Sábado, 27 Abril 2024 | Login

O menino Gabriel Silva da Conceição Júnior, 10 anos, que morreu após ser atingido por bala perdida no bairro de Portão, em Lauro de Freitas, estava sentado no batente da porta de casa quando um tiro acertou o seu pescoço. De acordo com familiares, por volta das 16h, Gabriel tinha acabado de almoçar e pediu a mãe para ficar na frente da residência, observando a movimentação da rua.

No entanto, ele nao chegou a ficar nem um minuto por lá até ser baleado. "A mãe deixou ele sentar no meio-fio, mas foi com ele. Ficou na porta e, na hora que ele sentou, a gente ouviu o barulho e Gabriel já correu de volta para a mãe, pedindo por socorro. Foi quando percebemos que ele tinha um ferimento de bala no pescoço", relata Érica Santana, 25, tia da vítima.

Selma Santana, 51, é avó de Gabriel e conta que o menino não percebeu o que estava acontecendo e, por isso, não conseguiu se proteger. "Pela inocência dele, na hora que ouviu os tiros, ao invés de se abaixar, ele levantou com o susto. Como vinham atirando, uma das balas pegou no pescoço do meu neto, todos ficaram desesperados para socorrer ele que correu para os braços da mãe chorando", diz.

Ainda segundo familiares, o tiro teria atravessado a traquéia do menino. Apesar disso, Gabriel não morreu na hora e foi levado para o Hospital Menandro Farias, em Lauro de Freitas, onde teve uma parada cardíaca e foi reanimado. Por volta das 22h, foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE) onde teve uma segunda parada cardíaca e acabou não resistindo.

A morte de Gabriel deixou a família do pequeno desolada, afirma Selma. "Minha filha está acabada, sem conseguir processar o que aconteceu. Era um menino educado, tranquilo e que todos na família amavam. A gente não entende como uma coisa dessa pode ter acontecido com Gabriel, ele só queria ficar sentado na porta de casa", diz, sem conter as lágrimas.

Os familiares de Gabriel acusam agentes da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) pela morte do menino. De acordo com eles, PM's chegaram atirando na Avenida Costa, rua onde fica a casa da vítima. "Foi tudo muito rápido, as coisas estavam sossegadas e eles [policiais] chegaram atirando na rua, o que não deu qualquer chance de defesa dele porque todo mundo foi surpreendido porque até então estava tudo bem", fala Érica, tia de Gabriel.

Em nota, a Polícia Militar informou que uma equipe da 52ª CIPM fazia rondas quando encontrou um homem em atitude suspeita e que disparou contra os policiais. Depois, outros homens armados teriam se juntado a ele para atirar contra os PMs, que revidaram. Equipes da CIPT Rondesp RMS chegaram em apoio à 52ª CIPM e os indivíduos fugiram.

Quem estava no local contesta a versão da polícia, afirmando que não houve troca de tiros onde Gabriel foi atingido. "Não teve troca de tiro, quero ver o que eles vão falar. Vão dizer que a criança trocou tiro com eles? Chegaram atirando como sempre fazem aqui em Portão. Já é um bairro em que a polícia chega dessa forma aí, sem pensar em quem está no meio", completa Érica, que pede respostas sobre o caso.

As investigações das circunstâncias da ação que acabaram na morte de Gabriel vão ser apuradas pela Polícia Civil (PC).

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A taxa de ocupação média dos hotéis e pousadas de Salvador no primeiro semestre deste ano foi de 57,57%. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih-BA).

O percentual é superior ao apresentado no mesmo período de 2022, quando foi registrado 55,93%.

Os dados deste ano se aproximam do período dos anos de 2019 (61,55%) e 2018 (61,34%), anteriores à pandemia da Covid-19, que causou impactos à economia global.

Em junho de 2023, a taxa foi de 47,11% semelhante ao do ano anterior, embora abaixo dos números no período pré-pandemia, que eram de 61,55%, em 2019.

Conforme detalha a associação, em junho, o gasto médio com diárias foi de R$ 466,05, - ou R$ 344,36, se retirados valores correspondentes aos hotéis de luxo.

