB), disse em entrevista coletiva que não há indícios de que haja transmissão comunitária da varíola dos macacos na capital baiana. Segundo o gestor, os contaminados são "casos isolados".

"Trata-se de uma pessoa que veio de Fortaleza, então contraiu a doença lá no Ceará, outro que veio da Itáia. Os dois casos estão isolados, tratados e monitorados para não terem contato com outras pessoas para não haver transmissão", disse o prefeito em entrevista coletiva nesta sexta-feira (15).

O segundo caso da doença foi confirmado nesta quinta-feira (14), um dia após o primeiro caso de paciente infectado ser atestado em Salvador.

O diagnóstico do segundo infectado do estado foi confirmado pelos centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Salvador. Trata-se de uma pessoa que mora em Salvador e fez uma viagem internacional recentemente.

Além dos dois casos já confirmados, há mais quatro notificações da doença na capital baiana, que ainda são tratadas como suspeitas e estão sob investigação. Um outro caso que estava sendo analisado já foi descartado.

Todos os pacientes com suspeita estão isolados e são monitorados por unidades de saúde, bem como pessoas que tiveram contato próximo com eles.

A varíola dos macacos é causada pelo vírus Monkeypox. Considerada uma zoonose viral, do gênero Orthopoxvirus, da família Poxviridae, ela é parecida com a varíola humana, que foi erradicada em 1980. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.

O paciente infectado geralmente sente os sintomas por 2 a 4 semanas, e eles podem ser divididos em dois períodos. Do primeiro ao quinto dia da doença, é normal ter febre, dor de cabeça, dor muscular, dor das costas e forte sensação de fraqueza. Além disso, entre o dia 1 e 3 da infecção, bolhas começam a surgir no corpo do paciente, junto com febre.

A erupção tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.

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O gripário do bairro do Pau Miúdo, em Salvador, foi reaberto e volta a atender pacientes com problemas respiratórios a partir desta segunda-feira (11). A decisão foi tomada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) depois da grande procura de pessoas às unidades de saúde com sintomas gripais.

O posto havia sido desativado, em março deste ano, por causa da queda de casos da doença na cidade. No entanto, de acordo com a SMS, o monitoramento de pessoas em busca de testagem da Covid-19 e a quantidade de pacientes positivos fez com que a unidade voltasse a atender a população.

De acordo com o último boletim da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), publicado no domingo (10), a capital baiana tem 2.415 casos ativos da doença.

À época que a unidade foi desativada, em 1º de março, a cidade contabilizava 1.719 casos ativos da Covid-19. Ou seja, os números aumentaram em mais de 40% nos últimos quatro meses em Salvador.

O coordenador de urgência e emergência da SMS, Ivan Paiva, disse que a secretaria levou em conta a dificuldade de regulação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e, em alguns casos, a demora para transferência de pacientes que precisaram ficar em ambulâncias por mais tempo enquanto aguardavam atendimento.

“Estamos reabrindo hoje [nesta segunda-feira] o gripário. É um dos gripários que, em algum momento, tivemos o maior volume de atendimento durante a pandemia em alguns dias, chegando a atender mais de 300 pessoas”, comentou.

Segundo ele, a unidade vai funcionar com 10 leitos de enfermaria e dois de sala vermelha (para internação de pessoas com maior gravidade). Paiva disse também que a prefeitura busca ampliar a capacidade do acolhimento na unidade aos pacientes com sintomas considerados de baixa complexidade.

“Basicamente os sintomas são os gripais: mal-estar, febre, nariz entupido, garganta incomodando um pouco. Mas pacientes com falta de ar e sintomas mais complexos também têm a capacidade de serem acolhidos”.

"Se for identificado um sintoma mais grave, principalmente nos pacientes com comorbidades, eles serão transferidos para a rede hospitalar e ocuparão um leito de acordo com a complexidade”, explicou Ivan Paiva.
O local funciona 24 horas por dia, aberto todos os dias da semana, para o trato de síndromes gripais como H1N1, H3N2, Covid-19 e outros vírus.

