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Bahia com Tudo

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Um homem foi mantido em liberdade após um vídeo em que ele aparecia abusando sexualmente da sobrinha, de 6 anos, circular na internet. O crime foi registrado em Amontada, na região norte do Ceará, em 9 de outubro.

O vídeo foi gravado pela vítima do estupro e publicado no status do WhatsApp do abusador. Acredita-se que ela tenha feito a publicação sem o homem perceber.

Após a circulação das imagens, pessoas próximas aos envolvidos denunciaram o caso à polícia. O homem foi detido, mas foi liberado horas mais tarde porque não houve flagrante do crime.

Conforme apurado pelo g1, a vítima do estupro é sobrinha da então esposa do criminoso. Os dois teriam se separado após ela saber do crime. A mulher teria pedido para o companheiro cuidar da criança enquanto ela estava fora de casa.

A mãe da vítima fez um boletim de ocorrência na noite do dia 9 de outubro na Delegacia Regional de Itapipoca, município vizinho a Amontada, uma vez que a Delegacia Municipal de Amontada não funciona no período noturno.

Questionada sobre a soltura do abusador, a Secretaria de Segurança Pública do Ceará (SSPDS) informou apenas que apura as circunstâncias de um caso de estupro de vulnerável e que mais detalhes serão repassados posteriormente para não comprometer os trabalhos policiais.

O famoso meme que traz a frase ‘não posso mais gastar’, seguido da imagem da endividada comendo um x-tudo ou com uma sacola cheia de compras nas mãos, pode ser personificado na dona de casa Dandara Nery, 24 anos. No lugar do hambúrguer, no entanto, ela costuma optar pelo açaí. Gastos supérfluos que lhe renderam uma dívida de R$7 mil em apenas um, dos quatro cartões de crédito que ela usava para comprar os lanches e roupas que não precisava, mas queria muito.

O descontrole põe Dandara entre os baianos que fazem da Bahia um estado acima da média brasileira quando o assunto é não abrir mão de gastos supérfluos. Segundo o estudo “Finanças Regionais: as diferenças na relação com o dinheiro entre os estados do Brasil”, do Serasa, enquanto a média de brasileiros que não evitam gastos supérfluos é de 13%, o percentual na Bahia é de 20%, ou seja, 7% a mais do que a média nacional.

Em sua defesa, Dandara afirma que se arrepende de gastar excessivamente com supérfluos. Segundo ela, não porque se tornou uma endividada, mas por se sentir mais madura. “Eu gastava com roupa porque para mim nunca é demais, sempre gosto de um look novo. Já o açaí e outros lanches, porque são sempre bem-vindos. Como nunca faltou almoço, café, jantar e móveis em casa, eu gastava com o que me dava prazer no momento”, conta Dandara.

De acordo com o diretor da Serasa, Fernando Gambaro, é justamente a falta de uma dívida que abale significativamente o orçamento mensal que deixa as pessoas menos preocupadas em gastar sem planejamento.

"No Brasil, o planejamento financeiro só acontece em momentos de descontrole ou de alguma variação de renda que exista no orçamento mensal. Infelizmente os hábitos de controle não são aplicados na rotina. A dica é sempre para que essas compras supérfluas sejam avaliadas mais de uma vez e sejam consideradas no planejamento mensal", pontua.

Um outro recorte do estudo aponta que 17% dos consumidores da Bahia afirmam já ter optado por cortar gastos supérfluos, mas deixaram o hábito de lado em algum momento. A atendente de farmácia Viviane Alves, 28, vive esse dilema desde de 2021, quando passou a ganhar pouco mais que um salário mínimo (quase R$1,5 mil), trabalhando em uma sorveteria de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

"Eu achava que tinha o dinheiro do mundo inteiro, saía gastando com várias coisas desnecessárias", conta. Apesar de fazer uma lista de gastos fixos mensalmente, Viviane diz que o dinheiro não sobra no fim do mês. Pelo contrário, é capaz de terminar no vermelho, ou seja, precisando de alguns trocados. "A minha maior dificuldade é achar que sou herdeira e que o dinheiro vai brotar de algum lugar. Na semana passada, fui acompanhar uma amiga que iria fazer compras. O que fiz? Comprei um jogo de cordas de violão. Precisava de todas? Não, só de uma", afirma, rindo.

