Domingo, 28 Abril 2024 | Login

Grupos de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro começaram a divulgar com intensidade mensagens em aplicativos de mensagens organizando caravanas para trazer manifestantes de todo o País para Brasília desde a terça-feira. As viagens começaram na sexta-feira. As mensagens convocavam os extremistas e falavam em enfrentamento às forças policiais.

O plano era tomar os palácios dos três Poderes, acampar no interior, além de bloquear refinarias de combustível em todo País. E assim provocar o caos para levar à intervenção militar, com a deposição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Oferecia-se ônibus de graça - a maioria saiu da frente de quartéis. Em Jundiaí, partiram da frente do 12.º Grupo de Artilharia de Campanha.

Em mensagem, os bolsonaristas queriam unir policiais e militares da reserva das Forças Armadas. Também convocaram caçadores, atiradores e colecionadores de armas. Queriam pessoas com experiência militar para enfrentar as forças de segurança. Prometiam aos que fossem a Brasília: "Tudo pago. Água, café, almoço e janta. Ficará acampado no Planalto."

"O povo do agro me chamou e já me contratou 3 mil ônibus de diferentes áreas do Brasil", disse um organizador de protestos bolsonaristas em áudio. "A gente vai tomar o poder. Agora vamos mostrar o que é gente do bem quando resolve ser do mal. Iremos fazer uma reintegração da posse das casas do Poder." Mensagens exibiam armas.

Em outras pedia-se o fechamento de rodovias e ensinavam como fazer uma máscara de gás lacrimogêneo caseira. Ontem, a estratégia era clara. "O Congresso é nosso! Vamos tomar posse dele!! Com cavalaria ou sem cavalaria, nada vai nos parar", disse um extremista. Às 10h58, outra convocação dizia. "Hoje teremos a tomada dos três Poderes! E invasão no Congresso. Será um dia de guerra. O primeiro passo para a rebelião de resistência civil. Todos estaremos prontos para a Guerra!" Às 12 horas, diziam: "Nós vamos tomar o poder".

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Chefes dos Três Poderes divulgaram uma nota conjunta nesta segunda-feira, 9, em que dizem “rejeitar” os “atos de terrorismo, vandalismo, criminosos e golpistas” em Brasília e pedem à população a “defesa da paz e da democracia”.

A nota é assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo presidente do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rêgo, pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, e pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.

“Os Poderes da República, defensores da democracia e da Carta Constitucional de 1988, rejeitam os atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem em Brasília. Estamos unidos para que as providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras”, defende a nota.

Os representantes dos Três Poderes pedem a normalidade no País. “Conclamamos a sociedade a manter a serenidade, em defesa da paz e da democracia em nossa pátria. O País precisa de normalidade, respeito e trabalho para o progresso e justiça social da nação”, diz a nota.

O documento foi divulgado após reunião entre eles, no Palácio do Planalto, em Brasília, um dos alvos de vândalos radicais que no domingo invadiram e depredaram prédios públicos na capital.

Leia a nota:

Os Poderes da República, defensores da democracia e da Carta Constitucional de 1988, rejeitam os atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem em Brasília. Estamos unidos para que as providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras. Conclamamos a sociedade a manter a serenidade, em defesa da paz e da democracia em nossa pátria. O país precisa de normalidade, respeito e trabalho para o progresso e justiça social da nação”

Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República

Senador Veneziano Vital do Rêgo
Presidente do Senado em exercício

Deputado federal Arthur Lira
Presidente da Câmara dos Deputados

Ministra Rosa Maria Pires Weber
Presidente do Supremo Tribunal Federal

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O governo federal vai criar um programa para atender as pessoas endividadas, entre elas as que contraíram empréstimo consignado oferecido pelo Auxílio Brasil em 2022, modalidade implantada para permitir a inclusão de pessoas inadimplentes de volta à economia.

O anúncio foi feito pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. A iniciativa, batizada de Desenrola Brasil, ainda está em fase de elaboração.

De acordo com o ministério, a estimativa é de que sejam atendidas 80 milhões de pessoas inadimplentes, sendo cerca de 3,5 milhões de pessoas endividadas com o consignado e que recebem o Auxílio Brasil. As dívidas somam R$ 9,5 bilhões.