A unidade fica em anexo ao Centro de Saúde Maria Conceição, ao lado da base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e foi a mais procurada pela população de Salvador nos picos da pandemia da Covid-19 com mais de 35 mil atendimentos.

Saiba a unidade que deve procurar em casos de problema respiratório
Dor de cabeça, tosse, febre, congestão nasal, entre outros sintomas, são os primeiros sinais de que algo não vai bem com nossa saúde. Na dúvida, muitas pessoas buscam as unidades de saúde da rede pública sem saber que os locais de atendimento são projetados para diferentes níveis de complexidade de cada paciente.

O g1 conversou com o coordenador de urgência e emergência hospitalar da Secretaria Municipal da Saúde, o médico Ivan Paiva, e preparou um guia que ajuda a entender o sistema público de saúde em tempo de pandemia.

UBS, UPA ou gripário: onde devo ir?
Unidade Básica de Saúde (UBS): é a porta de entrada do atendimento SUS. É ideal para pacientes com sintomas leves. Na UBS é avaliada a necessidade de transferência para uma UPA ou gripário;
Unidade de Pronto Atendimento (UPA): faz o atendimento de média a grave complexidade. Na UPA é avaliada a necessidade de transferência para hospitais;
Unidade Dedicada ao Atendimento das Síndromes Gripais (gripário): atende exclusivamente sintomas gripais de média a grave complexidade. No gripário é avaliada a necessidade de transferência para hospitais.
Que unidade devo procurar a partir dos sintomas?
Sintomas leves de febre, dor no corpo, dor na garganta, cefaleia (dor na cabeça), congestão nasal: UBS.
Tosse com secreção (catarro), falta de ar, dor no peito: UPA ou gripário, com preferência ao gripário.
Sintomas mais graves com febre e tosse com secreção: UPA ou gripário, com preferência ao gripário.
Sintomas combinados com outras comorbidades, a exemplo de hipertensão e diabetes: UPA.
Pacientes com outras patologias não relacionadas à Covid-19 e outras síndromes gripais: UPA.

Onde encontro as unidades de saúde?
UPAS

Barris: Praça João Mangabeira, Rótula
Bairro da Paz: R. Tancredo Neves, s/n
Bonfim: Av. Dendezeiros do Bonfim, 1
Brotas: R. Jardim Madalena, s/n
Cabula: Rua Direta do Saboeiro s/n
Itapuã: R. da Cacimba, s/n
Jardim Santo Inácio (Santo Inácio/Pirajá): R. Direta de Santo Inácio, s/n
Paripe: R. São Gonçalo de Paripe, s/n
Periperi: R. das Pedrinhas, 358
Santa Mônica (San Martin): R. do Forno, s/n
São Caetano: Rua Anna Mariani Bittencourt, s/n
São Cristóvão: R. Arquiteto Marcos Moreira Solter, s/n
Vale das Pedrinhas: Av. Vale das Pedrinhas, 19
Valéria: R. do Lavrador, s/n

Gripários

Gripário dos Barris: Praça João Mangabeira, Rótula
Gripário Pau Miúdo: R. Marquês de Maricá, s/n

Unidades Básicas de Saúde

Boca do Rio: R. Manoel Quaresma, 8
Brotas: Av. Dom João VI, 450
Cosme de Farias: R. Direta de Cosme de Farias, sn
Imbuí: Rua Professor Jairo Simões, 304
Federação: Av. Cardeal da Silva, s/n
Saboeiro: Rua Jurucutus, s/n
Veja mais notícias do estado no g1 Bahia.

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Tomar um café da manhã reforçado está cada vez mais difícil. Isso porque o leite, item básico dessa refeição, ficou 21,14% mais caro no último ano em Salvador e Região Metropolitana. O levantamento é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foi reforçado por outra pesquisa do Dieese, divulgada nesta quarta-feira (6). A queda na produção, motivada pela entressafra e o aumento dos custos, é apontada como a responsável por esse resultado.

