Sexta, 10 Maio 2024 | Login

O diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, afirmou que a batalha da Europa contra o novo coronavírus é uma "chamada de alerta" para o resto do mundo.

"É muito importante refletir sobre o exemplo da Europa, que representou mais da metade dos casos globais na semana passada, mas essa tendência pode mudar" disse Ryan. "Basta olhar para a curva epidemiológica da montanha-russa para saber que, quando se desce a montanha, geralmente se está prestes a subir outra", acrescentou.

No início deste mês, o mundo ultrapassou 5 milhões de mortes desde o inicio da pandemia, marca que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, chamou de "novo limiar doloroso".

A circulação do vírus não cessou, e o aumento registrado de novas infeções dentro do território europeu demonstra a tendência: há uma nova onda de covid-19 a propagar-se. Com a aproximação do inverno, estação propícia à disseminação do SARS-CoV-2, a vigilância dos novos casos está na agenda dos governos europeus. Vários países estão se preparando para retomar as medidas restritivas aplicadas antes do verão.

França
A Europa voltou a ser o epicentro" da circulação do vírus, disse o porta-voz do governo francês, Gabriel Attal. O presidente Emmanuel Macron determinou que seja dada a dose de reforço da vacina aos franceses, de acordo com a imprensa local.

Desde outubro, o país assinala um aumento das infecções, com taxa de incidência de 62 casos por 100 mil habitantes, acima do limite de alerta.

O Parlamento aprovou definitivamente, na sexta-feira, a prorrogação do passe sanitário até 31 de julho. O prolongamento da validade do passe de saúde dependerá da campanha de vacinação de reforço

Alemanha
A Alemanha é outro país europeu a registrar um aumento de novos casos da doença.

Em um esforço para conter a transmissão, o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, anunciou que todos os cidadãos no país serão elegíveis para a dose de reforço da vacina, logo que se passem seis meses da segunda dose.

"A quarta onda da covid-19 no país está agora em pleno vigor", afirmou Spahn em entrevista

Nessa segunda-feira (8), a taxa de infecção diária de covid-19 na Alemanha subiu para 201,1 casos por 100 mil pessoas, a maior desde o início da pandemia.

Leste Europeu
A nova onda na Alemanha reflete um aumento de casos da variante Delta em toda a Europa, com a situação especialmente preocupante no leste do continente, onde a cobertura de vacinação é mais baixa.

A Romênia e a Bulgária vacinaram totalmente apenas 40% e 27% dos adultos, respectivamente. As novas infeções também atingem níveis recordes na Rússia, Ucrânia e Grécia.

Áustria
Na Áustria, foi anunciado na última sexta-feira 5) que as pessoas que não foram vacinadas contra a covid-19 serão impedidas de entrar em cafés, restaurantes e cabeleireiros. Qualquer evento com mais de 25 pessoas, a partir do final da próxima semana, passa a ser ilegal.

É a resposta das autoridades ao aumento de novas infecções para o nível mais alto em 2021.

Dinamarca
A Dinamarca propôs restaurar o uso do "passe corona" digital. O documento deverá ser apresentado pelos dinamarqueses para entrar em bares e restaurantes. A medida está sendo retomada para conter a terceira fase da pandemia de covid-19 que atinge o país.

O número de infecções diárias aumentou de forma constante para 2.300 nos últimos dias, depois de, em setembro, registrar apenas cerca de 200 casos.

A Islândia também reintroduziu máscaras e regras de distanciamento social após o aumento de casos.

Reino Unido
Desde o final do verão que o Reino Unido tem resistido à implementação de medidas como uso de máscaras ou passes de vacinas, que se tornaram a tendência em toda a Europa, apesar do grande aumento de infecções por covid-19 no país.

O Reino Unido registrou mais 57 mortes em 28 dias e outros 32.322 novos casos de covid-19 , de acordo com os dados mais recentes do governo. Os dados representam queda nas infecções de 16,6% na semana passada, enquanto as mortes aumentaram 8,2%.

O Reino Unido está "muito longe" de pensar num confinamento de inverno, disse um assessor do governo de Boris Johnson. Ele alertou, no entanto, que é vital que qualquer pessoa elegível receba sua vacina de reforço.

