Quinta, 16 Maio 2024 | Login

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, (4), a Operação Intruder Brother, que investiga possível prática do crime de corrupção eleitoral (compra de votos), na véspera do 1º turno das eleições municipais de 2020.

Na operação, 24 policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão, todos em Rio Branco, um deles, na casa de Célio Gadelha (MDB), reeleito ao cargo de vereador da capital acriana, além de oitivas de testemunhas e investigados.

De acordo com os policiais federais um irmão de um candidato ao cargo de vereador, juntamente com um cabo eleitoral, entrou sem permissão em uma empresa de grande porte da cidade, reuniu vários funcionários e distribuiu santinhos e grande quantidade de dinheiro em troca de votos. Dentre os investigados, estão também funcionários que receberam dinheiro.

“É crime solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto, ainda que a oferta não seja aceita”, ressaltou a PF em nota. As penas podem chegar a quatro anos de reclusão. Ainda segundo a PF, o nome da operação – Intruder Brother- faz referência ao modus operandi da prática criminosa, na qual o irmão do candidato invadiu uma empresa de grande porte, reuniu os funcionários, pediu voto e distribuiu santinhos e dinheiro.

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A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta quarta-feira (2), para desarticular um grupo criminoso que fraudava benefícios previdenciários/assistenciais na Bahia e em outros estados brasileiros.

A ação, realizada em conjunto com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, cumpre 11 medidas judiciais, sendo dois mandados de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão, todos na cidade de Jeremoabo.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo criminoso atuava pelo menos desde 2017. Os integrantes falsificvam documentos para criar pessoas fictícias para que conseguissem receber benefícios previdenciários/assistenciais fraudulentos.

A maioria das fraudes envolvia o Benefício de Prestação Continuada (BCP), que tem o valor de um salário mínimo e é pago pelo INSS a pessoas com mais de 65 anos e/ou portadores de deficiência.

O valor do prejuízo estimado com as fraudes já supera os R$ 10 milhões, relativos a cerca de 150 benefícios previdenciários/assistenciais suspeitos. Segundo a PF, os números tendem a ser ainda maiores e só serão descobertos com o decorrer das investigações, que possivelmente identificarão outras fraudes.

Os envolvidos responderão por diversos crimes, dentre eles integrar organização criminosa, estelionato previdenciário, falsificação de documento público, uso de documento falso, dentre outros, com penas que, somadas, ultrapassam os 25 anos de prisão.

 

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Um grupo fortemente armado provocou uma onda de assaltos a bancos em Criciúma, no sudeste de Santa Catarina, no início desta terça-feira, 1º de dezembro. A polícia ainda não sabe quantos bandidos participaram da ação, que durou cerca de três horas, nem de onde eles são. As entradas da cidade foram bloqueadas pelos criminosos para evitar a chegada de reforço policial.

De acordo com o soldado Marques, relações públicas da 6ª região de Polícia Militar do Estado, os bandidos portavam fuzis .556 e .762 e atiraram muitas vezes nas ruas da cidade.

Os disparos atingiram vidraças de casas e apartamentos. Houve reféns, mas a polícia não soube precisar quantos.

Em vídeos compartilhados nas redes sociais, funcionários da prefeitura que estavam pintando faixas de trânsito na madrugada foram obrigados a sentar no meio da rua, formando uma espécie de "escudo humano" contra a ação policial.

A ação do grupo aconteceu principalmente no centro da cidade, onde os bancos são próximos uns dos outros. A polícia suspeita que eles tenham invadido agências da Caixa Econômica Federal, do Itaú, do Banco do Brasil e do Banrisul.

Os bandidos queimaram um veículo no túnel que liga Criciúma a Tubarão, bloqueando o contato terrestre com a capital Florianópolis e dificultando a chegada de reforço policial. Um caminhão foi incendiado na entrada de um quartel da Polícia Militar.

A cidade pediu reforço aos batalhões de Operações Especiais (Bope), de Choque e Aéreo. Por enquanto, há dois feridos. Um deles é policial e está estável. O outro é um vigilante e não há informações sobre seu estado de saúde.

