Quinta, 16 Maio 2024 | Login

A Bahia ultrapassou nesta quarta-feira (6) a marca de meio milhão de pessoas infectadas pelo coronavírus nos dez meses de pandemia. Nas últimas 24h, foram registrados mais 3.038 casos da covid-19 no estado, com 28 mortes confirmadas. Dos 502.938 casos confirmados, 5.340 estão ativos agora. O estado teve ainda 9.304 mortes pela doença.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,47%). Os municípios com menos casos por 100 mil habitantes foram Ibirataia (10.436,26), Muniz Ferreira (8.582,59), Conceição do Coité (8.498,47), Jucuruçu (8.152,53) e Pintadas (8.086,61).

Segundo o boletim epidemiológico, 123.193 casos permanecem em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quarta-feira (6).

Mortes
As 28 mortes registradas neste boletim aconteceram em várias datas, mas a confirmação aconteceu agora. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19. segundo a Sesab Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

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A prefeitura de Feira de Santana prorrogou até 11 de janeiro o decreto que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais localizados em praças públicas, feiras livres e outros espaços.

A medida veta ainda a realização de shows e eventos, que seguem suspensos, e reduz o horário de funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência, casas de recpções e buffets, que seguem fechando as portas às 21h.

O decreto determina ainda que os estabelecimentos cumpram os protocolos de segurança, como distanciamento mínimo de dois metros entre as mesas, utilização de apenas 50% da área, capacidade máxima de quatro pessoas por mesa, disponibilização de álcool a 70%, sabão e papel toalha para clientes e funcionários. Também é obrigatório higienizar o ambiente e usar máscara facial.

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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) afirmou nesta terça-feira, 5, que não há proibição do governo da Índia para que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) importe 2 milhões de doses prontas da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. As dúvidas sobre a vinda do produto ao Brasil surgiram após o CEO do Instituto Serum da Índia, onde as doses foram fabricadas, Adar Poonawalla, afirmar que o governo local impediria exportações de vacinas contra a covid-19.

"O Governo brasileiro, por meio dos Ministérios da Saúde e das Relações Exteriores, esclarece que não há qualquer tipo de proibição oficial do Governo da Índia para exportação de doses de vacina contra o novo coronavírus produzidas por farmacêuticas indianas", afirma o MRE em nota. O ministério diz ainda que a negociação para importação está em "estágio avançado, com provável data de entrega em meados de janeiro".

A importação de 2 milhões de doses prontas da AstraZeneca foi autorizada no dia 31 de dezembro pela Anvisa. Trata-se da principal aposta do governo federal para vacinar já em 20 de janeiro, data apontada como "cenário mais otimista" para começo da campanha contra a covid-19. Antes, a Fiocruz pretendia apenas receber o insumo farmacêutico neste mês e completar a fabricação das doses no Brasil, que só seriam liberadas em fevereiro, num primeiro lote de 30 milhões de unidades. No total, a Fiocruz espera produzir e distribuir 210,4 milhões de doses desta vacina em 2021.

O MRE afirma que o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, teve reunião na segunda-feira, 4, com a Embaixada da Índia em Brasília para tratar da importação. Como se trata de importação excepcional, a Anvisa exige que as vacinas fiquem sob a guarda da Fiocruz até que seja dado o registro ou aval de uso emergencial. O mesmo processo foi autorizado ao Instituto Butantan, que afirma ter 10,8 milhões de doses de unidades da Coronavac estocadas, à espera da autorização para o uso.

As vacinas vindas da Índia devem ser aplicadas após aval para uso emergencial do produto. A Fiocruz teve nova reunião com a Anvisa nesta terça-feira, 5, mas o laboratório ainda não pediu esta permissão. A ideia é apresentar a solicitação até o fim desta semana. A Anvisa estima que levará até 10 dias para concluir a análise.

O governo investiu cerca de R$ 2 bilhões para a compra de ingredientes para as doses e transferência de tecnologia para a Fiocruz. No plano nacional de imunização, o governo prevê aplicar doses desta vacina em cerca de 50 milhões de brasileiros de grupos prioritários ainda no primeiro semestre.

A falta de transparência sobre os dados da vacina de Oxford e AstraZeneca gerou críticas na comunidade científica. Um erro de dosagem levou a dois resultados de eficácia do produto: 62% quando aplicada em um regime de duas doses completas e 90% com meia dose seguida de outra completa. Há ainda dúvidas sobre os resultados para pessoas acima de 55 anos.

