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Reeleitos, prefeitos de Conquista e Feira abordam prioridades do próximo mandato

Reeleitos, prefeitos de Conquista e Feira abordam prioridades do próximo mandato

Apenas duas das 417 cidades da Bahia escolheram seus prefeitos em segundo turno. Em ambas deu reeleição. Na segunda maior cidade do estado, Feira de Santana, Colbert Martins (MDB) venceu Zé Neto (PT) com 54,42% dos votos válidos. Já em Vitória da Conquista, terceiro maior município baiano, Herzem Gusmão (MDB) recebeu 54% dos votos válidos vencendo o oponente Zé Raimundo (PT).

Os dois prefeitos reeleitos também ganharam de virada. Os emedebistas finalizaram o primeiro turno atrás dos oponentes petistas, mas conseguiram mudar o cenário e se reeleger. As margens eram apertadas na primeira etapa das eleições, em Feira de Santana, a diferença foi de 3,37 pontos percentuais, com Zé Neto com 41,55% dos votos válidos e Colbert com 38,18%. A distância foi menor ainda em Vitória da Conquista. Apenas 1,74 ponto percentual separaram Zé Raimundo, que recebeu 47,63% dos votos válidos, de Herzem, com 45,89%.

Mesmo com a reeleição, nem tudo deve permanecer igual. Colbert Martins já anunciou uma reforma administrativa na prefeitura de Feira de Santana, o que deve mudar as secretarias da cidade e até a equipe. Em Conquista, o planejamento de Herzem Gusmão também é implantar uma reforma administrativa na prefeitura, um desejo que data do 1º mandato.

Confira as entrevistas com os prefeitos reeleitos:

Colbert Martins (MDB) - prefeito eleito de Feira de Santana e atual gestor da cidade

Com a reeleição, quais serão as prioridades do seu próximo mandato em Feira de Santana?

A prioridade número 1 será e continua sendo o combate à covid-19. Trabalho para que as pessoas tenham testagem maior e precocemente para identificação dos casos e também para garantir que todos os doentes possam ser isolados ou internados. Temos feito uma intervenção muito forte para recuperar o centro de Feira.

Quais são os maiores desafios que você deve enfrentar nos próximos quatro anos?

Um dos desafios é aguardar a vacina, pois Feira tem o nível mais baixo em termos de óbitos na Bahia, para uma cidade de grande porte. O vírus tem um impacto forte na economia de todo o mundo. Outro desafio é trabalhar para manter o equilíbrio econômico e fiscal com o pagamento integral dos salários em dia. Neste ano, já pagamos o 13º; investimos recursos para não ter nenhum tipo de atraso.

Apesar da reeleição, você pretende fazer alguma mudança na estrutura da sua gestão?

Pretendo fazer uma reforma administrativa para readequar a gestão à nova realidade. Criaremos a Secretaria da Mulher, um espaço ocupado por mulheres. Atualmente, as secretarias englobam temas que não são afins. Temos pastas muito amplas que precisam ser redimensionadas.

Há algo que você queira fazer diferente no próximo mandato?
Pretendemos inovar com o uso de internet para as pessoas não precisarem ir até a prefeitura, vamos distribuir medicamentos diretamente, investir na telemedicina. Vamos criar as prefeituras-bairro e prefeitura-distrito no modelo que existe em Salvador para descentralizar as ações de manutenção.

 

Herzem Gusmão - prefeito eleito de Vitória da Conquista e atual gestor da cidade

Com a reeleição, quais serão as prioridades do seu próximo mandato em Vitória da Conquista?
Nossas prioridades são continuar trabalhando em prol da educação, saúde e planejando e organizando a cidade com seus planos. Vamos continuar trabalhando para erradicar a escola que não ensina. Com o projeto Educar pra Valer, com a Fundação Lemann, conseguirmos elevar o IDEB de Conquista, inclusive, pagamos 14º para os profissionais da educação que atuam nas unidades de ensino que atingiram a meta. Também vamos expandir a atenção básica. Já aderimos ao programa Saúde na Hora, do Governo Federal, e vamos continuar implantando novas unidades do programa. A meta ainda é zerar a fila para procedimentos de pequeno porte em 2021. Trabalhamos com base em planos para um crescimento ordenado.

Apesar da reeleição, você pretende fazer alguma mudança na estrutura da sua gestão?
A reforma administrativa está pronta e será encaminhada para a Câmara logo nos primeiros meses do próximo mandato. O texto vai fazer mudanças leves [na administração] acabando com as improvisações. A reforma é necessária para modernizar a máquina da administração e é pilotada pela Fundação Dom Cabral, que é uma das melhores da América Latina. Não tivemos como fazer isso no primeiro mandato, mas a reforma está pronta e pode sofrer apenas pequenos ajustes pois é muito atual.

Quais são os maiores desafios que você deve enfrentar nos próximos quatro anos?
Existem vários desafios, entre eles o de continuar a organizar a cidade, acabar com a escola que não ensina, avançar com a atenção básica. Temos muita fé em Deus e na equipe que nós temos, que fez um trabalho extraordinário em 4 anos.