O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) postou um vídeo no Facebook afirmando que estava acompanhando o assalto "com muita preocupação" e que a cidade chegou a ficar sitiada. "É um assalto de grandes proporções com bandidos muito bem preparados" falou.

Ele pediu que a população não saia de casa. "Vamos deixar a polícia fazer o papel da polícia", disse.

Apesar dos apelos para que ninguém saia na rua, vídeos compartilhados nas redes sociais mostram moradores recolhendo o dinheiro que os bandidos deixaram para trás.

Antes de deixar a cidade, os bandidos colocaram explosivos em uma praça. A ação começou por volta da meia-noite e encerrou perto das 3 horas.

Segundo as autoridades, o grupo saiu de Criciúma em um comboio de carros de alto padrão que seguiu para o sul.

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Integrantes do Batalhão de Guardas (BG) da Polícia Militar frustraram tentativas de arremessos de materiais para o Complexo Penitenciário Lemos Brito, no bairro da Mata Escura, em Salvador. Ao todo, foram apreendidas oito sacolas com bebidas álcoolicas na madrugada deste domingo (29).

Os materiais foram localizados, por volta das 3h45, depois de os PMs ouvirem um barulho partindo de um matagal que fica no entorno do complexo. Os policiais foram averiguar e, após buscas no local, encontraram as mochilas.

Segundo o chefe do setor de escolta, capitão Julio Muniz, as rondas foram intensificadas nas proximidades das penitenciárias de Salvador e Região Metropolitana. "A pedido do comandante da unidade, tenente-coronel Djair, reforçamos o patrulhamento nos complexos para evitarmos qualquer ação criminosa", diz Muniz, em nota divulgada pela PM.

Ainda de acordo com o oficial, em mais uma ação de reforço no policiamento, cerca de quatro quilos de maconha que também seriam lançadas para a unidade prisional da Mata Escura, foram apreendidos pelo BG, na última sexta-feira.

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Drones ajudaram as polícias Civil e MIlitar a cumprirem mandados de prisão contra membros de facções criminosas que agiam em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador. Cinco foragidos da Justiça foram localizados na manhã desta quinta-feira (26) dessa maneira. Um sexto suspeito foi preso em flagrante e um sétimo envolvido reagiu a tiros, foi baleado e morreu. A Operação Franciscana ainda cumpriu três mandados de prisão contra três traficantes que já estão em presos, em Salvador, mas comandavam ações criminosas de dentro da cadeia.

Os cinco traficantes presos estavam escondidos em imóveis em uma área de mangazal. O local foi cercado e tentativas de fuga foram monitoradas com ajuda das imagens aéreas. Participaram da operação equipes do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), do COPPM, da Coordenação de Operações Especiais (COE), da 10ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e da Rondesp RMS.

Em uma dessas casas, um traficante reagiu atirando. Houve troca de tiros e ele foi baleado. Socorrido para uma unidade de saúde em São Francisco, ele morreu. A polícia apreendeu com ele um revólver calibre 38 e munições.

Depois, em área urbana, um homem foi preso em flagrante por tráfico e porte ilegal ao ser abordado. Ele estava com drogas e munições, segundo a polícia, que não discriminou a quantidade ou o que exatamente ele levava.

"Com o suporte da Superintendência de Inteligência (SI) da SSP e o trabalho de campo das equipes da Coordenação de Narcóticos chegamos nos integrantes desses dois grupos criminosos. Continuaremos com total intensidade contra o tráfico de drogas", diz o diretor do Draco, delegado Marcelo Sansão.

Da cadeia
Outros três mandados de prisão foram cumpridos em Salvador, no Complexo da Mata Escura. O trio dava ordens para tráfico de drogas e mortes de rivais usando celulares.

Durante cumprimentos de busca e apreensão, nas celas dos detentos, policiais localizaram cinco celulares e carregadores. Os aparelhos passarão por perícia. Além das buscas, mandados de prisão por envolvimento com tráfico de drogas, homicídios, porte ilegal de arma de fogo e corrupção de menores foram também cumpridos contra três custodiados.

O CORREIO apurou que alguns dos alvos da operação são Antônio Dias de Jesus, o Colorido, e Jandeson Lima de Santana, Tio Pinga, do Bonde do Maluco (BDM). Colorido está preso desde 2015, mas continuava dando ordens ao tráfico.