Responsável por coordenar o estudo clínico da vacina no Brasil, a médica Lily Yin Weckx disse ao Estadão que a primeira dose da vacina já mostra eficácia de cerca de 70% contra a doença, mas em intervalo curto. "A gente ainda pode ficar com a média de eficácia de 70%. O estudo continua; teremos um ano de segmento para ver a persistência da proteção, dos anticorpos, de segurança, etc".

Segundo Lily, "o que é importante é que temos uma vacina segura, eficaz e que pode fazer a diferença na pandemia. Esses número de 60%, 70%, 80% é de proteção contra a doença covid. Mas se considerarmos doenças graves e hospitalização, a vacina foi capaz de evitar quase 100%". Ela diz que entre as pessoas que foram vacinadas, nenhuma teve uma doença grave ou ficou hospitalizada por covid. Todas as hospitalizações ocorreram no grupo controle.

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Depois de 12 dias da noite de Natal, a cidade de Feira de Santana inicia o ano de 2021 beirando os 100% de ocupação nos leitos de UTI reservados para a covid-19. No Hospital Geral Clériston Andrade, todos os 40 leitos estavam ocupados. Já no Hospital de Campanha, administrado pela prefeitura e exclusivo para pacientes da cidade, há apenas dois leitos livres e uma taxa de ocupação de 89%, mas que já chegou a atingir 100% nos últimos dias.

Para Francisco Mota, diretor do hospital de campanha, não há dúvidas de que os dados obtidos agora são um reflexo da festa natalina. “Esse aumento é por conta das aglomerações de Natal. A gente tem uma resposta das aglomerações de oito a 15 dias”, explica o médico, que está ainda mais preocupado com o possível reflexo das comemorações de Ano-Novo, que devem impactar mais ainda o sistema.

“Muito provavelmente não vamos ter como acolher mais doentes. Até há espaço para abertura de leitos, mas o processo não é rápido. Infelizmente, não caiu a ficha da população que a doença é contra o sistema de saúde. Enquanto a população não tiver consciência da importância das medidas de segurança, a gente pode abrir o maior número de leitos possíveis, mas tem uma hora que vai faltar profissional, medicamentos, materiais... o problema é a falta de conscientização”, declarou Mota.

Coordenadora do Comitê Gestor Municipal de Controle ao Coronavírus em Feira, a infectologista Melissa Falcão também se vê preocupada com o cenário que é agravado pela chamada segunda onda, marcada pela alta taxa de transmissão da doença na cidade. “Desde dezembro, nós estamos vendo alta taxa de ocupação nos leitos e uma incidência grande de casos. Só que o Ano-Novo é mais preocupante do que o Natal, pois teve muita gente viajando, fazendo festas. Estamos preocupados em como estará a situação daqui as duas semanas”, diz.

Mesmo com essa realidade, não é discutido pela prefeitura a realização de algum tipo de lockdown ou mesmo fechamento do comércio. A infectologista explica o motivo: “Não é cogitado fechamento do comércio, a não ser que saia muito do controle. Não existe possibilidade de lockdown, pois como a taxa de transmissão está muito grande e espalhada, as pessoas se contaminariam em casa”, explica Falcão.

Medidas anunciadas pela prefeitura em dezembro, quando a cidade já registrava o pior momento da pandemia desde julho, continuam valendo: houve aumento do número de realizações de exames, mesmo das pessoas assintomáticas; fechamento de bares, restaurantes, lanchonetes e lojas de conveniência às 21h; e aumento da fiscalização.

Os estabelecimentos são obrigados a manter os protocolos sanitários, como disponibilizar álcool a 70%, sabão e papel toalha para clientes e funcionários; não permitir mais de quatro pessoas em uma mesma mesa; e utilizar apenas 50% da área total.

Segundo a assessoria da prefeitura, estão em vigor ainda a proibição de bebidas alcoólicas em espaços públicos e a proibição de shows e apresentações musicais e de transmissão de jogos de futebol.

Progressão da doença
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o "período de incubação do coronavírus" se refere ao tempo entre a infecção do ser humano pelo vírus e o início dos sintomas da doença, intervalo que pode variar de 1 a 14 dias. Outros estudos apontam que se leva cerca de 14,5 dias do início dos sintomas até a intubação, que é quando o paciente já está no leito de UTI. Uma vez intubado, os casos podem evoluir a óbito de 4 a 5 dias.

