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Cumprindo missão institucional de negócios nas regiões Oeste e Extremo Sul da Bahia, desde segunda-feira (11), com um grupo de investidores de Portugal, o vice-governador João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, lamentou o anúncio de fechamento da Ford no Brasil, mas destacou que o governo baiano já está se movimentando em busca de novos empreendimentos.

"A Ford fecha, mas vamos em busca de novos caminhos. E isto já está acontecendo. O governador Rui Costa já está buscando alternativas para substituir a Ford em Camaçari", destaca. Além disso, pontua Leão, outro caminho é o Polo Agroindustrial do Médio São Francisco, que tem inspiração no case de sucesso da indústria sucroalcooleira Agrovale, em Juazeiro, que sozinha gera mais de 5 mil empregos. "Já temos uma nova usina em implantação no Muquém do São Francisco, outras duas assinaram protocolo de intenções e estamos em busca de outras sete. A ideia é implantar até 10 usinas, gerar mais de 40 mil empregos e tornar a Bahia competitiva neste segmento", diz.

No Brasil, a Ford vai manter funcionando apenas as operações do Centro de Desenvolvimento de Produto, aqui na Bahia, o Campo de Provas, em Tatuí, no interior de São Paulo, além da sede regional localizada na capital. Para Leão, é importante lutar para que a montadora amplie este centro de design, mantido na Bahia.

Novos negócios

João Leão ainda informou que a SDE fechou 2020 com 92 protocolos de intenções assinados, que somam investimentos na ordem de R$ 34 bilhões e prevêem geração de 7,6 mil novos empregos diretos. "Os números são fruto de muito empenho e trabalho, sobretudo na interiorização do desenvolvimento. A perspectiva para este e para os próximos anos é positiva. Temos também 412 empreendimentos em implantação, atraídos pelo Governo do Estado, com previsão de investir R$ 68,5 bilhões e gerar 52,4 mil vagas de empregos diretos", afirma o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico.

A comitiva institucional apresentou potenciais de investimento nas regiões Oeste e no Extremo Sul da Bahia, sobretudo na área de infraestrutura viária, aos executivos da Future, maior grupo de engenharia com sede em Portugal e que possui projetos realizados em 25 países. A duplicação da BR-242, que interliga os municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, e a duplicação da BA-001, ligando a Ponte Salvador-Itaparica de Itaparica à Porto Seguro, foram alguns dos projetos debatidos.

Ascom/SDE

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Bancários realizaram, na manhã desta terça-feira (12), em frente à agência da Caixa Econômica da Avenida Sete, um protesto contra as demissões de funcionários e o que chamaram de um processo de enfraquecimento da instituição para posterior privatização do banco, que completa 160 anos hoje.

Augusto Vasconcelos, presidente do sindicato dos bancários, alega que os bancários sofrem de um adoecimento causado pelos bancos através de forte pressão, feita com a intenção de obter demissões voluntárias. "O número de desligamento, infelizmente, deve aumentar. No Banco do Brasil, tem programa de demissão voluntária. Em outros bancos, as pressões e metas abusivas impostas aos funcionários forçam demissões. É um verdadeiro processo de desmonte que vemos em bancos como o BB, a Caixa e o Banco do Nordeste", contou Augusto, que afirma que as pressões também ocorrem em instituições privadas.

Em 2020, as instituições bancárias da Bahia demitiram 1198 funcionários, deixando um saldo negativo de 437 postos de trabalho. Para Augusto, esse cenário das instituições prejudica os cidadãos. "No caso da Caixa, o menor número de funcionários representa uma fila ainda maior de pessoas nas agências. O que se tem hoje não é capaz de suprir a demanda de todos e quem permanece trabalhando sofre e é levado a exaustão", disse.

De acordo com grupo formado por aprovados no concurso de 2014 que não foram convocados pela instituição, dos dois mil aprovados na prova, apenas trezentos e cinco aprovados foram chamados para ocupar seus postos na Caixa Econômica.

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Após 20 anos, o Complexo Industrial Ford Nordeste, em Camaçari, encerrou ontem as suas atividades. A montadora norte-americana anunciou que vai deixar de produzir veículos no Brasil. Na planta industrial baiana, que fabricava o KA e o Ecosport, e em Taubaté (SP), onde eram feitos motores e transmissões, a interrupção das atividades já aconteceu. Até o final deste ano, a Ford pretende encerrar a operação da Troller, em Horizonte (CE).

A empresa prevê despesas decorrentes da decisão na ordem de US$ 4,1 bilhões. Aproximadamente US$ 1,6 bilhão será relacionado ao impacto contábil atribuído à baixa de créditos fiscais, depreciação e amortização de ativos fixos. Nesta conta, entram incentivos fiscais concedidos pelo governo da Bahia. Os valores remanescentes de aproximadamente US$ 2,5 bilhões impactarão diretamente o caixa e estão, em sua maioria, relacionados a compensações, rescisões, acordos e outros pagamentos.

