Domingo, 05 Maio 2024 | Login

O Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) apreendeu, na tarde desta quarta-feira (21), meia tonelada de cocaína e desativou um laboratório de refino. O imóvel, usado por uma facção, fica localizado na Estrada das Cascalheiras, em Camaçari, e produzia quatro toneladas do entorpecente por mês.

Os investigadores da Coordenação de Narcóticos desenvolviam ações de inteligência há um mês e descobriram a possível casa usada para refinar, prensar, embalar e distribuir cocaína para bairros de Salvador e Região Metropolitana. Os tabletes eram identificados com escudos de times de futebol do Brasil e da Europa.

Em campana desde as 5h desta quarta, os investigadores perceberam a movimentação de dois suspeitos que eram monitorados. No final da tarde, quando um deles saiu do imóvel, os policiais civis fizeram a abordagem. No primeiro contato, o homem confessou que trabalhava para uma facção envolvida com tráfico, homicídios, roubos e corrupção de menores.

Divididos em equipes, os investigadores cercaram a casa e encontraram uma mulher que também é suspeita de atuar para a organização criminosa. Dentro da casa foram apreendidos meia tonelada de cocaína, dois tabletes de maconha, três prensas (duas com capacidade para 20 toneladas e uma hidráulica com capacidade para 70 toneladas), substâncias para refinar cocaína, liquidificadores e caderno com anotações do tráfico.

A dupla e todo o material apreendido foram apresentados no Draco.

Publicado em Polícia

A prefeitura de Camaçari vai apurar a denúncia de grilagem no Loteamento Hilda Malícia, em Vila de Abrantes. Técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente da cidade (Sedur) farão uma vistoria no terreno, que vem sendo cobiçado por milicianos que atuam em várias regiões do município e da cidade vizinha de Simões Filho.

"Vamos averiguar o que aconteceu na área, se procede a formação de grilagem”, declarou o secretário Genival Seixas. Ele disse que os técnicos devem ir ao local até essa sexta-feira (2). A medida foi adotada após denúncia do CORREIO, que teve acesso com exclusividade ao vídeo feito por um dos herdeiros do terreno, Wilson Messias de Souza, o Cidinho.

Na gravação, feita em janeiro deste ano, Cidinho denuncia um esquema de grilagem envolvendo policiais militares e pelo qual vinha sendo ameaçado. Ainda no vídeo, o herdeiro aponta o sócio de uma imobiliária, Cleves Salviano da Silva, como o grileiro, chefe da milícia. Dois meses após a denúncia, Cidinho foi assassinado por uma dupla de motoqueiros em Abrantes.

O secretário Seixas disse ainda que vai verificar as condições legais do loteamento. "Vamos averiguar o que aconteceu na área, se procede a formação de grilagem. Vamos também averiguar se há a conclusão do espólio, que é o conjunto dos bens que integra o patrimônio deixado pelo falecido e que serão partilhados no inventário. Somente após esse processo é possível vender as terras. Veremos também se o loteamento é regular, de acordo com os procedimentos da prefeitura", declarou.

Intimidação
Na manhã dessa quinta-feira (1), homens que seriam policiais militares ligados a Cleves Salviano amanheceram no Loteamento Hilda Malícia. Mantendo novamente uma certa distância, eles observavam toda a movimentação dos compradores dos lotes, os quais querem expulsar para dar continuidade à exploração imobiliária clandestina. Nas imagens feitas pelas próprias vítimas, aparecem três homens, usando camisas preta, branca e vermelha, cada um, ao lado de um carro branco.

Ainda de acordo com eles, esses homens seriam policiais que fazem segurança para Cleves, tendo como o chefe desse grupo armado um subtenente da 52ª Companhia Independente (CIPM/Lauro de Freitas). “ Pois é. O que a gente sabe é que Cleves prometeu a cada um deles um terreno para expulsar todos nós”, disse um dos entrevistados.

Vídeo
O vídeo ao qual o CORREIO teve acesso com exclusividade já foi analisado pela Polícia Civil. A gravação chegou à reportagem uma semana após as mortes do soldado da PM Ítalo de Andrade Pessoa e do amigo dele, o ex-fuzileiro naval Cleverson Santos Ribeiro, assassinados no dia 11 deste mês em Camaçari. Segundo moradores da região, um dos autores dessas execuções, um sargento da 59ª Companhia Independente (CIPM/Vila de Abrantes), e um outro PM, um tenente da 31ª CIPM de Valéria, fazem parte da mesma milícia que vem atuando no Loteamento Hilda Malícia, intimidando pouco mais de 40 pessoas que compraram terreno no local – uma área de aproximadamente 24 mil metros quadrados – e ameaçando também Cidinho.