*Com informações da RTP - Rádio e Televisão de Portugal

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A partir desta segunda-feira (8), a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e os consulados retomam a emissão e a renovação de vistos para turistas já vacinados contra a covid-19. Por causa da pandemia, desde maio de 2020 o serviço estava com vagas limitadas, com prioridade para pessoas em situação de emergência e vistos estudantis. Nesta nova etapa, esses últimos continuam sendo prioritários.

De acordo com o porta-voz e chefe da seção consular da embaixada, Antonio Agnone, um número significativo de vagas para entrevistas, incluindo datas para este ano, já foram disponibilizadas. Outra novidade é que, de acordo com a disponibilidade, entrevistas já marcadas poderão ser reagendadas para uma data mais próxima. A embaixada e consulados recomendam que os solicitantes de visto chequem regularmente o site de agendamento para novos horários.

Regras
Pelas regras divulgadas pela embaixada, além de completamente imunizados contra a covid-19, os viajantes precisam apresentar o comprovante de vacinação. A dose final deve ter sido administrada ao menos duas semanas antes do embarque para os EUA.

Outra exigência é um teste PCR ou antígeno negativo, feito até três dias antes do embarque. Serão aceitos os imunizantes aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para uso emergencial, ou seja, todos os utilizados pelo Programa Nacional de Imunizações brasileiro.

No caso de crianças e adolescentes de até 17 anos não é necessário apresentar o comprovante de vacinação, mas um teste negativo para covid, realizado no mesmo período de seus responsáveis, será cobrado.

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Um total de 60 tremores foi registrado na ilha de La Palma (Canárias) desde a zero hora (horário local) de hoje (14), um deles de 4,5 graus, o maior sentido até agora desde que começou a erupção do Vulcão Cumbre Vieja, há 26 dias.

Segundo o Instituto Geográfico Nacional espanhol (IGN), a atividade sísmica aumentou nas últimas horas na ilha. depois de ter diminuído ligeiramente nessa quarta-feira (13).

Três dos 60 terremotos registrados foram sentidos pela população, tendo o de maior magnitude ocorrido às 2h27 (horário local) em Mazo, com magnitude de 4,5 na escala Richter, a uma profundidade de 37 quilômetros (km), após outro de 4,1 graus, na mesma cidade e à mesma profundidade.

O terceiro mais forte foi sentido em Fuencaliente, com magnitude de 3,6 graus e profundidade de 10 km.

As autoridades determinaram a retirada dos moradores de um novo bairro no município de Los Llanos de Aridane, na ilha de La Palma, devido ao avanço do último fluxo de lava gerado pela erupção do Cumbre Vieja.

Segundo fonte do governo regional das Canárias citada pela agência espanhola Efe, estima-se que essa nova retirada afete cerca de 15 pessoas que vivem na área.

Esta é a segunda evacuação feita em apenas 24 horas devido ao avanço do novo deslizamento de terra que se formou nos últimos dias a norte do principal, depois de cerca de 800 moradores do bairro de La Laguna terem sido orientados a abandonar suas casas na terça-feira (12) à tarde.

Os indicadores monitorados por cientistas no vulcão de La Palma, especialmente as emissões de dióxido de enxofre, sugerem que o fim da erupção não vai ocorrer a curto ou médio prazo, segundo a porta-voz do comitê científico do Plano de Emergência Vulcânica das Ilhas Canárias (Pevolca).

Segundo as medições do sistema de satélite europeu Copernicus, a lava ocupa 656 hectares e já afetou 1.541 construções, das quais 1.458 foram destruídas.

Uma nuvem de dióxido de enxofre, emitida pela erupção do vulcão atingiu a Península Ibérica e deverá estar na atmosfera até esta sexta-feira (15), informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Usando previsões do Serviço de Monitoramento Atmosférico do programa de observação por satélite europeu Copernicus, a entrada de dióxido de enxofre" está acima dos 3 mil metros de altitude, "não afetando por isso as concentrações desse gás na superfície".

 

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Dezenove trabalhadores da Vale que ficaram presos em uma mina subterrânea em Totten, no Canadá, foram resgatados nesta terça-feira (19), informou a Vale. Ao todo, 39 funcionários ficaram presos depois de um acidente com uma pá escavadeira na tarde do domingo (26).