A estudante e assistente de vendas Beatriz Oliveira, 25, também é uma das consumidoras que não fazem corte de gastos supérfluos. Ela não aguenta ver uma 'blusinha na promoção' que já quer levar o item para casa. As despesas desnecessárias da jovem são feitas praticamente nos mesmos locais, seguindo um certo padrão: itens de cosméticos, peças de roupas e sapatos, adquiridos em shoppings centers e lojas varejistas. "Não tenho um controle particular. Se eu gostar de uma coisa, a depender do valor, normalmente eu compro", relata.

O gasto só é evitado pela universitária se ela não possuir dinheiro em espécie, valor em conta (para transferências via Pix) ou limite nos cartões de crédito no momento em que algo lhe chama atenção. Caso a grana esteja no bolso – ou na conta – Beatriz não passa vontade e adquire o item desejado, sem pensar no planejamento mensal. A prática da estudante é reflexo de um comportamento natural humano, que, muitas vezes, age por impulso em determinadas situações, conforme explica o educador financeiro Raphael Carneiro.

"O ser humano tem uma uma dificuldade para diminuir despesas e ter uma certa restrição. Às vezes temos um estilo de vida e não queremos deixá-lo de lado. Mesmo sabendo da necessidade de reduzir os gastos, a dor de deixar algo de lado é grande", diz Beatriz. Apesar de assumir práticas de compras excessivas, ela entende que sente um impacto emocional ao pensar em necessidades financeiras futuras, que podem surgir inesperadamente, em casos de emergência, por exemplo.

Saúde

As despesas desnecessárias podem estar relacionadas com transtornos de controle dos impulsos ou bipolaridade. De acordo com o médico psiquiatra Antônio Freire, coordenador do Componente em Saúde Mental e Autocuidado IV da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e doutor em Medicina e Saúde Humana, os pacientes diagnosticados com adoecimento psiquiátricos podem apresentar gastos excessivos como sintomas.

"Os transtornos psiquiátricos precisam causar prejuízo importante no funcionamento do indivíduo ou sofrimento emocional significativo", explica Freire. Além de apresentar gastos excessivos como sintomas, o adoecimento psiquiátrico pode apresentar outras alterações psíquicas, tais como alteração de humor, insônia, diminuição da percepção de riscos, aumento da energia, pensamento acelerado e com conteúdo de grandiosidade, dentre outras possibilidades.

Uma doença psiquiátrica não identificada e adequadamente tratada pode trazer prejuízo para além das dívidas, como capacidade de execução e tomada de decisão mais lenta e mais queixas pontuais de memória, com potencial de neuroprogressão – termo utilizado para definir a intensificação acelerada de um doença psiquiátrica não tratada, que pode causar danos em estruturas cerebrais.

Por outro lado, o especialista afirmou que as despesas supérfluas podem estar associadas a uma tentativa de defesa e estímulo de prazer para alguns indivíduos. "A pessoa pode utilizar a compra como busca de prazer ou fuga de uma realidade incomodativa, até mesmo como solução para problemas financeiros".

Para evitar os transtornos psiquiátricos, Freire destaca a necessidade de regularidade de atividades físicas, rotina de lazer, fortalecimento da rede de apoio social e busca por valores de espiritualidade - fatores de proteção para a saúde mental.

Inadimplentes na Bahia

De acordo com o último levantamento do Mapa da Inadimplência da Serasa, publicado no mês passado, mais de 4,6 milhões de baianos estão inadimplentes e somam dívidas que chegam a R$ 17,3 bilhões, com média de R$ 3,7 mil para cada um. Esse número representa 40,67% da população adulta do estado – percentual abaixo do índice nacional, de 43,88%.

As dívidas são concentradas, em maior parte, em três setores: bancos e cartões (32,23%), utilities (21,41%) – contas de gás, água e luz – e varejo (17,32%). O recorte de faixa etária apresenta que os maiores inadimplentes têm entre 41 e 60 anos (35,5%). Em segundo lugar estão os adultos de 26 e 40 anos (33,3%), seguidos por pessoas acima de 60 anos (18,8%).

Raphael Carneiro dá duas dicas para os endividados: elaboração de um levantamento de todas as dívidas e ter consciência de todo o gasto mensal. "Um mês sem contar as dívidas, entre despesas e receita, tem que ficar positivo. Se o mês ficar negativo, não adianta fazer qualquer movimento", diz. Segundo o educador financeiro, para que negociações de dívidas sejam feitas, o mês tem que estar positivo.