Estes militares estariam a serviço de Cleves, mencionado em vídeo feito pelo próprio Cidinho. “Tem um suposto proprietário, tal de Cleves Salviano da Silva. Esse cara aí está enchendo o meu saco. Fui na corregedoria, na delegacia e nada resolve porque ele disse que compra todo mundo. Compra juiz, compra delegado, agentes policiais, compra até o comandante da PM ... Ele tem dinheiro. Mas é grileiro. É do Belém do Pará. Saiu de lá para roubar as terras aqui. As minhas terras ele não vai roubar...”, diz a mensagem de Cidinho, gravada dois meses antes de ele ter sido assassinado.

Em 03 de janeiro de 2016, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou Cleves e outras três pessoas pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato e falsificação de documentos. Na denúncia do promotor Francisco Sérgio D’Andrea Espinheira, os quatro entraram com uma ação cautelar contra um dos sócios da Imobiliária Girassol Ltda, apresentando contratos falsos, selos inautênticos, alteração contratual com assinaturas falsas, quebra ilegal de sigilo bancário, de acordo com perícia criminal. O CORREIO procurou o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e aguarda um posicionamento.

Polícia
A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou que o assassinato de Cidinho é investigado pela 26ª Delegacia (Vila de Abrantes), unidade onde a vítima já havia registrado um boletim de ocorrência por ameaça contra Cleves e outras três pessoas. Na ocasião, a PM foi acionada para conter um grupo de homens armados, mas nenhuma arma foi apreendida. No entanto, todos foram conduzidos à delegacia.

Em relação à morte de Cidinho, a reportagem questionou a delegada Daniele Monteiro, titular da 25ª DP, se Cleves em algum momento foi intimado no inquérito que apura o crime. Por meio da assessoria da PC, a delegada respondeu que “a morte de Wilson segue em apuração na 26ª DT, sem autoria definida”. Já sobre a denúncia compartilhada nas redes sociais, a delegada através da assessoria disse que “o vídeo já foi analisado”.

Crime
Apesar de a polícia não dar detalhes sobre a investigação que apura a morte de Cidinho, parentes da vítima não têm dúvida de que o crime está relacionado com a ação de grilagem comandada por Cleves no Loteamento Hilda Malícia, uma região que foi ainda valorizada com a construção de empreendidos como o Outlet Premium Salvador, em Abrantes. “Cidinho não aceitava o que eles vêm fazendo. Eles querem tomar a terra que é por direito nossa, herança de nossa família. Cidinho foi várias vezes ameaçado pelos capangas de Cleves”, declarou um dos irmãos de Cidinho que preferiu não revelar o nome.

Ele disse ao CORREIO que o loteamento fazia parte da Fazenda Malícia, uma área de 757 mil metros quadrados pertencente ao avô deles, Rufino Bonfim, conforme uma declaração de 05 de fevereiro de 1965. Com o passar dos anos, as terras foram divididas e posteriormente vendidas. Seu Rufino faleceu e deixou oito filhos, que lhe deram netos, entre eles Maria Hilda, que também já morreu. Como ela não era casa e nem teve filhos, os seus irmãos herdaram a sua parte, os cerca de 24 mil metros quadrados, que passaram a ser loteados há pouco tempo na Rua Malícia de Cima.

No entanto, há cerca de um ano, os herdeiros foram surpreendidos com a chegada dos grileiros que se apresentavam como donos do terreno e ameaçavam com homens armados as pessoas que já adquiriram seus lotes. “Ele (Cleves) não tem escritura. O documento que ele diz por aí que tem é de uma propriedade no Alto das Pombas, em Salvador”, disse um dos herdeiros exibindo documentos que comprovam a relação de parentesco com Rufino Bonfim e Maria Hilda.

Ele disse que Cidinho era o caçula dos irmãos e, por isso, tinha mais disposição para brigar pela família. Cabia à vítima a função de providenciar a escritura do terreno. "Ele já tinha ido algumas vezes na prefeitura de Camaçari, mas não tinha resolvido nada ainda", contou.

