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Bahia com Tudo

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Muito mais do que apenas um lugar para compra de produtos alimentícios e artesanato, o Mercado Municipal de Cajazeiras está de cara nova sob um novo conceito e formato multifuncional. O equipamento, localizado na Avenida Engenheiro Raimundo Carlos Nery, em Cajazeiras X, foi entregue pelo prefeito ACM Neto nesta quinta-feira (10), após passar por requalificação depois do incêndio de 2017, que destruiu o andar superior.

As intervenções garantem mais conforto, serviços novos e, consequentemente, ampliação do movimento no mercado, o que era uma demanda dos comerciantes. Entre as novidades é que a estrutura passa a contar com a sede da Prefeitura-Bairro de Cajazeiras, que antes funcionava em imóvel alugado, e o Espaço Cultural Boca de Brasa.

Com área de aproximadamente 4 mil m², o mercado possui dois pavimentos e conta com critérios de acessibilidade para permitir a locomoção de pessoas com deficiência. No térreo, é onde se encontram 69 boxes para comércio diversos produtos: há ótica, floricultura, cosméticos, chaveiro, artigos de moda e itens típicos da culinária baiana. No primeiro andar, foi implantado o projeto Boca de Brasa e a Prefeitura-Bairro. Para a reforma estrutural, o município investiu R$ 3,5 milhões.

"Em 2015, inauguramos este mercado, que se tratava de uma antiga reivindicação da comunidade e comerciantes. No entanto, depois aconteceu o lamentável episódio do incêndio, em 2017, e tivemos que fazer a interdição do equipamento. Compreendemos que era preciso transformá-lo em um espaço multiuso, dando novas funcionalidades e casando atividades comerciais e serviços por parte da Prefeitura", disse ACM Neto, que participou da inauguração ao lado do titular da Secretaria Municipal de Ordem Pública, Marcus Passos/.

O prefeito destacou que a implantação do primeiro teatro público da região, através do projeto Boca de Brasa, é um gesto de reconhecimento à força cultural da comunidade do entorno. O espaço, no entanto, não abrirá para o público nesse primeiro momento, em função do fechamento dos teatros e cinemas da cidade por conta da pandemia do coronavírus. "Esperamos que, em poucos dias, com todos os cuidados e protocolos, possamos retomar as atividades culturais nesses locais", frisou.

Capacidade - O Espaço Cultural Boca de Brasa Cajazeiras possui capacidade para 220 pessoas e é equipado com equipamentos de som, iluminação cênica, projeção e tecnologia de ponta. O teatro possibilitará apresentações de espetáculos, exibições de filmes, além de fomentar a iniciação e a formação artística e impulsionar o cenário cultural local.

A partir de amanhã (11), haverá uma programação virtual do Boca de Brasa, que poderá ser conferida nas redes sociais do projeto, mediante solicitação do link, através do whatsapp 98313-9500.

Serviços ao cidadão – Com a entrega da nova sede da Prefeitura-Bairro de Cajazeiras, os cidadãos poderão buscar, mais perto de casa, serviços como marcação de consulta, confecção do cartão do SUS, farmácia popular, entre outras atividades.

"Hoje em Cajazeiras passa a funcionar essa nova sede da Prefeitura-Bairro, com todos os cuidados para conter a disseminação do coronavírus. Há marcação de distanciamento no chão, locais de entrada e saída únicas, além de ter a ocupação limitada de uma pessoa a cada nove metros quadrados", reforçou o ACM Neto. Ele também lembrou o quanto as unidades administrativas facilitaram a vida da população, por meio da descentralização administrativa.

Desde que foram implementadas, as 10 Prefeituras-Bairro de Salvador (Centro/Brotas, Subúrbio/Ilhas, Cajazeiras, Itapuã, Valéria, Cidade Baixa, Barra/Pituba, Cabula/Tancredo Neves, Pau da Lima e Liberdade/São Caetano) somam nove milhões de atendimentos realizados.

Camelódromo - Durante a entrega do novo Mercado de Cajazeiras, ACM Neto autorizou a construção de um camelódromo na Rótula da Feirinha. O espaço terá 450 metros quadrados e abrigará comerciantes informais, beneficiando os feirantes que comercializam produtos de hortifrúti na localidade. A estimativa é que o espaço seja entregue ainda este ano.

"Inicialmente, tínhamos a ideia de tirar os feirantes da Rótula na Feirinha para que eles fossem alocados para o Mercado Municipal, mas não funcionou. Entendemos que não é o caminho forçar a saída desses trabalhadores, que são pais e mães de família e que estão lutando para levar o ganha-pão para dentro de casa", explicou ACM Neto.