O leite é um item básico em diversas refeições e matéria prima para uma série de derivados, por isso, reajustes no preço desse produto provoca aumentos em cascata. Segundo o IBGE, o queijo teve alta de 31,64% nos últimos 12 meses, a manteiga subiu 20,20%, e iogurtes e bebidas lácteas ficaram 20,49% mais caros.

O comerciante Marciano Brito, 44 anos, tem dois pontos de venda de queijo coalho e está assustado. “É complicado, porque a gente não tem como abrir mão do material e ao mesmo tempo não pode repassar o reajuste para os clientes. Trabalho com isso há 20 anos, uso material de qualidade, tenho meus clientes e fornecedores, então, não dá para trocar de marca. O que eu tenho feito é repassar aos poucos, aumentando R$ 0,50 ou R$ 1. Além do queijo, tem as despesas com palito, pratinhos, para o cliente não sujar a mão com melaço, guardanapo, embalagens e sacolas”, contou.

Produtores de leite afirmam que o aumento nos preços é comum nessa época do ano, por conta do período de entressafra, mas desta vez o reajuste foi afetado por outros problemas. Uma pesquisa realizada pela Embrapa mostrou que fertilizantes e combustível tiveram papel fundamental nessa equação. A ureia no mercado brasileiro passou de R$ 2,3 mil por tonelada, no início do ano passado, para cerca de R$ 6,3 mil em março de 2022. O cloreto de potássio foi de R$2 mil/t para R$6 mil/t.

O frete marítimo e a inflação também tiveram parcela de culpa nessa alta, e todos esses elementos foram somados ao aumento em 51% nas despesas dos produtores para alimentar os animais e adubar pastagens, entre maio do ano passado e agora. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, explicou que esse cenário é preocupante em especial para a Bahia.

“A Federação faz um alerta em relação as dificuldades que a cadeia está passando. A maioria dos produtores de leite na Bahia são pequenos produtores que, muitas vezes, não têm condições de arcar com os aumentos nos custos da produção. Estamos levantando quantos deles abandonaram a atividade, mas sabemos que esse número vem crescendo a cada ano, por isso, precisamos de mais políticas públicas de apoio a cadeia produtiva”, disse.

Ainda assim, a entidade afirma que a produção tem aumentado a cada ano. O estado é o maior produtor de leite do Nordeste, são 1,064 bilhão de litros de leite/ano (2020), e tem o 7º maior rebanho de vacas ordenhadas do Brasil (770 mil cabeças), mas a demanda ainda é maior que a quantidade de leite disponível no mercado.

O litro é comercializado por cerca de R$ 2, porém da produção até a prateleira dos supermercados incide sobre o produto despesas com transporte, tratamento, energia, logística e impostos. Em Salvador, a média de preço do litro do leite tem sido de R$ 8,99. Se olharmos mês a mês, o crescimento acontece desde abril, com a maior alta em maio, de 4,35%. A pesquisa do Dieese sobre a cesta básica mostrou acumulado de 20,40% no leite integral, em um ano.

O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia (Sindileite), Rafael Teixeira, explicou que as principais regiões produtoras do país estão no chamado período de entressafra.

“Já é esperado que o preço do leite suba nessa época do ano por uma questão de entressafra nacional. Os estados produtores, como Minas Gerais, Goiás e o Sul do país estão na época de seca, onde há menos alimentos disponíveis para os animais e eles produzem menos, ou seja, a demanda é maior que a oferta. Este ano, isso foi atrelado ao aumento nos custos de produção, como combustível e fertilizantes”, disse.