A previsão é que os demais empregados que ainda estão presos cheguem à superfície "ainda nesta manhã", usando um sistema de escadas de saída secundária, diz a Vale.

A empresa produz níquel na mina em Sudbury, em Ontário, no Canadá.

Acidente
Os trabalhadores acabaram ficando preso depois de acidente com uma pá escavadeira que era transportada pelo acesso, mas se desprendeu e bloqueou a abertura. Com isso, os empregados não conseguiam sair.

A valee disse em nota que houve "danos no eixo que abriga o meio de transporte (espécie de elevador) entre a superfície e o solo".

Os funcionários foram até postos de refúgio subterrâneos, seguindo os procedimentos padrão da empresa.

Leia a nota da Vale na íntegra:

A Vale informa que o retorno dos empregados à superfície na mina Totten em Sudbury, Ontário, Canadá continua nesta manhã após a subida bem sucedida de muitos deles durante a noite. Dezenove pessoas já voltaram à superfície no início desta manhã e o restante está a caminho.

No domingo, 39 empregados não puderam sair da mina devido a danos no eixo que abriga o meio de transporte (espécie de elevador) entre a superfície e o subsolo. Enquanto as condições no eixo eram avaliadas, os empregados se dirigiam a estações de refúgio subterrâneas como parte dos procedimentos padrão da empresa.

No domingo à noite, eles começaram a chegar à superfície por meio de um sistema de escada de saída secundária.

“Agradecemos aos empregados afetados por sua paciência e perseverança e às equipes de resgate de minas por sua dedicação e apoio incansáveis”, disse Gord Gilpin, Chefe de Operações de Mineração das Operações da Vale em Ontário. “Este tem sido um esforço de equipe incrível.”

Os demais empregados devem chegar à superfície ainda nesta manhã. Os que já voltaram à superfície estão saudáveis e estão ansiosos para voltar para casa.

A saída dos empregados está sendo apoiada pela equipe de resgate de minas da Vale e pela Ontario Mine Rescue.

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Um atirador matou ao menos oito pessoas e deixou outra várias feridas na manhã desta segunda-feira (20) em um campus universitário de Perm, na Rússia. Ele foi preso após o ataque.

"Um estudante que estava em um dos edifícios da universidade abriu fogo contra as pessoas ao seu redor", informou o Comitê de Investigação Russo, responsável pela investigação do caso.

"Em consequência, oito pessoas morreram e várias ficaram feridas", anunciou o comitê, que também disse que o atirador "ficou ferido durante a detenção, ao opor resistência". Não há detalhes sobre o seu estado de saúde.

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o autor do ataque caminhando na direção da entrada do prédio e atirando.

Outras imagens mostram estudantes fugindo dos tiros e pulando pelas janelas do primeiro andar de um prédio do campus.

 

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Diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne observou, em coletiva à imprensa nesta quarta-feira, 14, que a maioria dos países da América do Sul vê declínio no número de casos e mortes por covid-19. O movimento, no entanto, vai na contramão das Américas, que registraram um aumento de quase 20% em novo casos da doença, segundo a diretora

O gerente de incidentes da Opas, Sylvain Aldighieri, afirma que a queda nos casos na América do Sul se dá por vários fatores. Entre eles, Aldighieri citou o fato dos picos de transmissão terem ocorrido no primeiro trimestre, a sazonalidade da doença e a cobertura da vacinação. Ele ainda citou o Brasil como um dos países cuja cobertura está "muito boa" e segue aumentando.

Segundo a Opas, mais de 30% das pessoas na América Latina e Caribe foram totalmente vacinadas contra a covid-19. "Ainda que a cepa delta (do coronavírus) tenha sido detectada em todos os países da América do Sul que falam espanhol ou português, em vários a variante gama segue predominante", disse Aldighieri, que definiu o cenário como "complexo".

Em todas as Américas, Ettiene mencionou que houve 1,4 milhão de casos e 23,3 mil mortes por covid-19 na última semana.

Na América do Norte, as infecções aumentaram em um terço devido a picos nos EUA e Canadá, informou a diretora. "Os EUA estão notificando mais de 100 mil novas infecções diárias pela primeira vez desde janeiro e a capacidade hospitalar em muitos estados do sul continua preocupantemente baixa".