Pedir empréstimo pode ser solução?

Uma solução comum para reorganização financeira é o pedido de empréstimos, com o objetivo de concentrar diversas dívidas em uma só. No entanto, tal alternativa não pode ser aplicada de qualquer forma. Segundo Raphael Carneiro, receitas, despesas e dívidas devem estar em um planejamento, para que o empréstimo seja uma boa opção de solucionar o endividamento.

Os melhores locais para solicitar um empréstimo são instituições que já possuem um relacionamento com o cliente. “Nessas entidades, a tendência de um cenário positivo é maior. É possível que uma taxa de juros menos impactante seja ofertada por essas instituições”, explica. Caso não seja possível, a segunda alternativa seria buscar cooperativas, das quais o cliente tenha conhecimento sobre as regulamentações e as parcelas caibam no orçamento mensal.

Em nova entrevista para a revista de moda Glamour Brasil, da qual é capa, Larissa Manoela refletiu sobre os últimos movimentos em sua carreira e entregou mais detalhes sobre o rompimento com os pais, Silvana Taques e Gilberto Elias. Na conversa, a atriz de 22 anos diz que, atualmente, não tem nenhum contato com os genitores. Ainda segundo ela, foram quatro anos de análises e sessões de terapia até entender que precisava romper com eles.

"Hoje, tenho a família que escolhi, que são meus amigos, pessoas próximas. A gente costuma falar muito sobre essa questão da família, que é o sangue, né? E, de fato, a gente pertence a esse universo que Deus mandou. Mas, atualmente, eu tenho zero contato com a família de sangue e acho que muito porque tudo aconteceu dessa maneira. Mas não foi por falta de busca ou de tentar ouvir essas pessoas, mas simplesmente porque a ruptura foi grande", declarou.

A atriz contou sobre como foi o processo até perceber que precisou gerir a própria carreira e o próprio dinheiro:

"A minha autonomia sempre foi o que busquei. Eu tenho 22 anos. Então, acho que é natural do ser humano procurar essa voz. Desde os meus 18, sentia que precisava recalcular a rota de uma maneira que pudesse ser benéfica para mim, que aprendesse com o processo, mas sem que tudo o que foi feito tivesse vindo à tona. Infelizmente, muito saiu do meu controle, tive que aceitar, repensando para que pudesse seguir o meu caminho. Então, hoje estou à frente da minha empresa e da minha carreira, muito realizada."

Quatorze funcionários da Acelen, empresa que administra a Refinaria Mataripe, em São Francisco do Conde, no Recôncavo Baiano, foram hospitalizados após inalarem um gás químico . De acordo com o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro), o caso aconteceu no dia 10 de outubro, mas só foi divulgado na terça-feira (17).

O gás inalado foi uma mistura de hipoclorito de sódio, substância presente em desinfetantes, por exemplo, com outro produto químico.

O g1 entrou em contato com a assessoria da Acelen, que informou que o vazamento do gás ocorreu após o descarregamento de um caminhão e que a situação foi rapidamente contida pelas equipes técnica, de segurança e meio ambiente.

O Sindipetro afirmou que o gás foi inalado por 30 trabalhadores e 14 tiveram problemas respiratórios. Quatro deles precisaram fazer uso de oxigênio e um ficou internado por quatro dias.

A Acelen não confirmou o número de funcionários atingidos, mas disse que aqueles que sentiram desconforto, foram assistidos e passam bem.

Ainda conforme o Sindipedtro, além dos operadores que trabalhavam no descarregamento do caminhão, trabalhadores que participavam de um curso de treinamento foram atingidos. O gás teria se espalhado por todo prédio, incluindo o centro de treinamento, refeitório central e área de embarque e desembarque de ônibus.

O Sindipetro Bahia ainda disse que só tomou conhecimento do acidente na segunda-feira (16). A Acelen afirmou que a informação não procede, e que o ocorrido foi imediatamente comunicado à CIPA e ao Sindipetro.

 

Em 19 de janeiro de 2021, a enfermeira Maria Angélica de Carvalho Sobrinho tornou-se um símbolo da esperança de milhares de baianos pela chegada de dias melhores. Trabalhadora do Instituto Couto Maia, em Salvador, Maria Angélica atuava na linha de frente no combate à pandemia e foi a primeira pessoa a receber a vacina contra o coronavírus no estado. “Lembro como se fosse hoje da emoção que senti”, relata. “Meu coração parecia que ia explodir de alegria”.