Como a alta dos preços começou mais cedo esse ano, Rafael acredita que eles comecem a baixar mais cedo. A estimativa dos produtores é que isso aconteça em outubro. A dona de casa Maria Virgínia da Silva, 53 anos, está esperando ansiosa por esse momento. Na casa dela, o leite é bebida obrigatória para os dois netos e o filho e a sensação de reajuste é maior que o apontado nas pesquisas.

“Meus netos gostam da mistura com achocolatado e meu filho toma café todos os dias, com leite. Por enquanto, estamos cortando em outros produtos e estou negociando com as crianças para trocar o leite por suco, mas não posso abandonar totalmente porque é importante para o desenvolvimento deles. A sensação que eu tenho é que o aumento foi de 50%. É triste, mas chegamos em um ponto em que não podemos mais beber algo que é o básico da alimentação”, concluiu.

A Seagri foi procurada para informar sobre políticas públicas para o setor, mas ainda não se manifestou.

Confira a variação dos preços nos últimos 12 meses:

Leite e derivados – 21,14%
Leite longa vida – 22,72%
Leite em pós – 12,13%
Queijo – 31,64%
Iogurte e bebidas lácteas – 20,49%
Manteiga – 20,20%
*Fonte: IBGE

Veja o acumulado de um ano dos produtos da cesta básica:

Tomate - 73,21%
Café em pó - 73,03%
Banana - 40,67%
Óleo de soja - 37%
Feijão carioquinha - 34,77%
Açúcar cristal - 34,56%
Farinha de mandioca - 31,60%
Pão francês - 30,32%
Manteiga - 22,06%
Leite integral - 20,40%
Carne bovina de primeira - 3,84%
Arroz agulhinha (-10,61%).
*Fonte: Dieese.

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Uma bebê foi encontrada dentro de um saco plástico, em uma lixeira, no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador. O caso ocorreu na manhã desta sexta-feira (3). A recém-nascida ainda estava com o cordão umbilical e foi encaminhada para uma unidade de saúde, para passar por avaliação médica.

Uma moradora da região, identificada como Joca, passava pela Travessa Getúlio Vargas quando viu a recém-nascida, conforme explica a vizinha dela, Angélica Andrade.

"Quando Joca abriu o saco, ela levantou logo a mãozinha", relatou em entrevista.

Segundo Angélica, Joca é enfermeira e já trabalhou em uma maternidade. Por causa disso, cortou o cordão umbilical da bebê.

"Ela [Joca] pegou a bebê, deu banho, conseguiu uma roupa para ela e pegou leite com uma outra vizinha que está amamentando".

Após os cuidados, os moradores acionaram a Polícia Militar e levaram a recém-nascida para o Hospital Geral do Estado (HGE). Não há detalhes sobre o estado de saúde dela, contudo, aparentemente, a menininha estava bem.

O g1 entrou em contato com o Conselho Tutelar e a Polícia Civil, para obter mais informações a respeito, e aguarda retorno.

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O crescimento no número de casos de covid-19 na Bahia tem deixado pais, estudantes e diretores preocupados. A prefeitura de Salvador acendeu o sinal amarelo e informou que monitora a situação.

Em uma semana, o estado registrou aumento de 86% nos casos ativos de covid-19. Na quinta-feira (02), a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) informou que 953 pessoas estão contaminadas. No dia 26 eram 512. A flexibilização da máscara e a diminuição do ritmo de vacinação são apontados como facilitadores desse crescimento, de acordo com especialistas.

Ainda segundo a Sesab, de 1,5 milhão de casos de covid-19 registrados na Bahia desde o início da pandemia, 7,7% foram na faixa etária de 10 a 19 anos. Em relação ao número de óbitos por complicações da infecção, 97 ocorreram nesse grupo, o que representa 0,3% do total de mortes por covid no estado: 29,9 mil.

A estudante Maria Antônia**, 15 anos, teve covid em maio de 2021 e voltou a manifestar sintomas da doença nesta semana. Preocupada, a mãe da adolescente resolveu que ela devia se afastar da escola até melhorar. Segundo a jovem, outros colegas da mesma sala também estão com sintomas gripais.