Segundo o ministro, o novo programa será desenvolvido em parceria com outros ministérios. “É grave o problema dos endividados do Auxílio Brasil ou do Bolsa Família, o chamado consignado. Primeiro, já do ponto de vista da própria legalidade. O programa foi usado, no período de eleição, com objetivos claramente eleitorais. O presidente Lula já demonstrou sensibilidade com o tema desde a campanha”, disse Wellington Dias.

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Entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2022, os contribuintes brasileiros pagaram mais de R$ 2,8 trilhões em impostos, de acordo com o Impostômetro. O painel fica instalado em São Paulo, e foi instalado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O valor exato registrado em todo o ano foi: R$ 2.890.489.835.290,32. O montante corresponde aos valores arrecadados pelos governos federal, estadual e municipais, incluindo taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária.

Em 2021, o mesmo painel registrou aproximadamente R$ 2,6 trilhões. O aumento entre um ano e outro, portanto, foi de 11,5%.

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A Superintendência de Previdência do Estado (Suprev) está convocando cerca de 9,1 mil aposentados e 1,9 mil pensionistas do estado, além de 360 servidores inativos do Ministério Público e do Tribunal de Justiça, para realizar a prova de vida em janeiro de 2023. A grande novidade é que a partir deste mês o cronograma de convocação dos pensionistas estaduais está seguindo a mesma regra já adotada para os aposentados, com a realização do procedimento no mês do aniversário do beneficiário e não mais do ex-servidor que gerou a pensão.

Todos os convocados deste mês terão até 31 de janeiro para fazer a prova de vida sem correr o risco de bloqueio do benefício. "A prova de vida é fundamental para que a Previdência possa evitar pagamentos indevidos e tentativas de fraudes", explica a coordenadora de Relacionamento com o Beneficiário da Suprev, Sílvia Machado.


Modalidades
Para garantir mais comodidade e segurança aos beneficiários, a Suprev oferece três modalidades de realização da prova de vida: por aplicativo, por vídeoatendimento ou presencialmente nos postos da Rede SAC. Disponível apenas para os beneficiários que estão dentro do prazo, a Prova de Vida Digital pode ser feita de qualquer celular com acesso à internet por meio do aplicativo GOV.BR. Para tanto, é preciso baixar o aplicativo e abrir uma conta no GOV.BR. No YouTube da Saeb os usuários encontram um vídeo com o passo a passo completo para o procedimento.

Já os serviços por vídeoatendimento e presencial estão disponíveis para todos os convocados, incluindo retardatários. Em ambos os casos, os beneficiários fazem o agendamento prévio por meio do SAC Digital ou no call center da Suprev/SAC pelos telefones 0800 071 5353 (para ligações gratuitas por celular ou fixo, de qualquer lugar do Brasil) e (071) 4020-5353 (só para Salvador e Região Metropolitana, de telefone fixo ou celular). Mais informações podem ser obtidas no RH Bahia.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez tudo o que estava em seu alcance para cumprir o protocolo da sua posse para o terceiro mandato. Desfilou em carro aberto, mesmo com todos os temores relacionados à sua segurança, passou em revista à tropa e cumpriu à risca o que lhe era pedido. Porém, foi quando teve que improvisar o momento de maior simbolismo em seu retorno ao Palácio do Planalto para o seu terceiro mandato.

Diante da recusa do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-vice, Hamilton Mourão, em lhe passarem a faixa presidencial, acompanharam Lula na subida da rampa e na passagem da faixa o cacique Raoni Metuktire, o jovem Francisco, 10, a catadora Aline Sousa, o metalúrgico Weslley Rodrigues, o professor Murilo de Quadros Jesus, a cozinheira Jucimara Fausto dos Santos, o militante Flávio Pereira e Ivan Baron, jovem que teve uma paralisia cerebral causada por uma meningite na infância.

O grupo se juntou à primeira-dama Janja Lula, ao vice-presidente Geraldo Alckmin e a sua esposa, Lu, além da cadela Resistência, que se tornou um símbolo da luta pela liberdade de Lula, durante a prisão em Curitiba. Ontem ela se transformou no primeiro animal a subir a rampa mais importante do Brasil durante uma cerimônia de posse.

