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Relatório da OMS aponta aumento no número de mortes por Parkinson

Relatório da OMS aponta aumento no número de mortes por Parkinson

O último relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde), publicado em junho de 2022, mostrou que a incapacidade e a morte devido à doença de Parkinson aumentou mais rápido do que qualquer outro distúrbio neurológico no mundo As estimativas da OMS sugerem que, em 2019, a doença resultou em 5,8 milhões de anos de vida afetados por incapacidade e que causou 329.000 mortes, um aumento de mais de 100% desde 2000.

Especialistas mostram como a dificuldade e a inconsistência dos dados ainda dificultam uma estimativa exata da prevalência da doença. Isso porque, em países de baixa renda, ainda é difícil se ter um diagnóstico e um tratamento específico para esses pacientes, devido a barreiras financeiras, geográficas e até mesmo de consciência sobre Parkinson.

O número de pessoas que sofrem dessa condição deve aumentar com o atual processo de envelhecimento da população e, até mesmo, por fatores externos, como os ambientais. Estima-se que mais de 8 milhões de pessoas sofram com a doença ao redor do globo. No Brasil, são 200 mil pessoas acometidas - números que dobraram nos últimos 25 anos, conforme divulgado pela OMS.

A doença de Parkinson é uma condição degenerativa que afeta o sistema nervoso central de forma crônica e progressiva - e atinge predominantemente os neurônios produtores de dopamina, substância que auxilia na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática. Os principais sintomas envolvem desde o mais conhecido tremor até a lentidão motora, rigidez entre as articulações e desequilíbrio, entre outras consequências mais graves.

Parkinson é uma doença progressiva, portanto, a detecção precoce é essencial para o tratamento. Os pacientes requerem cuidados prolongados, ou seja, quanto antes a detecção maior a qualidade de vida do paciente.

A doença possui tratamento e, curiosamente, algumas das técnicas mais recomendadas ainda são desconhecidas pela população em geral. Na fase inicial da doença, são ofertados medicamentos que suprem a deficiência de dopamina e controlam os principais sintomas. Nos casos mais avançados e refratários, é realizada uma cirurgia para estimulação cerebral profunda.

“A detecção precoce é fundamental. Nos primeiros anos, os sintomas são controlados com o uso de medicamentos adequados. Com a progressão da doença, infelizmente, alguns sintomas como tremor e a lentidão se tornam refratários e extremamente debilitantes. Por isso, ao apresentar qualquer um dos sintomas, procure um médico e converse sobre o assunto. Cada dia mais, pacientes mostram como é possível viver com Parkinson com resgate da qualidade de vida”, explica o Dr. Alexandre Novicki, neurocirurgião especialista nesse tratamento.

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  • Eduardo Suplicy revela que tem Parkinson e faz tratamento com cannabis

    O deputado estadual de São Paulo Eduardo Suplicy revelou que foi diagnosticado com Parkinson e que está fazendo tratamento com cannabis medicional.

    Ao jornal Folha de S. Paulo, o petista de 82 anos disse que a doença foi diagnosticada no final do ano passado, na fase de sintomas leves.

    Ele contou que foi o geriatra que o acompanha quem percebeu sinais de Parkinson nele. Suplicy então se consultou com especialistas, que fecharam o diagnóstico. A doença é degenerativa e afeta progressivamente o sistema nervoso central do paciente.

    "Eu estava com certos tremores nas mãos, especificamente na hora de comer, de segurar os talheres, de tomar uma sopa. Tremia um pouco", contou Suplicy. Ele também relata dores na perna esquerda e um desequilíbrio que causava tropeços.

    Suplicy revelou que se reuniu com os filhos, João e Supla, para contar que iria tornar seu diagnóstico público.

    Tratamento

    Suplicy diz que resolveu também vir a público para defender a regulamentação da distribuição da cannabis medicional para o público brasileiro.

    O medicamento não está disponível pelo SUS e pacientes sêm condições financeiras precisam de ajuda de associações terapêuticas, que costumam ir à Justiça para garantir o tratamento.

    Suplicy contou que importou em fevereiro um vidro de cannabis industrial para seu tratamento. Ele toma cinco gotas do remédio no café, cinco à tarde e cinco à noite. O tratamento conta ainda com o medicamento Prolopa, indicado por seu médico.