Se no Natal e Ano-Novo muitas pessoas foram contaminadas, o reflexo disso no sistema de saúde - com aumento de internação e número de óbitos - só será sentido ao longo de janeiro. “Nós já vivemos um período em que os pacientes da rede particular começaram a ser transferidos para a rede pública, devido à alta ocupação. Se Feira não conseguir dar conta, essas pessoas terão que ir para outras cidades. Hoje, observamos ainda aumento na contaminação e internação de idosos. As pessoas estão tendo menos cuidado e levando o vírus para casa”, aponta a infectologista Melissa Falcão.

Segundo o diretor médico do Hospital de Campanha de Feira, há relatos de que a ocupação dos leitos de UTI na rede particular da cidade está acima de 90%. Já o Hospital Estadual da Criança, localizado na cidade, possui cinco leitos pediátricos voltados para covid-19 e apenas um ocupado. Em outras cidades também do centro-leste baiano, onde Feira de Santana está localizada, a ocupação nos leitos de UTI é de 80% no Hospital Regional da Chapada, em Seabra, e de 70% nos hospitais da Chapada, em Itaberaba, e Municipal, em Serrinha.

Tudo isso ajuda a pressionar o sistema de saúde feirense. Mesmo assim, para Francisco Mota, ainda não é possível falar que podemos chegar a um colapso. “O que eu posso dizer é que, quando os hospitais lotam, os pacientes vão ficar nas UPAs [unidades de pronto-atendimento] e policlínicas, esperando atendimento, ou serão remanejados para hospitais de outras regiões. O colapso pode acontecer quando esse remanejamento não for mais possível”, explica.

Dezembro já foi o mês com maior número de casos de covid-19 em Feira de Santana desde que começou a pandemia. No total, foram 4,9 mil casos confirmados no último mês de 2020, o que representa 25% de todos os casos notificados desde o início da pandemia, segundo o boletim epidemiológico municipal. Feira também já registrou 354 mortes; 1,5 mil pessoas ainda aguardam o resultado do exame para saberem se estão contaminados pelo vírus. Mais de 20 mil casos da doença já foram confirmados.

Lista dos hospitais que estão com mais taxa de ocupação na Bahia:

Hospital Geral Clériston Andrade (Feira de Santana) - 100%
Hospital Santa Helena (Camaçari) – 100%
Hospital São Pedro (Remanso) - 100%
Hospital Municipal Dom Antonio Monteiro (Senhor do Bonfim) - 100%
Hospital São Vicente (Jequié) 100%
Hospital Regional Costa do Cacau (Ilhéus) - 93%
Hospital de Ilhéus - 91%
Hospital Regional Dr Mario Dourado Sobrinho (Irece) - 90%
Hospital de Tratamento Covid19 de Eunápolis – 90%
Promatre de Juazeiro – 90%
Hospital São Vicente de Paulo (Vitoria Da Conquista) 90%
Vida Memorial (Ilhéus) - 90%
Hospital de Campanha de Feira de Santana – 89%

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A partir de hoje (30), passageiros de voos internacionais que embarcarem para o Brasil precisarão apresentar um teste RT-PCR negativo ou não reagente para covid-19. O exame deve ter sido feito até 72 horas antes da viagem. A obrigatoriedade vale para todos os viajantes, brasileiros ou estrangeiros, independentemente de sua origem.

Crianças menores de 2 anos estão dispensadas da apresentação do teste, assim como crianças com idade entre 2 e 12 anos, desde que seus acompanhantes cumpram todas as exigências. Já crianças entre 2 e 12 anos viajando desacompanhadas são obrigadas a apresentar o exame, da mesma forma que os demais viajantes.

A medida está prevista na portaria nº 648/2020, publicada na semana passada, que e também trata da proibição, em caráter temporário, da entrada no Brasil de voos com origem ou passagem pelo Reino Unido e Irlanda do Norte. No último dia 17, o governo já havia determinado a exigência do exame na portaria nº 630/2020.

Declaração de Saúde do Viajante
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), brasileiros e estrangeiros que vierem do exterior por via aérea deverão preencher a Declaração de Saúde do Viajante (DSV) e apresentar o e-mail de comprovação de preenchimento para a companhia aérea.