Desde que Bolsonaro sinalizou que não participaria da posse, os detalhes da entrega da faixa viraram motivo de especulação. Parte do grupo que subiu a rampa disse que só soube ontem que entregaria o artefato. O convite que havia sido feito era para participar da posse.

Presidente convidou vice Geraldo Alckmin e a esposa, Lu, para desfile em carro aberto (Foto: Lula Marques/Dilvugação)
Ainda na base da rampa, Janja mostrou que exercerá o papel de primeira-dama com um protagonismo nunca antes visto na história deste país – para usar um antigo jargão de Lula. Responsável por organizar a festa da posse, a mulher do presidente ajeita um a um os participantes do ato. Indica ao Cacique Raoni que vá ao lado de Lula, para delírio do público. Sempre de olho em tudo.

Janja, que se aproximou de Lula durante a prisão dele em Curitiba, observa em lágrimas a passagem da faixa pelas mãos de cada um dos convidados, antes que o símbolo do poder chegasse às mãos de Aline e fosse, por fim, entregue a Lula.

A catadora Aline, que entregou o objeto ao presidente, disse que “valeu a pena” a luta por democracia. “Como cidadã, mulher negra, passar a faixa foi uma sensação de que a luta valeu a pena, essa luta durante os últimos anos em defesa da democracia, do direito das pessoas”, disse. Ela, que é neta e filha de catadores, lembra que entrou na profissão aos 14 anos.

Carro aberto
Mas o simbolismo que o presidente quis dar à cerimônia que marcou o seu retorno à Presidência da República começou com a decisão de desfilar em carro aberto. Um gesto comum aos presidentes, que se iniciou com Getúlio Vargas, na Década de 50, tornou-se motivo de suspense por razões de segurança. Temores de ameaças vindas de adversários inconformados com o resultado da eleição chegaram a alimentar a possibilidade de Lula passear pela capital num veículo blindado.

A bem da verdade, o povo não pôde chegar tão perto quando na primeira posse dele, em 2003, quando um apoiador chegou a abraça-lo durante o trajeto do Rolls Royce pela Praça dos Três Poderes. Porém, as 40 mil pessoas que tiveram acesso ao local puderam ver Lula acenar ao lado da esposa, Alckmin e Lu. Em sua primeira posse, já tinha inovado ao levar consigo o vice-presidente da época, José Alencar. Além dos temores em relação à segurança, a possibilidade de chuvas e o estado do veículo foram objetos de suspense. Somente depois que o Rolls Royce foi utilizado no ensaio da cerimônia, na sexta, ficou claro que ele poderia ser utilizado.

Após a assinatura do termo de posse, no plenário da Câmara dos Deputados, foi iniciada a cerimônia externa de honras militares e mais alguns sinais da robustez da Democracia brasileira foram dados. Como era de se esperar, as Forças Armadas prestaram reverência ao empossado comandante supremo. É o que manda a Constituição, entretanto o ato ganhou importância após a aproximação de determinados integrantes das Três Armas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que já chegou a se referir ao Exército Brasileiro como sendo dele.

Lula caminhou lentamente diante de representantes da Brigada de Guarda Presidencial, composta por integrantes das três forças, recebeu deles a deferência devida e seguiu adiante.

Reconstrução é prioridade para novo presidente
Um singelo “boa tarde Brasil” do alto do parlatório do Palácio do Planalto e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva remeteu as 40 mil pessoas na Praça dos Três Poderes à mobilização durante os dias de cárcere dele. Lula falou muito para eles, entretanto dedicou também boa parte dos seus discursos ontem para quem não votou nele. Pediu união, falou sobre a necessidade de reconstrução do país, com a retomada do combate às desigualdades em foco, e fez uma enfática defesa da democracia.

No Congresso Nacional, onde deverá enfrentar feroz oposição de partidários do ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula fez um clamor por “Democracia para Sempre”. No pronunciamento direcionado a apoiadores que acompanharam a cerimônia em Brasília disse que vai governar para 215 milhões de brasileiros e ressaltou a necessidade de reatar laços.

“A ninguém interessa um país eternamente em pé de guerra. É hora de reatarmos laços com amigos e familiares, rompido por discurso de ódio e disseminação de tantas mentiras”, disse.

