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Renovação ou continuidade? Qual a tendência das eleições para vereador em 2024?

Renovação ou continuidade? Qual a tendência das eleições para vereador em 2024?

Falta pouco mais de um ano para as eleições municipais de 2024, e nos bastidores da política de Salvador, na Bahia, os nomes dos novos candidatos a vereador já começam a surgir.

Segundo o especialista em marketing político da agência Go Fly, Rômulo Quirino, historicamente, há uma tendência pela busca de novos nomes na Câmara e o percentual de renovação têm oscilado entre 50 e 60% nos últimos pleitos. Justamente por isso, nos corredores do legislativo municipal o comentário é de que, em 2024, aumentariam as chances dos atuais vereadores se reelegerem.

O especialista aposta na renovação, mas com ressalvas: "Não quer dizer que serão nomes inéditos. Provavelmente, muita gente que já teve mandato e não se reelegeu volta nessa eleição", destacou.

No entanto, Quirino lembra ainda que é preciso se atentar para as questões partidárias que podem interferir no processo. Por exemplo: as federações, que começam a valer na próxima eleição. Nesse contexto, ainda inserem-se os partidos que perderam o fundo partidário e vão ter que se fundir para ter alguma chance nas eleições. Também é preciso levar em conta que a eleição para Câmara é pulverizada: muitos candidatos para poucas cadeiras. "Voto de vereador é voto de bairro", resumiu.

A Câmara, na visão do especialista, permite a eleição de perfis diferentes, mas todos alinhados com o seu eleitorado. "O pior problema de qualquer político é não entender quem é seu eleitor e qual é o seu próprio perfil. Quem não entende isso gasta muita energia e acaba não falando com ninguém. Se der tiro pra todo lado, a possibilidade de se perder no meio do caminho é grande", avisou Rômulo.

Todos os fatores listados acima, somados, devem definir se haverá uma tendência maior de continuidade ou renovação. Justamente por isso, para conseguir se fazer notado no pleito, é preciso considerar todas essas variáveis. Outro ponto destacado por Rômulo Quirino, é que muitos candidatos entraram no "segundo tempo" porque herdaram as cadeiras por diversas questões.

Um grande nome que vem sendo cogitado para vereador 2024 pelo MDB é de Léo Marques , o pré-candidato é conhecido por seu trabalho comunitário e comprometimento com a cidade. Menino dos olhos do MDB, Léo Marques desponta como uma grande promessa para assumir uma cadeira no legislativo soteropolitano.

Segundo as lideranças das comunidades em que atua, competência e carisma não lhe faltam .

Na eleição de 2020 o pré-candidato, foi um dos coordenadores da campanha para a reeleição do então Vereador Geraldo Junior, e em 2022, teve a grande missão coordenar a campanha do Deputado Estadual, Matheus Ferreira, ambos do MDB. Léo Marques está ativamente engajado em sua pré-campanha, desenvolvendo e divulgando propostas que visam melhorar diversos setores da cidade.

No legislativo municipal, Léo acredita que é preciso pensar a política para além da representação de bairros. "As urgências da cidade devem ser pensadas de forma universal e não apenas para uma região. Quero votos na cidade inteira de pessoas que defendem pautas coletivas", comentou.

Sobre 2024, Léo afirma que tudo pode acontecer nas urnas. "Eleição municipal é supresa. Alguém que você nunca ouviu falar e é um fenômeno no bairro onde mora ganha uma eleição",

Dicas pra quem vai ser candidato pela 1ª vez

Para quem pensa em se candidatar nas próximas eleições, já é o momento de "virar a chave", uma vez que o cenário está sendo posto agora. "A campanha não começa em março do ano que vem. Quem fizer isso está descartado do processo. É impossível alguém acordar em 2024 e decidir ser candidato. Quer apostar na sorte? Tenta a Mega", ironiza Alberto Gonçalves, da agência de marketing político, Go Fly.

Para o especialista, o momento é de amplificar a visibilidade de um aspirante a vereador. "Já deveria ter começado. Quem não é visto não é lembrado. Num contexto de diversos candidatos, é muito difícil ganhar notoriedade", afirma Alberto

Além disso, presença constante nas redes sociais e a proximidade com lideranças de bairros, participando do cotidiano das comunidades, também são ações importantes. "Eleição municipal é muito difícil. Se não conseguir estabelecer uma base consistente, não tem chance de vitória", alerta.

O candidato precisa ficar atento. "Três partidos perderam mandatos nessa legislatura porque não cumpriram as cotas de gênero e os vereadores eleitos foram penalizados por um erro do partido", lembrou. Por isso, a dica de Alberto é acompanhar a chapa diariamente.

O especialista em marketing político também destaca que o mais importante para quem nunca disputou um cargo no legislativo é desmistificar a percepção equivocada que muitos têm de que eleição para vereador é concurso de "miss simpatia". "O eleitor cada vez mais se pergunta: porque eu vou votar nessa pessoa?", relata Alberto.