"Por isso, vamos fazer o ordenamento daquela área, desobstruindo as calçadas para que elas fiquem livres para os pedestres. A Rótula da Feirinha será uma espécie de mercado livre, voltado para a comercialização de hortifrúti. Não haverá concorrência com os produtos que são comercializados no Mercado Municipal. Pelo contrário, os dois equipamentos se complementarão", acrescentou o chefe do Executivo municipal.

As agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vão reabrir na próxima segunda-feira (14), mas o atendimento será exclusivo para quem fizer agendamento. Para marcar hora, o segurado deve acessar o site Meu INSS e aplicativo ou ligar no 135.
Segundo o INSS, estarão disponíveis para atendimento presencial os serviços de perícia médica, avaliação social, cumprimento de exigência, justificação administrativa e reabilitação profissional.

O instituto ressalta que os segurados sem agendamento não serão atendidos, para evitar aglomerações dentro e fora das agências, de acordo com orientações do Ministério da Saúde.

Em agosto, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e do INSS informaram a nova data de retorno ao atendimento presencial – 14 de setembro.

O atendimento exclusivo por meio de canais remotos segue até amanhã (11). E mesmo com a abertura das agências, o atendimento remoto continuará a ser oferecido.

Segundo o INSS, a reabertura será gradual e considerará as especificidades de cada uma das Agências da Previdência Social no país. Cada unidade deverá avaliar o perfil do quadro de servidores e contratados, o volume de atendimentos realizados, a organização do espaço físico, as medidas de limpeza e os equipamentos de proteção individual e coletiva.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (10) a 74ª etapa da Operação Lava Jato, denominada Sovrapprezzo, para aprofundar as investigações de um esquema de prováveis fraudes em operações de câmbio comercial contratadas pela Petrobras e pelo Banco Paulista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As transações de compra e venda de dólares, realizadas entre 2008 e 2011, chegaram a R$ 7,7 bilhões, sendo que foram operacionalizadas por apenas três funcionários da gerência de câmbio.

De acordo com o Ministério Público Federal, foram encontradas “diversas evidências” de direcionamento indevido de contratos e de majoração artificial das taxas de câmbio, que apontam para um dano aos cofres da Petrobras estimado preliminarmente em US$ 18 milhões – o equivalente a quase R$ 100 milhões, no câmbio corrente. Cerca de 100 agentes cumprem 25 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro (16), Teresópolis-RJ (3) e São Paulo (6).

Entre os alvos das buscas está a sede da Petrobras na capital fluminense. As ordens foram expedidas pelo do juiz Luiz Antônio Bonat, da 13ª Vara de Curitiba, que ainda determinou o bloqueio de ativos financeiros dos investigados em contas.

A ofensiva é um desdobramento da 61ª etapa da Lava Jato, a “Disfarces de Mamon” e apura crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e associação ou organização criminosa.

Segundo o Estadão, a Polícia Federal informou que o suposto esquema sob investigação consistiria em sobretaxar as operações acima dos valores de mercado para inflar o lucro do banco, mediante possível pagamento de propina para operadores da empresa pública a ser dividida com empregados da instituição financeira, paga em troca do direcionamento dos negócios cambiais para o referido banco.

A PF estima que o prejuízo para os cofres públicos pode chegar a mais de US$ 18 milhões de dólares.

Depois de um paciente apresentar reação grave, os estudos com a vacina criada pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca, na Inglaterra, foram paralisados também no Brasil. Em Salvador, os mais de mil voluntários que já receberam pelo menos uma dose da vacina, aguardam novas instruções do laboratório que gere a pesquisa no país. Na capital, o estudo começou no dia 10 de julho e desde então 1.100 voluntários já receberam a primeira dose do medicamento, e 500 já tomaram a segunda. No total, o estudo, que foi iniciado em 10 de julho na cidade, vai contar com 2.500 soteropolitanos.

O Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino, que realiza os estudos no país, afirma que a pausa é comum ao procedimento. “Como parte dos estudos clínicos randomizados e controlados da vacina de Oxford contra o coronavírus em andamento, nosso procedimento padrão de revisão foi acionado e voluntariamente pausamos a vacinação para permitir a revisão dos dados de segurança por um comitê independente. Esta é uma ação rotineira que deve acontecer sempre que for identificada uma potencial reação adversa inesperada em um dos ensaios clínicos, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos estudos”, diz a nota enviada pelo instituto.