Quando falou sobre a desigualdade, presidente interrompeu o discurso em lágrimas. Ele defendeu que é “urgente e necessária a formação de uma frente ampla contra a desigualdade”. Lula chegou a pedir ajuda à primeira-dama Janja ao falar sobre a realidade de brasileiros que fazem filas em açougues para comprar ossos. “A desigualdade apequena este nosso país de dimensões continentais ao dividi-lo em partes que não se reconhecem”, afirmou o presidente.

Na área econômica, destacou a necessidade de recomposição das verbas do Orçamento, disse que o governo vai retomar obras paradas e falou em uma nova legislação trabalhista. Lula voltou a criticar o teto de gastos e renovou a promessa de acabar com a âncora fiscal.

O presidente ainda criticou a violência contra a mulher e destacou a desigualdade em relação a homens no mercado de trabalho.

Em seu discurso na posse de Lula, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, citou a atriz e imortal da Academia Brasileira de Letras Fernanda Montenegro, a quem celebrou como “a dama do nosso teatro”. Ele creditou a ela a frase “um país sem cultura é um país sem educação”. O presidente do Senado foi bastante elogiado pelo tom conciliatório adotado em sua fala. “O novo governo chega com desafios complexos, como unificar um Brasil polarizado, garantir compromissos sociais e governar com responsabilidade fiscal”, lembrou.

A caneta do Piauí
Lula quebrou o protocolo na cerimônia de posse no Congresso Nacional, ao assinar o documento que o formalizou como presidente. Ele pediu a palavra e disse que usaria uma caneta com valor sentimental, que ganhou em 1989, e não a disponibilizada pelo Congresso.

“Em 1989, eu estava fazendo comício no Piauí. Foi um grande comício, depois fomos caminhar até a igreja São Benedito. Ao terminar o comício, um cidadão me deu essa caneta e disse que era para eu assinar a posse, se eu ganhasse as eleições de 1989”, contou.

“Eu não ganhei as eleições de 1989, não ganhei em 1994, não ganhei em 1998. Quando venceu, em 2002, esqueceu a caneta e usou a do senador Ramez Tebet. “Em 2006, assinei com a caneta aqui do Senado. Agora, eu encontrei a caneta. E essa caneta aqui, Wellington, é uma homenagem ao povo do Piauí”, contou.

O presidente também criticou o governo de Jair Bolsonaro, ao citar a piora de indicadores sociais e econômicos, mas defendeu que é “hora de olhar para frente”. Nesse momento, apoiadores do petista repetiram a frase “sem anistia”. Lula afirmou em seguida, ao voltar a discursar, que “não é hora para ressentimentos estéreis”.

“Agora é hora de voltar a cuidar do Brasil e do povo, gerar empregos, reajustas o salário mínimo acima da inflação, criar ainda mais vagas nas universidades”, defendeu.

Apesar de deixar claro que seu mandato não terá “nenhum ânimo de revanche”, avisou que “quem errou responderá por seus erros”, sem citar qualquer nome. “Ao ódio responderemos com amor, à mentira com verdade, ao terror e violência com as leis e suas mais duras consequências. Antes dizíamos ‘ditadura nunca mais’. Depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: ‘Democracia para sempre’”, defendeu.

À noite, durante o festival de música para comemorar a posse, Lula fez o terceiro discurso do dia, e mostrou que só quer saber de amor. Beijou Janja e ainda pediu a Alckmin que fizesse o mesmo com Lu.

Autoridades e políticos acompanharam a posse
A sessão solene do Congresso Nacional em que tomaram posse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin foi acompanhada por parlamentares, futuros ministros, autoridades dos Três Poderes, além de chefes de Estado e de governo de outros países.

O ex-presidente do Uruguai José Mujica foi tietado por parlamentares governistas. Ele foi convidado a vir ao Brasil pelo atual presidente do país, Luis Lacalle Pou, que também trouxe em sua comitiva o ex-presidente Julio Maria Sanguinetti. Os dois são adversários de Lacalle Pou. Ainda assim, o trio de uruguaios permaneceu junto e conversou entre si durante o evento.

A grande maioria dos parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro não compareceu à cerimônia. Por outro lado, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), aliado do ex-presidente, marcou presença no plenário da Câmara. O político fluminense se sentou sozinho e passou alguns minutos mexendo no celular, sem interagir com ninguém. De cabeça baixa, ignorou o desfile em carro aberto de Lula, que era transmitido em um telão no Planalto.