Alberto lembra que campanha de vereador conta com dois "erres": rua e redes sociais. "A TV não tem peso. Nem tem espaço pra tantos candidatos", explicou. Nas plataformas digitais, a dica é criar uma audiência definindo bandeiras, com pautas de relevância. Mas o especialista garante: seguidor é diferente de eleitor. " Não adianta criar uma estratégia só pra ter like e aumentar número de seguidores se não consigo transformar o cara da curtida em alguém que acredita na minha causa", afirmou.

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  • Projeto proíbe fabricação, comercialização e uso de linhas com cerol

    A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que proíbe a utilização de cerol ou produto semelhante, seja nacional ou importado, em linhas de pipas, papagaios ou brinquedos semelhantes. O texto, aprovado na terça-feira (6), também proíbe a fabricação, comercialização e uso de linhas cortantes nesses brinquedos e estipula pena de detenção e multas. A proposta será enviada ao Senado.

    O cerol ou linha chilena é fabricada de maneira artesanal, utilizando vidro moído e cola, para ser passada nas linhas das pipas. Esse tipo de linha tem causado muitos acidentes, com ferimentos e mesmo mortes, principalmente de motociclistas.

    Pelo projeto, a fabricação, venda, comercialização ou uso desse tipo de material será punida com detenção de 1 a 3 anos e multa. A única exceção será para a fabricação e comercialização de linhas cortantes para uso industrial, técnico ou científico sem expor terceiros a risco, mediante autorização específica do poder público.

    Segundo o projeto, o fabricante, importador ou comerciante irregular de linha cortante ou dos insumos para fabricá-la poderá receber três tipos de penalidades: apreensão dos produtos ou insumos, sem direito a qualquer indenização; advertência, suspensão do alvará de funcionamento e sua cassação, na hipótese de reincidência sucessiva; e multa administrativa, de R$ 2 mil a R$ 30 mil, de acordo com o porte do estabelecimento infrator ou do grupo econômico controlador deste, com duplicação sucessiva a cada reincidência. Os valores das multas irão para o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen).

    No caso dos usuários, a pena de detenção também será de 1 a 3 anos se o fato não constituir crime mais grave. A pena se aplica até à distância de um mil metros das imediações de ruas, estradas ou rodovias e mesmo que a pessoa esteja em área particular ou privativa.

    Além de estarem sujeitas à pena de detenção, as pessoas físicas que descumprirem a proibição poderão ser multadas com valores de R$ 500 a R$ 2,5 mil, também aplicados em dobro na reincidência. Os valores arrecadados serão revertidos em favor da segurança pública de estados e municípios.

    No caso de a linha cortante ser utilizada por menor de idade, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) passará a estipular multa de seis a 40 salários de referência para o responsável. A penalidade poderá ser aplicada em dobro quando houver reincidência

    O projeto determina ainda que o poder público deverá realizar campanhas para educar e conscientizar as pessoas sobre os riscos e as consequências associadas ao emprego de linhas e materiais cortantes de qualquer natureza em pipas ou produtos assemelhados. As campanhas deverão ser veiculadas anualmente, nos meios de comunicação e na rede pública e privada do ensino fundamental e médio.

    Caberá aos órgãos de segurança pública, com apoio dos agentes de fiscalização municipal e guardas municipais, a fiscalização das novas regras.

    Pipódromo

    O projeto estipula que a prática de soltar pipa com linha esportiva de competição só pode ser realizada em pipódromo, por pessoa maior de idade ou por adolescente acima de 16 anos, devidamente autorizado pelos pais ou responsável, com inscrição em associação nacional, estadual ou municipal dedicada à pipa esportiva.

    O espaço deverá ficar localizado a uma distância mínima de mil metros de rodovia pública e de rede elétrica. A linha esportiva de competição deve ter uma cor visível e consistir exclusivamente de algodão, com no máximo três fios entrançados, não poderá ter mais que meio milímetro de espessura, e deverá ser encerada com adesivo contendo apenas gelatina de origem animal ou vegetal.

    "A fabricação e comercialização de linha esportiva de competição deve ser realizada por pessoa física ou jurídica cadastrada, autorizada e sujeita a fiscalização pelas autoridades competentes”, define o projeto.

    Além disso, a compra, posse, armazenamento e transporte de linha esportiva de competição só pode ser feita por maior de idade, inscrito em associação dedicada à pipa esportiva, mediante autorização e assinatura de termo de responsabilidade perante órgão público competente.

  • Alckmin diz que setor automotivo investirá R$ 100 bilhões até 2029

    O setor automotivo brasileiro deverá receber cerca de R$ 100 bilhões em investimentos nos próximos anos. O número, apresentado por representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, foi divulgado nesta quarta-feira (7) pelo ministro em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, veiculado pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

    Alckmin se reuniu na terça-feira (6) com o presidente da Anfavea, Márcio de Lima. Durante o encontro, o dirigente disse que o total a ser investido na indústria automotiva brasileira será maior do que os R$ 41,2 bilhões anunciados na semana anterior.

