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A Bahia ultrapassou nesta quarta-feira (6) a marca de meio milhão de pessoas infectadas pelo coronavírus nos dez meses de pandemia. Nas últimas 24h, foram registrados mais 3.038 casos da covid-19 no estado, com 28 mortes confirmadas. Dos 502.938 casos confirmados, 5.340 estão ativos agora. O estado teve ainda 9.304 mortes pela doença.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,47%). Os municípios com menos casos por 100 mil habitantes foram Ibirataia (10.436,26), Muniz Ferreira (8.582,59), Conceição do Coité (8.498,47), Jucuruçu (8.152,53) e Pintadas (8.086,61).

Segundo o boletim epidemiológico, 123.193 casos permanecem em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quarta-feira (6).

Mortes
As 28 mortes registradas neste boletim aconteceram em várias datas, mas a confirmação aconteceu agora. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19. segundo a Sesab Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

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A rodoviária de Salvador registrou uma redução significativa no números de embarques realizados entre os dias 17 e 31 de dezembro de 2020. Neste ano, foram feitas 96.585 viagens, 55,7% menos do que no ano passado.

De acordo com a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), a queda é justificada pela pandemia do novo coronavírus, já que muitas famílias optaram por não viajar.

Na operação especial montada pela Agerba não foram disponibilizados antecipadamente horários extras, mas as empresas chegaram a operar 200 viagens excedentes.

Em 2020 o dia com mais movimento foi a véspera de Natal, dia 24 de dezembro, com o registro de 11.086 embarques. Nos outros anos, esse dia registrou uma média de 27 mil embarques.

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Dois homens suspeitos de participar do ataque na praia de Jaguaribe que deixou três mortos foram presos nesta quarta-feira (6), no bairro de Valéria, por equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O ataque, que aconteceu na tarde ontem, deixou ainda dois feridos.

Segundo a polícia, os dois presos são apontados como responsáveis por transportar os autores dos disparos. As motos deles foram apreendidas e passarão por perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Imagens de câmera de vigilância ajudaram a identificar os suspeitos. "Seguimos com foco total para esclarecer esse crime que revoltou os baianos e prender todos os autores. A população pode ajudar com denúncias anônimas, através do telefone 3235-0000", declarou o diretor do DHPP, delegado José Bezerra.

Participaram também da operação equipes do Grupo de Capturas do DHPP, da Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM) e da 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS).

Segundo informações preliminares da investigação, reveladas pelo diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Lucas Bezerra, durante entrevista à TV Bahia nesta quarta-feira (6), dois homens em uma moto chegaram à praia por volta das 15h desta terça.

Eles localizaram Lucas Santos da Cruz, 27, sentado numa barraca ao lado de amigos e abriram fogo. Lucas, segundo a Polícia Civil, tinha envolvimento com o tráfico de drogas e era o alvo da ação criminosa.

Neste primeiro momento Lucas e dois amigos dele foram atingidos pelos disparos, que segundo as investigações foram efetuados por apenas um criminoso enquanto o outro ficava na retaguarda.

Como todos começaram a correr após os primeiros tiros, na perseguição o criminoso descarregou a arma na tentativa de executar Lucas. As balas perdidas atingiram três pessoas que estavam na areia: Igor Oliveira Lima Filho, de 16 anos, Juliana Celina da Santana da Silva Alcântara, de 20, e Elenilce Alcântara, mãe de Juliana. Os dois primeiros não resistiram.

A ação, ao todo, durou cerca de 60 segundos, e os suspeitos fugiram em uma moto.

Vítimas
Lucas e Juliana morreram na hora, enquanto Igor chegou a ser atendido, mas não resistiu. Uma quarta vítima fatal identificada como Andre Luiz Cunha dos Santos, de 24 anos, chegou a ser apontada inicialmente, mas a Secretaria de Segurança Pública (SSP) corrigiu a informação às 22h30 da noite dizendo que ele tinha sobrevivido.