Uma das mais de 19 mil pessoas que se inscreveram para participar de forma voluntária dos estudos em Salvador, o dentista Igor Menezes, 36 anos, foi selecionado e tomaria a segunda dose da vacina na última terça-feira (8). Ao invés disso, recebeu uma ligação adiando o procedimento para a próxima segunda-feira (14). “Não sei se esse já é o tempo que eles sabem que demora para regularizar tudo, ou se podem acabar adiando de novo, mas estou tranquilo. Antes de tomar a vacina eles já avisaram que já haviam acontecido duas reações e mesmo assim eu quis tomar. Agora são três num universo de milhares, então nada muda. Não tive vontade de parar, de desistir. Vou esperar a marcação da segunda dose” , conta

Já a médica pneumologista Larissa Voss Sadigursky, que também participa dos estudos, recebeu as duas doses nos dias 21 de julho e 28 de agosto, e se diz segura. “Sei que esse é um procedimento super comum em qualquer pesquisa que envolva vacina. Diversos medicamentos que hoje e a gente usa já passaram por isso. A vacina já foi aplicada em mais de 10 mil pessoas e esse é um caso. Essa pausa só mostra a seriedade com que o estudo está sendo feito, apesar de estar acontecendo de forma acelerada, não se está pulando etapas básicas de segurança”, comenta ela, que não sentiu qualquer efeito colateral grave, apenas experimentando leve dor no corpo e enjoo nos dias seguintes à dose.

Pausa natural
Questionada pelo CORREIO sobre uma expectativa de retomada dos testes, a assessoria do Instituto D'Or disse não ter ainda essa informação. Especialistas afirmam, no entanto, que a pausa é natural. “Eventos adversos como esse são muito comuns nessa fase de pesquisa. E o estudo, quando isso acontece, tem que ser parado por um momento e o caso investigado, até para confirmar se o que ocorreu foi relacionado à vacina, se teve alguma outra causa que pode ter levado o paciente a essa complicação. É muito cedo para criar a associação de que a vacina faz mal ou que causa efeitos colaterais”, explica a médica infectologista do Hospital CardioPulmonar, Clarissa Ramos.

A médica comenta ainda sobre a mielite, reação que acabou gerando a pausa nos estudos. “Essa inflamação nos nervos pode acontecer em algumas doenças virais, como a própria infecção por zika, que tem um quadro parecido. Outras vacinações prévias podem levar também a esse quadro. È algo raro, mas que pode acontecer, tanto com doenças virais quanto com outras vacinas”, comenta.

Ela destaca, ainda, que reações como essa podem acontecer em processos de estudo para novas vacinas e que a pausa é justamente para entender se essa reação pode acontecer com um universo grande de pessoas quando a vacina vier a ser liberada “Com a vacina a gente tá tentando estimular o nosso sistema imunológico a combater uma doença. Em geral esses quadros de inflamações ocorrem, muitas vezes, por uma reação autoimune. Então é preciso parar para avaliar se foi a vacina que causou isso ou se é uma reação do corpo daquela pessoa, que depende de cada organismo. O que precisa ser avaliado é a proporção. Porque todo medicamento, toda vacina, pode trazer um efeito colateral, um prejuízo. Então é preciso avaliar, em se tendo um efeito desse, qual o percentual de pessoas que corre risco de desenvolvê-lo”, finaliza ela.

Na atual edição do Campeonato Brasileiro, o fator casa tem feito a diferença para o Bahia. Ainda que não conte com a pressão que o torcedor costuma fazer nas arquibancadas, foi como mandante que o Esquadrão conseguiu as duas vitórias que soma no torneio até o momento.

E é essa força de jogar em casa que o tricolor vai ter que mostrar nesta quinta-feira (10), quando recebe o Grêmio, às 19h15, no estádio de Pituaçu, pela 9ª rodada do Brasileirão. O time será comandado mais uma vez pelo auxiliar Cláudio Prates, mas vai ser analisado de perto por Mano Menezes, novo treinador do Bahia. Anunciado ontem, ele acompanhará a partida nas arquibancadas de Pituaçu.

O Esquadrão tem um tabu incômodo para quebrar: não vence há cinco partidas. A última vez que comemorou os três pontos foi na vitória sobre o Bragantino, por 2x1, em Pituaçu, pela 3ª rodada, no dia 16 de agosto.

Depois disso, a equipe somou empates com São Paulo, Palmeiras e Internacional e amargou derrotas para Ceará e Flamengo. Por isso, o goleiro Mateus Claus sabe que tem vencer a partida de hoje e aponta a postura que o Bahia vai ter no confronto.

“Sabemos o peso da nossa camisa e temos que nos portar de uma forma que o Bahia sempre se portou na sua história, um clube gigantesco. Jogamos em casa e sabemos que cada partida do Brasileirão é uma batalha, e não vai ser diferente contra o Grêmio, mas estamos preparados”, afirmou Claus, que vai ser mantido na equipe titular após estrear na Série A durante o empate por 2x2 com o Internacional, no último domingo, no Beira-Rio.