Os números divulgados fazem parte da Pesquisa Conjuntural de Desempenho (Taxinfo), realizada pela ABIH. O levantamento é digital e os dados são fornecidos diariamente pelos hotéis ao Portal Cesta Competitiva. A média resultante constitui o indicador para avaliar a evolução da atividade de hospedagem na capital baiana.

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Faltam cinco meses para o mês de dezembro e os primeiros nomes para as festas de festejos de final de ano do tradicional “Festival Virada Salvador”, que acontece na Avenida Daniela Mercury, na Boca do Rio.

A confirmação foi feita pelo prefeito da capital baiana, Bruno Reis, através de publicação nas redes sociais. “Se liga no spoiler: vamos ter Ivete Sangalo no comando da virada deste ano, além do show de Bell Marques também no dia 31. Todo mundo vai! Bora?”, disse o prefeito.

Bruno ainda contou que o Carnaval do próximo ano na cidade terá vem com novidades. “Galera de Salvador e quem gosta de curtir o verão da Bahia: se prepare! Vamos ter a melhor programação de todos os tempos. Como o Carnaval de 2024 acontecerá no início de fevereiro, teremos uma agenda cultural com diversas atrações especiais em toda a cidade”.

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Em fevereiro de 2019, o governo da Bahia assinou contrato com o Consórcio Skyrail, formado pela chinesa Build Your Dreams (BYD) e Metrogreen, para a construção do VLT do Subúrbio de Salvador. O novo modal substituiria o sistema de trens que atendia 10 estações e ligava os bairros da Calçada a Paripe, na capital baiana.

Na ocasião, todos os órgãos do governo estadual envolvidos na ação anunciaram, através de publicações nos sites oficiais, que o valor estimado do investimento para a obra seria de R$ 1,5 bilhão, com prazo para conclusão em 36 meses a partir da assinatura do contrato. No mesmo ano, a obra teve ordem de serviço autorizada.

O governo chegou a divulgar a previsão de que o projeto estaria 100% concluído no segundo semestre de 2024. A promessa era de que, no primeiro semestre de 2023, haveria um trecho de pouco mais de quatro quilômetros que chegaria até a parada Lobato.

Porém, quatro anos depois a realidade é muito diferente. Com contrato assinado, a obra sofreu sucessivas alterações de prazos de entrega, de traçado e principalmente de valores. Dos iniciais R$ 1,5 bi para a conclusão do VLT, o valor atual já passa de R$ 5,2 bilhões, um aumento de 246%.

Estava previsto para esta quinta-feira (13) o julgamento de quatro processos que analisam o contrato para a construção do VLT do Subúrbio no Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA). No entanto, por conta de alteração na pauta, o processo foi reagendado, na manhã desta quinta-feira, para o dia 25 deste mês.

Causas do desequilíbrio financeiro
Um relatório de análise feito pelo próprio Governo do Estado, e concluído em janeiro de 2020, já apontava causas do desequilíbrio financeiro do projeto.

De acordo com o documento, alterações nos marcos operacionais, com impactos no cronograma de implantação, no fluxo de aporte público e na programação de pagamentos das contraprestações públicas anuais foram uma das razões.
O documento aponta como causas desse desequilíbrio os atrasos nos processos de licenciamento do projeto e necessidade de ritos de licenciamentos não previstos.
O relatório aponta ainda como fator de desequilíbrio alterações no traçado original com supressão de investimentos e custos operacionais pela redução da extensão originalmente prevista e o número de paradas a partir de apontamentos e exigências feitas pelo IPHAN para aprovação do projeto, o que alterou o traçado da via.
E por fim, o relatório aponta também a inclusão do novo trecho (Fase 2) entre São Joaquim e o Acesso Norte, o que, apesar de ser considerado fator de desequilíbrio, era uma condição prevista em contrato.

Reequilíbrio financeiro é motivo de embate
E são justamente as questões ligadas ao reequilíbrio financeiro da obra que têm causado embates. Antes mesmo da assinatura do contrato, a questão financeira foi um entrave entre BYD e governo do Bahia. Ao longo dos anos, ocorreram sucessivas reuniões entre as partes com clima de animosidade em relação a atualização de valores e aditivos.