Diante da falta de respostas para suas denúncias formais aos órgãos da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), Cidinho, um dos herdeiros que vendia os lotes, denunciou o que seria um esquema de grilagem. Então, as intimidações passaram a ser mais constantes, o que levou a vítima a adotar uma atitude extrema. “Ele chegou num bar e atirou contra quatro homens de Cleves, dois deles policiais. Não matou ninguém”, contou o irmão. Neste dia, uma pessoa foi atingida na perna quando passava na hora.

No dia 12 de abril deste ano, Cidinho estava na Vila Tirantes, em Vila de Abrantes, quando foi surpreendido por dois homens numa moto. “Um deles disse: ‘Cidinho’ sua hora chegou’ e atirou. Ele morreu no local”, contou o irmão.

Publicado em Bahia

“As minhas terras ele não vai roubar. Estou disposto a brigar, lutar a qualquer hora”. O trecho é de uma mensagem gravada em fevereiro deste ano por Wilson Messias de Souza, o Cidinho, 56 anos, um dos herdeiros do Loteamento Hilda Malícia, em Vila de Abrantes, no município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). No vídeo, ele denuncia um esquema de grilagem envolvendo policiais militares e pelo qual vinha sendo ameaçado. Dois meses após a denúncia, Wilson foi assassinado por uma dupla de motoqueiros em Abrantes.

O vídeo já foi analisado pela Polícia Civil. O CORREIO teve acesso com exclusividade à gravação uma semana após as mortes do soldado da PM Ítalo de Andrade Pessoa e o amigo dele, o ex-fuzileiro naval Cleverson Santos Ribeiro, assassinados no dia 11 deste mês em Camaçari. Segundo moradores da região, um dos autores dessas execuções, um sargento da 59ª Companhia Independente (CIPM/Vila de Abrantes), e um outro PM, um tenente da 31ª CIPM de Valéria, fazem parte da mesma milícia que vem atuando no Loteamento Hilda Malícia, intimidando pouco mais de 40 pessoas que compraram terreno no local – uma área de aproximadamente 24 mil metros quadrados – e ameaçando também Cidinho.

Estes militares estariam a serviço de um dos sócios de uma imobiliária, Cleves Salviano da Silva, mencionado em vídeo feito pelo próprio Cidinho. “Tem um suposto proprietário, tal de Cleves Salviano da Silva. Esse cara aí está enchendo o meu saco. Fui na corregedoria, na delegacia e nada resolve porque ele disse que compra todo mundo. Compra juiz, compra delegado, agentes policiais, compra até o comandante da PM ... Ele tem dinheiro. Mas é grileiro. É do Belém do Pará. Saiu de lá para roubar as terras aqui. As minhas terras ele não vai roubar...”, diz a mensagem de Cidinho, gravada dois meses antes de ele ter sido assassinado.

De acordo com o vídeo, moradores da região e de parentes de Cidinho, Cleves seria um grileiro que comanda uma milícia formada por PMs que trabalham em companhias de Camaçari e de Salvador. Sob ameaça de morte, o grupo vem tomando terrenos para revendê-los em Vila de Abrantes, Arembepe, Barra de Jacuípe e no município vizinho de Simões Filho. Cleves já responde processo por formação de quadrilha, estelionato e falsificação de documentos (leia abaixo).

A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou que o assassinato de Cidinho é investigado pela 26ª Delegacia (Vila de Abrantes), unidade onde a vítima já havia registrado um boletim de ocorrência por ameaça contra Cleves e outras três pessoas. Na ocasião, a PM foi acionada para conter um grupo de homens armados, mas nenhuma arma foi apreendida. No entanto, todos foram conduzidos à delegacia.

Em relação à morte de Cidinho, a reportagem questionou a delegada Daniele Monteiro, titular da 25ª DP, se Cleves em algum momento foi intimado no inquérito que apura o crime. Por meio da assessoria da PC, a delegada respondeu que “a morte de Wilson segue em apuração na 26ª DT, sem autoria definida”. Já sobre a denúncia compartilhada nas redes sociais, a delegada através da assessoria disse que “o vídeo já foi analisado”.