O teste deverá ter sido realizado em laboratório reconhecido pela autoridade de saúde do país do embarque. Na hipótese de voo com conexões ou escalas em que o viajante permaneça em área restrita do aeroporto, o prazo de 72 horas será considerado em relação ao embarque no primeiro trecho da viagem.

As obrigações fixadas pela norma não valem para voos procedentes do exterior com paradas técnicas ou conexão no Brasil desde que não ocorra qualquer procedimento de desembarque seguido de imigração.

O descumprimento da exigência pode gerar responsabilização civil ou penal, deportação de volta ao país de origem ou a invalidação do pedido de refúgio, caso ele existe.

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Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 3.206 casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,7%) e 3.134 recuperados (+0,7%). Dos 487.691 casos confirmados desde o início da pandemia, 472.868 já são considerados recuperados, 5.751 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,59%) Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ibirataia (10.272,99), Muniz Ferreira (8.407,44), Conceição do Coité (8.291,30), Pintadas (8.000,38), Jucuruçu (7.900,50).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 879.989 casos descartados e 122.973 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta terça-feira (29).

Na Bahia, 36.346 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Óbitos
O boletim epidemiológico desta terça-feira contabiliza 31 óbitos que ocorreram em diversas datas. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 9.072, representando uma letalidade de 1,86%. Dentre os óbitos, 56,58% ocorreram no sexo masculino e 43,42% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,84% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,86%, preta com 14,62%, amarela com 0,67%, indígena com 0,13% e não há informação em 10,88% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 70,89%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,52%).

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Mesmo fora do grupo de risco, as crianças podem sim contrair a covid-19 e até vir a óbito. Na Bahia, desde o início da pandemia, já foram 36 crianças de até 9 anos de idade que morreram do novo coronavírus - uma média de quatro mortes por mês - sendo 22 meninos e 14 meninas, de acordo com dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Das 36 vítimas, somente 14 tinham comorbidades - as outras 22 não tinham histórico de doenças graves. Os meses que registraram mais mortes foram maio e junho de 2020, que deixaram 8 vítimas cada um. Além disso, 19 delas não chegaram a completar nem um ano de vida.

Os dados vêm à tona após o alerta do secretário municipal de saúde de Salvador, Léo Prates. Ele informou, no último domingo (27), que o número de crianças com suspeitas de covid-19 nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) tem aumentado, principalmente nos últimos três dias. No domingo, 10 crianças buscaram as UPAs da cidade e duas precisavam de leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nesta segunda (28), o número se repetiu, e quatro delas foram atendidas.

Os hospitais também têm sofrido com a alta demanda. No Martagão Gesteira, a taxa de ocupação de leitos pediátricos de enfermaria está em 85% e a de UTI pediátrica em 90%. Em nota, o Martagão informou que a demanda por leitos de UTI Covid na instituição está alta e que as vagas são ocupadas via Central de Regulação. A instituição também informou quel já tem um plano de contingência para ampliar a oferta de leitos, caso seja necessário. Para tratar os casos suspeitos e confirmados da covid-19, o hospital destinou uma enfermaria inteira (20 leitos) e uma UTI com 10 leitos exclusivamente para este fim, contratualizados com a Prefeitura de Salvador.

No Instituto Couto Maia, o índice de leitos clínicos destinados a crianças está em 80% e os de UTI, em 60%. No Hospital Municipal de Salvador, já não há mais vagas na enfermaria - todos os sete leitos estão ocupados, mas a taxa de ocupação dos leitos de UTI pediátricos está em 14%, com 6 vagas. Na capital baiana, a ocupação dos leitos de UTIs pediátricas é de 70% e 78% nos leitos clínicos. Na Bahia, esses índices estavam, nesta segunda-feira, em 68% e 60%, respectivamente.

“Quando uma mãe perde um filho, é um pedaço da gente que morre junto”
Uma das crianças que morreu por covid-19 foi Isadora, filha da dona de casa Flávia Ferreira, 25 anos, moradora de Ipiaú, cidade no sul da Bahia. A criança tinha apenas dois meses quando deixou a família, no dia 6 de maio. “É uma situação muito complicada. Quando uma mãe perde um filho, é um pedaço da gente que morre junto. Só deixaram eu ver minha filha por 10 minutos, depois que ela estava morta. Ela já não era mais a mesma, o oxigênio já tinha parado”, relembra a mãe. Segundo ela, a filha não teve os sintomas da covid-19 e nasceu com toxoplasmose - a “doença do gato” - por a mãe ter pego a infecção na gravidez.