A estimativa do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari é a de que a decisão custe os empregos de 12 mil trabalhadores diretos – 5 mil da Ford e outros 7 mil de empresas que forneciam matérias-primas para a montadora, chamadas de sistemistas. O diretor do sindicato, Júlio Bonfim, acrescenta que a medida compromete outros 60 mil empregos indiretos. Hoje, às 5h30 está prevista uma manifestação em frente à fábrica.

“São 12 mil trabalhadores diretos e em torno de 60 mil trabalhadores indiretos que serão impactados. Estamos falando de 72 mil famílias. É um impacto muito grande na economia”, acredita Júlio Bonfim. Segundo ele, permanecem apenas em torno de 600 pessoas, que irão atuar no centro de desenvolvimento que a empresa deve manter na Bahia.

Ontem o dia foi marcado por reuniões e um clima de apreensão e surpresa entre os trabalhadores. Um deles contou que chegou a pensar que o encontro em que recebeu a notícia do encerramento da operação seria para falar sobre a retomada de turnos de trabalho. Mas não foi apenas a força de trabalho quem se surpreendeu com o anúncio da montadora norte-americana. O governador Rui Costa disse em nota que também tomou conhecimento da decisão ontem.

Reestruturação
Se aqui na Bahia o fechamento do complexo em Camacari põe fim a 20 anos de história, nacionalmente, a Ford interrompe uma trajetória de um século. Em 1919, a montadora norte-americana inaugurava no centro de São Paulo uma fábrica para a produção do icônico Ford T, carinhosamente chamado pelos brasileiros de Bigode.

No comunicado divulgado à imprensa, a Ford fez questão de ressaltar que vai parar de produzir no Brasil, mas continuará no mercado nacional, importando veículos como a nova picape Ranger, a Transit e outros modelos, além dos planos de lançar diversos novos veículos conectados e eletrificados. A empresa destacou que a pandemia de covid-19 ampliou a capacidade ociosa de suas fábricas e a queda nas vendas, que já persistia por alguns anos.

“A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, presidente e CEO da empresa. “Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global”, disse o executivo.

Segundo o comunicado, a empresa “irá trabalhar imediatamente em estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros no desenvolvimento de um plano justo e equilibrado para minimizar os impactos do encerramento da produção”. Jim Farley destacou que a empresa fez o que podia para manter a produção no Brasil. “Além de reduzir custos em todos os aspectos do negócio, lançamos, na região, a Ranger Storm, o Territory e o Escape, e introduzimos serviços inovadores para nossos clientes”, disse. “Esses esforços melhoraram os resultados nos últimos quatro trimestres, entretanto a continuidade do ambiente econômico desfavorável e a pressão adicional causada pela pandemia deixaram claro que era necessário muito mais para criar um futuro sustentável e lucrativo, lamentou.

Cenário econômico
Em um comunicado enviado para a sua rede de concessionárias, a empresa falou sobre as dificuldades no cenário econômico brasileiro. O presidente da Ford na América do Sul, Lyle Watters, ressaltou que as dificuldades vinham sendo enfrentadas desde 2013. “Desde a crise econômica em 2013, a Ford América do Sul acumulou perdas significativas e nossa matriz tem auxiliado nossas necessidades de caixa, o que não é mais sustentável”, contou.

Este cenário teria sido agravado pela situação cambial atual e pela pandemia do novo coronavírus. “A recente desvalorização das moedas na região aumentou os custos industriais além de níveis recuperáveis e a pandemia global ampliou os desafios, gerando uma capacidade ociosa ainda maior, com redução nas vendas de veículos na América do Sul, especialmente no Brasil”, destacou.

Segundo Lyle Watters, a Ford teria tentado manter as unidades de produção em funcionamento de todas as maneiras possíveis. “Essa decisão foi tomada somente após perseguirmos intensamente parcerias e a venda de ativos. Não houve opções viáveis”, ressaltou.


Ford na Bahia
1999
O governo da Bahia negocia a implantação da Ford no estado. O então senador Antonio Carlos Magalhães se reúne com o comando da montadora e negocia com o então presidente Fernando Henrique Cardoso incentivos para a atração do complexo industrial. Em junho, a empresa anuncia a escolha de Camaçari.

2001
A empresa foi pioneira ao inaugurar o Complexo Industrial Ford Nordeste, em Camaçari, na Bahia, introduzindo conceitos avançados de arquitetura e produção.

2002
Lançamento do Novo Fiesta, primeiro modelo do Projeto Amazon, produzido na fábrica de Camaçari, na Bahia, que estreou no segmento de compactos premium e vendeu 50.000 unidades em apenas seis meses.

2006
Inauguração da fábrica de pneus da Continental (a primeira fábrica do Grupo no Brasil).

2007
Inauguração fábrica de pneus da Bridgestone (a segunda fábrica do grupo no Brasil).

2014
Inauguração da Fábrica de Motores da Ford (a primeira no NE).

2015
EcoSport alcança marca de 1 milhão de unidades produzidas em Camaçari


Chegada da Ford renovou Camaçari
Há 20 anos, a Bahia comemorava a implantação da primeira montadora de automóveis da região Nordeste. Após uma disputa acirrada com o Rio Grande do Sul, a for-tarefa formada pelo governo estadual e representantes empresariais, comandados pelo ex-senador Antonio Carlos Magalhães, comemorava um feito inédito, com investimento de US$ 1,3 bilhão, na época.