Juliana tinha 20 anos e estudava Biomedicina na Faculdade Bahiana de Medicina de Saúde Pública. Ela, que morava no Imbuí, estava na praia ao lado de familiares e foi atingida quando estava sentada em uma cadeira de praia. O corpo dela foi coberto com uma canga por familiares.

A mãe, Elenilce Alcântara, que estava ao lado da filha foi atingida de raspão e encaminhada para a UPA de Itapuã. Ela foi liberada na mesma tarde.

Outra vítima foi Igor Oliveira Lima Filho, de 16 anos. O adolescente tinha o costume de jogar futevôlei nas areias de Jaguaribe. A paixão pelo futebol era tanta que bola estava logo na descrição de uma das suas contas nas redes sociais.

Um amigo de Igor contou ao CORREIO que ele era o mais velho de três irmãos e morava no condomínio Le Parc, na Avenida Paralela. "Até por isso o gosto por Jaguaribe, rapidinho chegava lá", disse a fonte antes de classificá-lo como estudioso, boleiro e de família.

O principal alvo da ação era Lucas. Segundo Lucas Bezerra, diretor do DHPP, ele tinha envolvimento com o tráfico de drogas e fora preso em duas oportunidades. Em 2015 ao ser flagrado com uma moto roubada e uma arma de fogo, e em 2018 por associação ao tráfico.

Ele deixou a prisão em maio de 2019 e voltou a exercer a atividade criminosa na região do Cajueiro, na Boca do Rio. "Por isso acreditamos que integrantes de uma facção rival o localizou na praia e tentou executá-lo", disse Lucas em entrevista ao Jornal da Manhã, da TV Bahia.

André Luiz Cunha dos Santos também foi atingido pelos disparos e foi socorrido para a Unidade de Pronto-Atendimento de Itapuã. Inicialmente a unidade e a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) informaram que ele havia morrido no atentado, porém a informação foi corrigida às 22h30. André passou por uma cirurgia e se recupera. Em uma rede social, um amigo informou que 'ele está vivo e lúcido'.

Outro sobrevivente é um homem que foi socorrido pelo Samu para o Hospital Geral do Estado (HGE) em estado grave, com perfuração no tórax e coxa esquerda, de acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Todos os três sobreviventes do atentado não correm risco de vida.

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Com investimentos de aproximadamente R$ 250 milhões, a Indústria Baiana de Bebidas (IBB) vai implantar unidade industrial no município de Catu, com previsão de gerar 450 empregos diretos e cerca de 1 mil indiretos. Originária de Minas Gerais, a indústria vai fabricar cerveja de malte e chope, com os rótulos Brussels e Estrella Sírius, e terá capacidade produtiva de até 1,2 milhão de hectolitro (hl) por ano. O protocolo de intenções foi assinado com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), nessa quarta-feira (06).

"Começamos 2021 com novidades para a indústria baiana, nos próximos meses, uma nova cervejaria iniciará o processo de instalação no estado, no município de Catu, que tem localização estratégica e potencial significativo para a economia da Bahia. Segundo dados do nosso Informe de Indústria, a fabricação de bebidas em outubro de 2020 cresceu 6,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Estamos no caminho certo, por aqui continuamos trabalhando muito, prospectando novas empresas e empenhados na atração de investimentos, sobretudo na interiorização do desenvolvimento", destaca o vice-governador João Leão, secretário da SDE.

De acordo com Andreney Evangelista, diretor regional da IBB, a previsão é que sejam gerados mais de 1 mil empregos indiretos. "Nós acreditamos que começando as obras civis em março, em 20 meses concluímos todo o processo de construção e iniciamos a parte de produção. Escolhemos a Bahia pelo tamanho do mercado. A Bahia é o quarto maior mercado cervejeiro do Brasil, os consumidores baianos estão sempre abertos para novas marcas e outro ponto importante é o fator logístico. Estaremos muito bem localizados para atender os estados do Nordeste", diz.

O novo prefeito de Catu, Pequeno Sales, a assessora da Prefeitura, Clara Sena, e comitiva do Executivo municipal estiveram presentes na assinatura. Na oportunidade, receberam da SDE um diagnóstico de desenvolvimento econômico do município. O documento auxiliará na exploração das potencialidades do local.