Por falar em time titular, o técnico interino Cláudio Prates vai ser forçado a fazer mudanças na equipe. Logo de cara, o treinador não conta com duas peças.

Na lateral esquerda, Juninho Capixaba não pode atuar por causa de uma cláusula contratual, já que está no Bahia emprestado pelo adversário. Zeca, que volta a ficar à disposição do treinador, herda a vaga. No meio-campo, Ronaldo recebeu o terceiro cartão amarelo e vai cumprir suspensão. Sem ele, a tendência é a de que o garoto Edson seja o escolhido e faça a sua primeira partida como titular da equipe principal do Bahia. Além dele, Claudinho tem as opções de Elton, Jadson e Ramon para o setor. O restante da equipe deve ser o mesmo que trouxe um pontinho na mala contra o Inter.

Pressionado
Se o Bahia vive um jejum de cinco jogos sem vencer, do outro lado o Grêmio vive fase parecida, mas com o nível de cobrança mais acentuada em cima de Renato Gaúcho.

Depois de ficar no empate por 1x1 com o Atlético-GO, na rodada passada, e amargar o quinto jogo sem vencer, o treinador chega pressionado ao confronto. Está na zona de rebaixamento, em 17º lugar.

Além disso, contra o Esquadrão, a equipe do Rio Grande do Sul vai ter praticamente um time misto, já que tem pelo menos sete desfalques certos. Na defesa, os zagueiros Kannemann e Geromel vão cumprir suspensão, enquanto os laterais Victor Ferraz e Guilherme Guedes estão machucados.

Já no meio-campo, o volante Maicon e o meia Jean Pyerre também foram vetados pelo departamento médico. A mesma situação vive o atacante Pepê, que ainda se recupera de uma lesão na coxa esquerda.

Prováveis escalações

Bahia: Mateus Claus, Nino Paraíba, Ernando, Juninho e Zeca; Gregore, Edson, Daniel e Rodriguinho; Élber e Gilberto. Técnico: Cláudio Prates (interino).

Grêmio: Vanderlei, Orejuela, Paulo Miranda, David Braz e Cortez; Lucas Silva, Mateus Henrique, Alisson, Isaque e Éverton; Diego Souza. Técnico: Renato Gaúcho.

Apontada como líder de uma organização criminosa, a delegada Maria Selma Lima não é a única acusada de delitos pela representação enviada ao Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público. Os delegados Glória Isabel Santos, diretora em exercício do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (DCCP), e Glauber Eiji Uchiyama, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), também são citados como integrantes do grupo.

Assinado em agosto deste ano pela delegada Carla Santos Ramos, o documento alega que Glória Isabel, que substituiu Maria Selma na diretoria do DCCP, seria o braço direito da servidora apontada como líder da organização.

A denúncia indica que Glória Isabel teria permitido que as ações ilícitas continuassem acontecendo mesmo com a exoneração de Maria Selma. Um fato citado no documento é a liberação de Jadson Sousa da Silva, conhecido como “Jau ou Zeus”, apresentado na 5ª Delegacia (Periperi) em junho deste ano. O homem possui dois mandados de prisão em aberto e compõe o “Baralho do Crime” da SSP por ser um dos indivíduos mais procurados da Bahia.

“Apesar da informação dos mandados de prisão em aberto, a DPC Gloria Isabel Santos o libera, entregando-o a seu advogado”, afirma a autora do relatório.

As acusações contra Glauber Eiji Uchiyama apontam que ele teria auxiliado Maria Selma a proteger um traficante identificado como Anderson Santos Carvalho, preso em janeiro de 2020, após denúncia anônima de que ele conduzia um veículo com odor de droga. Foram encontrados sete tabletes de pasta base de cocaína no painel do carro.

O então titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos não teria efetuado a prisão em flagrante de Anderson, além de não realizar oitiva do condutor do veículo, não representar por sua prisão, não instaurar Inquérito Policial e ainda levar consigo o original do Laudo do Entorpecente. Segundo Carla Ramos, Glauber assinou a ocorrência do preso e fez uma apresentação da droga à imprensa.

Neste caso, segundo o relatório, Anderson foi solto antes de ser solicitado o apoio dos cães farejadores da Coordenação de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil. Com a chegada do canil, um dos cães sinalizou a presença da droga no veículo.

O documento afirma que o traficante foi liberado sem ser interrogado apesar da substância ter sido encontrada no veículo em que ele conduzia. “Sequer Inquérito Policial foi instaurado para apurar o fato”, conclui a delegada que fez as acusações.

