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Google vai demitir 12 mil funcionários, em semana de cortes nas Big Techs

Google vai demitir 12 mil funcionários, em semana de cortes nas Big Techs

A Alphabet, controladora do Google, vai cortar cerca de 12.000 empregos, o equivalente a mais de 6% de sua força de trabalho global, tornando-se a mais recente gigante da tecnologia a reduzir custos após anos de crescimento abundante e contratações. Em uma semana, Google, Microsoft e Amazon já anunciaram o corte de 40 mil vagas.

Os cortes afetarão os empregos em todo o mundo e em toda a empresa, disse o CEO Sundar Pichai aos funcionários em um e-mail enviado nesta sexta-feira, no qual diz que assume “total responsabilidade pelas decisões que nos levaram até aqui”.

Com as demissões, o Google se junta a uma série de outras big techs que reduziram drasticamente suas operações em meio a uma economia global vacilante e uma inflação crescente.

Na quarta-feira, a Microsoft anunciou a demissão de 10 mil funcionários em todo o mundo. A empresa assumirá um encargo de US$ 1,2 bilhão no segundo trimestre relacionado a essa medida. Meta Platforms, dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, Twitter e Amazon também anunciaram cortes nas suas equipes.

Graças a um negócio de pesquisa resiliente, o Google tem sido um dos mais antigos redutos de tecnologia, evitando grandes reduções de força de trabalho. Mas a empresa está lidando com uma desaceleração na publicidade digital e sua divisão de computação em nuvem continua atrás da Amazon e da Microsoft.

“Estes são momentos importantes para aprimorar nosso foco, reestruturar nossa base de custos e direcionar nosso talento e capital para nossas maiores prioridades”, escreveu Pichai no e-mail.

Em sua mensagem à equipe, Pichai acrescentou que a empresa tem uma “oportunidade substancial'' à frente com inteligência artificial, uma área-chave de investimento em que o Google está enfrentando um aumento na concorrência.

Pichai acrescentou que a Alphabet pagaria aos funcionários demitidos 16 semanas de indenização e seis meses de benefícios de saúde nos EUA, com outras regiões recebendo pacotes com base nas leis e práticas locais.

Lucro e receita abaixo das expectativas
Em outubro, a empresa reportou ganhos e receitas que ficaram aquém das expectativas dos analistas. O lucro caiu 27%, para US$ 13,9 bilhões, em comparação com o ano anterior. Na época, Pichai disse que o Google reduziria suas despesas e a diretora financeira Ruth Porat afirmou que o número de novos empregos cairia mais da metade no quarto trimestre em relação ao período anterior.

A redução do número de funcionários do Google segue a pressão dos investidores para adotar uma estratégia mais agressiva para conter os gastos. Em novembro, em uma carta aberta, a TCI Fund Management instou o gigante das buscas na internet a definir publicamente uma meta de margens de lucro, aumentar a recompra de ações e reduzir as perdas em seu portfólio de Other Bets, a divisão lunar da Alphabet.

“A empresa tem muitos funcionários e o custo por funcionário é muito alto”, disse o diretor administrativo da TCI, Chris Hohn, observando que o número de empregados da Alphabet aumentou 20% ao ano desde 2017.

De acordo com a consultoria de recursos humanos Challenger, Gray & Christmas, o setor de tecnologia foi o que registrou maior número de cortes de empregos em 2022 - 97.171 no ano, um aumento de 649% em relação a 2021.

O Google adotou uma série de medidas de corte de custos nos últimos meses, cancelando a próxima geração de seu laptop Pixelbook e fechando permanentemente o Stadia, seu serviço de jogos em nuvem. No início deste mês, a Verily, uma unidade de biotecnologia da Alphabet, disse que estava demitindo 15% de sua equipe.

 

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    Pistorius –apelidado de "Blade Runner" por suas pernas protéticas de fibra de carbono– atirou e matou a modelo Reeva Steenkamp, de 29 anos, através de uma porta de banheiro trancada no Dia dos Namorados de 2013.

    Ele repetidamente afirmou que confundiu Steenkamp com um intruso quando disparou quatro tiros no banheiro de sua casa em Pretória, e lançou múltiplos recursos contra sua condenação com base nesse argumento.

    "O Departamento de Serviços Correcionais pode confirmar que Oscar Pistorius é um liberado condicional, efetivamente a partir de 5 de janeiro de 2024. Ele foi admitido no sistema de Correções Comunitárias e agora está em casa", disse o departamento de prisões do país em um comunicado.

    Em um comunicado divulgado pelo advogado da família Steenkam, a mãe de Reeva, June, disse: "Nunca poderá haver justiça se o seu ente querido nunca mais voltar, e nenhum tempo de prisão trará Reeva de volta".

    "Nós, que ficamos para trás, somos os que cumprimos pena de prisão perpétua", disse June Steenkamp, acrescentando que o seu único desejo era poder viver em paz após Pistorius ter sido colocado em liberdade condicional.