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Os primeiros dias de janeiro chegam com uma grande notícia aos moradores do Alto do Cabrito. A Prefeitura realizará na localidade a reforma de 200 imóveis em situação precária, através do programa municipal Morar Melhor. A ordem de serviço para as intervenções foi assinada nesta quarta-feira (6) pelo prefeito Bruno Reis, que esteve acompanhado da vice Ana Paula Matos e do novo titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Luiz Carlos de Souza.

É a primeira vez que o bairro é contemplado com a reforma das habitações. Do total de 200 casas que serão beneficiadas, 60 já tiveram os serviços concluídos. As melhorias, indicadas pelos próprios moradores, incluem reboco e pintura, recuperação ou troca de telhado, troca de esquadrias (portas e janelas) e instalações sanitária.

"Esse é um dos mais importantes programas da Prefeitura. Foi um compromisso nosso, na última eleição, de mantê-lo e reformar 50 mil casas nos próximos quatro anos. O Morar Melhor seguirá transformando a vida das pessoas e levando dignidade para as famílias", afirmou Bruno Reis.

Desde que foi criado, em 2015, o Morar Melhor já reformou mais de 30 mil casas em mais de 128 localidades de Salvador. De lá para cá, o valor máximo para ser investido nos serviços dos imóveis cresceu, saindo do limite de até R$5 mil para até R$ 7 mil.

"É uma inciativa excepcional, que foi conhecida por gestores de outras capitais para que eles implantem em outras cidades do país. A estimativa e planejamento é de que o Morar Melhor em Salvador chegue, em média, a 12,5 mil casas por ano (até 2024). É um desafio grande, mas motivador pelo aspecto social que o programa tem", declarou o titular da Seinfra, Luiz Carlos.

Sonho realizado – Moradora do Alto do Cabrito, Vera Lúcia dos Santos, 63 anos, hoje é só felicidade. A casa dela foi uma das primeiras a ser reformada pela iniciativa municipal. Um sonho que se tornou realidade. "Já ouvia falar do Morar Melhor, mas não esperava que fosse chegar aqui. Foram feitas obras no banheiro, quarto, cozinha. No lugar onde havia uma cerca velha construíram um muro. Minha casa está bem bonita. Começo 2021 em grande estilo", comemorou.

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Quem está acostumado com a festa, a celebração e as roupas típicas que abrilhantam a celebração de Terno de Reis, teve que se contentar com um cenário bastante diferente este ano.

A pandemia mudou tudo. Nesta quarta-feira (6), a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Lapinha manteve a alvorada às 6h e missas às 8h e às 18h, mas sem a realização do desfile dos tradicionais Ternos de Reis, para evitar aglomerações.

O dia festivo não fez multidões circularem pela Lapinha, bairro que sempre vê sua rotina mudar e suas ruas encherem todo dia 6 de janeiro, quando 500 a 600 fiéis comparecem para celebrar. Não houve aglomeração do lado de fora e muito menos do lado de dentro. A quantidade de fiéis na paróquia foi limitada a pouco mais de 50 presentes, que precisaram garantir participação presencial com antecedência através de ligação ou visita à secretaria da paróquia, como quem marca hora de uma consulta.

Tradição diferente, valor mantido
Quem se programou para ligar e marcar presença na eucaristia dos reis, reafirmou a importância de celebrar a visita dos reis magos ao recém-nascido Jesus Cristo. Foi o caso de Edinéia Santos, 42 anos, que saiu de Vista Alegre para participar da comunhão. "Para mim, é fundamental chegar aqui e celebrar a visita dos reis magos, que consolidou a nossa crença de que Jesus veio não só para o povo judeu e sim para todas as nações. Participar disso é muito especial", disse a autonôma.