“Eu comecei a ter os sintomas na terça-feira, a garganta irritada, mas nada demais. Na quarta, depois que voltei da escola, comecei a sentir também dor de cabeça e indisposição, então não voltei no dia seguinte. Vou fazer o teste amanhã [nesta sexta-feira, 03] para saber se é covid, mas já tomei todas as vacinas. Se for, os sintomas estão sendo leves”, contou Maria Antônia.

Mesmo com a flexibilização do uso de máscaras, a estudante contou que usava o equipamento na escola, incentivada pela direção da unidade. Nesta quinta-feira (2), estudantes do Colégio Cândido Portinari, no Costa Azul, fizeram testes depois que outros colegas manifestaram sintomas e foram confirmados com covid.

O colégio divulgou um comunicado aos pais afirmando que devido ao surgimento de casos confirmados de covid-19 entre estudantes do ensino médio, faria a testagem dos alunos, e pediu autorização. O Portinari também voltou a recomendar o uso de máscara nos ambientes da escola. O número de casos confirmados não foi divulgado. Em nota enviada à reportagem, a direção da escola contou que a ação foi preventiva.

“Fomos informados pelas famílias, essa semana, que alguns estudantes testaram positivo para covid-19. Mantendo os cuidados que o colégio vem tendo com relação às orientações e monitoramento, como medida preventiva, em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, decidimos fazer a testagem dos estudantes do ensino médio, nesta quinta-feira”, diz a nota.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse, também em nota, que a testagem de estudantes no Colégio Portinari faz parte de uma ação de rotina. “Após a ocorrência de alguns casos suspeitos de covid-19 no local, o CIEVS solicitou a testagem para investigação dos casos. A iniciativa visa identificar os casos positivos do coronavírus para que os infectados sejam encaminhados para isolamento domiciliar, evitando assim a disseminação do vírus”.

Atenção redobrada
Os gestores das escolas temem os efeitos das doenças gripais típicas do outono-inverno e estão frisando a necessidade do uso de máscara. O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Bahia (Sinepe-BA), Jorge Tadeu Coelho, contou que a instituição fez uma reunião na segunda-feira (30) e discutiu a questão, mas não tem levantamento do número de alunos infectados.

“Estamos acompanhando a evolução dos casos de covid, mas o que tem nos preocupado mais são as doenças gripais típicas desse período. As escolas estão seguindo as recomendações dos órgãos de saúde, no momento o uso de máscara não é obrigatório, mas estamos sugerindo o uso da proteção. A maioria dos pais é consciente e tem seguido as orientações, e os protocolos elaborados nos dois anos de pandemia estão ajudando nesse sentido”, contou.

Em seu perfil no Instagram, o Sindicato dos Professores do Estado da Bahia (Sinpro/BA) também recomendou que os professores e a comunidade escolar retomem o uso do acessório.

Ações nas escolas
No Colégio Marista, em Patamares, estudantes com sintomas gripais devem aguardar em casa por 48 horas e retornar apenas com avaliação médica. A orientadora educacional do 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, Mariana Magalhães, contou que essa decisão foi tomada pela direção há duas semanas.

“Continuamos com o protocolo biosanitário adotado durante a pandemia. Apesar das autoridades flexibilizarem as máscaras, aconselhamos a manutenção do uso principalmente para quem tem alergias ou outros sintomas gripais. Além do afastamento de 48 horas, é fundamental avaliação médica e o uso de máscara no retorno”, contou.

Os bebedouros ainda estão vedados para consumo direto, é preciso usar copos ou garrafas individuais, lanches não podem ser compartilhados e a higienização das mãos com álcool 70% faz parte da rotina.