Telefonema
O relatório ainda aponta que, segundo o investigador Saulo Paim, o delegado Glauber Uchiyama recebeu um telefonema de Maria Selma ordenando que o veículo apreendido fosse levado à sede do departamento para posterior liberação. O pedido teria sido realizado porque a ex-diretora do DCCP estaria em companhia do advogado de Anderson Santos Carvalho, que conduzia o carro.

O investigador ainda teria contado a Carla Ramos que a droga só foi encontrada no painel do carro pela sua insistência em chamar o mecânico.

O veículo foi liberado para o condutor, indica o relatório. Após o ocorrido no começo do ano, Glauber Uchiyama foi nomeado titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos. “Não sabemos quantos veículos foram liberados a mando da DPC Maria Selma, sem uma investigação mais apurada que comprovasse a prática de crime e a autoria de delitos por quaisquer dos membros da Organização Criminosa chefiada pela mesma”, dispara a denúncia.

Procurado, Glauber Uchiyama preferiu não se posicionar, indicando que as respostas partem da assessoria de comunicação da Polícia Civil. A reportagem não conseguiu contato com a delegada Glória Isabel.

Em nota, a assessoria da polícia afirma que a Corregedoria da Instituição (Correpol) tomou conhecimento sobre um relatório com denúncias, na sexta-feira (4) e iniciou as apurações. Informa ainda que um procedimento relacionado a Maria Selma se encontra em andamento na Correpol e não há inquéritos instaurados contra os demais delegados citados no relatório.

Em resposta enviada ao CORREIO, o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia (ADPEB), delegado Fabio Lordello, afirma que a entidade acompanha o desdobramento dos fatos e vai prestar assistência jurídica a Glória Isabel e Glauber Uchiyama, que são sindicalizados.

“A ADPEB reafirma a importância de que toda investigação seja conduzida com transparência e que sejam asseguradas aos envolvidos todas as garantias constitucionais, notadamente o contraditório e a ampla defesa, direitos irrevogáveis atinentes a todos os cidadãos”, disse o presidente.

O Projeto de Lei 4503/20 proíbe o aumento de preços, sem justa causa, de itens da cesta básica durante a vigência do estado de calamidade pública decorrente do novo coronavírus, que vai até dezembro.

Pela proposta em análise na Câmara dos Deputados, a data base de fixação dos preços será dia 1º de março de 2020. Os aumentos após esta data, sem justa causa, serão punidos com multa de R$ 5 mil a R$ 50 mil por item.

Reiterada a prática de aumento de preços, o estabelecimento será interditado pelo prazo de 30 dias.

Autor da proposta, o deputado André Janones (Avante-MG) destaca que, do início do ano até julho, houve aumento médio de 34% no preço do feijão, enquanto o quilo de arroz encareceu em média 23%, conforme estudo realizado por uma plataforma de inteligência de mercado.

“De acordo com levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse), os preços médios de produtos da cesta básica aumentaram, em agosto, em 13 das 17 capitais pesquisadas”, aponta. “Os dados mostram que os produtos mais básicos para o dia a dia do brasileiro aumentaram muito acima da inflação”, critica.

Exportação
Janones também cita avaliação de economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) segundo a qual “entre vender dentro do País e mandar para o exterior, o produtor brasileiro tem escolhido a exportação, porque está ganhando mais dinheiro”.

Conforme o projeto apresentado pelo deputado, o Poder Executivo poderá impor limites à exportação de itens da cesta básica se houver risco de desabastecimento interno ou de aumento exagerado de preços no Brasil.

Outras propostas
Na Câmara, já tramitam outros projetos que visam limitar os preços da cesta básica durante a pandemia, como o PL 2608/20, o PL 2879/20 e o PL 2211/20.

A Bahia registrou 40 novos óbitos e 2.274 novos casos confirmados de covid-19 (taxa de crescimento de +0,8%) nas últimas 24h, de acordo com novo boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta-feira (9).

Ao todo, 2.245 pessoas são consideradas curadas (+0,9%), o que faz com que os casos ativos da doença se mantenham em queda, com 7.830 casos ativos atualmente. Dos 275.088 casos confirmados desde o início da pandemia, 261.484 já são considerados curados.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 416 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (29,36%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (6.067,14), Almadina (5.911,41), Itabuna (5.264,44), Dário Meira (4.967,32), Salinas da Margarida (4.793,92).

Apenas Novo Horizonte não tem registro da doença desde o início da pandemia, em março.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 518.122 casos descartados e 85.196 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quarta-feira (9).

Na Bahia, 24.104 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 40 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

Bahia registra 40 mortes e 2.274 novos casos de covid-19 em 24h

Perfis
O número total de óbitos por covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 5.774, representando uma letalidade de 2,10%. Dentre os óbitos, 55,80% ocorreram no sexo masculino e 44,20% no sexo feminino.