Na época, a Bahia aplicava as primeiras doses da Coronavac, dando início a uma longa caminhada contra o tempo para salvar vidas. “Investimos mais de R$ 2,2 bilhões durante a pandemia para garantir a estrutura necessária para salvar a vida de milhares de baianos, com ampliação e reforma de unidades de saúde, instalação de um hospital de campanha na Arena Fonte Nova, além do Hospital Metropolitano”, lembra a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana. “Isso tudo exemplifica a grande reunião de esforços em prol de salvar vidas”.

Mais de dois anos depois, a esperança de dias melhores, finalmente, se tornou realidade. E, para a enfermeira Maria Angélica, o grande responsável por essa mudança tem nome: vacina. “Não tenho dúvida que a vacina salvou a vida de muita gente, como a minha”, afirma. “Eu tive Covid e, graças a Deus, por estar vacinada, consegui superar a doença”.

Hoje, dia em que o País comemora o Dia Nacional da Vacinação, casos como o de Maria Angélica, não podem ser esquecidos, como destaca a secretária da Saúde da Bahia. “Maria é uma guerreira e símbolo da nossa luta contra a Covid-19”, ressalta. “Luta essa que, com investimento robusto e união, conseguimos vencer. Mas gosto sempre de lembrar que, para além da Covid, as demais vacinas também salvam milhares de vidas todos os dias em nosso Estado, e isso não pode ser esquecido jamais. Vacina, independente de qual seja, é ciência, é a opção que temos para evitar doenças e salvar vidas” .

Diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro destaca que as estratégias de incentivo à vacinação adotadas pela Bahia na pandemia serviram de exemplo para todo o País e seguem sendo destaque quando se trata do calendário regular de imunização e incentivo à retomada dos altos índices vacinais.

“Desde o início da pandemia, a Bahia tem se estruturado para melhorar, cada vez mais, as estratégias de vacinação em todo o Estado”, explica. “Criamos um manual de boas práticas de vacinação e fizemos toda uma estrutura que segue sendo aplicada até hoje, fazendo com que os imunizantes cheguem aos 417 municípios baianos. Aliado a isso, intensificamos as campanhas de vacinação e conseguimos garantir que as vacinas cheguem a comunidades até então desassistidas.”

Vacina Bahia

Uma dessas estratégias citadas pela diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado é o Programa Vacina Bahia, iniciativa do Governo do Estado lançada em fevereiro deste ano que busca fortalecer todo o calendário vacinal de crianças, adultos e idosos baianos. No público de até 1 ano de idade, a ação tem como foco o aumento da cobertura das vacinas Pentavalente, Pneumo 10, Tríplice Viral e a contra a Poliomielite – essenciais do calendário básico de vacinação.

“O programa foi ampliado e hoje temos cobertura para todos os imunizantes previstos no Programa Nacional de Imunização, nosso principal objetivo é aumentar a taxa de vacinados em todos os públicos, garantindo uma maior cobertura e impedindo a volta de doenças já erradicadas, por exemplo”, completa Márcia.

Apesar dos exemplos claros da eficácia da vacinação, mais de 6 milhões de baianos estão com o esquema vacinal incompleto para a imunização contra o Coronavírus, fator que preocupa. De acordo com levantamento feito pela Sesab com base no sistema LocalizaSus, do Ministério da Saúde, mais de 11 milhões de baianos estão com o reforço da vacina bivalente, contra a Covid, em atraso – o que representa mais de 86% do público-alvo.

“O pior já passou, mas precisamos reforçar a necessidade de concluir o esquema vacinal em prol da proteção de todos”, pede a secretária da pasta da Saúde.

O bairro de Plataforma, no Subúrbio Ferroviário de Salvador voltou a ser palco de confronto entre as facções do Comando Vermelho (CV) e do Bonde do Maluco (BDM) por volta das 9h30 desta quarta-feira (18). O caso foi registrado na Rua dos Araçás, próximo ao campo de futebol do bairro. O primeiro confronto aconteceu na noite dessa terça-feira (17).