Em ao menos duas ocasiões, o governo precisou negar publicamente o rompimento do contrato do VLT. No entanto, em uma das negativas, deixou evidente a insatisfação com os rumos do negócio.

"O Governo do Estado busca defender o interesse público, não aceitando elevação de custos considerados fora da realidade orçamentária e contratual prevista", disse o governo em nota divulgada em janeiro de 2022.
Esta semana, em contato com o g1, através da Companhia de Transporte da Bahia (CTB), o governo voltou a afirmar que "as tratativas entre as partes seguem em andamento, visando uma definição com a maior brevidade possível" e que neste momento "não possui informações sobre rompimento de contrato com a BYD".

A BYD também negou o destrato. "Os entendimentos entre o Governo do Estado e a Skyrail Bahia para a construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que vai substituir os antigos trens do Subúrbio Ferroviário de Salvador, seguem em andamento, em conformidade com as normas do contrato de Parceria Público-Privada (PPP)", disse a empresa, em nota enviada ao g1.

O consórcio detalhou que o reequilíbrio financeiro da obra ocorre por conta da variação dos preços do material.

"Os avanços na construção do modal foram impactados também pela variação dos preços dos insumos. As obras do VLT são complexas e o cronograma vigente está sendo rediscutido entre as esferas do governo para ser retomado", concluiu a nota.

Na última semana, o governador Jerônimo Rodrigues esteve reunido com a CEO para as Américas e vice-presidente executiva global da BYD, Stella Li. O VLT foi pauta do encontro.

A executiva esteve em Salvador para o anúncio de implantação de três fábricas da montadora chinesa, que também é a maior produtora de carros elétricos do mundo, no estado.

Trem desativado em 2021
É esperado que o VLT substitua o serviço de trens que fazia a linha da Estação da Calçada ao bairro de Paripe, no subúrbio ferroviário da capital baiana, e que foi desativado em fevereiro de 2021. Os trens transportavam cerca de seis mil pessoas por dia em Salvador.

O término do serviço causou insatisfação da população que utiliza o trem. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) entrou com uma ação para derrubar a decisão do Governo do Estado de suspender a operação do sistema.

O órgão afirmou na época que a interrupção prejudicava orçamentos familiares das pessoas que pegavam o transporte diariamente. O valor da tarifa era de R$ 0,50 e a do transporte coletivo, que vai passar a ser a única alternativa de mobilidade na região, é de R$ 4,90.

Além da população, o encerramento do transporte por trens também gerou queixas de ferroviários demitidos. Trabalhadores Companhia de Transportadores do Estado da Bahia (CTB), que era responsável pela gestão do transporte ferroviário, chegaram a protestar na região onde fica a empresa.

A ferrovia que foi desativada em 2021 começou a ser criada em 1853, quando Joaquim Francisco Alves Muniz Barreto recebeu do Governo Imperial a concessão para a construção de uma estrada de ferro ligando Salvador à cidade de Juazeiro. Foi a primeira da Bahia e a quinta do Brasil.

Proposta era: trem sai, VLT entra
Já o projeto do VLT conta com uma ampliação do então sistema de trilhos, e pretende ligar o Comércio, no centro antigo de Salvador, até a Ilha de São João, no município de Simões Filho, na região metropolitana da capital, e com ligação com o metrô.

O projeto do VLT prevê cerca de 23 km de extensão, 25 estações - 23 na linha laranja e mais duas na linha verde - e capacidade para transportar mais de 170 mil usuários por dia. Ele seria do tipo monotrilho, movido à propulsão elétrica.

Antes da BYD ser declarada vencedora, a Justiça suspendeu por três vezes o edital de licitação para a implementação do modal. Em ao menos uma das decisões, a Justiça considerou que o contrato tinha cláusulas que eram prejudiciais ao patrimônio e interesses públicos. Após esclarecimentos por parte do governo do Estado, a licitação foi realizada e vencida pelo Consórcio Skyrail.

Em 2021, o governo baiano chegou a apresentar uma primeira composição do VLT do Subúrbio de Salvador através de uma transmissão online da fábrica da BYD, na China, feita pelo governador Rui Costa.