Esta não foi a primeira vez que o CORREIO apura denúncia contra invasões de terra em Camaçari. Em maio de 2018, terrenos invadidos na localidade de Sangradouro, em Arembepe, eram vendidos entre R$ 5 mil e R$ 40 mil na internert. Em 2002, quando a invasão teria iniciado, 14 imóveis ocupavam a região. Na ocasião em que a reportagem foi publicada, havia mais de 300 construções irregulares.

Crime
Apesar de a polícia não dar detalhes sobre a investigação que apura a morte de Cidinho, parentes da vítima não têm dúvida de que o crime está relacionado com a ação de grilagem comandada por Cleves no Loteamento Hilda Malícia, uma região que foi ainda valorizada com a construção de empreendidos como o Outlet Premium Salvador, em Abrantes. “Cidinho não aceitava o que eles vêm fazendo. Eles querem tomar a terra que é por direito nossa, herança de nossa família. Cidinho foi várias vezes ameaçado pelos capangas de Cleves”, declarou um dos irmãos de Cidinho que preferiu não revelar o nome.

Ele disse ao CORREIO que o loteamento fazia parte da Fazenda Malícia, uma área de 757 mil metros quadrados pertencente ao avô deles, Rufino Bonfim, conforme uma declaração de 05 de fevereiro de 1965. Com o passar dos anos, as terras foram divididas e posteriormente vendidas. Seu Rufino faleceu e deixou oito filhos, que lhe deram netos, entre eles Maria Hilda, que também já morreu. Como ela não era casa e nem teve filhos, os seus irmãos herdaram a sua parte, os cerca de 24 mil metros quadrados, que passaram a ser loteados há pouco tempo na Rua Malícia de Cima.

No entanto, há cerca de um ano, os herdeiros foram surpreendidos com a chegada dos grileiros que se apresentavam como donos do terreno e ameaçavam com homens armados as pessoas que já adquiriram seus lotes. “Ele (Cleves) não tem escritura. O documento que ele diz por aí que tem é de uma propriedade no Alto das Pombas, em Salvador”, disse um dos herdeiros exibindo documentos que comprovam a relação de parentesco com Rufino Bonfim e Maria Hilda.

Ele disse que Cidinho era o caçula dos irmãos e, por isso, tinha mais disposição para brigar pela família. Cabia à vítima a função de providenciar a escritura do terreno. "Ele já tinha ido algumas vezes na prefeitura de Camaçari, mas não tinha resolvido nada ainda", contou.

Diante da falta de respostas para suas denúncias formais aos órgãos da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), Cidinho, um dos herdeiros que vendia os lotes, denunciou o que seria um esquema de grilagem. Então, as intimidações passaram a ser mais constantes, o que levou a vítima a adotar uma atitude extrema. “Ele chegou num bar e atirou contra quatro homens de Cleves, dois deles policiais. Não matou ninguém”, contou o irmão. Neste dia, uma pessoa foi atingida na perna quando passava na hora.

No dia 12 de abril deste ano, Cidinho estava na Vila Tirantes, em Vila de Abrantes, quando foi surpreendido por dois homens numa moto. “Um deles disse: ‘Cidinho’ sua hora chegou’ e atirou. Ele morreu no local”, contou o irmão.

Ameaças
Uma semana após a morte de Cidinho, a presença dos policiais militares ligados a Cleves foi mais constante no Loteamento Hilda Malícia. “Cidinho era quem peitava eles por nós. Ele não admitia que tomasse as terras dele. Depois que ele morreu, os capangas de Cleves passaram a vir todos os dias, armados, dizendo que a gente não era dono de nada, que se quiséssemos morar no loteamento, teríamos que pagar a Cleves. Isso não é justo”, disse uma das pessoas que comprou o terreno exibindo um documento de compra e venda, assinado por Cidinho e reconhecido em cartório.

Na quinta-feira (24), o CORREIO esteve no Loteamento Hilda Malícia, que fica atrás do Outlet Premium Salvador, em Vila de Abrantes. A topografia do terreno realizada por uma empresa contratada por Cidinho em 12 de novembro de 2017 diz que a área de 23.552,63 metros quadrados está dividida em lotes de 140 metros quadrados, no entorno de quatro quadras e cinco ruas.