Em relação ao quesito raça e cor, 52,44% corresponderam a parda, seguidos por branca com 16,56%, preta com 15,50%, amarela com 0,81%, indígena com 0,10% e não há informação em 14,58% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 75,01%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (76,24%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

A nova edição do reality ‘A Fazenda’ não perdeu a mania de trazer para o público celebridades que estavam desaparecidas dos holofotes.

Em sua 12ª edição que estreou na última terça-feira (8), o programa revirou o baú dos artistas e das subcelebridades, colocando em confinamento uma mistura curiosa.

Listamos os famosos que vão brigar pelo prêmio de R$ 1,5 milhão dado pela Record em 2020. Confira:

Jojo Todynho: a funkeira de 23 anos ficou conhecida em 2017 após o hit ‘Que Tiro Foi Esse’. Na época a artista ganhou o apoio de Anitta e por isso cresceu ainda mais nas redes sociais.

Biel: o MC de 24 anos, foi uma das primeiras celebridades canceladas na internet após assediar uma jornalista e agredir a ex-mulher, Duda Castro. Em entrevista, o funkeiro disse que espera se redimir dos erros.

Stefani Bays e Lipe Araújo: apesar de serem listados como um casal, os dois participantes do ‘De Férias com o Ex – Brasil’ (25 e 28 anos respectivamente) não tem nenhum romance rolando, inclusive os dois vivem em pé de guerra e é por uma briga dos influenciadores digitais que o público espera.

Mateus Carrieri: o ator de 53 anos, que já está acostumado com o confinamento, após integrar o elenco de ‘Casa dos Artistas’, trouxe ao público uma memória curiosa, sua polêmica capa da revista G Magazine ao lado do filho, Kaíke Carrieri.

Jakelyne Oliveira: a modelo e influencer de 27 anos é mais conhecida pelo título de Miss Brasil que conquistou em 2013. Solteira, a artista vem de um fim de romance com Henri Casteli.

Raissa Barbosa: a ex-Miss Bumbum, de 29 anos, é mais conhecida por ser um desafeto da funkeira MC Mirella.

Lucas Maciel e Carol Narizinho: encontro de exs? Ex-colegas de trabalho. O humorista, de 26 anos e a influenciadora de 30, participaram do extinto programa ‘Pânico’, na Band.

Lucas Strabko: mais conhecido como Cartolouco, o ex-comentarista da Globo, de 25 anos, foi demitido da emissora após diversas polêmicas no local de trabalho, causadas pelo seu comportamento pouco profissional.

MC Mirella: a funkeira, de 22 anos, é uma das mais bombadas nas redes sociais e tem dentro da casa o ex-affair, Biel. A cantora foi acusada de aliciar menores em uma espécie de tráfico, no qual ela oferecia garotas para o dono de um shopping como se fosse trabalho de influenciadora digital.

Victória Villarim: a modelo e bailarina de 28 anos, fez parte do programa ‘Casa Bonita’, mas foi apresentada no programa como ex-noiva do cantor Eduardo Costa.

Juliano Ceglia: o jornalista esportivo de 42 anos, usa suas redes sociais, com mais de 60 mil seguidores, para dar dicas de saúde e bem-estar.

Fernandinho Beatbox: conhecido como um dos maiores nomes do beatbox no Brasil, o paulistano de 45 anos, surpreendeu ao aparecer na casa, já que não havia sido especulado por ninguém.

JP Gadêlha: o bombeiro baiano de 31 anos, que participou da versão brasileira do The Circle, se tornou comentarista oficial dos realities na web e chegou a receber o título de biscoiteiro. Só não vai conseguir comentar o próprio programa.

Lidi Lisboa: a atriz de 36 anos, que tem passagens pela Globo e Record, promete colocar todo mundo no lugar. Vale lembrar que a artista já foi acusada de ter ataque de “estrelismo” fora do reality e dentro do jogo foi a primeira a chamar a atenção dos confinados.

Tays Reis: a cantora de 28 anos, ex-vocalista da banda Vingadora, é uma das representantes da Bahia no jogo.

Rodrigo Moraes: apresentador de 35 anos, o rapaz é um dos ‘desconhecidos’ do público, mas fez a audiência suspirar com a beleza e a simpatia.

Luiza Ambiel: a musa da Banheira do Gugu fechou com chave de ouro a sessão nostalgia do elenco. Aos 48 anos, a atriz ainda é lembrada pelo seu período como sex symbol brasileiro.

