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ACM Neto vence na capital e em 16 das 20 maiores cidades baianas

ACM Neto vence na capital e em 16 das 20 maiores cidades baianas

O candidato ao governo do estado ACM Neto (União Brasil) ampliou sua vantagem sobre o candidato eleito Jerônimo Rodrigues (PT) em 13,11 pontos percentuais em comparação com o primeiro turno na capital baiana. Em Salvador, ACM Neto teve 64,51%, o que representa 11,72 pontos percentuais a mais do que durante a primeira etapa das eleições deste ano. Já Jerônimo Rodrigues, teve queda de votos na capital, saindo de 36,88% para 35,49% no segundo turno.

ACM Neto venceu em todas as zonas eleitorais de Salvador, cidade que foi prefeito entre 2013 e 2020, mesmo tendo perdido a disputa pelo Palácio de Ondina. Com 100% das urnas apuradas, ACM Neto obteve 1.013.094 votos. Já o candidato eleito, ficou atrás com 557.418 votos na capital.

A 13º zona eleitoral foi a que garantiu mais votos a ACM Neto, onde obteve 69,81% dos votos válidos, contra 30,18% de Jerônimo. A zona é formada por bairros como Pituba, Itaigara e Caminho das Árvores. Mesmo com o bom desempenho na capital, o ex-prefeito ficou atrás na totalização dos votos por conta dos resultados em cidades do interior.

No domingo (30), mais moradores da capital do estado saíram de casa para exercer a democracia. Enquanto no primeiro turno houve 17,91% de abstenção em Salvador, no segundo o número caiu para 16,09%. Na mesma linha, menos residentes da cidade anularam seus votos nas urnas e decidiram tomar partido. Se no dia 2 de outubro eram 1,85% votos brancos e 4,52% nulos, dessa vez foram 1,25% e 4,39% respectivamente.

Grandes cidades

Entre as 20 cidades mais populosas do estado, com exceção da capital, o ex-prefeito de Salvador também obteve vantagem. ACM Neto ganhou em 16 delas, o que representa 80% desses municípios. Confira a lista completa abaixo.

Na lista das 10 maiores cidades da Bahia (Feira de Santana, Vitória da Conquista, Camaçari, Juazeiro, Itabuna, Lauro de Freitas, Teixeira de Freias, Barreiras, Ilhéus e Jequié), sem contar o maior colégio eleitoral do estado, Jerônimo Rodrigues ganhou em apenas uma, Jequié. Mesmo assim, a disputa foi acirrada na cidade do centro-sul e o petista ficou à frente por apenas 2,82 pontos percentuais.

Da lista das 20 cidades com os maiores colégios eleitorais, ACM Neto obteve margem de vitória mais ampla em: Luís Eduardo Magalhães (70,40%), Itabuna (61,16%), Teixeira de Freitas (60,05%),Vitória da Conquista (59,05%) e Feira de Santana (58,95%). Vale mencionar que em Teixeira de Freitas, Jerônimo Rodrigues havia sido vitorioso no primeiro turno, o que não se consolidou no segundo.

Nem a força de prefeitos contrários foi suficiente para que ACM Neto ficasse atrás na disputa nos maiores colégios eleitorais. Em Itabuna, no sul, onde o ex-prefeito obteve grande vantagem, o prefeito Augusto Castro (PSD) fez campanha para Jerônimo Rodrigues, por exemplo. O mesmo ocorreu em Valença, também no sul, município em que o prefeito Jairo Baptista (PP) apoiou o petista na corrida pelo governo do estado.

ACM Neto virou votos de seis das 20 maiores cidades do estado

Em relação às 20 maiores cidades do estado, com exceção da capital, o candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) ganhou em seis municípios em que não havia vencido no primeiro turno das eleições. O ex-prefeito de Salvador virou votos o suficiente para ficar à frente de Jerônimo Rodrigues (PT) em Juazeiro, Teixeira de Freitas, Barreiras, Ilhéus, Porto Seguro e Eunápolis.

A eleição para governador em Teixeira de Freitas, no sul do estado, havia sido uma das mais apertadas da Bahia. Jerônimo Rodrigues ficou à frente de ACM Neto por apenas 0,06 pontos percentuais. Além de ter virado a disputa ao seu favor, o ex-prefeito de Salvador ampliou a vantagem para 20,1 pontos percentuais na cidade.

A região sul do estado foi onde ACM Neto ganhou mais votos no segundo turno. Em Eunápolis, Jerônimo Rodrigues venceu por 1,4 pontos de diferença, mas na segunda etapa do processo democrático, ACM Neto abriu vantagem de 16,06 pontos percentuais.