Mas, na prática, pouco mudou e as obras não avançaram. Imagens aéreas gravadas em fevereiro de 2022 mostraram que, na época, as obras de terraplanagem do que seria o pátio de manutenção dos veículos na antiga Estação da Calçada chegaram a ser iniciadas. No entanto, imagens feitas em março deste ano mostraram que pouca coisa mudou no local.

Publicado em Bahia

Uma nova fase da ‘Operação Metallis’, que tem como objetivo combater o furto de fios de cobre foi deflagrada nesta quinta-feira (13) em Salvador. Equipes da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e de outros órgãos estaduais, municipais e de empresas de telefonia participam da operação.

Segundo a SSP, a nova fase da ação foca no combate ao furto, roubo e venda ilegal de cabos e fios de cobre, além de outros equipamentos de empresas públicas. Esta fase acontece após desdobramentos da terceira, deflagrada em abril deste ano.

Diferentes estabelecimentos como sucatas são fiscalizados pelas equipes nos bairros de Salvador.

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A Prefeitura de Salvador instalou, nesta terça-feira (11), mais quatro câmeras de videomonitoramento na Rua do Passo, que segundo a administração concentra 70% das ações criminosos na área do Pelourinho e Santo Antônio Além do Carmo. A instalação é um trabalho conjunto da Guarda Civil Municipal (CGM), Companhia de Governança Eletrônica de Salvador (Cogel) e Diretoria de Iluminação Pública (DSIP).

De acordo com o diretor de Segurança Urbana e Prevenção à Violência da Prefeitura, Maurício Lima, as câmeras vão auxiliar na prevenção dos casos de violência e na identificação de criminosos que atuma na área. “Vamos monitorar de perto a partir de agora esse local, que corresponde a 70% das ações delituosas no Pelourinho e Santo Antônio Além do Carmo”, destacou.

O prefeito Bruno Reis diz que duas das câmeras já foram instaladas e as outras duas serão implantadas ainda hoje. Ele se reuniu hoje com o comitê gestor do Distrito Cultural do Centro Histórico para avaliar as ações na área. Ele disse que o trabalho da prefeitura na região já teve efeito.

“Ali (na Rua do Passo) estão ocorrendo a maioria das ocorrências no Centro Histórico. As ocorrências diminuíram quase 50% em pouco mais de dois meses desde que a Prefeitura tomou a decisão de implantar o Distrito do Centro Histórico. Vamos trabalhar para reduzir ainda mais esse índice, a partir do momento que nós dobramos o efetivo da Guarda, dobramos o efetivo da equipe de uso e ordenamento, da equipe de abordagem, de todos os serviços da prefeitura”, afirmou.

Bruno Reis disse ainda que as imagens das câmeras pode ajudar a identificar os suspeitos e desvandar os crimes, cuja investigação cabe à Polícia Civil e à Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP). “São ocorrências e crimes cometidos pelos mesmos delinquentes. Vamos instalar as câmaras e esperamos que eles possam ser punidos. Então, as investigações estão em curso, a Guarda Civil está dando também sua colaboração e esperamos que essa situação possa ser resolvida definitivamente”, disse.

Além das câmeras, a presença de viaturas da GCM aumentou no Pelourinho. Em abril, a prefeitura anunciou um reforço na guarda, com convocação de 100 agentes a mais para atuar no local.

“Essas são as quatro primeiras câmeras da Guarda de um projeto de 200 câmaras que seriam colocadas. Mas, com a necessidade, a gente adiantou o processo e está fazendo a instalação através de links e não com a infovia, que é o processo definitivo das 200 câmeras. A gente vai monitorar através de três bases da Guarda: o GAT (Grupamento de Atendimento ao Turista), a Diretoria de Segurança Urbana e a Central de Monitoramento da Guarda Municipal”, diz Maurício Lima.

Fechamento de passagem

Maurício Lima diz que moradores de um casarão na Rua do Passo pediram o fechamento de uma passagem que fica dentro do local e dá acesso a um matagal. A casa tem sido usada como rota de fuga para criminosos que cometem delitos na região.