Ontem, ao comentar a partida da empresa, o presidente nacional do Democratas, ACM Neto, lembrou da luta do seu avô. “ACM era presidente do Senado quando, em 1999, usou do seu poder e influência para defender, mais uma vez, a Bahia. Enfrentou diversos interesses e trabalhou muito para derrotar as pretensões do Rio Grande do Sul, que também almejava ter a fábrica naquele estado. É uma notícia triste para a Bahia”, lamentou.

O prefeito de Camaçari, Antonio Elinaldo, lamentou a decisão da Ford. “Todas as nossas secretarias vão trabalhar para minimizar ao máximo esse impacto na vida das pessoas que dependiam da Ford”, garantiu.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou ter ficado surpreso com a decisão da empresa de encerrar a fabricação de automóveis no Brasil. “Não é uma notícia boa. Eu acho que a Ford ganhou bastante dinheiro aqui no Brasil e me surpreende essa decisão”, disse.

O anúncio da Ford levou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a afirmar, em um post no Twitter, que a saída da Ford “é uma demonstração da falta de credibilidade do governo brasileiro, de regras claras, de segurança jurídica e de um sistema tributário racional”.

Em nota, o Ministério da Economia afirmou que “lamenta a decisão global e estratégica da Ford de encerrar a produção no Brasil”. A pasta, liderada por Paulo Guedes, afirmou que “a decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país”.

A Anfavea afirmou que não vai se pronunciar sobre a decisão da Ford. Porém a entidade tem alertado, desde abril de 2019, sobre o custo Brasil. O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do ministério, Carlos da Costa, afirmou que a pandemia de Covid-19 impediu que ações do governo “surtissem efeito a tempo”.

Governo vai tentar trazer a substituta da China
Apesar da direção da Ford ter sinalizado o insucesso na busca por um parceiro para as suas unidades no Brasil, ou mesmo um possível comprador, representantes do governo estadual e da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) se reúnem hoje em busca de uma solução para o complexo industrial deixado pela montadora de veículos norte-americana.

Em nota divulgada na tarde de ontem, o governo lamentou a decisão da empresa, destacou os impactos socioeconômicos consequentes do fim da operação, que era “importante geradora de empregos e renda no estado”. Segundo a Fieb, o setor automotivo representa cerca de 5,5% do Valor da Transformação Industrial na Bahia, além de cerca de 4,1% do pessoal ocupado na indústria de transformação.

O governo estadual também entrou em contato com a Embaixada Chinesa para sondar possíveis investidores com interesse em assumir o negócio na Bahia. Reservadamente, se diz que as expectativas são de um possível interesse da fabricante de veículos elétricos Tesla, que estaria em busca de uma estrutura de produção no Brasil.

O presidente da Fieb, Ricardo Alban, destacou que o mercado automobilístico está vivendo um acentuado processo de transformação em todo o mundo, com o seu foco cada vez menos voltado para a produção de veículos e mais para as soluções de mobilidade. Segundo Alban, existe um diálogo com a Ford para que ela aproveite a sinergia do seu centro de desenvolvimento com o Cimatec Park.

O superintendente do Comitê para o Fomento Industrial de Camaçari, Mauro Pereira, lamentou a decisão da empresa, para ele reflexo dos gargalos que diminuem a competitividade no país.

 

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A Bahia registrou 915 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com as informações divulgadas pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) na tarde desta segunda-feira (11).

Segundo dados do boletim, 29 mortes foram registradas em datas diversas. O estado contabiliza 513.756 pessoas atingidas pela doença e 9.453 mortes desde o início da pandemia, o que representa uma letalidade de 1,84%. Do total de casos, 497.735 são considerados recuperados e 6.568 encontram-se ativos.

Nas últimas 24 horas houve um crescimento de 0,2% no número de casos positivos, assim como foi contabilizado um aumento de 0,2% de pacientes recuperados da doença.

Salvador é a cidade onde há o maior número de casos proporcionais de pessoas atingidas pela doença: 22,34% do total. Dentre os municípios com maior incidência por 100 mil habitantes, as cidades que registram o maior coeficiente são Ibirataia (10.527,69), Muniz Ferreira (8.649,96), Conceição do Coité (8.533,00), Jucuruçu (8.174,45) e Itabuna (8.114,04).

Casos descartados
De acordo com a Sesab, o boletim epidemiológico contabiliza ainda 898.105 casos descartados e 123.632 aguardam resultado. Os dados representam notificações oficiais do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), junto com os Cievs municipais e as bases do Ministério da Saúde até às 17h desta segunda-feira.

As informações detalhadas no boletim podem ser acessadas no site da secretaria e também em uma plataforma disponibilizada pelo órgão na internet . Segundo o mesmo documento, 37.713 profissionais da Saúde testaram positivo para a Covid-19 em todo o estado.