“Até hoje não acredito que minha filha faleceu de coronavírus, porque Isadora já estava doente, debilitada. Ela não teve sintoma nenhum do coronavírus, não tossia, não sentiu febre. E eu malmente saí, só saía quando era caso de necessidade ou de levar ela na pediatra, mas tinha o maior cuidado com ela por causa da doença. Se ela pegou, não sei como”, diz a mãe. A dona de casa afirma que a filha vomitava todas as madrugadas pela toxoplasmose e foi levada para um hospital público de Jequié, município a 50 km de Ipiaú, após um quadro de anemia: “Ela estava pálida, não tinha uma gota de sangue na unha”.

Na unidade, os médicos fizeram o teste PCR na menina, que não resistiu. O resultado saiu quatro dias depois, com a confirmação da covid-19. Porém, no atestado de óbito de Isadora, consta como causa da morte anemia grave, choque hemorrágico e toxoplasmose congênita. Os 8 membros da família que moravam com ela também foram testados, só que por teste rápido, e quatro deram positivo. A secretária de saúde de Ipiaú, Larissa Dias, confirmou os resultados dos testes. “O exame confirmando foi entregue. Foi colhido no hospital no dia do óbito e o resultado só chegou depois. O Estado informou a secretaria após a criança já ter sido enterrada. Foi um sofrimento grande para a família”, conta. A secretária disse que qualquer pessoa que vai a óbito por qualquer diagnóstico, mas também tem covid-19, entra nas estatísticas do covid-19, por isso que o obituário apontava uma outra causa.

Outra criança baiana que morreu de covid-19 foi Luiz Gustavo, que tinha um ano de idade. Ele era do município de Iramaia, que tem pouco mais de 8 mil habitantes e fica na Chapada Diamantina, centro-sul da Bahia. Ele estava em tratamento em um hospital de referência de Salvador, para tratar a síndrome mielodisplásica, uma doença rara que interfere na produção de células sanguíneas. Durante o período de 46 dias que ficou internado, Luiz Gustavo se contaminou pela covid-19 no hospital e veio a óbito, no dia 19 de junho. Procurada pela assessoria do município, a família não quis comentar.

À época, o prefeito de Iramaia, Tunga Bastos (PP), publicou uma nota em sua rede social. “O céu acabou de ganhar mais um anjinho. Foi com muita tristeza que recebemos a notícia do falecimento do pequeno Luis Gustavo. Não temos palavras para expressar a nossa dor neste momento tão difícil. Peço a Deus que conforte os pais Evanildo e Ediane e que conforte todos os seus familiares. estamos de luto”, escreveu o prefeito.

Na cidade de Guanambi, a cerca de 500 km de Salvador, um menino de 5 anos também morreu de complicações da covid-19. Ele tinha uma doença do sistema nervoso e foi transferido para Itabuna para tratamento em um hospital público. O secretário de saúde de Guanambi, Manoel Paulo Rodrigues, informou que a criança morava em uma casa de acolhimento da cidade, mas deu mais detalhes.

Como a doença evolui em crianças
A infectologista pediátrica Anne Galastri explica que as chances de a doença evoluir em uma criança são as mesmas de um adulto. “Qualquer infecção viral pode evoluir e causar óbito, infelizmente. É preciso ficar atento às crianças que têm aquelas doenças de base, como câncer em tratamento, transplantado, crianças que tem problema cardíaco, pulmonar. Essas crianças, por terem doenças crônicas, têm o risco aumentado, assim como adultos e idosos”, esclarece.

Galastri ainda tranquiliza que a taxa de mortalidade entre as crianças é baixa e os sintomas, em geral, são mais leves. “A infecção pela covid-19 na faixa etária pediátrica pode sim são quadros mais leves, como febre, coriza, algumas crianças vão para UTI, mas a imensa maioria ficam bem, a taxa de mortalidade é menor que 1%”, diz. Porém, ela alerta que não é momento de descuido. “Não quer dizer que devemos descuidar das crianças, é preciso fazer a higienização das mãos, usar a máscara para as crianças maiores de dois anos, fazer o distanciamento social e quem está doente não é para sair de casa. Infelizmente, a gente viu criança com síndrome de sistema respiratório que foi visitar avó no Natal, foi ao shopping, então esses cuidados são básicos e é preciso manter em qualquer faixa etária”, orienta a especialista. Ela explica que as crianças menores de dois anos não devem usar máscara por risco de asfixia.