Castro foi o único governador aliado de Bolsonaro a comparecer. De manhã, ao tomar posse para seu segundo mandato no Rio, ele havia dito que iria a Brasília porque prometeu, na campanha, que trabalharia com qualquer presidente que fosse eleito.

Em seu discurso, Lula fez um elogio à atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que levou alguns dos presentes a aplaudirem e fazerem gestos de positivo em direção ao presidente da Corte eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, que estava sentado na primeira fila. Ele retribuiu balançando a cabeça em sinal positivo.

Depois, no mesmo discurso, Moraes aplaudiu alguns dos trechos das falas do presidente, como o momento em que Lula afirmou “democracia para sempre” e quando criticou os decretos de Bolsonaro que flexibilizaram a posse e o porte de armas.

Lula assina MPs do Bolsa Família, dos combustíveis e revogaço
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já assinou os primeiros atos de seu governo. O Palácio do Planalto anunciou também a edição de medida provisória que garante o pagamento de R$ 600 dos beneficiários do programa de transferência de renda, hoje chamado Auxílio Brasil e que voltará a ser Bolsa Família.

Outro ato assinado é a medida provisória que prorroga a desoneração tributária dos combustíveis. Segundo o novo ministro da Casa Civil, Rui Costa, falou mais cedo ao Estadão, a desoneração, que acabaria no último sábado, 31 de dezembro, será estendida por mais 60 dias. A lista dos primeiros despachos do presidente autoriza ministros a retirarem Petrobras, Correios e Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) do processo de desestatização iniciado pelos ministros do governo de Jair Bolsonaro.

A equipe de transição do presidente já tinha recomendado o cancelamento dos processos de privatização em 2023. O relatório final da equipe traz ainda a indicação para interromper a privatização da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), a Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural (PPSA) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O anúncio de ontem, no entanto, não cita essas outras estatais. O despacho deve ser publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Antes mesmo de dar posse ao seu Ministério, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) editou como primeiro ato de governo um "revogaço" de medidas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Um das prioridades da gestão do antecessor, a política de facilitar acesso às armas, foi brecada. O petista também determinou a revisão, em 30 dias, de decisões que impuseram sigilo sobre informações da administração anterior.

Sobre as armas, conforme o texto, ficam suspensos os novos registros para aquisição de armas de uso restrito por CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores). Quantitativos de armas e munições também serão reduzidos. Outro despacho de Lula restabelece o Fundo Amazônia e viabiliza uso de mais de R$ 3 bilhões em doações internacionais para combater o desmatamento.

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Em sessão solene realizada na tarde deste domingo (1) na Congresso Nacional, em Brasília, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) foram empossados como presidente e vice-presidente do Brasil, respectivamente. Lula inicia, assim, seu terceiro mandato no Executivo.

Em seu primeiro discurso após ser empossado pelo Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma viagem histórica e relembrou sua participação na Constituinte e o seu primeiro mandato há 20 anos. Citou a palavra "mudança", destacada no seu pronunciamento de posse em 2003.

"Quando fui eleito presidente pela 1ª vez, ao lado do José Alencar, iniciei o discurso de posse com a palavra mudança. A mudança que pretendíamos era simplesmente concretizar os preceitos constitucionais. O direito à vida digna, sem fome, com acesso ao emprego, saúde e educação", disse Lula.

O presidente citou realizações dos seus dois primeiros mandatos e afirmou que, diante do avanço da miséria e regressão da fome, é preciso repetir o discurso de 20 anos atrás. Sem citar nominalmente o agora ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula destacou que o governo adversário destruiu as políticas públicas do País e dilapidou as estatais e os bancos públicos, nos quais os recursos "foram raptados para saciar rentistas".

"O diagnóstico que recebemos do Gabinete de Transição é estarrecedor. Esvaziaram os recursos da Saúde. Desmontaram a Educação, a Cultura, Ciência e Tecnologia. Destruíram a proteção ao Meio Ambiente. Não deixaram recursos para a merenda escolar, a vacinação, a segurança pública", continuou Lula.

 

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Medicamentos sem comprovação científica, como ivermectina e hidroxicloroquina, voltaram a crescer após o aumento de casos de covid-19 no país. O levantamento do Conselho Federal de Farmácia (CFF) confirmou o aumento do 'Kit-covid'.