Mortes por raça, cor e sexo
Dentre os óbitos registrados na Bahia, 56,49% foram em pessoas do sexo masculino e 43,51%, do sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,04% das mortes ocorreram em pessoas consideradas pardas, 19,25 em pessoas brancas, 14,68% em pretas, 0,66% em amarelas e 0,13% autodeclaradas como indígenas. Não há informação sobre raça de 10,24% das pessoas que morreram vítimas da Covid-19 no estado.

O número de casos com comorbidade chegou a 70,89%, sendo o maior percentual o de pessoas com doenças cardíacas e crônicas: 73,62%.

Número de leitos
Dos 2.036 leitos disponíveis no estado, 1.278 estão ocupados, o que representa uma ocupação geral de 63%.

Do total de leitos na Bahia, 974 são para atendimento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e, neles, a ocupação é de 73% (714). A ocupação nos leitos de UTI pediátrica é de 60%, com 21 das 35 unidades ocupadas.

Já as unidades de enfermaria adulto estão com 52% da ocupação (511 leitos ocupados) e a pediátrica, com 68% (32 leitos ocupados).

Em Salvador, 72% dos leitos de UTI adulto estão ocupados e 70% das UTIs pediátricas encontram-se em uso. As enfermarias na capital baiana registram uma ocupação de 69% para adulto e 81% para pacientes da pediatria.

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Os familiares do empresário Elton Gonçalves Campelo, 35 anos, e da namorada dele, Isabela Valença, 33, estão consternados com a morte do casal. Os dois estavam no edifício Terrazzo Imperiale, que fica no Horto Florestal, um dos bairros mais nobres de Salvador, quando o crime aconteceu.

A suspeita da polícia é de que Isabela matou o namorado e cometeu suicídio em seguida. Na manhã desta segunda-feira (11), um outro parente de Elton esteve no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues para fazer a liberação do corpo. Chocado com a situação, ele disse que o casal não tinha histórico de brigas.

“Estamos todos tentando entender o motivo da tragédia. Eles nunca tiveram uma briga. Estamos perplexos”, disse ele, que preferiu não revelar o nome. O CORREIO tentou falar com um irmão de Isabela, Paulo Valença, sem sucesso.

Já a prima de Elton, Lívia Campelo, disse que a família não consegue achar explicação para a tragédia. “Me perdoe, mas está sendo muito difícil para todos nós. Ninguém tem explicação para o que aconteceu, para nada”, disse emocionada, na manhã desta segunda-feira (11).

No condomínio de luxo onde ocorreu o crime, os funcionários foram orientados ao não falar com a imprensa. Os moradores também não quiseram comentar o assunto. Porém, uma manicure que atende em domicílio, e que tinha acabado de sair do edifício Terrazzo Imperiale quando o crime aconteceu, contou ao CORREIO que os pais de Elton dormiam quando os disparos foram efetuados. “O comentário é que eles acordaram com os tiros”, contou ela.

De acordo com a investigação policial, os corpos de Elton e Isabela foram encontrados pelos pais de Elton, a decoradora Elza Campelo e o empresário Gladston Campelo, donos do apartamento, que estavam em outro quarto na hora do crime.

Elton e Isabela foram mortos com tiros na cabeça. O corpo dele foi encontrado em cima da cama da suíte onde o casal estava, enquanto o dela foi achado no banheiro do cômodo. Ao lado dela, estava a arma do crime, uma pistola que pertencia a Elton, que tinha porte de arma.

As circunstâncias reforçam a hipótese para o crime: um homicídio seguido de suicídio. Segundo a Polícia Civil, o pai do empresário se assustou ao ouvir um barulho de tiro e foi ao quarto do casal, que passava as férias em Salvador.

Elton morava em Juazeiro, na região do Vale São Francisco, onde nasceu. Já Isabela morava em Petrolina, cidade vizinha, em Pernambuco.

Ainda segundo informações preliminares, não houve nenhuma discussão do casal momentos antes do crime. No sábado (8), horas antes do assassinato, Isabela chegou a postar uma foto com o namorado em sua rede social. Os dois namoravam desde 2018.

O caso é apurado pela delegada Marta Karine, da 1ª Delegacia de Homicídios. O motivo do crime ainda é um mistério.

O corpo de Elton será enterrado às 11h30 desta terça-feira (12) no cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas. Já o corpo de Isabela segue no IML Nina Rodrigues e aguarda liberação.

De acordo com o Departamento Polícia Técnica (DPT), dois familiares dela já foram ao local, mas não puderam fazer os procedimentos legais para a liberação, por não serem parentes direitos, como pais ou irmãos.

A família de Elton comanda o Curtume Campelo, que já foi símbolo de desenvolvimento na região. A empresa chegou a empregar 500 funcionários e teve influência direta na geração de renda no município.