Eles seriam rivais da facção Tropa A, comandada pelo Fagner Souza da Silva, o Fal, alvo da Operação Ícaro, deflagrada no início do mês. Fal está preso no Conjunto Penal de Lauro de Freitas.

Após depoimentos e exames, os presos que possuem mandados serão encaminhados ao sistema prisional. O traficante capturado em flagrante será apresentado à Justiça quando for agendada a audiência de custódia.

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Os dois fuzis de fabricação estadunidense e as 23 pistolas croatas encontradas pela polícia num ônibus clandestino na BR-116, em Vitória da Conquista, no Sul da Bahia, são avaliados em torno de R$ 500 mil, total que não inclui o valor das munições. O arsenal foi descoberto nesta segunda-feira (23) durante uma vistoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e dois suspeitos — o homem que transportava e o motorista — foram presos.

Todo o armamento achado é de uso restrito das Forças Armadas Brasileiras e os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

Chefe em exercício da seção de Operações Especializadas da PRF na Bahia, o inspetor Jader Ribeiro explica que os fuzis possuem restrição por causa do modo automático, que permite os chamados tiros de rajada. Estima-se que esses fuzis, da marca Colt, sejam comercializados por até R$ 50 mil no Brasil. Junto com eles estavam seis carregadores, cada um com capacidade para 30 munições do tipo 556, ou seja, capaz de dar 180 disparos.

“Já as pistolas são provenientes do Leste Europeu, são armas muito bem construídas, de polímero e têm um custo muito elevado no Brasil. Aqui, só uma pistola dessa é vendida de R$ 15 a R$ 20 mil”, completa o inspetor.

Em março deste ano, a PRF apreendeu, também em Vitória da Conquista, um arsenal de 36 pistolas fabricadas na República Tcheca, país no limite com o Leste Europeu. Conforme Ribeiro, essa região tem tradição na fabricação de armamento de alta qualidade e as armas de países como os já citados e também da Hungria e Rússia são procuradas pelo mundo todo.

Ainda segundo ele, é comum achar armas oriundas dessa região em apreensões no estado. As pistolas achadas na Bahia tinham uma coloração incomum, um tom caqui, conseguido através de uma pintura cerâmica chamada cerakote, que facilita a camuflagem em regiões de mata, por exemplo.

Como a BR-116 é um corredor de entrada da Bahia e também das regiões Norte e Nordeste do país, produtos ilícitos, como armas, drogas e contrabandos, são escoados através dela. Pela forma com que foram transportadas e tomando por base as apreensões anteriores que tiveram investigação da Polícia Civil, acredita-se que o material seria mesmo usado por agentes do tráfico de drogas, para guerras de facções e assaltos a bancos.

“A gente espera com isso um baque financeiro. Como essas armas são muito caras, além do custo das armas, tiveram o custo de transportar o material, que veio da Europa e EUA. Essas apreensões são importantes, primeiro, para a preservação da vida de pessoas e por essa questão financeira também, que os desarticula”, afirmou.

RELEMBRE O CASO

Além do homem que transportava as armas, o motorista do ônibus também está preso. Delegada plantonista da 10ª Delegacia (Vitória da Conquista), Alessandra Márcia Pereira contou que o passageiro acusa o motorista de ser o dono da bagagem e afirma que estava transportando as mochilas sem saber o conteúdo. Já o condutor alegou que não tem envolvimento com o crime e que as armas são de responsabilidade do passageiro.

“Nós acreditamos que eles estavam agindo juntos por conta da logística do crime. O ônibus saiu de São Paulo. O passageiro estava em São Paulo, mas deixou para embarcar em Vitória da Conquista. Ele veio de carona até Conquista, acredito que para evitar as abordagens policiais no caminho, pernoitou em uma pousada e aguardou para embarcar exatamente nesse ônibus. Além disso, os dois se conhecem e já fizeram outras viagens juntos”, contou ela.