O local é um canteiro de obras. Para onde se olha tem blocos empilhados, máquinas funcionando, caçambas subindo e descendo o chão de barro. Foi nesse cenário que a reportagem conversou com alguns compradores dos lotes adquiridos nas mãos de um dos herdeiros. Eles contaram que, com a morte de Cidinho, os PMs derrubaram suas cercas e destruíram construções. “Peguei minhas economias e paguei R$ 12 mil por um lote, e eles (PMs) botaram tudo no chão e disseram que a gente aqui não é dono de nada”, declarou uma das pessoas que já havia adquirido o lote.

Segundo eles, Cleves está vendendo os lotes que já foram comprados e construindo um muro ao redor do loteamento. “Eu paguei R$ 10 mil e estou sendo expulso do meu lote para ele vender por R$ 50 mil, como vem fazendo com os outros terrenos. Já vieram falar comigo exibindo a arma na cintura”, contou outro comprador.

Uma mulher que também pagou R$ 10 mil por um lote teve a cerca derrubada e ouviu do próprio Cleves que teria que negociar com ele para ter o terreno de volta. “Eu fiquei sem reação e estou até hoje sem saber o que fazer. Algumas pessoas que bateram de frente, já tinha a casa erguida e mesmo assim foram expulsas. Eles colocaram fogo no telhado”, relatou ela.

Os entrevistados foram questionados se registraram um boletim de ocorrência e todos foram categóricos na resposta: não confiam na polícia. “A própria polícia está do lado dele (Cleves). A gente vai à delegacia e mandam voltar, dizendo que as terras são de Cleves. Cidinho morreu lutando por isso”, desabafou um dos compradores.

Ainda de acordo com eles, dois policiais, cujos nomes e fotos viralizaram em grupos de WhatsApp como supostos envolvidos nas mortes do soldado da PM Ítalo de Andrade Pessoa e o amigo dele, o ex-fuzileiro naval Cleverson Santos Ribeiro, assassinados no dia 11 deste mês em Camaçari, os intimidaram. “Estes dois aqui (diz apontando para as fotos no celular) estavam há pouco tempo por aqui, exibindo as armas, junto com outros capangas do grileiro. Um deles passou por mim e fez questão de levantar a camisa para exibir a pistola na cintura”, contou.

Enquanto o CORREIO apurava a denúncia, um grupo de homens estava posicionado a uma certa distância na parte alta do terreno. Eles monitoravam os passos da equipe e das pessoas entrevistadas. “São eles. Os milicianos não vieram agora porque vocês estão aqui, só por isso”, declarou um dos entrevistados. Eram três homens que chegaram ao local em um carro e uma moto e se posicionaram rente à construção de um muro erguido por Cleves para impedir o acesso de pessoas não autorizadas pelo grupo. Enquanto um permanecia o tempo todo sentado manuseando o celular, os outros dois prestavam atenção em tudo.

Imobiliária fechada
Após apurar a denúncia, o CORREIO procurou Cleves no local indicado pela população onde funciona o escritório de uma imobiliária. O escritório dele é situado no km 13 da Estrada do Coco, nas imediações da Prefeitura Avançada da Orla, em Abrantes. O local estava fechado. Segundo moradores, desde os assassinatos do PM Ítalo e do ex-fuzileiro naval, ninguém aparece na sala. Nada na fachada lembra uma corretora como outras da região. Não há nome da empresa na entrada e a porta é de vidro com uma película escura. Por uma fresta, dava para ver algumas cadeiras, uma mesa e um banner anunciando a venda de terrenos no Vivendas do Litoral – o interessado dá sinal de R$ 10 mil e paga o restante em 60 parcelas.

Há outros estabelecimentos comerciais, mas os seus proprietários e funcionários disseram que não sabiam do paradeiro de Cleves e tampouco queiseram comentar as acusações contra ele. A reportagem ligou também para o telefone de Cleves que consta numa ocorrência policial registrada por Cidinho na delegacia de Vila de Abrantes, mas ninguém atendeu.

Em 03 de janeiro de 2016, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou Cleves e outras três pessoas pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato e falsificação de documentos. Na denúncia do promotor Francisco Sérgio D’Andrea Espinheira, os quatro entraram com uma ação cautelar contra um dos sócios da Imobiliária Girassol Ltda, apresentando contratos falsos, selos inautênticos, alteração contratual com assinaturas falsas, quebra ilegal de sigilo bancário, de acordo com perícia criminal. O CORREIO procurou o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) e aguarda um posicionamento.