Mariano: o sertanejo de 33 anos, dupla com Munhoz, já era esperado na casa. O bonitão voltou aos holofotes após se tornar comentarista do programa ‘Soltos em Floripa’.

 

 

 

 

Preocupado com o efeito do aumento de preços dos alimentos na popularidade do presidente Jair Bolsonaro, o governo quer zerar as tarifas de importação de alguns itens da cesta básica para facilitar a entrada dos produtos estrangeiros. Ontem, ao falar sobre a variação do preço do arroz - que disparou nas últimas semanas, com o pacote de cinco quilos chegando a custar R$ 40 em alguns sites (normalmente, é vendido a cerca de R$ 15) -, Bolsonaro disse que o governo prepara medidas para encarar a inflação dos alimentos e "dar uma resposta a esses preços que dispararam nos supermercados".

No Palácio do Planalto foi instalado um gabinete para informar o presidente sobre a variação dos preços dos produtos. Esse trabalho já estava sendo feito pelos ministérios da Economia e da Agricultura, mas Bolsonaro pediu para acompanhar mais de perto as oscilações dos preços, já que é cobrado pela rede de informações - principalmente nos grupos de WhatsApp.

Como o Estadão mostrou, o aumento das importações de alimentos por parte da China e a desvalorização do real ante o dólar encareceram os produtos básicos no País - e levou também a uma queda de braço entre os supermercadistas e a indústria de alimentos sobre o repasse do aumento de custos para os consumidores.

A alta acontece justamente no momento em que o auxílio emergencial, pago a desempregados e trabalhadores informais e responsável pelo aumento da popularidade do presidente durante a pandemia, foi reduzido à metade, de R$ 600 para R$ 300.

No fim do mês passado, já preocupado com o aumento dos preços, o Ministério da Agricultura defendeu zerar as taxas de importação do arroz, trigo e soja. A alíquota de importação de países de fora do Mercosul é de 12%, no caso do arroz, e de 8%, para soja e milho. A medida, porém, precisa do aval da Secretaria-Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Não há data de quando o tema será tratado.

Esses produtos têm pouca importação no Brasil - a ideia é justamente tirar a taxa para que aumente a compra enquanto os preços internos estão altos. De janeiro a julho, a soja foi o produto número um em exportações, com vendas que somam US$ 23,795 bilhões (19,7% do total exportado). As importações do produto, no entanto, somaram apenas US$ 119,17 milhões (0,1% do total importado).

O Brasil importou US$ 78,13 milhões em milho (0,09% das importações totais) e exportou US$ 1,251 bilhão (1,04% das exportações). Em relação ao arroz, as importações somaram US$ 8,65 milhões (0,01% do total), enquanto as exportações não passaram de US$ 108,83 milhões (0,09%).

Na reunião ministerial de ontem, este foi o principal assunto da pauta. O presidente disse que, embora tenha preocupação, não vai "dar canetada" - no sentido de uma intervenção nos preços (mais informações nesta página). Segundo Bolsonaro, no seu governo "não tem fiscal do Sarney" porque isso não deu certo no passado e não daria agora, em referência ao grupo de donas de casa mineiras criado em 1983, três anos antes do lançamento do Plano Cruzado pelo presidente José Sarney (PMDB).

Naquele ano, o governo congelou os preços e passou a divulgar a "tabela da Sunab", publicada nos jornais e fixada nos supermercados, mostrando quanto cada coisa deveria custar. Bolsonaro lembrou que, já no governo dele, houve problemas com o preço da carne, mas que, depois, as coisas se acertaram.

"Tenho apelado para eles (donos de supermercados), ninguém vai usar a caneta Bic para tabelar nada, não existe tabelamento, mas pedindo para eles que o lucro desses produtos essenciais nos supermercados seja próximo de zero. Acredito que nova safra começa a ser colhida em dezembro, janeiro, de arroz em especial, a tendência é normalizar o preço", disse o presidente, em vídeo postado nas redes sociais.

Na última semana, em viagem ao interior de São Paulo, Bolsonaro já havia falado sobre um "apelo" aos comerciantes e chegou a pedir "patriotismo". No vídeo, o presidente disse que está pedindo apoio a intermediários e donos de grandes redes de supermercados para evitar a alta do valor dos alimentos básicos

Reunião

Nesta quarta-feira, representantes da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) têm reunião com o governo, em Brasília, para discutir o assunto. A associação deve apresentar um panorama geral sobre a inflação dos alimentos e tratar de eventuais medidas que possam reduzir o preço dos produtos nas gôndolas. A expectativa é de que o encontro reúna representantes do Ministério da Economia, Agricultura e Palácio do Planalto.