Como disse a fiel, o Terno de Reis celebra justamente a universalidade da benção de Cristo e o zelo dele por todos os seres do planeta. Para a também autonôma Ângela Gomes, 58, isso ganha ainda mais peso em um contexto de pandemia em que o mundo precisa de socorro. "Em um momento tão complicado e que a gente reza e clama tanto, relembrar que o nosso senhor Jesus cuida não só de um ou de outro, mas de todos reaviva nossa fé, nos dá ânimo e esperança para seguir mesmo com tudo tão difícil", afirmou.

Celebração fora do comum
A Paróquia de Nossa Senhora da Lapinha não era nem de longe o que foi em outros anos de celebração. Com distanciamento social nos bancos e um número tímido de fiéis definido pela própria Igreja, a missa das 8h nunca viu público menor que o de hoje. É isso que confirma a aposentada Vera Lúcia da Silva, 67, que vem na celebração há anos. "Em dias comuns, dos últimos anos, seria difícil até entrar na Igreja do tanto de gente que vem para cá. E não é só a paróquia. A Lapinha como um todo fica muito movimentada, está muito diferente", declarou Vera, que mora na Lapinha.

Quem corroborou com a fala de Vera Lúcia foi Soraia de Jesus, 40, que trabalhou como voluntária na paróquia e fez a aferição de temperatura dos fiéis na entrada. "Realmente, não há comparação com o que era a celebração de Terno de Reis no dia 6. Isso aqui ficava repleto de gente, na parte de fora e de dentro da paróquia. Tudo isso precisou ser adaptado para que a cerimônia continuasse acontecendo sem colocar em risco vidas de quem vem. Agora, é esperar que aquela festa toda volte no ano que vem com todos vacinados e protegidos", confirmou .

Caráter especial
Para o Padre Romildo Pires, que realizou a celebração da missa, apesar da diferença com os últimos anos e a necessidade de protocolos, o Terno de Reis ganhou um caráter especial. "Na pandemia, que já dura tanto tempo, as pessoas ficaram ainda mais necessitadas de afeto, carinho e saber que alguém olha por elas. Na celebração, em que festejamos os reis magos e falamos de um Cristo que zela por todas as nações, as pessoas encontram isso", declarou.

O padre também comentou as diversas alterações que precisaram ser feitas para que o Terno de Reis ocorresse com segurança. "Infelizmente, deixamos de realizar o desfile, tivemos que limitar o número de pessoas através de marcação e também da orientação que permanecesse duas pessoas de diferentes famílias por banco com distanciamento social. Fizemos aferição, distribuímos álcool o tempo inteiro. Tudo para manter nossos fiéis seguros", explicou.

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A prefeitura de Feira de Santana prorrogou até 11 de janeiro o decreto que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais localizados em praças públicas, feiras livres e outros espaços.

A medida veta ainda a realização de shows e eventos, que seguem suspensos, e reduz o horário de funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência, casas de recpções e buffets, que seguem fechando as portas às 21h.

O decreto determina ainda que os estabelecimentos cumpram os protocolos de segurança, como distanciamento mínimo de dois metros entre as mesas, utilização de apenas 50% da área, capacidade máxima de quatro pessoas por mesa, disponibilização de álcool a 70%, sabão e papel toalha para clientes e funcionários. Também é obrigatório higienizar o ambiente e usar máscara facial.

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A base do governador Rui Costa na Assembleia Legislativa teve duas mudanças. Bira Corôa (PT) e Carlos Ubaldino (PSD) assumiram na segunda-feira (4) as vagas e deputado estadual de Zé Cocá (PP) e Jânio Natal (Podemos), novos prefeitos de Jequié e Porto Seguro, respectivamente.

Ambos eram parlamentares na legislatura passada, mas as eleições de 2018 os deixaram na primeira e segunda suplência do bloco governista. Bira Corôa e Pastor Ubaldino estão na quarta legislatura, após exercerem o cargo de deputado nos períodos 2007-2011, 2011-2015 e 2015-2019.

Presidente da Casa, o deputado Nelson Leal parabenizou os deputados pelo retorno, afirmando ter convicção “da disposição para servir à Bahia e aos baianos desses parlamentares experientes, comprometidos e conhecedores das vocações e das necessidades das regiões e comunidades que representam”.