Segundo o jornal O Globo, de outubro para novembro, a ivermectina teve um salto de 793 mil para 1,8 milhão de vendas no país, um crescimento de 56% nas farmácias. A hidroxicloroquina, ideal para a malária, aumentou para 97,4 mil.

Os remédios, recomendados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficaram mais conhecidos no início da pandemia, além das vitaminas C e D. A demanda do final de 2022 foi ainda maior do que em 2021, já que a chegada da variante Ômicron deixou vários brasileiros apreensivos com uma nova onda da doença.

Os remédios ainda não contraindicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Os riscos são graves para aqueles que insistem em usar o 'Kit-covid'. Os casos de hepatite aguda grave ou fulminante, cresceram cerca de 27%.

"É uma falácia dizer que ivermectina ou qualquer outro remédio que não necessite de receita é seguro ou pouco prejudicial", explica a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lígia Bahia.

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A eliminação do Brasil na Copa do Mundo costuma a deixar os torcedores desolados. Mas a queda na competição pode ter ainda uma influência negativa em vários casamentos no país. Coincidência ou não, toda vez que a Seleção cai no torneio, a taxa de divórcios aumenta.

É isso que apontou um estudo inédito feito pelo Colégio Notarial do Brasil - Seção São Paulo (CNB/SP). A pesquisa não deixa claro se há, de fato, uma relação entre os divórcios e o Mundial. Mas mostra que há um aumento nas taxas nos meses seguintes à Copa.

O trabalho, que reúne cartórios de notas paulistas, usou como recorte as edições de 2010 até 2018 - o que coincide com eliminações da Amarelinha no torneio.

Segundo os números do estudo, a taxa de divórcios saltou 64% entre julho e agosto de 2010, logo após o Mundial da África do Sul. Nos mesmos intervalos, as porcentagens foram de 1% e 7%, nas Copas de 2014, no Brasil, e 2018, na Rússia, respectivamente.

A última vez que a Seleção se sagrou campeã da Copa foi em 2002, quando conquistou o penta. Mas não é possível contabilizar os dados da época, já que os divórcios extrajudiciais só foram liberados nos cartórios a partir de 2007.

"Não podemos afirmar que uma relação direta de causa e consequência. Temos o histórico de apenas três Copas, de 2007 para frente, quando se tornaram possíveis os divórcios extrajudiciais nos cartórios. Porém, é um dado que chama a atenção", explicou o presidente do Colégio, Daniel Paes de Almeida, segundo o site UOL

Vale lembrar que o Brasil foi mais uma vez eliminado na Copa do Mundo, dessa vez pela Croácia, nas quartas de final da edição do Catar.

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Trabalhadores que ainda não movimentaram a quantia de R$ 1 mil referente ao saque extraordinário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) podem solicitar o valor até hoje (15).

O pedido deve ser feito pelo aplicativo FGTS, disponível para telefones e dispositivos móveis dos sistemas Android e iOS. Segundo a Caixa, cerca de R$ 9,2 bilhões em recursos do saque extraordinário não haviam sido movimentados por trabalhadores até o início do mês.

Os saques começaram no dia 20 de abril, seguindo um calendário que leva em conta o mês de nascimento do cidadão.

A Caixa debitou na conta de FGTS dos trabalhadores e creditou os recursos na conta social digital do Caixa Tem para todos, de forma automática. Assim, o dinheiro ficou disponível para saque. Caso não tenha sido feito automaticamente, o saque pode ser solicitado até hoje.

Utilidade
Pela conta Caixa Tem, é possível pagar boletos e utilizar o cartão de débito virtual para pagamento em lojas, sites ou aplicativos, além de fazer compras em supermercados, padarias, farmácias e outros estabelecimentos pagando com o QR code nas maquininhas.

O valor também pode ser transferido para outras contas bancárias da Caixa ou de outro banco. Ainda é possível realizar transações por meio do Pix, efetuar saque nos terminais de autoatendimento da Caixa e nas casas lotéricas.

Caso o crédito dos valores tenha sido feito na poupança social digital do trabalhador e essa conta não seja movimentada até hoje, os recursos serão retornados à conta do FGTS, devidamente corrigidos.

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