A reportagem do CORREIO apurava informações sobre os confrontos, quando ouviu ao menos 10 disparos próximos a Avenida Afrânio Peixoto, conhecida como Avenida Suburbana. Moradores ouvidos pela reportagem afirmam que homens do CV estão na região de matagal do local.

"Está acontecendo aqui na área de mata, aqui em cima do campo de futebol. Os homens do CV estão escondidos ali onde ficam as bananeiras e 'trocando tiro' com os meninos daqui. Eles estão aqui desde anteontem e armados até os dentes, então não para de ter confronto toda hora", afirma um morador, sem se identificar.

A informação que circula entre quem reside no bairro é que os homens do CV conseguiram permanecer na região de Plataforma, mesmo sem conseguir expulsar traficantes do BDM que ainda estão presentes. "Chegaram aqui na segunda-feira, quando houve os primeiros tiroteios. De lá para cá, não parou de acontecer porque eles estão entocados no mato e conseguiram ficar por lá", relata uma outra moradora, sem dizer o nome.

A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) foi procurada pela reportagem para informar se registrou tiroteios na noite de terça-feira, mas respondeu que não foi acionada para a ocorrência descrita. No momento do tiroteio já nesta manhã, moradores que estavam nas ruas correram e tentaram se proteger dos tiros.

Um motoboy, que ia deixar uma criança na Rua das Araçás, precisou voltar as pressas no momento em que ouviu os primeiros disparos. "Eu ia deixar o pequeno lá e, pouco depois, ouvi os pipocos. Na hora, dei a volta com a moto e trouxe ele de volta. A gente pensa que é sossegado durante o dia, mas parece quem nem isso mais tem. É tiro toda hora e todo mundo corre risco", fala ele, sem saber como vai deixar a criança no local.

Parte dos estudantes do Colégio Estadual Bertohldo Cirilo dos Reis, localizado em Plataforma, foi liberada após o tiroteio. A reportagem ouviu estudantes que explicaram a situação. "Depois dos tiros, eles avisaram que iam liberar, mas também que quem não se sentisse seguro poderia ficar. Uma parte dos alunos saiu e outra ficou. Agora, eles trancaram o portão por segurança e só vão liberar depois das 11h, quando tudo estiver mais calmo".

O Colégio Estadual de Plataforma também suspendeu as aulas e os estudantes aguardam para ir para casa. O CORREIO entrou em contato com a Secretaria Estadual da Educação (SEC) para saber informações sobre as aulas e aguarda resposta.

Nas escolas municipais Úrsula Catarino e São Braz, os alunos foram liberados apenas na companhia dos pais. No entanto, a Secretaria Municipal da Educação (Smed) informou, por meio de sua assessoria, que as aulas na rede municipal não foram afetadas.

Apesar dos tiroteios, o comércio na região segue em funcionamento normal e moradores circulam no bairro em direção a Avenida Suburbana. Viaturas da Rondesp circulam nas ruas.

O movimento da saída de Salvador pelo sistema ferry-boat é intenso na noite desta quarta-feira (11), por causa do feriado de Nossa Senhora Aparecida, celebrado na quinta-feira (12).

A fila de veículos é extensa e motoristas passam horas para realizar a travessia Salvador-Itaparica.

A BR-324, principal via de ligação entre a capital baiana e Feira de Santana, também registrou um fluxo intenso de veículos e engarrafamentos. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realiza uma operação especial a partir de meia-noite de quinta-feira até segunda-feira (16).

Os agentes da PRF vão reforçar a fiscalização para garantir segurança no fluxo viário e proteção aos condutores, passageiros e pedestres nas vias federais.

"O fluxo de veículos aumenta e com isso cresce a preocupação da PRF em aumentar a fiscalização, principalmente em trechos críticos de acidentes graves e com óbitos", informou o inspetor da PRF, Mário Henrique Pereira.
Na rodoviária da capital baiana, 120 horários extras foram disponibilizados para atender a demanda de passageiros, além dos 540 regulares. A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) informou que cerca de 35 mil pessoas devem sair de Salvador utilizando ônibus.

Estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) ocuparam o prédio da reitoria da instituição na noite desta terça-feira (10). A Administração Central da Uefs afirma que o prédio foi arrombado e invadido pelo movimento estudantil grevista, mas o comando da greve nega que tenha danificado qualquer estrutura do local. A situação acontece em meio a negociações para contratação de professores.