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Um acidente na madrugada desta quarta-feira (1º), na Rodovia Central, na localidade de Matuicana, província de Huarochirí, no Peru, deixou pelo menos 33 pessoas mortas e cerca de 20 feridas.

Um ônibus da empresa León Express, que fazia o trajeto Huánuco-Lima, perdeu o controle, depois de bater em uma rocha, e caiu em um despenhadeiro de quase 200 metros, ao ultrapassar a velocidade máxima permitida. O veículo levava 63 passageiros.

O comandante-geral da Polícia, César Cervantes, viajou de helicóptero de Lima até o local do acidente. A Polícia Nacional informou que os trabalhos de busca devem durar o dia inteiro, pois o local é de difícil acesso. Os feridos estão sendo atendidos no hospital de Chosica e em outros hospitais de Lima, a capital peruana.

Segundo a Superintendência de Transporte Terrestre de Pessoas (Sutran), o ônibus tinha certificado de inspeção técnica veicular, seguro obrigatório de acidentes e habilitações dos condutores atualizadas. Em nota, a Sutran lamentou a perda de vidas humanas e informou que está tomando todas as providências para investigar as causas do acidente.

Os feridos em estado mais grave foram transferidos, pela Força Aérea do Peru, para hospitais em Lima. Com informações da Andina - Agência Peruana de Notícias.

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Uma explosão nesta quinta-feira (26) do lado de fora do aeroporto de Cabul, no Afeganistão, deixou pelo menos 13 pessoas mortas, incluindo crianças, e feriu muitos guardas do Talibã, disse um representante do grupo islâmico.

A explosão, que ocorre em meio a um enorme esforço de retirada de pessoas do Afeganistão após a tomada do país pelo Talibã, parece ter sido causada por um ataque suicida com bomba, disseram autoridades norte-americanas, citando um relatório inicial.

O secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, confirmou, em publicação no Twitter, que houve uma explosão do lado de fora do aeroporto na capital afegã.

Uma autoridade dos Estados Unidos (EUA) disse à Reuters que houve vítimas na explosão, mas que não estava claro quantas pessoas ficaram feridas. Até três militares norte-americanos estavam entre os feridos, acrescentou.

Duas autoridades norte-americanas disseram que parecia ser um atentado suicida.

Um deslocamento aéreo em massa de estrangeiros e suas famílias, bem como de alguns afegãos, está em andamento desde o dia anterior à tomada de Cabul pelas forças do Talibã, em 15 de agosto. O grupo islâmico avançou rapidamente pelo país com a retirada das tropas norte-americanas e aliadas.

O presidente dos EUA, Joe Biden, foi informado sobre a explosão, de acordo com uma autoridade da Casa Branca. Ele estava em uma reunião com autoridades de segurança sobre a situação no Afeganistão, onde os EUA estão em fase final de encerramento uma guerra de 20 anos.

Os Estados Unidos têm se apressado para retirar cidadãos norte-americanos e afegãos de Cabul antes do prazo final para a conclusão da retirada de suas tropas, em 31 de agosto.

Em alerta emitido nessa quarta-feira (25), a embaixada dos Estados Unidos em Cabul aconselhou os cidadãos a evitar o aeroporto, acrescentando que aqueles que já estavam nos portões deveriam partir imediatamente, citando "ameaças à segurança" não especificadas.

Um diplomata ocidental em Cabul informou que as áreas fora dos portões do aeroporto estavam "incrivelmente lotadas" novamente, apesar dos avisos.

Os Estados Unidos e seus aliados organizaram uma das maiores retiradas de pessoal por via aérea da história, transportando cerca de 95.700 pessoas, incluindo 13.400 na quarta-feira, informou a Casa Branca.

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Um estudo de saúde pública do Reino Unido descobriu que a proteção de qualquer uma das duas vacinas contra covid-19 usadas com mais frequência contra a variante Delta do novo coronavírus diminui depois de três meses.

O estudo também mostrou que as pessoas que são infectadas depois de receberem as duas doses da vacina da Pfizer-BioNTech ou da AstraZeneca podem representar um risco maior para os outros do que com variantes anteriores.