Como o ônibus era clandestino, o passageiro não embarcou na rodoviária de Vitória da Conquista. Ele aguardou pelo coletivo em um posto de combustível, no meio do caminho, e foi o único passageiro que não tinha o canhoto da compra da passagem. Ele e o motorista moram em São Paulo, e a última vez em que viajaram juntos foi há cerca de um mês, quando saíram de Feira de Santana para o estado paulista.

O ônibus pertence ao motorista, que é dono de uma empresa terceirizada e que não teve o nome revelado. Ele tem 39 anos, e não possui antecedentes criminais. O passageiro tem 32 anos e também não responde por crimes, mas estava sendo procurado pela justiça por não pagar pensão alimentícia.

Contradição
O passageiro caiu em contradição durante o depoimento. O ônibus saiu de São Paulo (SP) e seguia para Serrinha (BA). Ele contou que o combinado era embarcar em Vitória da Conquista e desembarcar no caminho porque o destino das bagagens era Feira de Santana, onde as armas seriam entregues.

Apesar de afirmar que o arsenal pertencia ao motorista, ele disse que não conhecia a pessoa que entregou as mochilas para ele, em SP, e nem sabe quem é a pessoa que iria receber o material em Feira. Ele não informou de quanto seria o pagamento pelo serviço, e contou que já transportou outras bagagens antes nesse mesmo modelo, mas que nunca procurou saber o que havia no conteúdo.

Já o motorista nega envolvimento no crime e afirma que pretendia desembarcar em Nova Soure, onde outro condutor daria continuidade à viagem até Serrinha.

Havia outros passageiros quando o ônibus foi abordado pela PRF, em Vitória da Conquista. Eles foram ouvidos pela polícia e uma mulher confirmou que a mala com as armas estava com o passageiro de 32 anos.

Prisão
Em nota, a PRF contou que a fiscalização começou pelo bagageiro do veículo. Depois, os agentes verificaram a bagagem de mão dos passageiros, e foi nesse momento que encontraram as armas. Todo o material estava em duas mochilas.

Os dois fuzis desmontados foram embrulhados junto com seis carregadores, cada um com capacidade para 30 munições 556. A PRF afirmou que o armamento é de fabricação norte americana.

Já as 23 pistolas estavam envoltas em sacos de lixo e fitas adesivas, acompanhadas de 27 carregadores com prolongador, cada um com capacidade para pelo menos 21 munições. Os policiais encontraram também outros 43 carregadores convencionais, com capacidade para 19 munições. As armas foram produzidas na Croácia.

A delegada acredita que a escolha de Vitória da Conquista para fazer o intercâmbio não foi por acaso. A BR-116 é uma estrada com movimentação intensa e a cidade faz ligação com diversos outros municípios do estado.

“Eles sabem que existe fiscalização intensa na divisa entre Minas Gerais e Bahia, e queriam evitar a abordagem. Ele deixou para embarcar em um posto de combustível, depois do local onde a polícia costuma fazer a fiscalização. O que ele não esperava era que ocorresse uma abordagem surpresa em outro ponto da estrada”, contou.

Motorista e passageiro foram presos em flagrante e estão custodiados em Vitória da Conquista, aguardando pela audiência de custódia. Os dois vão responder por comércio ilegal de arma de fogo e associação criminosa.

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Apontado pela Polícia Federal como alto integrante de uma organização criminosa especializada em tráfico internacional de drogas através dos portos brasileiros e lavagem de dinheiro, o empresário paranaense Luiz Carlos Bonzato foi ontem o principal alvo da Operação Enterprise na Bahia. Segundo apurou a Satélite, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão em um apartamento do Villaggio Panamby, condomínio de luxo localizado no Horto Florestal, zona nobre de Salvador. Embora o endereço seja ligado a ele, Bonzato foi preso em São Paulo. De acordo com a investigação, o empresário era responsável direto pela logística montada para envio de toneladas de cocaína à Europa.

Basicamente, a função de Bonzato era cuidar do transporte da droga e cooptar pessoas que atuam na exportação de cargas lícitas, garantindo que a cocaína fosse incluída no interior dos contêineres transportados a partir do Porto de Salvador, rumo a países europeus. Para isso, usava empresas do ramo de comércio exterior.