Acompanhado da filha, a vereadora por Salvador Débora Santana (Avante), Ubaldinho afirmou que pretende “ trabalhar com meus pares nessa Casa, em prol dos mais carentes, fazer acontecer os anseios daqueles que mais precisam”. Já Bira Corôa ressaltou que volta ao parlamento “com a responsabilidade de transformar quatro anos em dois”.

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Depois de 12 dias da noite de Natal, a cidade de Feira de Santana inicia o ano de 2021 beirando os 100% de ocupação nos leitos de UTI reservados para a covid-19. No Hospital Geral Clériston Andrade, todos os 40 leitos estavam ocupados. Já no Hospital de Campanha, administrado pela prefeitura e exclusivo para pacientes da cidade, há apenas dois leitos livres e uma taxa de ocupação de 89%, mas que já chegou a atingir 100% nos últimos dias.

Para Francisco Mota, diretor do hospital de campanha, não há dúvidas de que os dados obtidos agora são um reflexo da festa natalina. “Esse aumento é por conta das aglomerações de Natal. A gente tem uma resposta das aglomerações de oito a 15 dias”, explica o médico, que está ainda mais preocupado com o possível reflexo das comemorações de Ano-Novo, que devem impactar mais ainda o sistema.

“Muito provavelmente não vamos ter como acolher mais doentes. Até há espaço para abertura de leitos, mas o processo não é rápido. Infelizmente, não caiu a ficha da população que a doença é contra o sistema de saúde. Enquanto a população não tiver consciência da importância das medidas de segurança, a gente pode abrir o maior número de leitos possíveis, mas tem uma hora que vai faltar profissional, medicamentos, materiais... o problema é a falta de conscientização”, declarou Mota.

Coordenadora do Comitê Gestor Municipal de Controle ao Coronavírus em Feira, a infectologista Melissa Falcão também se vê preocupada com o cenário que é agravado pela chamada segunda onda, marcada pela alta taxa de transmissão da doença na cidade. “Desde dezembro, nós estamos vendo alta taxa de ocupação nos leitos e uma incidência grande de casos. Só que o Ano-Novo é mais preocupante do que o Natal, pois teve muita gente viajando, fazendo festas. Estamos preocupados em como estará a situação daqui as duas semanas”, diz.

Mesmo com essa realidade, não é discutido pela prefeitura a realização de algum tipo de lockdown ou mesmo fechamento do comércio. A infectologista explica o motivo: “Não é cogitado fechamento do comércio, a não ser que saia muito do controle. Não existe possibilidade de lockdown, pois como a taxa de transmissão está muito grande e espalhada, as pessoas se contaminariam em casa”, explica Falcão.

Medidas anunciadas pela prefeitura em dezembro, quando a cidade já registrava o pior momento da pandemia desde julho, continuam valendo: houve aumento do número de realizações de exames, mesmo das pessoas assintomáticas; fechamento de bares, restaurantes, lanchonetes e lojas de conveniência às 21h; e aumento da fiscalização.

Os estabelecimentos são obrigados a manter os protocolos sanitários, como disponibilizar álcool a 70%, sabão e papel toalha para clientes e funcionários; não permitir mais de quatro pessoas em uma mesma mesa; e utilizar apenas 50% da área total.

Segundo a assessoria da prefeitura, estão em vigor ainda a proibição de bebidas alcoólicas em espaços públicos e a proibição de shows e apresentações musicais e de transmissão de jogos de futebol.

Progressão da doença
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o "período de incubação do coronavírus" se refere ao tempo entre a infecção do ser humano pelo vírus e o início dos sintomas da doença, intervalo que pode variar de 1 a 14 dias. Outros estudos apontam que se leva cerca de 14,5 dias do início dos sintomas até a intubação, que é quando o paciente já está no leito de UTI. Uma vez intubado, os casos podem evoluir a óbito de 4 a 5 dias.