Sobre a atuação de grilagem da região de Camaçari, o MP-BA respondeu “ que não existe nada formalizado na Promotoria de Justiça Regional de Camaçari sobre grilagens. Trata-se de uma área muito visada e existem processos de reintegração de posse, cujos invasores são numerosos”, disse. O MP-BA sugeriu que o CORREIO procurasse a delegada Daniele Monteiro, titular da 26ª Delegacia (Vila de Abrantes). Através da assessoria, Monteiro respondeu: "as ocorrências de natureza criminosa registradas na 26ª DT/Abrantes, relacionadas a grilagem de terras em Camaçari, são apuradas pela unidade. Ações de natureza civil, como posse e propriedade de terra, não são de competência da polícia judiciária".

Em nota, a Polícia Militar da Bahia disse que "qualquer denúncia envolvendo policiais militares é apurada de forma rigorosa pela Corporação". "Os cidadãos que se sentirem aviltados em seus direitos devem procurar a Corregedoria da PM e registrar queixa para que o fato seja devidamente apurado, através de feito investigatório", diz nota.

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O prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo (DEM), ficará mais dez dias de repouso em casa mesmo já tendo se recuperado da covid-19, seguindo orientação média. Ele testou positivo para coronavírus no dia 14 de setembro e, desde então, entrou em isolamento social.

Segundo o relatório médico, Elinaldo está liberado para retorno às atividades laborais sem risco de contaminação a outras pessoas. Contudo, devido a alterações evidenciadas pela tomografia, a orientação médica foi que o prefeito permaneça por, pelo menos, mais dez dias em teletrabalho “para sua melhor recuperação” enquanto usa a medicação prescrita.

O gestor iniciou a campanha eleitoral em isolamento, mas com participação nas redes sociais.

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A empresa Ford decidiu iniciar o Programa de Demissão Voluntária (PDV) da fábrica de Camaçari. Em nota enviada à imprensa, a multinacional explicou que o programa é voltado para empregados da área de produção e as inscrições serão abertas em 1º de outubro deste ano.

Conforme a Ford, o acordo foi firmado entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos por causa da queda nas vendas devido à pandemia do novo coronavírus. A fábrica disse que o objetivo é o de “ajustar os níveis de produção à significativa desaceleração do mercado”.

Além do PDV, a Ford anunciou que a o regime de trabalho layoff será estendido até 31 de dezembro de 2020. A medida, que entrou em vigor em 1º de agosto, suspende temporariamente o contrato de funcionários do complexo de Camaçari. Na época da decisão, a empresa informou que o layoff afetava mil funcionários.

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O corpo do presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Carlos Gilberto Farias, começou a ser velado às 14h desta quinta-feira (6), na sede da Fieb, que fica no bairro do Stiep, em Salvador. Carlos Farias, de 67 anos, irmão do empresário Paulo César Farias, o PC Farias, morreu na última quarta-feira (5), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 16 de outubro por conta de uma infecção após cirurgia no quadril.

De acordo com informações da assessoria da Fieb, estão presentes na cerimônia familiares, amigos e personalidades, como José Carlos Lyra de Andrade, presidente da Federação das Indústrias de Alagoas; Rafael Lucchesi, diretor geral do Senai; e Antonio Ricardo Alvarez Alban, 1º vice-presidente da FIeb.

O velório se encerrará às 19h, quando o corpo de Carlos Gilberto Farias será levado ao cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas, onde às 11h30 desta sexta-feira (7) será cremado em cerimônia reservada à família.

Políticos e entidades lamentam

Assim que a notícia da morte de Carlos Farias se espalhou, na última quarta, políticos divulgaram nota de pesar sobre o acontecimento.
O governador Jaques Wagner abordou o legado de Gilberto Carlos Farias em seis meses de gestão. "A Bahia está de luto com a perda deste grande empreendedor. Desde que assumiu a Fieb, há pouco mais de seis meses, procurou trazer dinamismo à instituição, buscando maior valorização para os pequenos e médios empresários da capital e do interior do nosso estado", lembrou. Ele assumiu a gestão da Fieb e do Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB) em abril deste ano, após eleições no mês de janeiro.