Há algo que você queira fazer diferente no próximo mandato?
A reforma administrativa está pronta e será encaminhada para a Câmara logo nos primeiros meses do próximo mandato. O texto, que é muito atual, vai fazer mudanças leves na administração, acabando com as improvisações. A reforma é necessária para modernizar a máquina da administração e é pilotada pela Fundação Dom Cabral, uma das melhores da América Latina. Não tivemos como fazer isso no primeiro mandato. Vamos seguir no mesmo caminho, estamos fazendo tudo de forma planejada. Imaginamos governar 8 anos, não quatro. A cidade estava tão desorganizada que ficamos quase 2 anos organizando a casa.

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  • Projeto proíbe fabricação, comercialização e uso de linhas com cerol

    A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que proíbe a utilização de cerol ou produto semelhante, seja nacional ou importado, em linhas de pipas, papagaios ou brinquedos semelhantes. O texto, aprovado na terça-feira (6), também proíbe a fabricação, comercialização e uso de linhas cortantes nesses brinquedos e estipula pena de detenção e multas. A proposta será enviada ao Senado.

    O cerol ou linha chilena é fabricada de maneira artesanal, utilizando vidro moído e cola, para ser passada nas linhas das pipas. Esse tipo de linha tem causado muitos acidentes, com ferimentos e mesmo mortes, principalmente de motociclistas.

    Pelo projeto, a fabricação, venda, comercialização ou uso desse tipo de material será punida com detenção de 1 a 3 anos e multa. A única exceção será para a fabricação e comercialização de linhas cortantes para uso industrial, técnico ou científico sem expor terceiros a risco, mediante autorização específica do poder público.

    Segundo o projeto, o fabricante, importador ou comerciante irregular de linha cortante ou dos insumos para fabricá-la poderá receber três tipos de penalidades: apreensão dos produtos ou insumos, sem direito a qualquer indenização; advertência, suspensão do alvará de funcionamento e sua cassação, na hipótese de reincidência sucessiva; e multa administrativa, de R$ 2 mil a R$ 30 mil, de acordo com o porte do estabelecimento infrator ou do grupo econômico controlador deste, com duplicação sucessiva a cada reincidência. Os valores das multas irão para o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen).

    No caso dos usuários, a pena de detenção também será de 1 a 3 anos se o fato não constituir crime mais grave. A pena se aplica até à distância de um mil metros das imediações de ruas, estradas ou rodovias e mesmo que a pessoa esteja em área particular ou privativa.

    Além de estarem sujeitas à pena de detenção, as pessoas físicas que descumprirem a proibição poderão ser multadas com valores de R$ 500 a R$ 2,5 mil, também aplicados em dobro na reincidência. Os valores arrecadados serão revertidos em favor da segurança pública de estados e municípios.

    No caso de a linha cortante ser utilizada por menor de idade, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) passará a estipular multa de seis a 40 salários de referência para o responsável. A penalidade poderá ser aplicada em dobro quando houver reincidência

    O projeto determina ainda que o poder público deverá realizar campanhas para educar e conscientizar as pessoas sobre os riscos e as consequências associadas ao emprego de linhas e materiais cortantes de qualquer natureza em pipas ou produtos assemelhados. As campanhas deverão ser veiculadas anualmente, nos meios de comunicação e na rede pública e privada do ensino fundamental e médio.

    Caberá aos órgãos de segurança pública, com apoio dos agentes de fiscalização municipal e guardas municipais, a fiscalização das novas regras.

    Pipódromo

    O projeto estipula que a prática de soltar pipa com linha esportiva de competição só pode ser realizada em pipódromo, por pessoa maior de idade ou por adolescente acima de 16 anos, devidamente autorizado pelos pais ou responsável, com inscrição em associação nacional, estadual ou municipal dedicada à pipa esportiva.

    O espaço deverá ficar localizado a uma distância mínima de mil metros de rodovia pública e de rede elétrica. A linha esportiva de competição deve ter uma cor visível e consistir exclusivamente de algodão, com no máximo três fios entrançados, não poderá ter mais que meio milímetro de espessura, e deverá ser encerada com adesivo contendo apenas gelatina de origem animal ou vegetal.

    "A fabricação e comercialização de linha esportiva de competição deve ser realizada por pessoa física ou jurídica cadastrada, autorizada e sujeita a fiscalização pelas autoridades competentes”, define o projeto.

    Além disso, a compra, posse, armazenamento e transporte de linha esportiva de competição só pode ser feita por maior de idade, inscrito em associação dedicada à pipa esportiva, mediante autorização e assinatura de termo de responsabilidade perante órgão público competente.

  • Alckmin diz que setor automotivo investirá R$ 100 bilhões até 2029

    O setor automotivo brasileiro deverá receber cerca de R$ 100 bilhões em investimentos nos próximos anos. O número, apresentado por representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, foi divulgado nesta quarta-feira (7) pelo ministro em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, veiculado pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

    Alckmin se reuniu na terça-feira (6) com o presidente da Anfavea, Márcio de Lima. Durante o encontro, o dirigente disse que o total a ser investido na indústria automotiva brasileira será maior do que os R$ 41,2 bilhões anunciados na semana anterior.

