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OMS: epidemia de varíola dos macacos está retrocedendo na Europa

OMS: epidemia de varíola dos macacos está retrocedendo na Europa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que a epidemia de varíola dos macacos está retrocedendo na Europa. Em coletiva de imprensa, o diretor da OMS na Europa, Hans Henri Kluge, disse que há sinais encorajadores na França, Alemanha, Portugal, Espanha, de que a epidemia deve estar diminuindo. "Precisamos intensificar nossos esforços", afirmou.

Segundo a OMS, a área que inclui o continente, a Rússia e os países da Ásia Central concentra mais de um terço dos casos no mundo. A OMS informou que houve um declínio em 21% de novos casos em todo o mundo após quatro semanas de aumento.

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  • Covid não é mais uma emergência sanitária de importância internacional, diz OMS

    Depois de mais de 3 anos de emergência internacional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (5) que a Covid não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), o mais alto título de alerta da organização, declarado para o surto do novo coronavírus no final de janeiro de 2020.

    Pelas estimativas da organização, desde então, a doença matou mais de 7 milhões de pessoas em todo o mundo, um número que pode ser ainda mais alto.

    A decisão não altera o título de pandemia de Covid, que só foi declarado meses mais tarde, em março do mesmo ano.

    Isso porque a ESPII é um termo técnico que passa por diversos critérios até ser decretado. A designação é bastante importante para coordenação de esforços de saúde pública internacionais. Já o termo pandemia é diferente e faz referência a disseminação mundial de uma nova doença, quando vários continentes têm uma transmissão sustentada do surto.

    No começo deste ano a OMS divulgou um vídeo explicando inclusive a diferença entre a ESPII e a pandemia. Nele, a líder técnica da entidade, Maria van Kerkhove, ressaltava que mesmo que a organização decretasse o fim da emergência este ano, o mundo ainda poderia ter que lidar por um bom tempo com a pandemia de Covid.

    "Isso porque esse vírus está aqui conosco e veio para ficar", disse Kerkhove à época.

    "É muito difícil definir quando você chega num status em que um novo vírus se torna uma pandemia. Já a ideia de declarar uma ESPII é para coordenar uma ação imediata antes que esse evento se torne ainda maior e vire uma pandemia", acrescentou.

    Especialistas da OMS se reuniram ontem para discutir o rebaixamento do mais alto nível de alerta da organização.

    "O Comitê de Emergência se reuniu pela 15ª vez e me recomendou que eu declarasse o fim da emergência de saúde pública de importância internacional. Aceitei esse conselho. É, portanto, com grande esperança que declaro o fim da Covid-19 como uma emergência de saúde global", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

    "No entanto, isso não significa que a Covid-19 acabou como uma ameaça à saúde global. Na semana passada, a Covid ceifou uma vida a cada três minutos – e essas são apenas as mortes que conhecemos", acrescentou.

    A decisão acontece depois que vários países, como os Estados Unidos, começaram a suspender seus estados de emergência locais. O Brasil fez o mesmo em abril do ano passado, na contramão do que dizia a OMS na época.

    Agora, com a vertiginosa queda nos números de casos e mortes pela doença, aliada a ampla vacinação da população, a situação já é outra, o que motivou a decisão da OMS.

    Nesta sexta, o diretor da OMS disse inclusive que a pandemia está em tendência de queda há mais de um ano, reconhecendo que a maioria dos países já voltou à vida normal antes da Covid.

    Mais de três anos depois da declaração da emergência, o vírus causou cerca de 764 milhões de casos em todo o mundo e cerca de 5 bilhões de pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina, de acordo com as mais recentes estimativas globais.

    “A Covid mudou o nosso mundo e nos mudou”, acrescento Tedros, alertando que o risco de novas variantes ainda persiste pelo mundo.

     

  • Relatório da OMS aponta aumento no número de mortes por Parkinson

    O último relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde), publicado em junho de 2022, mostrou que a incapacidade e a morte devido à doença de Parkinson aumentou mais rápido do que qualquer outro distúrbio neurológico no mundo As estimativas da OMS sugerem que, em 2019, a doença resultou em 5,8 milhões de anos de vida afetados por incapacidade e que causou 329.000 mortes, um aumento de mais de 100% desde 2000.