Em nota, a universidade acusou os estudantes de arrombar portas para entrar no local, além de afirmar que o ato configurou “claro e inquestionável rompimento com os compromissos assumidos” no termo assinado por ambas as partes para proteger os diálogos democráticos. A instituição também comentou que o ato vai contra o zelo pela integridade dos trabalhadores e do patrimônio público.

Em resposta, o comando da greve informou que não aconteceu invasão. “O que ocorreu foi a ocupação do prédio da reitoria pelos estudantes. As portas se encontram intactas e acessamos a reitoria através de uma das portas que possuía uma falha no trinco”.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o professor Elson Moura relata que não houve depredação no momento do ato na reitoria e nem tensão entre os estudantes e os vigilantes da universidade.

Leia a íntegra da nota da Uefs:

Na noite desta terça-feira (10), a Administração Central da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) foi notificada por funcionários da vigilância que o prédio da Reitoria foi invadido pelo movimento estudantil grevista, que arrombou portas para adentrar o local.

A invasão do prédio se deu após nove horas de exaustivas negociações para a formulação de um termo de compromisso construído e assinado por ambas as partes que tinha como objetivo maior proteger os diálogos democráticos, dentro do que abraça a legalidade.

Porém, o arrombamento e invasão do referido espaço configura-se claro e inquestionável rompimento com os compromissos assumidos no referido termo, dentre os quais a mobilização pacífica e zelo pela integridade dos trabalhadores e do patrimônio público.

Mesmo após o movimento grevista ter sido deflagrado quando a pauta inicial, que pleiteava concursos e contratações de professores, tinha sido plenamente atendida por meio de negociações que antecederam a greve, a Administração Central seguiu, desde o fechamento do pórtico em 03/10/2023, escutando e acolhendo as demandas estudantis. Todo esse procedimento ocorreu respeitando os princípios democráticos e de respeito a todos os movimentos orgânicos e comuns às universidades.

Sem qualquer critério aparente o movimento estudantil retardou a entrega de uma pauta formalizada à gestão, agregando reivindicações fora da esfera de governabilidade da Administração Central da UEFS, dificultando o avanço das negociações para a regularização das atividades no campus.

Diante da violação, por parte dos estudantes, e da incontestável ruptura com o que se comprometeram as partes signatárias do referido termo de compromisso, a Administração Central conclama o movimento estudantil a desocupar e desobstruir todas as instalações da Universidade, sem prejuízo para a continuidade do diálogo em prol da defesa da UEFS autônoma e democrática.

Não temos dúvida que a UEFS será a Universidade que sua comunidade construir. Com afronta e desrespeito ao processo democrático e ao termo assinado, não há condições de negociação.

Preocupa à gestão que o endurecimento da negociação, por parte dos estudantes, possa impedir a contratação dos professores, comprometendo a pauta que deflagrou o movimento e o andamento das atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade para os próximos semestres.

Salientamos o protagonismo da UEFS nas negociações com o Governo do Estado sendo esta a universidade estadual baiana com o maior número de pleitos atendidos pela administração direta, totalizando quase R$13 milhões do orçamento total direcionado às universidades estaduais baianas de aproximadamente R$ 33 milhões.

Prejuízos e consequências

Pode-se citar, como exemplo dos prejuízos em decorrência da paralisação das atividades da Universidade, o impedimento de participação de 15 mil estudantes do Ensino Básico na Feira de Graduação, prevista para 16, 17 e 18/10, que foi cancelada, assim como a realização da 20a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, entre 16 e 20/10, no campus em Feira. Por total impossibilidade de cumprimento de prazos e trâmites, as viagens de campo do mês de outubro também foram canceladas.

Soma-se a isso, o ônus da instituição pelo impedimento do recebimento de materiais e equipamentos por fornecedores, a retenção dos processos, perda de prazos em processos judiciais e administrativos, bem como emissões de certidões e declarações, inclusive para estudantes, além de processos de aposentadorias e de concessão de benefícios a servidores técnicos e docentes. A paralisação compromete, inclusive, o andamento das atividades e encaminhamentos das comissões de concurso e REDA, sindicâncias e grande parte das atividades de estágio.