Se no Natal e Ano-Novo muitas pessoas foram contaminadas, o reflexo disso no sistema de saúde - com aumento de internação e número de óbitos - só será sentido ao longo de janeiro. “Nós já vivemos um período em que os pacientes da rede particular começaram a ser transferidos para a rede pública, devido à alta ocupação. Se Feira não conseguir dar conta, essas pessoas terão que ir para outras cidades. Hoje, observamos ainda aumento na contaminação e internação de idosos. As pessoas estão tendo menos cuidado e levando o vírus para casa”, aponta a infectologista Melissa Falcão.

Segundo o diretor médico do Hospital de Campanha de Feira, há relatos de que a ocupação dos leitos de UTI na rede particular da cidade está acima de 90%. Já o Hospital Estadual da Criança, localizado na cidade, possui cinco leitos pediátricos voltados para covid-19 e apenas um ocupado. Em outras cidades também do centro-leste baiano, onde Feira de Santana está localizada, a ocupação nos leitos de UTI é de 80% no Hospital Regional da Chapada, em Seabra, e de 70% nos hospitais da Chapada, em Itaberaba, e Municipal, em Serrinha.

Tudo isso ajuda a pressionar o sistema de saúde feirense. Mesmo assim, para Francisco Mota, ainda não é possível falar que podemos chegar a um colapso. “O que eu posso dizer é que, quando os hospitais lotam, os pacientes vão ficar nas UPAs [unidades de pronto-atendimento] e policlínicas, esperando atendimento, ou serão remanejados para hospitais de outras regiões. O colapso pode acontecer quando esse remanejamento não for mais possível”, explica.

Dezembro já foi o mês com maior número de casos de covid-19 em Feira de Santana desde que começou a pandemia. No total, foram 4,9 mil casos confirmados no último mês de 2020, o que representa 25% de todos os casos notificados desde o início da pandemia, segundo o boletim epidemiológico municipal. Feira também já registrou 354 mortes; 1,5 mil pessoas ainda aguardam o resultado do exame para saberem se estão contaminados pelo vírus. Mais de 20 mil casos da doença já foram confirmados.

Lista dos hospitais que estão com mais taxa de ocupação na Bahia:

Hospital Geral Clériston Andrade (Feira de Santana) - 100%
Hospital Santa Helena (Camaçari) – 100%
Hospital São Pedro (Remanso) - 100%
Hospital Municipal Dom Antonio Monteiro (Senhor do Bonfim) - 100%
Hospital São Vicente (Jequié) 100%
Hospital Regional Costa do Cacau (Ilhéus) - 93%
Hospital de Ilhéus - 91%
Hospital Regional Dr Mario Dourado Sobrinho (Irece) - 90%
Hospital de Tratamento Covid19 de Eunápolis – 90%
Promatre de Juazeiro – 90%
Hospital São Vicente de Paulo (Vitoria Da Conquista) 90%
Vida Memorial (Ilhéus) - 90%
Hospital de Campanha de Feira de Santana – 89%

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A partir desta terça-feira (5), Salvador passa a contar com um novo equipamento de convivência, pesquisa e lazer com um clima de pré-história. A Lagoa dos Frades, no bairro do Stiep, próximo ao antigo Centro de Convenções, foi requalificada e ganhou réplicas de dinossauros que tornaram o local um atrativo diferenciado de tudo o que existe na cidade. O espaço, agora renomeado de Lagoa dos Dinossauros, foi entregue hoje (05) pelo prefeito Bruno Reis. Estiveram presentes ainda o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano (Desal), Virgílio Daltro, e do titular da Secretaria de Manutenção (Seman), Luciano Sandes.

"Essa inauguração faz parte da estratégia de cada vez mais desenvolver o espaço público ao cidadão. Estivemos aqui há pouco mais de um ano e nos deparamos com um lugar completamente abandonado, com esgoto alimentando a lagoa, sem peixes, sem patos. As pessoas não frequentavam este local. Decidimos, portanto, implantar um projeto arrojado e impactante", disse o prefeito, ressaltando que as réplicas dos dinossauros foram construídas pela própria Desal.