A inflação oficial no País até julho é de 0,46%. Mas uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o custo da cesta básica para o consumidor já subiu bem mais do que a inflação em 16 capitais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Preocupado com o efeito do aumento de preços dos alimentos na popularidade do presidente Jair Bolsonaro, o governo quer zerar as tarifas de importação de alguns itens da cesta básica para facilitar a entrada dos produtos estrangeiros. Ontem, ao falar sobre a variação do preço do arroz - que disparou nas últimas semanas, com o pacote de cinco quilos chegando a custar R$ 40 em alguns sites (normalmente, é vendido a cerca de R$ 15) -, Bolsonaro disse que o governo prepara medidas para encarar a inflação dos alimentos e "dar uma resposta a esses preços que dispararam nos supermercados".

No Palácio do Planalto foi instalado um gabinete para informar o presidente sobre a variação dos preços dos produtos. Esse trabalho já estava sendo feito pelos ministérios da Economia e da Agricultura, mas Bolsonaro pediu para acompanhar mais de perto as oscilações dos preços, já que é cobrado pela rede de informações - principalmente nos grupos de WhatsApp.

Como o Estadão mostrou, o aumento das importações de alimentos por parte da China e a desvalorização do real ante o dólar encareceram os produtos básicos no País - e levou também a uma queda de braço entre os supermercadistas e a indústria de alimentos sobre o repasse do aumento de custos para os consumidores.

A alta acontece justamente no momento em que o auxílio emergencial, pago a desempregados e trabalhadores informais e responsável pelo aumento da popularidade do presidente durante a pandemia, foi reduzido à metade, de R$ 600 para R$ 300.

No fim do mês passado, já preocupado com o aumento dos preços, o Ministério da Agricultura defendeu zerar as taxas de importação do arroz, trigo e soja. A alíquota de importação de países de fora do Mercosul é de 12%, no caso do arroz, e de 8%, para soja e milho. A medida, porém, precisa do aval da Secretaria-Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Não há data de quando o tema será tratado.

Esses produtos têm pouca importação no Brasil - a ideia é justamente tirar a taxa para que aumente a compra enquanto os preços internos estão altos. De janeiro a julho, a soja foi o produto número um em exportações, com vendas que somam US$ 23,795 bilhões (19,7% do total exportado). As importações do produto, no entanto, somaram apenas US$ 119,17 milhões (0,1% do total importado).

O Brasil importou US$ 78,13 milhões em milho (0,09% das importações totais) e exportou US$ 1,251 bilhão (1,04% das exportações). Em relação ao arroz, as importações somaram US$ 8,65 milhões (0,01% do total), enquanto as exportações não passaram de US$ 108,83 milhões (0,09%).

Na reunião ministerial de ontem, este foi o principal assunto da pauta. O presidente disse que, embora tenha preocupação, não vai "dar canetada" - no sentido de uma intervenção nos preços (mais informações nesta página). Segundo Bolsonaro, no seu governo "não tem fiscal do Sarney" porque isso não deu certo no passado e não daria agora, em referência ao grupo de donas de casa mineiras criado em 1983, três anos antes do lançamento do Plano Cruzado pelo presidente José Sarney (PMDB).

Naquele ano, o governo congelou os preços e passou a divulgar a "tabela da Sunab", publicada nos jornais e fixada nos supermercados, mostrando quanto cada coisa deveria custar. Bolsonaro lembrou que, já no governo dele, houve problemas com o preço da carne, mas que, depois, as coisas se acertaram.

"Tenho apelado para eles (donos de supermercados), ninguém vai usar a caneta Bic para tabelar nada, não existe tabelamento, mas pedindo para eles que o lucro desses produtos essenciais nos supermercados seja próximo de zero. Acredito que nova safra começa a ser colhida em dezembro, janeiro, de arroz em especial, a tendência é normalizar o preço", disse o presidente, em vídeo postado nas redes sociais.

Na última semana, em viagem ao interior de São Paulo, Bolsonaro já havia falado sobre um "apelo" aos comerciantes e chegou a pedir "patriotismo". No vídeo, o presidente disse que está pedindo apoio a intermediários e donos de grandes redes de supermercados para evitar a alta do valor dos alimentos básicos

Reunião

Nesta quarta-feira, representantes da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) têm reunião com o governo, em Brasília, para discutir o assunto. A associação deve apresentar um panorama geral sobre a inflação dos alimentos e tratar de eventuais medidas que possam reduzir o preço dos produtos nas gôndolas. A expectativa é de que o encontro reúna representantes do Ministério da Economia, Agricultura e Palácio do Planalto.

A inflação oficial no País até julho é de 0,46%. Mas uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o custo da cesta básica para o consumidor já subiu bem mais do que a inflação em 16 capitais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.