“Os moradores sinalizaram que querem que a gente faça o bloqueio de uma das passagens, porque não é do interesse deles ter essa passagem para o Comércio. Porque eles entendem que aquilo ali tem sido usado por pessoas com essa intenção de fazer ações delituosas. A passagem fica dentro da casa e eles querem que a gente feche aquela passagem para não se ter mais esse acesso para área do fundo, para o matagal, que é rota de fuga das pessoas que têm cometido ações delituosas”, disse.

Publicado em Bahia

Figurinha carimbada de tradicionais pratos da culinária baiana, o tomate registrou 16,38% de inflação acumulada na Região Metropolitana de Salvador, neste ano, com o preço do kg que pode chegar até R$ 14,99 em mercados da capital. O reajuste afeta o bolso do consumidor final e os negócios de produtores rurais e atacadistas.

A alta foi registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O produtor Sérgio de Carvalho, conhecido como Serginho do Tomate, afirma que a mudança de preço é resultado do aumento dos custos de produção por causa da alta incidência de praga da traça do tomateiro, o que leva a uma menor área plantada e a redução da oferta do produto.

Há 18 anos fornecendo o fruto produzido em Irecê, no interior baiano, para as regiões Norte e Nordeste, Sérgio conta que a situação não está restrita à Bahia, mas é algo que afeta todo o Brasil. O clima quente e seco potencializa a incidência da traça do tomateiro, responsável por causar danos expressivos nas plantações de tomate – desde às folhas aos frutos.

Os impactos são refletidos no meio do ano, mas os problemas ocorrem entre os meses de dezembro a março, quando o verão e o início das chuvas prejudicam a plantação. Apesar dos cuidados, não há outra forma de diminuir os prejuízos que não seja o aumento do produto, explica Sérgio. "Mesmo com o aumento de uso de defensivos, não existe controle eficaz. Temos que contar com o aumento dos preços pra minimizar os prejuízos."

Um dos aspectos determinantes para o aumento do preço tomate no estado é a dinâmica da oferta e procura, de acordo com atacadista João Batista. Após o mês de março, a oferta foi reduzida, mas a procura continua elevada. Com isso, o produto vendido nas Centrais de Abastecimentos da Bahia é, em grande parte, adquirido dos estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais.

"Com o preço muito abaixo da média e custo de produção muito alto, os produtos do estado ficaram desestimulados a respeito dos novos plantios. Hoje, 80 a 90% do tomate que entra na Bahia vem de outros estados", diz João, que, atualmente, revende a caixa de tomates, com 30 kg, por R$ 60, o representa uma redução de aproximadamente R$ 80 em comparação ao mesmo período em 2022.

O quilo do tomate na cotação da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) é de R$ 7,50. Em pesquisa realizada pelo CORREIO, o produto varia entre R$ 8 e R$ 13,50 em Salvador.

Mercantil: R$ 8
G Barbosa: R$ 8,50
Bompreço: R$ 8,50
Bug by Carrefour: R$ 9
Todo Dia: R$ 10
Carrefour: R$ 13
Mercado da Dalva (Brotas): R$ 13,50
Hiperideal: R$ 14,99

"Os números da produção reportados recentemente estão baixos, daí a oferta diminuiu, e os preços sobem. Isso acontece em razão, principalmente. do fim da safra de verão e início, ainda lento, da safra de inverno nas regiões produtoras, desacelerando a oferta do produto, o que contribui para o encarecimento", explica Kátia Lima, da Coordenação de Política Agrícola da Seagri.

Supervisor de estatística, pesquisas e controle de qualidade do Ceasa de Juazeiro, Carlonito Dias, afirma que os produtores de tomates apontam a redução da produção em decorrência às fortes chuvas nas regiões produtoras como um dos fatores que mais influenciaram o aumento.

A alta também preocupa profissionais do ramo alimentício. É o caso de Janete Sarquis, 56 anos, dona de uma barraca de lanches e almoço na Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Campus Ondina. Para minimizar os impactos no negócio, a empreendedora, que também trabalha com encomendas de salgados e refeições congeladas, mudou o cardápio, com o objetivo de utilizar menos tomates.

Se antes Janete possuía um cardápio com três dias específicos para lasanha, com o aumento do quilo do fruto, ela reduziu a oferta para um único dia da semana, somente com uma opção de sabor. Além disso, a cozinheira costuma substituir os salgados que levam molho por opções que reduzam o consumo de tomate. Apesar da estratégia, ela registrou uma redução de 40% nas vendas.