O governador em exercício e senador eleito, Otto Alencar, falou sobre o perfil administrativo de Farias. "A Bahia perde um grande empresário que por sua capacidade e compromisso foi eleito para assumir, neste ano, a Fieb, entidade que representa a indústria baiana. Manifesto o mais profundo pesar e solidariedade aos membros da família, amigos e aos integrantes da Fieb", disse.

Em nota, o prefeito de Salvador, ACM Neto, citou o legado do empresário. "Contribuiu muito para o desenvolvimento da Bahia, não apenas pela geração de empregos, mas, principalmente, por se dedicar anos e anos à integração entre as micro, pequenas, médias e grandes empresas", afirmou.

"Carlos Gilberto Farias foi um modelo de industrial e de cidadão por suas ações em favor do desenvolvimento do setor e do país, tendo prestado inestimável contribuição na Presidência do Conselho Temático da Agroindústria (Coagro) desta Confederação", disse o presidente Robson Braga de Andrade, da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em nota. "Ele nos lega importante exemplo com sua vida de empreendedor e por sua importante atuação nas entidades de classe", acrescentou.

Histórico

Carlos Gilberto Farias nasceu na cidade de Quebrangulo, no Alagoas, e era engenheiro agrônomo pela Universidade Federal da Paraíba. Era casado e deixa três filhos. Farias era empresário do ramo do agronegócios e fundou e Agrovale, empresa produtora de açúcar, etanol e bioenergia com sede em Juazeiro, no norte da Bahia.

Ele foi presidente do Sindicato da Indústria de Produtores de Açúcar e Álcool do Estado da Bahia desde 1990, presidente do Conselho das Agroindústrias do Brasil, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), além de presidente da União dos Irrigantes do Sub-Médio São Francisco.

Era membro titular do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República e do Comitê Técnico Consultivo para o Desenvolvimento da Agricultura Irrigada do Ministério da Integração Nacional. Ocupava ainda a função de membro titular do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia, do Conselho Deliberativo do Sebrae e do Conselho de Ciência e Tecnologia.

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Cerca de dez toneladas de pneus foram apreendidas nesta quarta-feira (5) em uma ação de combate a focos de dengue e chikungunya em Miguel Calmon, no centro norte do estado. O material estava abandonado em um imóvel particular no povoado de Curral Velho. A iniciativa do Ministério Público da Bahia envolveu agentes da Vigilância Sanitária e da Secretaria Municipal de Administração e Limpeza Pública da cidade. O recolhimento cumpria decisão judicial através de um pedido formulado pelo promotor Pablo Almeida com o objetivo de evitar a proliferação de mosquitos e insetos que possam comprometer o êxito das ações de prevenção e combate à transmissão da dengue e chikungunya. Segundo o promotor, a decisão é importante para preservar a saúde da população local, já que “entre 2001 e 2011 houve 1.483 notificações de dengue” na cidade. Neste ano, segundo Almeida, o município já registrou um caso suspeito de febre chikungunya.

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Em dezembro, o sistema público de saúde de Camaçari, responsável pelo atendimento de quase 70% da população, vai ganhar dois importantes reforços. São as UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) da Gleba A/Gravatá e de Arembepe, que atenderão em regime de urgência e emergência, 24 horas por dia.

A estrutura física da UPA da Gleba A/Gravatá está em fase de instalação de equipamentos. A equipe será composta por cinco médicos, dois enfermeiros, oito técnicos de enfermagem e equipe de apoio. A unidade de saúde é localizada na rua do Canal, s/n, Gleba A, tem capacidade de atender em média 300 pessoas por dia e conta com 12 leitos.

A UPA Arembepe, localizada no Loteamento Vilarejo de Arembepe, ao lado do Pronto Atendimento, também deve ser inaugurada no próximo mês. A obra está em fase de acabamento e contém nove leitos. A equipe conta com dois médicos, dois enfermeiros, cinco técnicos de enfermagem e equipe de apoio.

Rio Camaçari indeniza mais 300 famílias

Cerca de 300 famílias serão beneficiadas pelo Programa de Financiamento das CPACs (Contrapartidas do Programa de Aceleração do Crescimento), que o prefeito Ademar Delgado assinou recentemente com o gerente regional da Caixa, José Anselmo Cunha.