A médica infectologista Clarissa Ramos, do Hospital Cardio Pulmonar (HCP) alerta que, como os sintomas nas crianças, normalmente, são mais brandos, é preciso uma atenção redobrada. “Quando elas pegam, ela não manifestam os sintomas ou são sintomas muito leves. Isso faz com que a doença passe despercebida. Então ela está transmitindo. É muito frequente crianças que espirram, têm um resfriado, dor de garganta, tosse, ou esses sintomas mais leves que não são levados a sério, e, muitas vezes, é covid, mas não é investigado. Então mesmo que o sintoma seja só por um dia, pode ser covid”, alerta. Por isso, a infectologista diz que deve-se sempre monitorar os sintomas da criança e das pessoas que elas têm contato.

À TV Bahia, Prates comunicou, na segunda-feira (27), que a secretaria pensa em estratégias para conter o aumento dos casos suspeitos em crianças através da ampliação do número de leitos nas unidades de saúde: “Estamos trabalhando para ampliar os gripários. A ideia é construir mais um gripário na UPA de São Cristóvão e também reativar uma tenda de sustentação respiratória com 10 leitos de sala vermelha na UPA de valéria. A sugestão da equipe seria transformar essa tenda de sustentação respiratória, que seria princípio para adulto, para um perfil mais pediátrico, devido a esse crescimento exorbitante”.

Em nota, o Ministério da Saúde divulgou que, até 21 de dezembro, quando foi publicado o último boletim epidemiológico semanal, foram notificados pelos estados 1.161 óbitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 na faixa etária de menores de um ano a 19 anos de idade. Desse total, 356 óbitos foram em crianças menores de 1 ano de idade; 182 em crianças entre 1 e 5 anos; 623 casos entre 6 e 19 anos de idade. Por telefone, o Ministério disse que não tinha os dados seccionados de crianças até 9 anos nem a divisão por sexo e faixa étaria de cada unidade federativa, só a informação total.

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Após receber as primeiras 300 mil doses da vacina russa Sputnik V, a Argentina iniciou nesta segunda, 28, a distribuição para que o programa de imunização em massa comece hoje nas províncias. O Fundo de Investimento Direto Russo, que financiou o desenvolvimento da vacina, planeja enviar mais 10 milhões de doses ao país em 2021.

"Recebemos as primeiras 300 mil doses para iniciar este grande desafio que é a campanha de vacinação mais importante da história da Argentina", disse a secretária de Saúde, Carla Vizzotti, parte da delegação que viajou à Rússia para receber informações técnicas sobre a Sputnik V - ela voltou no mesmo avião que transportou as primeiras doses. A Rússia alega que a eficácia de sua vacina, vista com desconfiança por parte da comunidade científica ocidental, é de 91,4%.

A segunda leva do imunizante será enviada à Argentina nas próximas três semanas, segundo o diretor do Centro Gamaleya, criador da Sputnik V, Alexander Gintsburg. Ele afirmou que os fabricantes conseguiram eliminar um desequilíbrio na produção do primeiro e do segundo componentes, que são inoculados com um hiato de 21 dias.

A vacinação começará às 9 horas (horário local), segundo informou o presidente argentino, Alberto Fernández, no fim de semana. Na primeira fase, a vacinação será destinada aos profissionais de saúde de grandes centros urbanos, onde a pandemia teve um impacto maior e o risco de uma segunda onda é mais elevado.

O coordenador do setor de logística do Ministério da Saúde, Juan Pablo Saulle, afirmou que "todo o calendário foi elaborado para fazer a entrega a cada ponto em cada província, para chegar ao mesmo tempo, com uma diferença de apenas 3 a 4 horas".

O plano de vacinação estima um total de 54,4 milhões de doses, considerando um esquema de duas doses e calculando uma taxa de perda estimada em 15%, que atingiria entre 23 e 24 milhões de pessoas de uma população de 45 milhões.

O contrato de aquisição da Sputnik V é o terceiro assinado pela Argentina: o primeiro foi com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford - vacina que será aplicada em março - e o segundo com a aliança internacional Covax, da ONU, embora outros acordos ainda estejam sendo negociados. "A ideia é que, quando chegar o outono já tenhamos vacinado todas as pessoas em grupos de risco", disse Fernández. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Bahia registrou 748 novos casos de Covid-19 nas últimas 24h, segundo dados divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), na tarde desta segunda-feira (28).