Com base em mais de 3 milhões de amostras de nariz e garganta coletadas em todo o país, o estudo da Universidade de Oxford revelou que, 90 dias após a segunda dose da vacina da Pfizer ou da AstraZeneca, a eficácia na prevenção de infecções caiu para 75% e 61% respectivamente.

Trata-se de uma redução dos índices de 85% e 68%, respectivamente, observados duas semanas após a segunda dose. A redução da eficácia foi mais entre pessoas de 35 anos ou mais.

"Essas duas vacinas, com duas doses, continuam se saindo muito bem contra a Delta. Quando você começa muito, muito alto, tem um caminho longo pela frente", disse Sarah Walker, professora de estatísticas médicas de Oxford e pesquisadora-chefe do estudo.

Walker não se envolveu na criação da vacina da AstraZeneca, desenvolvida inicialmente por especialistas de imunologia de Oxford.

Os pesquisadores não quiseram projetar quanto mais a proteção cairá com o tempo, mas deram a entender que a eficácia das duas vacinas estudadas convergirá entre quatro e cinco meses após a segunda dose.

Ressaltando o risco acentuado de contágio da variante Delta, o estudo também mostrou que aqueles que se infectam apesar de estarem totalmente vacinados, tendem a ter uma carga viral semelhante à de não vacinados com infecção, uma deterioração clara em relação à época em que a variante Alpha ainda predominava no Reino Unido.

As descobertas de Oxford se alinham a uma análise do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e chegam no momento em que o governo norte-americano delineia planos para tornar doses de reforço de vacinas contra covid-19 amplamente disponíveis a partir do mês que vem,em meio a um aumento de infecções da variante Delta. A entidade citou dados que indicam uma proteção declinante das vacinas ao longo do tempo.

Israel começou a administrar a terceira dose da vacina da Pfizer no mês passado, para conter uma disparada de infecções locais causadas pela Delta. Vários países europeus também devem começar a oferecer doses de reforço aos idosos e às pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos.

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A US Food and Drug Administration (FDA), principal órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos, alterou as autorizações de uso emergencial das vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna contra a covid-19 para permitir a aplicação de uma terceira dose dos imunizantes. A autorização é válida para indivíduos imunossuprimidos, como pessoas que receberam órgãos transplantados ou que tenham doenças que prejudiquem seu sistema imune, e ocorre em meio a uma nova onda de infecções pela doença

"O país entrou em uma nova onda da pandemia da covid-19, e a FDA tem conhecimento de que pessoas imunossuprimidas correm maior risco de sofrerem infecções severas", afirmou em comunicado a comissária interina da FDA, Janet Woodcock. "A decisão permite que os médicos aumentem a imunidade de certos indivíduos imunossuprimidos que precisam de proteção extra contra a covid-19."

As duas vacinas são aplicadas em duas doses, com intervalos diferentes para cada uma delas. A recomendação da FDA é de que a terceira dose seja aplicada ao menos 28 dias após o esquema vacinal tradicional, e que não haja intercâmbio de vacinas.

A orientação é válida para pessoas que receberam órgãos transplantados ou que sejam diagnosticadas com doenças que reduzam a capacidade de resposta do sistema imunológico à infecção. A vacina da Pfizer tem uso emergencial autorizado em pessoas acima de 12 anos nos Estados Unidos, e a da Moderna, para indivíduos com 18 anos ou mais.

A FDA avaliou as informações disponíveis sobre a aplicação de uma terceira dose das vacinas da Pfizer e da Moderna entre imunossuprimidos, e concluiu que o reforço vacinal pode aumentar sua proteção. O órgão recomenda que indivíduos com condições especiais de imunidade discutam com seus médicos o uso de tratamentos de anticorpos monoclonais, mas ressalta que eles não substituem a vacina na prevenção à doença. Além disso, também reitera que a vacina não deve levar ao descuido de práticas não-farmacológicas, como o distanciamento social.

Segundo a FDA, o Comitê de Aconselhamento em Práticas de Imunização do Centro de Controle e Prevenção a Doenças (CDC, na sigla em inglês) deve se reunir nesta sexta-feira, 13, para discutir mais recomendações clínicas em relação aos imunossuprimidos. A decisão de permitir uma dose de reforço não se aplica a pessoas que não se enquadrem neste grupo, alerta a FDA.

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