    Segundo Alckmin, “será um investimento recorde”, que resultará na construção de, pelo menos, quatro fábricas.

    “Já temos fábrica de ônibus elétrico. Teremos também duas fábricas de carros elétricos. São duas montadoras. A BYD [empresa chinesa que assumiu o complexo industrial que pertenceu à Ford] em Camaçari [BA]; e a GWM [Great Wall Motors, também chinesa], em São Paulo. Mas outras virão”, acrescentou.

    O ministro lembrou que o setor automotivo tem, entre suas vantagens, a de estimular uma cadeia longa de produtos que favorecem desde as indústrias do aço e de vidro, até de pneus e autopeças, “gerando muito emprego e agregando muito valor”.

    “Isso será facilitado pela retomada da economia”, disse o ministro ao destacar que esses investimentos são estimulados por iniciativas como a do Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que ampliou as exigências de sustentabilidade para a frota automotiva nacional, de forma a viabilizar a descarbonização dos veículos por meio de incentivos fiscais.

    “Duas boas notícias vão aumentar a venda da indústria automotiva. A primeira é a queda da Selic [taxa básica de juros], que deve se manter. A outra é o Marco de Garantia, aprovado pelo Congresso Nacional. Ou seja, se [uma empresa] vende um carro e a pessoa não paga, agora com o Marco de Garantia pode-se pegar o carro de volta”, argumentou Alckmin.

    Reoneração gradual

    Na entrevista, Alckmin reiterou as justificativas do governo para a reoneração gradual da folha de pagamento de 17 setores da economia. Segundo ele, a preocupação do governo é com a responsabilidade fiscal, visando a meta de déficit primário zero.

    “Há um tripé importante para economia: juros, câmbio e imposto. A reforma tributária trouxe eficiência econômica para o país. O câmbio, a R$ 5, está bom para a exportação. Precisamos ainda baixar os juros, que já estão caindo 0,5 ponto percentual ao mês”, disse.

    “A preocupação do [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad, de não fazer déficit, está, portanto, correta. Eram 17 setores, mas incluíram os municípios. Então dobrou o custo de R$ 9 bilhões para R$ 18 bilhões. É uma questão de constitucionalidade. Para abrir mão de R$ 9 bilhões, tem de informar o que será cortado ou que imposto será aumentado. A preocupação é fiscal e jurídica”, argumentou.

    O ministro disse acreditar que tudo se resolverá com diálogo, e que as negociações voltarão após o carnaval. “Nossa expectativa é de diálogo, e nisso o presidente Lula é mestre”, acrescentou ao sair da entrevista.

  • "Se eu for o próximo prefeito, a população de Camaçari terá ônibus gratuito", declara pré-candidato Oswaldinho

    Durante entrevista em um programa de rádio na última sexta-feira (1), o pré-candidato a prefeito de Camaçari, Oswaldinho Marcolino (MDB), afirmou que, caso seja eleito, os munícipes terão acesso gratuito ao transporte público. A promessa se trata do projeto de pré-campanha do político "Ônibus Tarifa Zero", que deve beneficiar quase 300 mil habitantes que vivem na cidade da região metropolitana de Salvador.

    Ao lado do pré-candidato a vereador pelo MDB, Willian Queiroz, Oswaldinho discutiu sobre a mobilidade urbana na quarta cidade mais populosa da Bahia e criticou a baixa oferta e má qualidade dos coletivos. Em 2023 a prefeitura decretou estado de calamidade no setor, sancionado pelo atual prefeito Elinaldo Araújo (União).

    "Depois da prefeitura deixar os usuários sem transporte, foi publicado um decreto de calamidade que foi provocado pela incompetência da própria gestão. A partir disso houve uma licitação, no mínimo suspeita, onde empresas que não tinham expertise em linhas de transporte público foram habilitadas para atuar. O resultado foi a circulação de ônibus em péssimo estado de conservação, quebrando a todo momento e deixando passageiros no meio da estrada", disse.

    Sobre a gratuidade geral no transporte coletivo, Oswaldinho explicou que o projeto já é uma realidade em outras cidades do país e que a frota será composta por ônibus elétricos, que possuem melhor desempenho e não são poluentes, como os veículos convencionais.

    "Se eu for o próximo prefeito, a população de Camaçari terá ônibus gratuito. A tarifa zero é fazer justiça social, é o dinheiro do contribuinte voltado em forma de benefício. O serviço será prestado por empresa pública de transporte e vai acabar com o uso de combustível fóssil e a emissão de gases poluentes no transporte coletivo. Isso vai trazer uma melhora substancial para a qualidade do nosso ar e do meio ambiente", ressaltou.

    O pré-candidato revelou ainda o destino que dará aos trabalhadores do transporte alternativo, conhecido como "ligeirinhos", em sua eventual gestão: "Os ligeirinhos serão legalizados com a criação do Táxi Solidário. Vamos preservar a atividade dessas centenas de trabalhadores, garantindo seu sustento e dignidade. Com a legalização, eles vão poder comprar veículos com isenção de IPVA e terão financiamento com juros mais baixos".

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