Ficha corrida
Luiz Carlos Bonzato, ainda de acordo com indícios coletados pela Enterprise, integra uma família conhecida pela influência no Porto de Paranaguá, litoral paranaense, tido como maior escoadouro marítimo para exportação de produtos agrícolas do país e terceiro em volume de cargas transportadas por contêineres. Ao mesmo tempo, o empresário preso pela PF é herdeiro de um dos mais antigos clãs do jogo do bicho no Paraná.

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Um homem negro foi espancado e morto por duas seguranças brancas em uma unidade do supermercado Carrefour em Porto Alegre , no Rio Grande do Sul, na noite de quarta-feira, 19. A vítima, João Alberto Silveira Freitas, tinha 40 anos. A Polícia Civil do Estado investiga o crime.

De acordo com o delegado Leandro Bodoia, plantonista da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa, teria havido um desentendimento entre a vítima e as seguranças. Os funcionários do supermercado, então, desferiram vários golpes em João Alberto. Uma ambulância do Samu foi ao local e tentou reanimá-lo, mas ele não resistiu. Os suspeitos foram presos em flagrante.

Bodoia afirma ainda que nenhuma arma foi usada no crime. A perícia no local foi feita no fim da noite desta quarta-feira. Agora, a polícia vai analisar as imagens de câmeras de segurança de testemunhas e vai colher depoimentos.

Em um vídeo que circula por redes sociais, a vítima está gritando enquanto recebe socos no rosto. Ao fundo, uma pessoa grita "vamos chamar a Brigada (Militar)". Uma mulher vestindo uma camisa branca e um crachá aparece ao lado dos agressores e parece estar filmando a ação.

Segundo informações do jornal Zero Hora, a briga teria começado após João, que fazia compras com a esposa, ter ameaçado agredir a funcionária, que chamou a segurança. A vítima foi encaminhada para fora do estabelecimento, mas resistiu. Testemunhas que estavam no supermercado afirmam que o homem foi seguido e agredido na saída.

Segundo o delegado Leandro Bodoia, plantonista da Delegacia de Homicídios, a funcionária do Carrefour, que atua como fiscal de caixa, afirma que João teria feito um gesto que ela interpretou como uma tentativa de agressão. A mulher se sentiu ameaçada e chamou os seguranças, que levaram o cliente para fora do estabelecimento.

O segurança da empresa terceirizada está preso na Cadeia Pública e o PM temporário foi encaminhado para o presídio militar, o Batalhão de Polícia de Guarda (BPG). Eles têm 24 e 30 anos, mas as identidades não foram reveladas. Eles também decidiram ficar em silêncio.

Em nota, o Grupo Carrefour disse que está apurando as informações e que lamenta o caso.

Leia a nota completa do Carrefour
"O Carrefour informa que adotará as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos neste ato criminoso. Também romperá o contrato com a empresa que responde pelos seguranças que cometeram a agressão. O funcionário que estava no comando da loja no momento do incidente será desligado. Em respeito à vítima, a loja será fechada. Entraremos em contato com a família do senhor João Alberto para dar o suporte necessário.

O Carrefour lamenta profundamente o caso. Ao tomar conhecimento deste inexplicável episódio, iniciamos uma rigorosa apuração interna e, imediatamente, tomamos as providências cabíveis para que os responsáveis sejam punidos legalmente.

Para nós, nenhum tipo de violência e intolerância é admissível, e não aceitamos que situações como estas aconteçam. Estamos profundamente consternados com tudo que aconteceu e acompanharemos os desdobramentos do caso, oferecendo todo suporte para as autoridades locais."

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Para desarticular um esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos destinados à gestão do Hospital Regional de Juazeiro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Metástase, nesta quinta-feira (19).

Estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão e 4 afastamentos de funções públicas, expedidos pela Justiça Federal em Juazeiro. As ações são nos municípios de Juazeiro, Salvador, Lauro de Freitas, Castro Alves e Petrolina (PE). O trabalho conta com a participação de 11 auditores da CGU e de cerca de 70 policiais federais. Na casa de um dos investigados foram arrecadados pouco mais de R$ 275 mil e 1400 dólares.