Elton e Isabela estavam juntos desde 2018. Antes de voltar a morar em Juazeiro, Elton estudou em Salvador em colégios tradicionais, como Módulo e Anchieta. Formado em Administração, regressou para a cidade que nasceu. No final do ano passado, ele havia solicitado um alvará à Vigilância Sanitária para montar uma clínica. Já Isabela, era sócia de um restaurante japonês em Petrolina, que está fechado para reforma desde a pandemia.

Morador de Juazeiro, o jornalista Pedro Alcântara Filho, amigo de infância de Elton, disse que está perplexo com o crime. “Estou até agora atordoado tentando entender tudo isso. Meu pai é muito amigo do pai dele e, por isso, fomos criados juntos. Era um casal que se dava super bem. Eram tranquilos. A cidade toda está em sem acreditar. Nunca vi o casal em desentendimento, sequer subia a voz. Altamente inexplicável. Estamos todos chocados”, contou.

Pedro disse que viu Elton pela última vez há cerca de mês. “O vi passeando antes de viajar nas férias”, recordou. Ele disse que o amigo sempre gostou de esportes aquáticos. “Além de surfar, ele pilotava jet-ski e praticava kitesurf no Rio São Francisco”, contou o amigo.

Já sobre Isabela, o jornalista disse que sabe pouco dela. “Minha amizade era com ele. Vez ou outra almoçava no restaurante dela e a cumprimentava. O que sei é que ela é também de uma família que tem boa condição financeira em Petrolina”, disse.

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O Governo do Estado lamenta o encerramento da produção nas plantas da Ford, em Camaçari (BA) e Taubaté (SP), e da Troller, em Horizonte (CE). O governo destaca os impactos socioeconômicos consequentes do fechamento da empresa, importante geradora de empregos e renda no estado.

Assim que foi informado, o governador Rui Costa entrou em contato com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) para discutir a formação de grupo de trabalho para avaliar possibilidades alternativas ao fechamento. O governo estadual também entrou em contato com a Embaixada Chinesa para sondar possíveis investidores com interesse em assumir o negócio na Bahia.

A decisão da Ford foi informada ao governador Rui Costa durante reunião virtual com representantes da empresa nesta segunda-feira (11). Em nota distribuída à imprensa, a Ford afirma que "a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas", são motivadores da decisão.

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Basta ir a qualquer ponto turístico de Salvador que eles - os turistas - estão lá. E são muitos! Todos com o celular a postos, fazendo pose para a foto que vai ficar como registro da viagem. A professora Elizabeth Rodrigues, 40 anos, não perdeu a oportunidade da selfie com as cinco amigas de São Paulo. É a sua primeira vez na cidade e ela está adorando. “As pessoas aqui são muito simpáticas. Já visitamos o Pelourinho, o Elevador Lacerda e agora o Farol da Barra. Também já provei e aprovei a famosa moqueca de camarão. O próximo da lista é o acarajé”, conta.

Apesar da pandemia, o movimento de turistas em Salvador cresceu mesmo. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-BA), Luciano Lopes, a expectativa para o mês de janeiro é de uma taxa de ocupação entre 55% e 60%.

“Os números ainda são muito mais baixos do que os dos anos anteriores, mas já demonstram uma retomada das atividades turísticas em Salvador. Fizemos algumas previsões para o final de 2020 e início deste ano e estamos vendo que elas estão se concretizando. A nossa expectativa é atingir em 2021 entre 70% e 80% das taxas de ocupação de 2020”, afirma.

O guia de turismo Thiago Duarte aponta que a pandemia trouxe muitos prejuízos, mas janeiro está sendo um mês positivo, com bastante demanda: “O turismo parou em março e eu, particularmente, só voltei a trabalhar em setembro. Aí eu venho voltando gradativamente e agora tenho trabalhado quase todos os dias. O movimento está bem mais aquecido”.

Ele acrescenta que 99% dos turistas que atende são brasileiros de diversos estados. Além disso, a maioria busca por passeios privativos, que não misturem grupos diferentes: “Eu acredito que, por causa do coronavírus, as pessoas ainda estão com medo de se aglomerar e têm preferido os passeios de forma separada”.

É o que está fazendo a professora Elizabeth, que teve medo de viajar na pandemia, mas decidiu encarar, evitando aglomerações.

“Começamos a pensar na viagem em novembro, quando a covid estava em queda, mas aí os casos aumentaram de novo e ficamos com receio. Mas, viemos mesmo assim e estamos achando tranquilo, evitamos lugares muito cheios e fechados e tomamos todos os cuidados”, explica.

Ocupação
De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), os dados da taxa média de ocupação hoteleira vem apresentando crescimentos constantes, sobretudo a partir de julho. Em dezembro de 2020, a capital baiana recebeu 467.989 turistas. No mesmo mês, a taxa de ocupação hoteleira na cidade foi de 48,59%. O número ainda é abaixo do registrado em 2019, 60,15%, mas muito maior do que o pior mês do ano passado, abril, que registrou apenas 11%.