Duas delas são de Tiranossauro Rex, com aproximadamente cinco metros de altura e nove metros de comprimento cada. As demais estão distribuídas em seis réplicas de Velociraptor, duas de Dilofossauro, uma de Dilofossauro Sinensis, uma de Braquiossauro, uma de Pteranodonte e um Anquilossauro.

No local, o visitante tem a sensação de ter voltado ao tempo diante das esculturas em tamanho real, situadas em uma área verde, com vegetações nativas de Mata Atlântica em pleno meio urbano. As réplicas emitem som com a aproximação das pessoas, por meio de um sensor de presença e do uso de um aplicativo.

O processo de construção das peças envolveu um estudo sobre como era a anatomia dos dinossauros. Após o estudo e a busca de imagens, os colaboradores da autarquia projetaram as imagens em 3D e as retrataram em estruturas metálicas. O passo seguinte foi cobrir essas estruturas esculpindo célula por célula com argila. Depois que as peças foram totalmente cobertas e fibradas, elas foram recortadas dando origem à fibra de vidro que é utilizada como forma final.

Conforme anunciado pelo prefeito, a estimativa é que a lagoa ganhe ainda mais esculturas, fruto de recursos provenientes de contrapartidas com o setor privado.

Revitalização – A lagoa tem 16.470 m² e o entorno possui espaço de convivência, sanitário, novo mobiliário com jogos de bancos e mesa, banheiro para pessoas com deficiência, pergolado, anfiteatro, acessibilidade e quiosques.

Antes da intervenção, a situação de abandono trazia um clima de insegurança e, ainda por cima, o local recebia pontos de esgoto despejados por edificações próximas. Estes focos foram desativados com o apoio das secretarias de Manutenção (Seman) e de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), assim como da Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa).

Além disso, a lagoa passou por um processo de aeração, que melhora as condições da água. Serão lançados, ainda, cinco mil alevinos de espécies diferentes doados pela Bahia Pesca, para aumentar o número de peixes.

Durante 30 dias, será proibida a pesca para que essa população possa se multiplicar. No espaço de convivência e lazer também são encontradas espécies como camaleões, micos e até mesmo joões-de-barro. O projeto tem a participação intensa da comunidade que, inclusive, ajudou na aquisição de produtos para melhoria da água e na doação de patos que vão embelezar o local. O investimento total foi de quase R$ 9 milhões.

"Só aqui na região a Prefeitura já entregou três espaços para o lazer da população. Além da Lagoa dos Dinossauros, a capital baiana teve revitalizada a Lagoa dos Pássaros, também aqui no Stiep, e a construção do Parque dos Ventos, na orla da Boca do Rio", complementou Bruno Reis.

Segurança – Dentro da Lagoa dos Dinossauros será construída uma base de apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) para que faça a segurança do local e possa orientar os visitantes. O parque foi todo cercado por gradil e a portaria terá catraca, onde será possível orientar e fiscalizar a entrada. A administração do espaço ficará a cargo da Secretaria de Sustentabilidade e Resiliência (Secis) e o funcionamento segue o decreto municipal de enfrentamento ao coronavírus: de segunda a sábado, de 6h às 17h.

Avaliação - Moradora do Stiep há quase quatro décadas, a doméstica Jandira Lima, 60 levou o neto Pedro, de apenas um ano, para conhecer a Lagoa dos Dinossauros. "Essa revitalização é um pedido antigo da comunidade. A lagoa ficou muito tempo abandonada, a pavimentação do entorno era quebrada, havia muito de mato e nem tinha espaço para andar. Isso fora a insegurança. Agora está maravilhoso", avaliou.

Já o estudante Antônio Celso Ferrari, 26, saiu de Pernambués só para passear com a família no local. "Sabia que existia a lagoa, mas nunca havia frequentado. Soube da inauguração pela internet e decidi vir hoje. Achei o espaço bem legal e estou aproveitando para tirar fotos de recordação com a minha filhinha", comemorou.

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