    "Tudo melhorou bastante", diz Suplicy. A dor na perna sumiu. O tremor, na hora de comer, melhorou. Tenho caminhado com firmeza".

    O deputado vai participar nesta terça de uma audiência pública na Câmara dos Deputados para tratar de uma proposta para regulamentação de cultivo e distribuição da cannabis no Brasil. Ele pretende compartilhar sua experiência.

  • Covid não é mais uma emergência sanitária de importância internacional, diz OMS

    Depois de mais de 3 anos de emergência internacional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (5) que a Covid não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), o mais alto título de alerta da organização, declarado para o surto do novo coronavírus no final de janeiro de 2020.

    Pelas estimativas da organização, desde então, a doença matou mais de 7 milhões de pessoas em todo o mundo, um número que pode ser ainda mais alto.

    A decisão não altera o título de pandemia de Covid, que só foi declarado meses mais tarde, em março do mesmo ano.

    Isso porque a ESPII é um termo técnico que passa por diversos critérios até ser decretado. A designação é bastante importante para coordenação de esforços de saúde pública internacionais. Já o termo pandemia é diferente e faz referência a disseminação mundial de uma nova doença, quando vários continentes têm uma transmissão sustentada do surto.

    No começo deste ano a OMS divulgou um vídeo explicando inclusive a diferença entre a ESPII e a pandemia. Nele, a líder técnica da entidade, Maria van Kerkhove, ressaltava que mesmo que a organização decretasse o fim da emergência este ano, o mundo ainda poderia ter que lidar por um bom tempo com a pandemia de Covid.

    "Isso porque esse vírus está aqui conosco e veio para ficar", disse Kerkhove à época.

    "É muito difícil definir quando você chega num status em que um novo vírus se torna uma pandemia. Já a ideia de declarar uma ESPII é para coordenar uma ação imediata antes que esse evento se torne ainda maior e vire uma pandemia", acrescentou.

    Especialistas da OMS se reuniram ontem para discutir o rebaixamento do mais alto nível de alerta da organização.

    "O Comitê de Emergência se reuniu pela 15ª vez e me recomendou que eu declarasse o fim da emergência de saúde pública de importância internacional. Aceitei esse conselho. É, portanto, com grande esperança que declaro o fim da Covid-19 como uma emergência de saúde global", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

    "No entanto, isso não significa que a Covid-19 acabou como uma ameaça à saúde global. Na semana passada, a Covid ceifou uma vida a cada três minutos – e essas são apenas as mortes que conhecemos", acrescentou.

    A decisão acontece depois que vários países, como os Estados Unidos, começaram a suspender seus estados de emergência locais. O Brasil fez o mesmo em abril do ano passado, na contramão do que dizia a OMS na época.

    Agora, com a vertiginosa queda nos números de casos e mortes pela doença, aliada a ampla vacinação da população, a situação já é outra, o que motivou a decisão da OMS.

    Nesta sexta, o diretor da OMS disse inclusive que a pandemia está em tendência de queda há mais de um ano, reconhecendo que a maioria dos países já voltou à vida normal antes da Covid.

    Mais de três anos depois da declaração da emergência, o vírus causou cerca de 764 milhões de casos em todo o mundo e cerca de 5 bilhões de pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina, de acordo com as mais recentes estimativas globais.

    “A Covid mudou o nosso mundo e nos mudou”, acrescento Tedros, alertando que o risco de novas variantes ainda persiste pelo mundo.

     

  • OMS: epidemia de varíola dos macacos está retrocedendo na Europa

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que a epidemia de varíola dos macacos está retrocedendo na Europa. Em coletiva de imprensa, o diretor da OMS na Europa, Hans Henri Kluge, disse que há sinais encorajadores na França, Alemanha, Portugal, Espanha, de que a epidemia deve estar diminuindo. "Precisamos intensificar nossos esforços", afirmou.

    Segundo a OMS, a área que inclui o continente, a Rússia e os países da Ásia Central concentra mais de um terço dos casos no mundo. A OMS informou que houve um declínio em 21% de novos casos em todo o mundo após quatro semanas de aumento.

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