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Justiça decreta prisão preventiva de viúva de dono da pousada e de ex-detenta

Justiça decreta prisão preventiva de viúva de dono da pousada e de ex-detenta

Shirley da Silva Figueiredo, e a amiga dela, Maqueila Bastos, tiveram prisões preventivas decretadas pela Justiça nesta segunda-feira (14). Shirley é a viúva do empresário Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia, que foi encontrado morto no último dia 25 de fevereiro. A informação foi confirmada ao g1 pelo delegado Rafael Magalhães, responsável pelas investigações.

De acordo com a polícia, o local onde estava o corpo de Leandro Silva Troesch, foi violado por três pessoas a mando de Shirley. Elas entraram em um dos quartos da luxuosa Pousada Paraíso Perdido e levaram uma certa quantia em dinheiro, joias e documentos que estavam em um cofre.

O empresário e também ex-detento Leandro foi achado sem vida em um dos quartos de sua propriedade no último dia 25. Desde então, o local estava isolado, pois passaria por uma segunda perícia. “Mas para a minha surpresa, o local foi mexido. Tomamos conhecimento que três pessoas a pedido de Shirley foram até o local e levaram o que podia do cofre. Saíram com algumas caixas”, relatou o delegado Rafael Magalhães, titular da Delegacia de Jaguaripe, sem dar mais detalhes sobre os investigados.

Shirley estava desaparecida desde a morte do marido. No entanto, a polícia já sabe o paradeiro dela e da amiga, a também ex-detenta Maqueila Santos Bastos, pivô das discussões do casal – Leandro não suportava a aproximação das duas e chegou a expulsar Maqueila da pousada, e dez dias depois ele foi encontrado morto.

O mistério não para por aí. O funcionário da pousada e ex-presidiário Marcel Silva, o Bili, foi assassinado no dia em que prestaria depoimento sobre a morte do patrão. Ele era considerado uma testemunha-chave do caso, pois era pessoa de confiança de Leandro. Pelo menos quatro pessoas que estariam envolvidas nesse crime já foram identificadas. A polícia ainda não tem certeza de que as duas mortes estão diretamente ligadas.

Amigos desde a infância no bairro da Boca do Rio, em Salvador, os dois se reencontraram anos depois, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, ocasião em que Leandro foi preso no ano passado, junto com Shirley por sequestro e extorsão de uma mulher em Salvador em 2001.

O delegado Rafael disse ainda que celulares de Shirley e de Leandro passaram por perícia no Departamento de Polícia Técnica de Salvador. “Levarei na segunda o aparelho dela para perícia. Ela entregou ao delegado na primeira vez que foi ouvida e depois sumiu. Já o celular de Leandro foi recolhido no mesmo dia que o corpo dele foi levado para o DPT. Como o aparelho está com senha, será realizada uma perícia específica para desbloqueio”, pontuou o delegado.

Magalhães disse ainda que imagens das câmeras também foram parte do inquérito que apura a morte de Leandro. “São muitas gravações que já foram enviadas para a perícia”, informou o delegado.

Relembre o crime do casal
O CORREIO teve acesso às informações do processo que apura as acusações contra Leandro e Shirley. Outras três pessoas contam como réus. São elas: Joel Costa Duarte, Carlos Alberto Gomes de Andrade e Júlio da Silva Santos. De acordo com a Justiça, Joel abordou a vítima no dia 10 de maio de 2001, quando ela estacionava o carro na porta de casa, no bairro de Itapuã, por volta das 18h30. Eles tomaram o veículo da vítima e a mantiveram no carro enquanto eram efetuados saques de dinheiro em caixas eletrônicos.

Ao verificar o saldo bancário da vítima, Joel arquitetou a extorsão mediante sequestro, ficando a cargo de Júlio mantê-la em cárcere privado, primeiro no Motel Le Point, em Itapuã, depois numa casa situada na Praia de Ipitanga, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS), alugada ao próprio Joel e a dois comparsas, neste caso, Leandro e Shirley.