O presidente da ABIH-BA, Luciano Lopes, revelou ainda que a maior demanda vem da região Sudeste: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Para Silvana Rós, guia de turismo e vice-presidente da Federação Nacional dos Guias de Turismo, os números confirmam o que ela já observa: “Eu retomei as atividades em agosto, muito timidamente. Agora em dezembro estamos percebendo um aquecimento da visitação. E até então não vi uma representação significativa de turistas estrangeiros, como sempre acontece no período de alta estação”.

Prejuízos de 2020
Luciano Lopes relembra que o ano passado foi bastante desafiador para toda a área turística: “O setor hoteleiro baiano chegou a interromper praticamente todas as atividades com a chegada da covid-19. Em Salvador, as reservas dos hotéis foram reduzidas a praticamente zero, além do cancelamento total de eventos. Vivemos um verdadeiro colapso, impactando milhares de famílias”.

Nos hotéis, a previsão de ocupação esperada para 2020 era de 66,4%, mas o ano fechou em 37,4%. Em 2019, o balanço ficou em 62,49%. Isso trouxe uma redução de 56% no faturamento dos hotéis, se comparado com o ano anterior - R$ 673 milhões a menos no faturamento anual.

Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de janeiro a novembro de 2020, o número de passageiros no aeroporto de Salvador caiu 52,1% se comparado ao mesmo período do ano anterior, passando de 7,3 milhões para 3,1 milhões.

O presidente da ABIH-BA destacou que mais de 95% dos hotéis tiveram que fechar as portas, ao menos temporariamente, devido à falta de clientes entre março e maio de 2020. Mais de 40% dos funcionários foram demitidos.

Esperanças para 2021
De acordo com o secretário estadual de Turismo, Fausto Franco, a Bahia está empenhada na recuperação do turismo e, em especial, da malha aérea.

“Os resultados já são positivos, com as companhias voltando a operar voos regulares e charters, com destaque para voos internacionais, que estão sendo retomados à medida que os visitantes entendem a seriedade das medidas adotadas pela Bahia diante da pandemia”, avalia.

No Aeroporto Internacional de Salvador, a projeção é de 4.594 voos desembarcando entre 1º de dezembro de 2020 e 31 de janeiro de 2021.

A Secult estima que entre dezembro de 2020 e março de 2021 haverá um crescimento médio de 20%. Ainda segundo a projeção estimada pela secretaria, os dados da hotelaria podem chegar ao final de março com um índice médio de ocupação em torno dos 67%, retornando assim ao patamar registrado nos dois anos anteriores à pandemia.

Para o presidente da ABIH-BA, é preciso ter esperança, mas também colocar os pés no chão. “Sem a vacina, não tem como a gente superar o ano de 2020. É muito difícil porque, com a pandemia e sem a vacina, ainda há muita limitação de voos e de capacidade em restaurantes, por exemplo”, avalia.

Ele diz ainda que é possível manter as atividades, que os hotéis estão preparados e que é necessário seguir todos os protocolos recomendados. “Fizemos treinamentos para capacitar os funcionários para que eles estivessem preparados para seguir todos os protocolos de segurança e passar para os hóspedes uma sensação de segurança”, afirma.

Protocolos

Dicas da guia de turismo e vice-presidente da Federação Nacional dos Guias de Turismo, Silvana Rós:

Usar máscara o tempo todo
Trocar a máscara a cada 3h
Usar álcool em gel a cada vez que tocar algum objeto
Não contar com o auxílio das mãos dos guias para descida e subida dos veículos de transporte
Nos retornos aos veículos, higienizar as mãos com álcool em gel
Manter distanciamento em todos os locais
Os guias devem disponibilizar o aparelho e fazer a aferição da temperatura dos turistas
Os queridinhos de Salvador

*Informações dos sites Salvador da Bahia e Pelourinho Dia e Noite

Segundo o guia Thiago Duarte, os lugares que fazem mais sucesso em Salvador entre os turistas são o Centro Histórico, a Igreja Nosso Senhor do Bonfim e o Memorial Irmã Dulce.

A guia Silva Rós aponta os mesmos locais como os preferidos e dá destaca para a Praça Cairu, em frente ao Mercado Modelo, recém revitalizada pela Prefeitura de Salvador. “Os turistas querem um tempo para fazer compras e também para tirar fotos por lá”, afirma Silvana.

Praça Cairu - A Praça Visconde de Cairu foi construída entre o fim do século XIX e início do século XX o seu nome é uma homenagem a José da Silva Lisboa, o Visconde de Cairu, político baiano. No local, encontra-se uma estátua de bronze do Visconde e a antiga residência usada por ele, onde estão sendo construídos o futuro Museu da Cidade e o Arquivo Histórico Municipal de Salvador.

Centro Histórico - O Centro Histórico de Salvador – do qual o Pelourinho é símbolo e síntese – constitui o maior conjunto arquitetônico colonial da América Latina. O espaço é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). São mais de 3 mil imóveis dos séculos XVI a XIX, com sua arquitetura monumental de finalidade religiosa, civil – de função pública e privada – e militar.