A também cozinheira e empreendedora Marilene Teles, 62 anos, não sofre muito o impacto porque não utiliza o tomate em maiores proporções na produção de salgados, mas relata ter trocado o fruto por folhas na montagem de saladas para refeições da própria casa. "Coloquei três tomates na balança, deu R$ 7,50. Percebi que, de uma certa forma, não vale à pena comprar."

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística confirmam uma inflação de 16,38% do tomate na Região Metropolitana, valor que sofreu um aumento em relação ao número do mesmo período em 2022, quando a inflação do produto era de 14,69%. Por outro lado, a partir de maio deste ano, o salário mínimo nominal atingiu o valor de R$ 1.320,00, enquanto o mínimo necessário para atender às necessidades de uma família de quatro pessoas deveria ser R$ 6.652,09, segundo levantamento do Pesquisa nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Alternativas
A regra para Selma Magnavita é clara: se o produto está caro nas prateleiras, o melhor a se fazer é substituir e esperar o valor abaixar. A presidente do Movimento de Donas de Casa e Consumidores da Bahia indica que os baianos optem pelos molhos e extratos de tomate nas receitas ou usem a técnica de deixar a cebola e alho grudarem no fundo da panela, diminuindo a necessidade de colocar o tomate no preparo.

"Dá para trocar o tomate natural pelo extrato ou diminuir a quantidade na receita. Assim, a demanda sente a diminuição da compra e o preço tende a voltar ao normal", explica Selma Magnavita. Outra forma de economizar, é aproveitar quando o produto está mais barato e comprar uma quantidade maior do que o habitual. Em momentos como esse, o que vale é a criatividade.

Uma alternativa é cozinhar os tomates, temperar e bater no liquidificador. Com o molho caseiro pronto, basta colocar em formas de gelo e congelar. Quando o almoço for macarrão, por exemplo, é só descongelar o molho e ele está pronto para o uso. Outra dica é assar os tomates até que eles desidratem, no forno ou na airfryer, e conservá-los no azeite. Os tomates secos em conserva chegam a durar um mês na geladeira e são úteis quando o preço do item for às alturas.

Publicado em Economia

O casal Monalisa Carneiro da Silva Santos, 34 anos, e Tiago Pereira, 34, estava na rua de casa quando foi surpreendido por dois suspeitos que chegaram de moto e dispararam contra os dois. O crime aconteceu na Rua Sérgio Landulfo Furtado, no bairro de Castelo Branco, por volta das 11h de segunda-feira (3) e assustou moradores.

Um vizinho, que prefere não se identificar, conta que ouviu diversos disparos na hora do crime. "A gente tomou um susto porque foi muito barulho, não deram poucos tiros. Quando eu saí pra ver, os dois já estavam no chão. O portão da casa que eles estavam na frente ficou todo marcado de bala", relata ele, que foi até a área tentar prestar socorro no momento do crime.

A Policia Militar da Bahia (PM-BA) informou que agentes da 47ª CIPM foram acionados via denúncia e que o casal chegou a ser socorrido para o Hospital Professor Eládio Lassére, em Águas Claras, mas não resistiu aos ferimentos. O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Homicídios/Central da Policia Civil da Bahia (PC), que apura as circunstâncias e a motivação do crime após perícia no local.

Monalisa e Tiago foram mortos a poucos metros da casa onde moravam. Os dois eram namorados há quatro anos e a família de Monalisa, além de abalada, está com medo. "Ninguém quer ficar aqui na frente ou na esquina de casa. A gente não entende o porquê disso, mas estamos com medo de que voltem a fazer alguma coisa", conta um primo de Monalisa, sem revelar o nome.

Na casa onde o casal vivia, morava ainda Marizete Carneiro, 55, mãe de Monalisa. Ela estava em Barra do Jacuípe quando recebeu a notícia. "Eu estava com meu companheiro que mora lá quando me ligaram. Já viria ontem, mas tive que correr às pressas. Estou destruída, sem aguentar mais chorar. Monalisa era minha única filha", fala a cozinheira, sem conseguir segurar o choro.