Os Colégios Bernoulli e Salesiano disseram que estão seguindo as instruções e decretos dos órgãos públicos e redobrando os cuidados. Em comunicado enviado aos pais, o Colégio Anglo-Brasileiro tornou o uso de máscaras obrigatório para estudantes de três séries. A medida foi preventiva, após a confirmação de casos.

A mãe de um aluno de 15 anos que estuda no colégio Oficina e que preferiu não se identificar, contou que tanto ela quanto o filho testaram positivo para a covid-19 nesta quinta-feira (2). “Ontem [quarta, 01], quando ele estava na escola, me mandou mensagem para voltar para casa porque estava com uma sensação de febre. Hoje de manhã eu também acordei febril e fomos fazer o teste”.

Com o resultado positivo, ela e o filho estão isolados do resto da família, em quartos separados dentro de casa. Ambos estão vacinados e apresentam sintomas leves. Segundo a mãe, o filho relatou que dois colegas, mas de uma turma diferente da dele, estão contaminados com a covid-19.

No Oficina, o uso de máscaras não é obrigatório. “As máscaras foram liberadas, mas os meninos [dois filhos] continuaram usando. O colégio chegou a mandar um e-mail para os pais falando sobre a importância do uso de máscaras, mas não retomaram a obrigatoriedade”, acrescenta a mãe.

O irmão do adolescente até então não apresentou sintomas, mas por recomendação do colégio, deve se manter afastado das aulas por enquanto.
Já o colégio Integral informou que o uso de máscaras é facultativo e que a obrigatoriedade só será restabelecida caso existam protocolos oficiais das autoridades. O colégio também negou que tenham sido identificados casos positivos de covid-19 entre os seus alunos.

Rede pública
A preocupação com o vírus não tem sido menor na rede pública. Pais, estudantes e professores relataram que temem que a situação saia de controle. A comerciante Jucélia Cerqueira, 40, tem dois filhos em idade escolar e tem alguns receios.

“Os mais velhos [adolescentes] conseguem entender a necessidade dessas medidas, mas não seguem. Não vejo ninguém usando máscara. Os mais novinhos tendem a querer se abraçar, e isso ainda é um risco. Deixo eles na escola com o coração na mão, mas não há muito o que se fazer. Temos que orientar”, disse.

Questionada se pretende exigir o uso da máscara entre os estudantes, a Secretaria Estadual da Educação (SEC) informou, em nota, que seguirá o que for recomendado pelas autoridades sanitárias. Procurada, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) disse que no momento, não há nenhuma diretriz do governo para a volta da exigência do uso desse acessório.

A Secretaria Municipal de Educação (Smed) também se manifestou em nota: “Até o momento, não existe decreto que obrigue o retorno ao uso de máscaras. Por enquanto, a família decide se as crianças vão para a escola com a proteção”, afirmou.

**Nome trocado para preservar a identidade da fonte.

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A passagem de ônibus em Salvador deve ser reajustada na próxima quarta-feira (1º). Sem a aprovação do subsídio do transporte na Câmara Federal e sem a redução dos impostos, é impossível segurar a tarifa no mesmo valor, diz o prefeito Bruno Reis. Com o reajuste, a tarifa vai para R$ 4,90.

"Eu disse o tempo todo de forma clara, se tivéssemos subsídio ou redução do ICMS do diesel, a gente não daria o reajuste e a prefeitura ia assumir essa conta. Mas se não o acordo não viesse, como ocorre todos os anos, haveria o reajuste da inflação do período e agora com a situação mais agravada com aumento de 100% do óleo diesel", explicou, nesta segunda-feira (30).

Bruno vai a Brasília nessa terça-feira (31) para conversar com deputados sobre o projeto de lei que garante o subsídio. "Eu ainda vou a Brasília amanhã. Temos uma reunião na casa do relator com alguns líderes de partidos. No fim de semana, me reuni com Adolfo Viana, ontem com Elmar Nascimento, e vou fazer um contato com Antonio Brito. Amanhã vamos ver se a Câmara pauta o projeto".

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