Igreja do Bonfim - É uma das mais tradicionais igrejas católicas da cidade, dedicada ao Senhor do Bonfim e símbolo do sincretismo religioso da Bahia. A devoção ao Nosso Senhor do Bonfim é herança portuguesa, apó o comerciante e traficante de escravos Teodósio de Faria trazer uma imagem a Salvador como pagamento de uma promessa por ter sobrevivido a uma tempestade no mar. A festa religiosa e “profana” mais importante da Bahia, a “Lavagem do Bonfim” acontece, todos os anos, na segunda quinta-feira do mês de janeiro.

Memorial Irmã Dulce - Inaugurado em 1993, um ano após a morte da freira baiana, o Memorial Irmã Dulce (MID) é uma exposição permanente sobre o legado de amor e caridade do Anjo Bom da Bahia, reunindo mais de 800 peças que ajudam a preservar e manter vivos os ideais da religiosa. O hábito usado por ela, fotografias, documentos e objetos pessoais podem ser vistos no MID, que ainda preserva, intacto, o quarto de Irmã Dulce, onde está a cadeira na qual ela dormiu por quase trinta anos em virtude de uma promessa.

Farol da Barra - O Farol da Barra faz parte do Forte Santo Antônio da Barra. Esta fortificação abriga o Museu Náutico da Bahia, que conta com um acervo histórico formado por objetos de diversas épocas, alguns deles submersos por até 300 anos, e que ajudam a compreender a relação do homem com o mar e da Bahia com o Farol. Segundo o portal da Marinha do Brasil, o forte foi erguido em 1536, sendo a primeira fortificação do País, e é um dos principais pontos turísticos de Salvador.

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Como de costume, o verão baiano trouxe junto um calorão que faz a gente suar poucos minutos depois de um bom banho ou de colocar o pé para fora de casa. As estratégias para fugir da sensação térmica são as mesmas. Além das praias, os baianos procuram lugares com ar condicionado para evitar agonia que é permanecer em uma temperatura tão alta.

O que é diferente neste ano são os riscos de ficar em locais com ar condicionado. Em meio a um momento em que os casos de coronavírus voltam a crescer, quem era parceiro na hora de amenizar a temperatura, pode virar inimigo ao favorecer a contaminação em ambientes fechados, onde o mesmo ar circula continuamente e muitas pessoas estão presentes. Especialistas afirmam que não é recomendado permanecer em lugares assim e que, se for necessário ficar, cuidados devem ser seguidos a risca.

Correndo da contaminação
A verdade é que poucas coisas são tão gostosas quanto a sensação de sair de um calor enorme direto para a temperatura agradável de um estabelecimento climatizado. É comum ver pessoas dando aquele suspiro de alívio ao entrar em lojas, shopping ou restaurantes. Porém, com um cenário ainda pandêmico, fazer isso tem deixado um misto de prazer e preocupação.

É assim com a professora Lúcia Cabral, 54 anos. Ela afirma que, em épocas quentes, corre atrás do ar condicionado, mas, na pandemia, isso mudou. "Eu acredito que ficar em lugar em que todo mundo respire o mesmo ar não é boa ideia. Antes, sair do calor para o clima bom do ar condicionado era maravilhoso. Hoje, eu tô é correndo disso. Só entro em ambientes assim quando não tem jeito, como tive que fazer quando viajei há uma semana", relata.

Quem também não vê os ambientes como antes é a empresária Mônica Carvalho, 42. Para ela, o risco de ficar por muito tempo em áreas climatizadas não compensa a amenização do calor. "Tenho feito escolhas inteligentes e fico sempre alerta. No carro, se estou com outra pessoa que não é do meu núcleo, o vidro está sempre aberto. No escritório, deixo sempre as janelas abertas. Shoppings, só vou quando necessário. Se puder, evito! Em restaurantes, prefiro locais abertos, sempre que possível", conta.

O ator Emerson Sant'anna, 30, que trabalha atualmente em uma loja de um shopping de Salvador, vive preocupado com a possibilidade de contaminação. "Eu trabalho em um ambiente que, de certa forma, virou ponto de aglomeração por conta do calor também. É comum ver gente que não vai fazer nada lá, mas que entrou só pra correr da temperatura elevada. Isso me preocupa porque acaba aumentando o número de gente por lá no verão", diz.

Cuidados redobrados
Matheus Todt, que é infectologista, afirma que a preocupação de Emerson tem sentido. Segundo ele, apesar do ar condicionado não ser o responsável direto pela contaminação, as aglomerações provocadas por ele em ambientes fechados são perigosas. "Com ou sem ar condicionado, o ambiente fechado é perigoso. O ar [condicionado], nesse sentido, é mais um vetor para que haja uma concentração e uma maior troca de ar entre as pessoas. Então, se a presença do ar [condicionado] fomenta isso, pode se tornar um problema", explica.

Se não tem outro jeito e as pessoas precisam estar nestes locais, a infectologista Clarissa Ramos recomenda atenção aos cuidados essenciais. "Nessa época, pra todo mundo que usa ou precisa ir a lugares com ar condicionado, é importante saber o seguinte: no ambiente fechado, a gente tem mais partículas virais circulando no mesmo ar. Então, o ideal seria caprichar ainda mais em cuidados básicos como o uso de máscaras e o respeito ao distanciamento social", alerta.