"Eram duas pessoas boas, viviam comigo de uma forma tranquila. Sempre me ajudaram em casa e tinham o hábito de ficar por aqui, tomar a cerveja deles. Eram conhecidos e queridos por todos aqui", ressalta Marizete. Monalisa é nascida e criada no bairro de Castelo Branco, enquanto Tiago era de Dom Avelar.

A jovem trabalhava como manicure e estudava Design na Universidade Federal da Bahia (Ufba). Já Tiago se preparava para tentar uma vaga em um curso de ensino superior através do Enem.

Publicado em Polícia

A Prefeitura de Salvador anunciou que vai destinar 50% dos recursos disponibilizados pela Lei Paulo Gustavo a projetos de pessoas negras e 10% de para indígenas.

A prefeitura informou ainda que vai dobrar, com recursos próprios, os repasses à cultura que serão disponibilizados pela lei. A capital baiana deve receber cerca de R$ 23 milhões do Governo Federal, totalizando um investimento de aproximadamente R$ 46 milhões no cenário cultural de Salvador.

Dados da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador (Secult) mostram que 85% dos longas baianos foram filmados na capital, que concentra 65% das empresas de audiovisual do estado.

O secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, apontou a importância de reforçar os investimentos, quando possível.

“A Lei Paulo Gustavo é um marco no fomento à cultura, mas editais não resolvem tudo sozinhos. Quem tem condições de complementar o plano, com ações de formação, infraestrutura e suplementando os editais deve fazê-lo", disse o secretário.

"Também é preciso investir do jeito certo, priorizando ações afirmativas que garantam proporcionalidade, reparação e inovação", afirmou.

A Prefeitura de Salvador vai realizar os repasses por meio do SalCine, plano municipal de desenvolvimento do setor audiovisual lançado em maio, que engloba a formação de mão de obra qualificada, captação e oferta de histórias originais e incentivos fiscais. O objetivo é atrair produções estrangeiras, com garantia para que os filmes sejam rodados na cidade.

Os editais serão geridos pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), enquanto a capacitação da mão de obra será de responsabilidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Semdec)

O SalCine prevê a criação da Salvador Film Comission, que irá atrair produções e fomentar a criação de festivais na cidade. A expectativa da prefeitura é de que todo o processo audiovisual em Salvador seja simplificado através de um balcão único para liberações, orientações e catálogo de locações.

Lei Paulo Gustavo
Aprovada pela Câmara em 2022, a Lei Paulo Gustavo tem como objetivo apoiar os trabalhadores da cultura durante a pandemia da Covid-19.

A lei prevê, entre outros pontos, o repasse federal de R$ 3,8 bilhões do Fundo Nacional de Cultura (FNC), para municípios, estados e o Distrito Federal investirem na produção de eventos culturais. Coube ao Ministério da Cultura elaborar a regulamentação da lei após debate com artistas e entidades da sociedade civil.

Gestores de estados e municípios têm até o final deste ano para escolher os projetos que vão receber a verba.

A proposta foi batizada em homenagem ao ator e humorista que morreu em maio de 2021, vítima da Covid-19. Paulo Gustavo era um dos artistas mais populares do país e faleceu aos 42 anos no Rio de Janeiro.

Publicado em Bahia

Um deslizamento de terra atingiu ao menos quatro casas na rua Direta de Pituaçu, na Av. Gal Costa, em Salvador, na noite desta terça-feira (20). Em nota, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) informou que notificou os moradores a deixarem o local, por questões de segurança.

Ainda de acordo com o órgão, técnicos estiveram no local para fazer uma vistoria e constataram que o deslizamento foi provocado por um muro construído de forma irregular que cortou o talude (terreno inclinado) e deixou a área exposta, danificando a contenção de encosta.

Durante o deslizamento, um rede coletora de esgoto da Embasa também foi atingida. A empresa informou que já deslocou uma equipe e aguarda parecer técnico da Codesal para iniciar os reparos necessários na tubulação de esgoto afetada.

As famílias que foram notificadas a deixar suas casas podem realizar o cadastro do aluguel social na sede da Codesal, localizado na avenida Mário Leal Ferreira.

Publicado em Bahia