Como as 20 maiores cidades do estado, com exceção da capital, votaram:

Feira de Santana: ACM Neto (58,95%) Jerônimo (41,05%)
Vitória da Conquista: ACM Neto (59,05%) Jerônimo (40,95%)
Camaçari: ACM Neto (57,41%) Jerônimo (42,59%)
Juazeiro: ACM Neto (52,21%) Jerônimo (47,79%)
Itabuna: ACM Neto (61,16%) Jerônimo (38,84%)
Lauro de Freitas: ACM Neto (58,98%) Jerônimo (41,02%)
Teixeira de Freitas: ACM Neto (60,05%) Jerônimo (39,95%)
Barreiras: ACM Neto (54,01%) Jerônimo (45,99%)
Ilhéus: ACM Neto (54,16%) Jerônimo (45,84%)
Jequié: Jerônimo (51,41%) ACM Neto (48,59%)
Alagoinhas: ACM Neto (55,80%) Jerônimo (44,20%)
Porto Seguro: ACM Neto (55,25%) Jerônimo (44,75%)
Simões Filho: ACM Neto (55,43%) Jerônimo (44,57%)
Paulo Afonso: Jerônimo (63,23%) Jerônimo (36,77%)
Eunápolis: ACM Neto (58,03%) Jerônimo (41,97%)
Santo Antônio de Jesus: ACM Neto (56,18%) Jerônimo (43,82%)
Valença: ACM Neto (53,91%) Jerônimo (46,09%)
Luís Eduardo Magalhães: ACM Neto (70,40%) Jerônimo (29,60%)
Candeias: Jerônimo (55,30%) ACM Neto (44,67%)
Guanambi: Jerônimo (58,84%) ACM Neto (41,16%)

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    A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que proíbe a utilização de cerol ou produto semelhante, seja nacional ou importado, em linhas de pipas, papagaios ou brinquedos semelhantes. O texto, aprovado na terça-feira (6), também proíbe a fabricação, comercialização e uso de linhas cortantes nesses brinquedos e estipula pena de detenção e multas. A proposta será enviada ao Senado.

    O cerol ou linha chilena é fabricada de maneira artesanal, utilizando vidro moído e cola, para ser passada nas linhas das pipas. Esse tipo de linha tem causado muitos acidentes, com ferimentos e mesmo mortes, principalmente de motociclistas.

    Pelo projeto, a fabricação, venda, comercialização ou uso desse tipo de material será punida com detenção de 1 a 3 anos e multa. A única exceção será para a fabricação e comercialização de linhas cortantes para uso industrial, técnico ou científico sem expor terceiros a risco, mediante autorização específica do poder público.

    Segundo o projeto, o fabricante, importador ou comerciante irregular de linha cortante ou dos insumos para fabricá-la poderá receber três tipos de penalidades: apreensão dos produtos ou insumos, sem direito a qualquer indenização; advertência, suspensão do alvará de funcionamento e sua cassação, na hipótese de reincidência sucessiva; e multa administrativa, de R$ 2 mil a R$ 30 mil, de acordo com o porte do estabelecimento infrator ou do grupo econômico controlador deste, com duplicação sucessiva a cada reincidência. Os valores das multas irão para o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen).

    No caso dos usuários, a pena de detenção também será de 1 a 3 anos se o fato não constituir crime mais grave. A pena se aplica até à distância de um mil metros das imediações de ruas, estradas ou rodovias e mesmo que a pessoa esteja em área particular ou privativa.

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    No caso de a linha cortante ser utilizada por menor de idade, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) passará a estipular multa de seis a 40 salários de referência para o responsável. A penalidade poderá ser aplicada em dobro quando houver reincidência

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    Pipódromo

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    "A fabricação e comercialização de linha esportiva de competição deve ser realizada por pessoa física ou jurídica cadastrada, autorizada e sujeita a fiscalização pelas autoridades competentes”, define o projeto.

    Além disso, a compra, posse, armazenamento e transporte de linha esportiva de competição só pode ser feita por maior de idade, inscrito em associação dedicada à pipa esportiva, mediante autorização e assinatura de termo de responsabilidade perante órgão público competente.

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    "Depois da prefeitura deixar os usuários sem transporte, foi publicado um decreto de calamidade que foi provocado pela incompetência da própria gestão. A partir disso houve uma licitação, no mínimo suspeita, onde empresas que não tinham expertise em linhas de transporte público foram habilitadas para atuar. O resultado foi a circulação de ônibus em péssimo estado de conservação, quebrando a todo momento e deixando passageiros no meio da estrada", disse.

    Sobre a gratuidade geral no transporte coletivo, Oswaldinho explicou que o projeto já é uma realidade em outras cidades do país e que a frota será composta por ônibus elétricos, que possuem melhor desempenho e não são poluentes, como os veículos convencionais.

    "Se eu for o próximo prefeito, a população de Camaçari terá ônibus gratuito. A tarifa zero é fazer justiça social, é o dinheiro do contribuinte voltado em forma de benefício. O serviço será prestado por empresa pública de transporte e vai acabar com o uso de combustível fóssil e a emissão de gases poluentes no transporte coletivo. Isso vai trazer uma melhora substancial para a qualidade do nosso ar e do meio ambiente", ressaltou.

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