Segundo informações da PF, a organização criminosa passou a dominar a gestão de inúmeras unidades da rede estadual de saúde sob gestão indireta, por intermédio de diferentes Organizações Sociais de Saúde (OSS). Assim, contrataram empresas de fachada, pertencentes ao mesmo grupo, com valores superfaturados. A maior parte das empresas são de consultoria, assessoria contábil e empresarial, comunicação social, além de escritórios de advocacia.

As investigações começaram em junho deste ano, e, durante esse período, foram acompanhadas diversas situações no Hospital Regional de Juazeiro, como a falta de medicamentos, de insumos e equipamentos, atraso no pagamento de salários.

Nos últimos quatro anos, a OS recebeu da Sesab mais de R$ 194 milhões, apenas em função do contrato de gestão do HRJ. As irregularidades resultaram em um prejuízo efetivo de no mínimo R$ 6.077.576,35 (período de setembro/2017 a dezembro/2019).

Esquema
A operação tem participação da Controladoria-Geral da União (CGU). Segundo o órgão, o hospital é gerido desde 2015 por uma dessas OS, mediante a formalização de sucessivos contratos de gestão com a Secretaria de Saúde do Estado (SESAB), sendo o último firmado em 2017. Apesar de não estar cumprindo as metas previstas em contrato, a OS continuava recebendo o valor integral, mesmo o pagamento sendo condicionado à avaliação do desempenho e do atingimento das metas previstas no contrato.

"Os recursos eram também utilizados para custear serviços que não estavam previstos no contrato de gestão, tais como aluguéis residenciais e despesas com viagens de alguns funcionários, configurando, assim, uma concessão de benefícios a seu corpo técnico com fundos que deveriam ser direcionados à execução das ações em saúde. Além disso, foi possível constatar a precarização do atendimento à população, devido à falta de equipamentos, materiais e insumos indispensáveis à realização dos procedimentos médicos e ambulatoriais", diz nota enviada pela CGU.

O Hospital Regional de Juazeiro tem grande porte e atende a 53 municípios da região do Vale do São Francisco. Durante a investigação, foi identificado que o hospital não tinha nem água potável para os pacientes internados.

Em nota, a Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE) informou que está acompanhando a operação, na sede da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), onde está sendo cumprido um mandado de busca e apreensão de documentos relacionados ao Hospital Regional de Juazeiro e às instituições IBDAH e APMI. "A orientação é a de garantir o fiel cumprimento da decisão judicial, considerando que o Estado da Bahia é o maior interessado nos esclarecimentos dos fatos", diz a nota enviada pela PGE.

Os investigados responderão pelos crimes de fraude à licitação (artigo 90, Lei 8.666/90), peculato (artigo 312, Código Penal), lavagem de dinheiro (artigo 1º, Lei 9.613/98) e organização criminosa (artigo 2º, Lei 12.850/2013).

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A Polícia Federal cumpre um mandado de busca em Salvador nesta quarta-feira (18), dentro das ações de combate às fraudes ao auxílio emergencial. O alvo é um soldado do Exército, que não teve o nome revelado, e é acusado de usar dados das vítimas indevidamente para fazer o cadastro do auxílio.

De acordo com a PF, após o cadastro, ele transferia os valores para sua conta, por meio de boletos bancários. Em apenas uma semana, o militar cadastrou pelo menos 13 contas de forma fraudulenta, resultando num desvio de mais de R$ 10 mil.

O mandado de busca foi expedido pela 17ª Vara Federal, com o objetivo de apreender documentos, computadores, celulares e quaisquer outras provas que reforcem a suspeita da prática criminosa. Além da busca, foram determinadas também a quebra do sigilo bancário do investigado e o bloqueio dos valores depositados em sua conta.

A polícia vai investigar se outras pessoas participaram do esquema junto com o soldado.

O investigado responderá inicialmente pelo crime de furto qualificado mediante fraude (art. 155, § 4º, II, Código Penal), podendo alcançar até 8 anos de reclusão.

Essa é a segunda ação ostensiva na Bahia no combate a fraudes massivas ou estruturadas em relação a este benefício assistencial. No dia 9 deste mês, a PF cumpriu mandados em Simões Filho, e teve como alvos um grupo de jovens que fraudou o auxílio.

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