    Pistorius, agora com 37 anos, passou cerca de oito anos e meio na prisão, além de sete meses em prisão domiciliar antes de ser condenado por assassinato. Um conselho de liberdade condicional decidiu em novembro que ele poderia ser libertado após cumprir mais da metade de sua sentença.

    Um oficial de monitoramento irá vigiá-lo até o término de sua sentença em dezembro de 2029, e Pistorius terá que informar se busca oportunidades de emprego ou muda de endereço.

    Ele também é obrigado a continuar a terapia de controle de raiva e participar de sessões sobre violência de gênero como parte de suas condições de liberdade condicional, disse a família Steenkamp.

    June Steenkamp disse que as condições impostas pelo conselho de liberdade condicional confirmaram sua crença no sistema de Justiça sul-africano, pois enviam uma mensagem clara de que a violência de gênero é levada a sério.

    Mas uma organização local de defesa dos direitos das mulheres disse que o caso Pistorius mostra que há falta de responsabilização dos perpetradores e justiça inadequada para as vítimas da violência no país.

    "Estamos falando sobre a vida de alguém que foi tirada... O fato de alguém poder sair em liberdade oito anos depois nos diz que não é grande coisa", disse à Reuters a porta-voz do Women For Change, Bulelwa Adonis.

    Adonis disse que, em média, 12 mulheres são assassinadas na África do Sul todos os dias.

    Enquanto alguns sul-africanos consideram a punição de Pistorius branda, outros acham que ele cumpriu a pena.

    "Deixem o homem ir para casa, ele cumpriu a sua pena, e lembrem-se, trata-se também de ser reintegrado na sociedade", disse Kefentse Botolo, 42, morador de Pretória.

    A mídia local espera que Pistorius more na casa de seu tio Arnold, em um subúrbio rico de Pretória, onde uma multidão de repórteres se reuniu em frente ao portão na sexta-feira.

    Seu advogado não respondeu imediatamente às mensagens ou telefonemas solicitando comentários.

    Pistorius já foi o queridinho do mundo dos esportes e uma voz pioneira para atletas com deficiência, pelos quais fez campanha para poder competir entre os atletas sem deficiência em grandes eventos esportivos.

    Em agosto de 2012, meses antes de atirar em sua namorada, Pistorius se tornou o primeiro duplo amputado a competir nas Olimpíadas de Londres, onde chegou às semifinais dos 400 metros.

    Ele ganhou duas medalhas de ouro nas Paraolimpíadas.

    Ele foi preso pela primeira vez por cinco anos em outubro de 2014, condenado por homicídio culposo. Depois de os seus procuradores recorrerem dessa decisão, o Supremo Tribunal de Recurso considerou-o culpado de homicídio em dezembro de 2015.

    Mas ele só pegou seis anos quando foi condenado em julho de 2016, apesar de os procuradores defenderem uma pena mínima de 15 anos.

    Depois, em novembro de 2017, o Supremo Tribunal de Recurso mais do que duplicou a sua sentença para 13 anos e cinco meses, descrevendo a sua pena anterior como "chocantemente branda".

    Pistorius conheceu o pai de Reeva, Barry Steenkamp, em 2022, num "diálogo vítima-infrator", parte integrante do sistema de justiça restaurativa da África do Sul.

    Baseada, em parte, na forma como as culturas lidaram com o crime muito antes de os europeus colonizarem a África do Sul, a justiça restaurativa visa encontrar um encerramento para as partes afetadas num crime, em vez de meramente punir os perpetradores.

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    O mais importante grupo sindical da Argentina convocou nesta quinta-feira (28) greve geral para o dia 24 de janeiro, com uma manifestação no Congresso Nacional argentino em repúdio a uma série de medidas promovidas pelo governo do presidente ultraliberal Javier Milei.

    A Confederação Geral do Trabalho (CGT), que reúne diversos sindicatos do país sul-americano, divulgou em comunicado um “plano de luta” que inclui também apresentação judicial contra um decreto anunciado na semana passada por Milei e um projeto de lei enviado na quarta-feira ao Congresso para discuti-lo em sessões extraordinárias antes de 31 de janeiro.

    A CGT também prevê solicitar reuniões com todos os blocos de deputados e senadores e reuniões com outras confederações trabalhistas para articular mais medidas.

    As iniciativas do governo, que no caso do decreto podem ser revogadas pelo Congresso e no caso do projeto de lei devem ser aprovadas por deputados e senadores, incluem a eliminação de regras trabalhistas, a privatização de empresas estatais e a modificação do Código Civil e Comercial.

    O projeto de lei apresentado na quarta-feira inclui ainda a declaração da emergência econômica e a delegação de parte dos poderes legislativos ao Executivo até o final de 2025, com a opção de prorrogação por mais dois anos.

    O presidente libertário diz que pretende reduzir o Estado e eliminar o déficit fiscal para que a economia volte a crescer, mas milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra as medidas desde que ele as anunciou.

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