Como reduzir os riscos
Para quem não tem como fugir dos ambientes climatizados - ou não quer ter que fazer isso no verão -, o CORREIO traz cinco dicas dos infectologistas Clarissa Ramos e Matheus Todt para minimizar, ao máximo, os riscos de contrair a covid-19:

1 - Nunca deixar a ventilação do ar condicionado diretamente para alguém;
2 - Ter grande cuidado com as mãos, que podem entrar em contato com partículas do vírus e serem levadas ao rosto ou para boca. Uso álcool gel constantemente é recomendado;
3 - Se possível, em alguns momentos, abra janelas e portas para poder ter a troca de ar no ambiente;
4 - Respeitar com ainda mais rigor o distanciamento social, ficando, preferencialmente, mais asfastado ainda das pessoas;
5 - Usar a máscara, que é o que temos de mais importante até o momento, o tempo todo quando estiver em ambientes fechados climatizados ou não.

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O eleitor que não compareceu às urnas no primeiro turno das eleições municipais de novembro tem até esta semana para justificar a ausência. Caso o procedimento não seja realizado, será preciso pagar uma multa. Quem não regularizar a situação pode ficar sujeito a restrições.

O prazo vence na quinta-feira (14) para quem faltou ao primeiro turno das eleições municipais 2020. Para o segundo turno, o limite é 28 de janeiro.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recomenda que a justificativa seja feita, preferencialmente, por meio do aplicativo e-Título, disponível para celulares com sistemas operacionais Android ou iOS.

O procedimento pode ser feito também pela internet, por meio do Sistema Justifica. Ou ainda de modo presencial, no Cartório Eleitoral. Em qualquer um dos casos, o eleitor precisará preencher um Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE), descrevendo por que não votou. O TSE pede que seja anexada documentação que comprove a razão da falta.

Isso porque o RJE pode ser recusado pela Justiça Eleitoral, se a justificativa não for plausível ou se o formulário for preenchido com informações que não permitam identificar corretamente o eleitor, por exemplo.

Se tiver o requerimento negado, para regularizar a situação o eleitor precisará pagar a mesma multa de quem perdeu o prazo para a justificativa. O valor da multa pode variar, de acordo com o estipulado pelo juízo de cada zona eleitoral. Existe a possibilidade de o eleitor solicitar isenção, se puder comprovar que não tem recursos para arcar com a penalidade.

Cada justificativa é válida somente para o turno ao qual o eleitor não compareceu por estar fora de seu domicílio eleitoral. Ou seja, se não tiver votado no primeiro e no segundo turno da eleição, terá de justificar a ausência de cada um, separadamente, obedecendo aos mesmos requisitos e prazos de cada turno.

Nas eleições 2020 foi registrada abstenção recorde tanto no primeiro (23,14% do eleitorado) quanto no segundo (29,5%). Quando foram realizadas as votações, o Brasil tinha 147.918.483 eleitores aptos a votar.

A justificativa para a ausência é necessária porque o voto é obrigatório para quem tem entre 18 e 70 anos, conforme o Artigo 14 da Constituição. Quem não justificar e não pagar a multa para regularizar a situação junto à Justiça Eleitoral fica sujeito a uma série de restrições legais, impedido de:

- obter passaporte ou carteira de identidade;

- receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;

- participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos estados, dos territórios, do Distrito Federal, dos municípios ou das respectivas autarquias;

- obter empréstimos nas autarquias, nas sociedades de economia mista, nas caixas econômicas federais e estaduais, nos institutos e caixas de Previdência Social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos;

- inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, e neles ser investido ou empossado;

- renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;

- praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda;

- obter certidão de quitação eleitoral;

- obter qualquer documento perante repartições diplomáticas a que estiver subordinado.

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A Bahia registrou nas últimas 24 horas mais 2980 casos de covid-19, uma taxa de crescimento de 0,6%. O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (7) traz ainda mais 29 óbitos, que aconteceram em diferentes datas, mas tiveram a confirmação agora. Ao todo, o estado teve 505.918 casos desde o início da pandemia, com 490.725 já considerados recuperados e 5.860 ainda ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da covid-19. Já os casos ativos são contabilizados subtraindo os óbitos e recuperados do número de casos totais. Essas contas são feitas de maneira automática.

Além destes, há 123.275 casos sendo investigados. Outros 895.305 foram descartados. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas de hoje.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,45%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100 mil habitantes foram Ibirataia (10.442,79), Muniz Ferreira (8.609,54), Conceição do Coité (8.517,98), Jucuruçu (8.152,53) e Pintadas (8.096,20).

O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 9.333, representando uma letalidade de 1,84%. Dentre os óbitos, 56,49% ocorreram no sexo masculino e 43,51% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,77% corresponderam à parda, seguidos por branca com 19,11%, preta com 14,63%, amarela com 0,66%, indígena com 0,13% e não há informação em 10,69% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 70,81%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,58%).

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