    Especialistas mostram como a dificuldade e a inconsistência dos dados ainda dificultam uma estimativa exata da prevalência da doença. Isso porque, em países de baixa renda, ainda é difícil se ter um diagnóstico e um tratamento específico para esses pacientes, devido a barreiras financeiras, geográficas e até mesmo de consciência sobre Parkinson.

    O número de pessoas que sofrem dessa condição deve aumentar com o atual processo de envelhecimento da população e, até mesmo, por fatores externos, como os ambientais. Estima-se que mais de 8 milhões de pessoas sofram com a doença ao redor do globo. No Brasil, são 200 mil pessoas acometidas - números que dobraram nos últimos 25 anos, conforme divulgado pela OMS.

    A doença de Parkinson é uma condição degenerativa que afeta o sistema nervoso central de forma crônica e progressiva - e atinge predominantemente os neurônios produtores de dopamina, substância que auxilia na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática. Os principais sintomas envolvem desde o mais conhecido tremor até a lentidão motora, rigidez entre as articulações e desequilíbrio, entre outras consequências mais graves.

    Parkinson é uma doença progressiva, portanto, a detecção precoce é essencial para o tratamento. Os pacientes requerem cuidados prolongados, ou seja, quanto antes a detecção maior a qualidade de vida do paciente.

    A doença possui tratamento e, curiosamente, algumas das técnicas mais recomendadas ainda são desconhecidas pela população em geral. Na fase inicial da doença, são ofertados medicamentos que suprem a deficiência de dopamina e controlam os principais sintomas. Nos casos mais avançados e refratários, é realizada uma cirurgia para estimulação cerebral profunda.

    “A detecção precoce é fundamental. Nos primeiros anos, os sintomas são controlados com o uso de medicamentos adequados. Com a progressão da doença, infelizmente, alguns sintomas como tremor e a lentidão se tornam refratários e extremamente debilitantes. Por isso, ao apresentar qualquer um dos sintomas, procure um médico e converse sobre o assunto. Cada dia mais, pacientes mostram como é possível viver com Parkinson com resgate da qualidade de vida”, explica o Dr. Alexandre Novicki, neurocirurgião especialista nesse tratamento.

  • 'Casos isolados', diz Bruno Reis sobre varíola dos macacos em Salvador

    O prefeito de Salvador Bruno Reis (UB), disse em entrevista coletiva que não há indícios de que haja transmissão comunitária da varíola dos macacos na capital baiana. Segundo o gestor, os contaminados são "casos isolados".

    "Trata-se de uma pessoa que veio de Fortaleza, então contraiu a doença lá no Ceará, outro que veio da Itáia. Os dois casos estão isolados, tratados e monitorados para não terem contato com outras pessoas para não haver transmissão", disse o prefeito em entrevista coletiva nesta sexta-feira (15).

    O segundo caso da doença foi confirmado nesta quinta-feira (14), um dia após o primeiro caso de paciente infectado ser atestado em Salvador.

    O diagnóstico do segundo infectado do estado foi confirmado pelos centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Salvador. Trata-se de uma pessoa que mora em Salvador e fez uma viagem internacional recentemente.

    Além dos dois casos já confirmados, há mais quatro notificações da doença na capital baiana, que ainda são tratadas como suspeitas e estão sob investigação. Um outro caso que estava sendo analisado já foi descartado.

    Todos os pacientes com suspeita estão isolados e são monitorados por unidades de saúde, bem como pessoas que tiveram contato próximo com eles.

    A varíola dos macacos é causada pelo vírus Monkeypox. Considerada uma zoonose viral, do gênero Orthopoxvirus, da família Poxviridae, ela é parecida com a varíola humana, que foi erradicada em 1980. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.

    O paciente infectado geralmente sente os sintomas por 2 a 4 semanas, e eles podem ser divididos em dois períodos. Do primeiro ao quinto dia da doença, é normal ter febre, dor de cabeça, dor muscular, dor das costas e forte sensação de fraqueza. Além disso, entre o dia 1 e 3 da infecção, bolhas começam a surgir no corpo do paciente, junto com febre.

    A erupção tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.

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