    Segundo Alckmin, “será um investimento recorde”, que resultará na construção de, pelo menos, quatro fábricas.

    “Já temos fábrica de ônibus elétrico. Teremos também duas fábricas de carros elétricos. São duas montadoras. A BYD [empresa chinesa que assumiu o complexo industrial que pertenceu à Ford] em Camaçari [BA]; e a GWM [Great Wall Motors, também chinesa], em São Paulo. Mas outras virão”, acrescentou.

    O ministro lembrou que o setor automotivo tem, entre suas vantagens, a de estimular uma cadeia longa de produtos que favorecem desde as indústrias do aço e de vidro, até de pneus e autopeças, “gerando muito emprego e agregando muito valor”.

    “Isso será facilitado pela retomada da economia”, disse o ministro ao destacar que esses investimentos são estimulados por iniciativas como a do Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que ampliou as exigências de sustentabilidade para a frota automotiva nacional, de forma a viabilizar a descarbonização dos veículos por meio de incentivos fiscais.

    “Duas boas notícias vão aumentar a venda da indústria automotiva. A primeira é a queda da Selic [taxa básica de juros], que deve se manter. A outra é o Marco de Garantia, aprovado pelo Congresso Nacional. Ou seja, se [uma empresa] vende um carro e a pessoa não paga, agora com o Marco de Garantia pode-se pegar o carro de volta”, argumentou Alckmin.

    Reoneração gradual

    Na entrevista, Alckmin reiterou as justificativas do governo para a reoneração gradual da folha de pagamento de 17 setores da economia. Segundo ele, a preocupação do governo é com a responsabilidade fiscal, visando a meta de déficit primário zero.

    “Há um tripé importante para economia: juros, câmbio e imposto. A reforma tributária trouxe eficiência econômica para o país. O câmbio, a R$ 5, está bom para a exportação. Precisamos ainda baixar os juros, que já estão caindo 0,5 ponto percentual ao mês”, disse.

    “A preocupação do [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad, de não fazer déficit, está, portanto, correta. Eram 17 setores, mas incluíram os municípios. Então dobrou o custo de R$ 9 bilhões para R$ 18 bilhões. É uma questão de constitucionalidade. Para abrir mão de R$ 9 bilhões, tem de informar o que será cortado ou que imposto será aumentado. A preocupação é fiscal e jurídica”, argumentou.

    O ministro disse acreditar que tudo se resolverá com diálogo, e que as negociações voltarão após o carnaval. “Nossa expectativa é de diálogo, e nisso o presidente Lula é mestre”, acrescentou ao sair da entrevista.

  • "Se eu for o próximo prefeito, a população de Camaçari terá ônibus gratuito", declara pré-candidato Oswaldinho

    Durante entrevista em um programa de rádio na última sexta-feira (1), o pré-candidato a prefeito de Camaçari, Oswaldinho Marcolino (MDB), afirmou que, caso seja eleito, os munícipes terão acesso gratuito ao transporte público. A promessa se trata do projeto de pré-campanha do político "Ônibus Tarifa Zero", que deve beneficiar quase 300 mil habitantes que vivem na cidade da região metropolitana de Salvador.

    Ao lado do pré-candidato a vereador pelo MDB, Willian Queiroz, Oswaldinho discutiu sobre a mobilidade urbana na quarta cidade mais populosa da Bahia e criticou a baixa oferta e má qualidade dos coletivos. Em 2023 a prefeitura decretou estado de calamidade no setor, sancionado pelo atual prefeito Elinaldo Araújo (União).

    "Depois da prefeitura deixar os usuários sem transporte, foi publicado um decreto de calamidade que foi provocado pela incompetência da própria gestão. A partir disso houve uma licitação, no mínimo suspeita, onde empresas que não tinham expertise em linhas de transporte público foram habilitadas para atuar. O resultado foi a circulação de ônibus em péssimo estado de conservação, quebrando a todo momento e deixando passageiros no meio da estrada", disse.

    Sobre a gratuidade geral no transporte coletivo, Oswaldinho explicou que o projeto já é uma realidade em outras cidades do país e que a frota será composta por ônibus elétricos, que possuem melhor desempenho e não são poluentes, como os veículos convencionais.

    "Se eu for o próximo prefeito, a população de Camaçari terá ônibus gratuito. A tarifa zero é fazer justiça social, é o dinheiro do contribuinte voltado em forma de benefício. O serviço será prestado por empresa pública de transporte e vai acabar com o uso de combustível fóssil e a emissão de gases poluentes no transporte coletivo. Isso vai trazer uma melhora substancial para a qualidade do nosso ar e do meio ambiente", ressaltou.

    O pré-candidato revelou ainda o destino que dará aos trabalhadores do transporte alternativo, conhecido como "ligeirinhos", em sua eventual gestão: "Os ligeirinhos serão legalizados com a criação do Táxi Solidário. Vamos preservar a atividade dessas centenas de trabalhadores, garantindo seu sustento e dignidade. Com a legalização, eles vão poder comprar veículos com isenção de IPVA e terão financiamento com juros mais baixos".

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