A assinatura visa acelerar o pagamento das indenizações referentes aos trechos da obra do programa de urbanização do rio Camaçari, que compreendem o bairro Burissatuba e a ponte da rua Belmonte, que liga os bairros Camaçari de Dentro e Phoc II.

O contrato ainda tem o intuito de iniciar a indenização para as moradias do trecho que vai da rua Belmonte no Phoc II à avenida Rio Camaçari, no bairro Dos Quarenta e Seis, e o que segue da avenida Rio Camaçari à avenida 28 de setembro (antiga Radial A). Nestes trechos, que compreendem 1.600 metros, contarão com vias pavimentadas, ciclovias, pistas de corrida, passeios, estacionamento e área de paisagismo. A previsão é de que as indenizações comecem a ser pagas em novembro.

Mais organização no Centro Comercial

Os feirantes da extinta Feira do Rolo e ambulantes foram integrados ao Centro Comercial de Camaçari. Eles receberam barracas novas e padronizadas mais o Termo de Permissão de Uso. Com esta ação, o Município avança no ordenamento do comércio de rua e promove mais desenvolvimento econômico.

“O nosso projeto de governo é sempre voltado para os trabalhadores e estamos trabalhando para oferecer cada vez mais condições para esse segmento, dando dignidade e permitindo que trabalhem com segurança”, informou o prefeito Ademar Delgado.

Por meio de ação entre a Sesp (Secretaria dos Serviços Públicos) e a Seops (Secretaria de Ordem Pública e Sustentabilidade), 30 feirantes remanescentes da extinta Feira do Rolo passam a atuar no estacionamento interno do Centro Comercial. Outros 12 que atuavam, majoritariamente, na rua Costa Pinto, no Centro, ampliam a oferta de hortifruti no mesmo espaço.

Abertas as inscrições para o ProJovem

As inscrições para o ProJovem Urbano já começaram. Ao todo, são oferecidas 150 vagas para um público de 18 e 29 anos, que saibam ler e escrever e não tenham concluído o ensino fundamental.

A matrícula acontece das 8h às 12h e das 13h às 16h, no Cetep-RM (Centro Territorial de Educação da Região Metropolitana). A duração das inscrições vai de acordo com a disponibilidade das vagas. Os documentos necessários para realizar a inscrição são originais e cópias da carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e histórico escolar.

As aulas estão previstas para o dia 17 de novembro. Os inscritos ainda recebem material didático, alimentação e bolsa-auxílio no valor de R$ 100,00 mensais, desde que tenham 75% da frequência e entregue os trabalhos curriculares.

O objetivo é a conclusão do ensino fundamental integrada à qualificação profissional. Em Camaçari, a qualificação acontece no eixo Metal Mecânica, que oferece cursos de serralheria, funilaria, auxiliar de produção de vendas e assistente de vendas.

O ProJovem Urbano é uma das modalidades do ProJovem Integrado (Programa Nacional de Inclusão de Jovens), iniciado este ano no Município. Executado pela Seduc (Secretaria da Educação), o programa é do governo federal, vinculado ao Ministério da Educação e realizado em parceria com as secretarias estaduais da Educação.

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Acidente aconteceu na manhã desta quinta-feira (6), em Lauro de Freitas.
Veículo estava estacionado na hora do ocorrido; ninguém ficou ferido.
Um carro pegou fogo na manhã desta quinta-feira (6) após um fio de alta tensão cair sobre o veículo que estava estacionado na rua José Vicente, no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. De acordo com informações da 81ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), ninguém ficou ferido.

Conforme a polícia, uma equipe do Corpo de Bombeiros foi para o local e teve dificuldade em apagar o incêndio, pois a rede elétrica estava ligada. Segundo relato de moradores, as chamas começaram às 6h e prepostos da Coelba só chegaram quase três horas depois de acionados.
"Nós ligamos diversas vezes e eles não chegavam. Eles só chegaram quase 9h. Ficamos revoltados com essa falta de respeito", relata um morador que preferiu não se identificar. Segundo a PM, o fogo foi controlado por volta das 8h40.

Através de nota, a empresa Coelba informou que "está apurando o ocorrido e orienta o proprietário do carro danificado a registrar reclamação em um dos canais de atendimento da concessionária (agências, rede Coelba Serviços, teleatendimento 0800 071 0800 ou site www.coelba.com.br) para que sejam adotadas as providências cabíveis".

Publicado em Seu Bairro
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