De acordo com a secretaria, a taxa de crescimento no número de casos foi de taxa de crescimento de +0,2% no número de casos e de +0,3% no de pessoas recuperadas da doença (1.330).

Segundo a Sesab, são 484.485 casos confirmados desde que a pandemia começou, em março. Desses, 469.734 já são considerados recuperados e 5.710 encontram-se ativos.

O boletim epidemiológico ainda contabiliza 30 óbitos, que ocorreram em datas diferentes. O número total de mortes, desde o início da pandemia, é 9.041, o que representa uma letalidade de 1,87%.

Dentre as mortes, 56,58% ocorreram em pessoas do sexo masculino e 43,42% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,82% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,85%, preta com 14,63%, amarela com 0,66%, indígena com 0,13% e não há informação em 10,91% dos óbitos.

O percentual de casos com comorbidade foi de 70,90%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,48%).

Mais atingidos pela doença
Até esta segunda, o coeficiente de incidência da doença no estado foi de 3.257,47/100 mil habitantes. Pacientes do sexo feminino são os mais atingidos pela Covid-19 na Bahia (54,58% do casos), seguidos por pessoas do sexo masculino (45,22%) e 0,20% sem informação.

Em relação ao quesito raça e cor, conforme consta do boletim, 244.308 (50,43%) são de cor parda, seguidos por amarela 80.293 (16,57%), branca 59.652 (12,31%), preta 40.254 (8,31%), indígena 1.774 (0,37%) e os ignorados e sem informação foram de 58.204 (12,01%).

A faixa etária mais acometida foi a de 30 a 39 anos, representando 24,32% do total. O coeficiente de incidência por 100.000 de habitantes foi maior na faixa etária de 40 a 49 anos (5.327,81/100 mil habitantes), indicando que o risco de adoecer foi maior nesta faixa etária, seguida da faixa de 30 a 39 anos (5.135,61/100.000 habitantes)O percentual de casos com comorbidade foi de 70,98%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,48%).

O boletim completo está disponível no site da Secretaria de Saúde e também em uma plataforma disponibilizada pela Sesab.

Outros dados
Todas as cidades do estado registraram casos da doença. A maior proporção ocorre em Salvador (22,58%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100 mil habitantes foram Ibirataia (10.259,93), Muniz Ferreira (8.299,65), Conceição do Coité (8.193,72), Pintadas (7.962,06), Jucuruçu (7.900,50).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 877.040 casos descartados e 122.461 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta segunda.

Na Bahia, 36.185 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Ocupação dos leitos
Dos 1.987 leitos disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS), exclusivos para atender pacientes com o novo coronavírus na Bahia, 1.247 estão com pacientes internados, o que representa uma taxa de ocupação de 63%. Dos 984 leitos de UTI (adulto) disponíveis no estado, 744 estão ocupados, o que corresponde a 76%.

Em Salvador, de acordo com a Sesab, dos 926 leitos ativos, 673 estão ocupados, o que corresponde a uma taxa de ocupação geral de 73%. Os leitos de UTI adulto estão com 76% de ocupação. Já os de UTI pediátrica, 59% de ocupação.

Com relação aos leitos de enfermaria, a capital baiana tem taxa de ocupação de 69% (adulto) e 86% (pediátrico).

Publicado em Saúde

A Bahia registrou 28 mortes e 3.090 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,7%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta-feira (23). No mesmo período, 3.303 pacientes foram considerados curados da doença (+0,7%).

Dos 476.955 casos confirmados desde o início da pandemia, 458.619 já são considerados recuperados, 9.443 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (22,72 Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ibirataia (10.194,62), Muniz Ferreira (8.218,81), Conceição do Coité (8.051,10), Pintadas (7.904,57), Jucuruçu (7.867,63).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 871.073 casos descartados e 124.658 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17h desta quarta.

Na Bahia, 35.714 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 28 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 8.893, representando uma letalidade de 1,86%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,54% ocorreram no sexo masculino e 43,46% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,86% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,61%, preta com 14,72%, amarela com 0,67%, indígena com 0,13% e não há informação em 11,00% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,21%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,54%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

 

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