Relaciona-se também como comprometidos a análise dos recursos do Programa Mais Futuro, o andamento de processos de passagem para entidades estudantis e a possibilidade de atraso no pagamento das bolsas, por impossibilidade de trâmite dos processos dessa natureza entre os setores responsáveis em tempo hábil. Há também o comprometimento da homologação de editais e a retenção de processos de pagamento diversos, alguns incorrendo em multas de altos valores. Há perdas ainda na área administrativa-financeira, como atrasos nos lançamentos e pagamentos de encargos patronais, que se não forem cumpridos podem gerar multas, remessa de pagamento de bolsas, conferências e pagamentos de folha de pessoal e das rotinas de convocação de concursos e recebimento de materiais para o almoxarifado da Universidade.

Estão paralisadas as fiscalização de diversos contratos, a conservação e limpeza, suporte operacional e administrativo, manutenção predial, as manutenções dos equipamentos, tratamento, monitoramento e controle da água que abastece o campus universitário, manutenção dos veículos institucionais, transporte dos servidores, dentre outros serviços.

Todas as obras em andamento foram paralisadas, a exemplo da manutenção na rede elétrica do campus, bem como as obras do salão provisório e ampliação da cozinha do restaurante universitário e pavimentação das vias do campus.

Na primeira semana sem acesso ao campus universitário foi impedido o funcionamento das atividades do Centro de Educação Básica da UEFS (CEB-UEFS) e também da Creche UEFS, além do recebimento e armazenamento de alimentos e materiais perecíveis para garantir a alimentação das crianças. Cumpre destacar que o fechamento do CEB-UEFS, que é um convênio entre Universidade e o Município, compromete a aprendizagem das crianças que enfrentam um calendário municipal já comprometido, além das complicações para o cotidiano das famílias das mesmas.

Para citar outras atividades que fazem parte da prestação de serviços entre UEFS e sociedade, cita-se a paralisação das aulas no campus do programa Universidade Para Todos (UPT), as rotinas dos idosos e idosas da Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI), a realização da Feirinha de Saberes e Sabores e o funcionamento das cantinas, ressaltando que estas duas últimas são especialmente fruto das atividades de mulheres ligadas à agricultura familiar que tiram destas vendas o seu sustento.

São inumeráveis os prejuízos e, certamente, as consequências poderão reverberar sobre pleitos já conquistados. O grupo gestor da UEFS reforça a necessidade de desocupação do prédio da reitoria, local onde se concentram todas as atividades administrativo-financeiras, bem como a urgência na reabertura do pleno acesso à universidade, inclusive para que os pleitos estudantis e de todos os servidores da instituição sejam atendidos e cumpridos

Entenda a greve
A greve de estudantes, instaurada por meio de assembleia e votação que contabilizou 806 pareceres favoráveis e 700 contrários, tem como principal motivação a falta de professores em diversos cursos de graduação da Uefs. De acordo com levantamento obtido pelos alunos, há déficit de aproximadamente 200 professores na universidade estadual.

A situação se repete na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), onde é estimada a falta de mais de 200 professores, segundo a Associação de Docentes da Uneb (Aduneb). Em todo o estado, é projetado que o número seja ainda maior. O Fórum das Associações Docentes, que faz essa contagem, foi procurado pela reportagem, mas afirmou que ainda não tem o dado do levantamento por falta de resposta de algumas reitorias.

No curso de Psicologia da Uefs, o quadro mínimo de docentes está com baixa de 11 profissionais. Dessa forma, dos 33 professores necessários para ministrar disciplinas obrigatórias e optativas, o curso só conta com 22. Por conta dessa situação, a estudante Ingrid Moraes, 21, resolveu aderir à greve e detalhou como tem sido afetada.

“O curso de Psicologia é de cinco anos, mas provavelmente será maior porque estamos com muitas disciplinas obrigatórias e optativas que não estão sendo ofertadas pela falta dos professores. Além disso, não estamos tendo oportunidades de iniciações científicas e projetos em extensão devido à sobrecarga dos docentes. Tem sido bem complicado. [...] Isso impacta nosso tempo no curso, disponibilidade de disciplinas, de campos de estágio”, ressalta.

Na grade do primeiro semestre do curso de Química da Uefs, das cinco disciplinas obrigatórias, apenas duas foram ofertadas no segundo período de 2023 por falta de professores. Já no curso de Medicina, faltam 18 docentes para ministrar disciplinas consideradas indispensáveis para a graduação. O cenário não muda nem quando o olhar recai para outra área do conhecimento. No curso de Licenciatura em História, Raiane Ferreira, apresentada no início desta reportagem, também relata faltar disciplina básica do curso pelo déficit de profissionais contratados.