Enquanto mantida em cárcere privado, a vítima foi alvo de reiteradas ameaças de morte feitas por Júlio, somente sendo liberada após o pagamento do resgate de R$ 35 mil. No processo consta que Leandro que conduziu o veículo da vítima e fez os saques. Já Shirley, foi a responsável por buscar o pagamento do resgate.

As armas utilizadas na prática dos crimes pertenciam aos dois Joel e Júlio, que conseguiram fugir na ocasião. No entanto, Leandro, Shirley e Carlos Alberto foram presos em flagrante. Posteriormente o casal passou a responder pelos crimes em liberdade, até a justiça ter voltado atrás em 2018.

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    O Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomendou nesta quinta-feira (1º), que a Prefeitura de Salvador não libere o acesso e o uso da estrutura de passarelas montada para os ambulantes, na Barra, parte do Circuito Dodô (Barra-Ondina), que é atualmente o principal espaço da folia.

    O MP-BA também recomendou que a estrutura também não seja usada nos eventos de pré-carnaval, “Fuzuê” e do Furdunço”, que acontecerão no sábado (3) e domingo (4), respectivamente.

    O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Salvador e aguarda posicionamento sobre o caso.

    De acordo com o MP-BA, a promotora de Justiça Cristina Seixas Graça pede que a passarela não seja liberada até que o alvará tenha sido expedido e que órgãos técnicos deem pareceres técnicos, atestando a segurança para trabalhadores e pessoas.

    A promotora de Justiça recomenda ainda que, mesmo quando os órgãos liberarem o uso das estruturas, se observem todas as medidas recomendadas para a garantia da segurança de trabalhadores e pessoas que circulem por ela durante as festas.

    Pede ainda que a prefeitura garanta tanto durante a instalação das passarelas quanto durante o uso, a salvaguarda das balaustradas, “notadamente aquelas situadas no trecho do Porto da Barra ao Morro do Cristo, diante da sua importância para o patrimônio histórico e cultural de Salvador”, evitando qualquer tipo de degradação.

    Cristina Seixas recomenda ainda que, caso as passarelas venham a ser utilizadas após as análises dos órgãos , o Município encaminhe relatório da fiscalização que será realizada durante o uso da estrutura, no período do Carnaval.

    O Ministério Público informou que a recomendação levou em consideração pareceres técnicos favoráveis ao tombamento das balaustradas da Barra. Foram consideradas ainda vistorias realizadas pelo órgão, por meio do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultura (Nudephac), na terça-feira (30), e da Central de Apoio Técnico (Ceat), na quarta (31), que detectaram irregularidades da estrutura da plataforma que está atrelada a balaustrada.

    Ambulantes questionam segurança

    Vendedores ambulantes ouvidos pela TV Bahia têm demonstrado preocupação quanto à segurança da "passarela". Eles afirmam que não se sentem confiantes com a estrutura e apontam supostas falhas, como a ausência de ferros presos à parede. Os fixadores estão na areia.

    Segundo Jaylton Figueiredo, engenheiro contratado pela prefeitura e responsável pelo projeto, não há riscos. Ele explicou que um sistema de parafusos fixados à contenção de pedras ainda será implantado. Isso deve reforçar a estrutura que tem 5,40 metros de largura.

    Desse total,

    3,20m são para os ambulantes e seus grandes isopores
    2,20m são para o "contraforte", espaço extra que funcionará como reforço da estrutura.

    Como anunciado anteriormente, no máximo 400 ambulantes usarão o trecho. O acesso será pela areia e aqueles vendedores com dificuldades de mobilidade serão alocados em outros espaços do circuito.

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    Posteriormente, o jogador disse que entrou no banheiro com a mulher que o acusa, mas que nada aconteceu. Em seguida, afirmou que houve apenas sexo oral e, por último, admitiu que houve penetração, mas com consentimento.

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