Diante do quadro geral, os estudantes que aderiram à greve pedem que o Governo do Estado convoque e contrate os professores que já foram aprovados em concursos no estado. Além dessa pauta, eles reivindicam a reformulação e reajuste do Mais Futuro, programa estadual de assistência estudantil, visando a permanência universitária, que dá ajuda de custo entre R$300 e R$600 aos estudantes universitários – valor considerado baixo em comparação com o custo de vida no estado.

Os estudantes ainda pedem que haja ampliação de recursos para a permanência estudantil e aumento do orçamento universitário de todas as universidades estaduais da Bahia com 1% e 7%, respectivamente, da receita líquida do estado.

Acampados no campus da universidade durante todos os dias e noites desde que foi deflagrada a greve, eles também solicitaram que a Reitoria assinasse um termo de não retaliação. Aqueles que aderiram à greve temiam que o pagamento de bolsas fosse suspenso, assim como energia, água e funcionamento do restaurante universitário, além do sofrimento de outras sanções. O pedido, feito no sábado, só foi acatado nesta terça-feira (10), após reunião entre os movimentos estudantis, estudantes grevistas e a Reitoria. A greve continua sem previsão de fim.

O poder de fogo do Vitória é o terceiro melhor da Série B do Brasileiro. Com 42 gols marcados, o rubro-negro só não é mais ofensivo do que o Sport, dono de 49 gols, e o Atlético-GO, que marcou 44 vezes. No domingo (15), o Leão terá a chance de melhor essa estatística. Às 18h, o time comandado por Léo Condé enfrenta o Guarani, no Barradão.

Só que para tentar se aproximar dos times goiano e pernambucano na artilharia, o Vitória vai precisar passar pelo bloqueio de um rival que tem a zaga bem postada. O Guarani tem a segunda melhor defesa da Série B.

Foram apenas 23 gols lamentados em 31 jogos disputados. Três a menos que o Vitória, que sofreu 26 e aparece em 5º lugar no ranking. E quatro a mais que o Vila Nova, que levou 19 e tem o melhor desempenho defensivo da competição.

Adversários diretos na luta pelo acesso à Série A, Vitória e Guarani se enfrentam para travar forças no G4. Líder com 58 pontos, o rubro-negro já tem o topo da tabela garantido mesmo em caso de derrota porque nenhum time tem como ultrapassá-lo ao final da 32ª rodada. No entanto, o Leão quer voltar a ter folga para o segundo colocado e precisará vencer para conseguir nova tranquilidade.

Com 54 pontos e na quarta colocação, o Guarani luta para manter no G4. A equipe paulista pode ser ultrapassada por três adversários que estão após ele na tabela de classificação: Atlético-GO, Novorizontino e Criciúma, 5º, 6º e 8º colocados, respectivamente. O Mirassol, em 7º lugar com 52 pontos, já entrou em campo nesta rodada.

TREINO

Na tarde desta quarta-feira (11), o elenco do Vitória realizou o segundo treinamento focado no jogo contra o Guarani. O técnico Léo Condé fez um treino tático de posicionamento com os jogadores titulares. Depois, eles também fizeram atividades para aprimorar o trabalho de ataque contra defesa. O elenco rubro-negro volta a treinar na manhã de quinta-feira (12).

Bruna Biancardi recebeu alta da maternidade cinco dias após o nascimento de Mavie. A influenciadora confirmou a informação nas redes sociais nesta quarta-feira, 11.

No Instagram, a mãe da filha de Neymar escreveu: "Oie, já estamos em casa. Tô me dedicando 100% ao amor da minha vida. E em breve passo aqui para compartilhar um pouco dessa experiência com vocês. Obrigada por todas as mensagens lindas".

A bebê nasceu na última quinta-feira. Na sexta, 6, o jogador recebeu autorização do Al-Hilal para viajar ao Brasil e publicou as primeiras fotos com Mavie. "Você já é muito amada por nós", escreveu em uma publicação compartilhada com Bruna.

A gravidez foi anunciada em abril. Mavie é a primeira filha do casal. Em junho, o jogador e a influenciadora fizeram um chá revelação para anunciar o sexo da bebê e, à época, também revelaram o nome escolhido.