Terça, 07 Maio 2024 | Login

Ao tomarem conhecimento da traição de um ex-integrante, traficantes do Comando da Paz (CP) optaram pela vingança na família do desertor. Eles executaram a dona de casa Franciléia Sodré, 41, na madrugada de anteontem, em Dias D'Ávila, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ela era a mãe de um rapaz que integrava a CP e debandou para a arquirrival Katiara.

Há uma semana, o então traidor participou de um ataque aos ex-comparsas e por volta das 2h30 da quarta-feira, 02, integrantes do CP retiraram Franciléia de dentro de casa e a mataram com tiros de escopeta na cabeça. O crime ocorreu no bairro de Varginha, área da Katiara.

A vingança se estendeu para a avó do desertor, identificada como Ana, que estava com Franciléia e foi baleada no abdômen. A idosa foi socorrida para uma UPA em Dias D'Ávila e posteriormente transferida para uma unidade médica em Salvador. Não há informações sobre o estado de saúde dela.

Sobre o crime, a Polícia Civil informou que o caso é investigado pela 25ª Delegacia Territorial (DT/Dias D'Ávila). A PC disse que, segundo informações preliminares, homens invadiram a casa de Franciléia e a retiraram à força do local, apesar da resistência da idosa.

"A Polícia Militar foi acionada para as buscas, mas já encontrou o corpo de Franciléia em via pública, com disparos de arma de fogo. Autoria e motivação ainda são desconhecida", diz nota da PC.

Desforra

Populares afirmam que o crime foi cometido por traficantes do CP por vingança, pois um dos filhos de Franciléia passou para o lado da Katiara e participou de um ataque com os novos comparsas no bairro da Concórdia, território do Comando da Paz.

"Ele foi visto entrando e saindo de um dos carros usados no ataque à CP, grupo que antes fazia parte. Filmaram ele com o pessoal da Katiara. A mãe não tinha a ver. Infelizmente ela pagou pelo filho", contou uma das fontes ouvidas, que preferiu não se identificar.

O crime aconteceu na Travessa Boa Esperança, da Rua Castro Alves, bairro de Varginha. A casa da Franciléia fica em local de poucas residências, mas testemunhas ouviram pelo menos duas vozes distintas de homens que bateram na porta procurando por ela. Ao atender, a idosa Ana foi logo baleada.

"Depois eles entraram e arrastaram a mãe do rapaz pelos cabelos para o lado de fora e a executaram em via pública com tiros de 12 (escopeta) ", disse a fonte, apontando para o local onde estava o corpo.

Um vídeo feito após a execução de Franciléia pelos próprios algozes circula nas redes sociais. Nas imagens, os bandidos aparecem efetuando mais disparos contra o corpo da dona de casa. Em outra imagem, os bandidos aparecem comemorando o feito exibindo as armas.

Após o crime, a Polícia Militar foi acionada. Por meio de nota, a PM informou que, de acordo com a 36ª CIPM, policiais da unidade foram até a Rua Castro Alves e foram informados de que “havia duas vítimas dos disparos e que uma já estava no hospital. Foram realizadas rondas na região, e, a outra vítima foi encontrada caída ao solo na Travessa Boa Esperança”, diz o texto.

Na manhã de ontem, polícias da 36ª CIPM reforçaram o policiamento no local. Unidades circularam por vários pontos e realizaram abordagens a carros, motos e também nos moradores. A intensão, disse a PM, é aumentar a sensação de segurança nos bairros de Varginha e Concórdia e adjacências, pois há risco iminente de novos ataques dos dois lados.

"A guerra não vai parar tão cedo. O pessoal da Katiara já disse que não vai perdoar a morte da mulher, uma inocente", disse outra fonte.

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O excesso de mortalidade no Brasil entre 1º de janeiro e 17 de abril deste ano foi de 211.847 mortes (ou 64% além do esperado) - mais um indicador a comprovar o impacto da pandemia de covid-19 no número de óbitos no País. O número já é bem próximo ao registrado ao longo de todo o ano passado (275.587 mortes a mais do que o esperado), mostrando o recrudescimento da doença. Para especialistas, o número elevado de mortes deve ter um impacto direto na expectativa de vida.

Os dados integram o Painel de Análise do Excesso de Mortalidade por Causas Naturais no Brasil em 2021, preparado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) em parceria com a organização global de saúde pública Vital Strategies e com a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

O painel reúne dados sobre todas as mortes por causas naturais informadas no Portal de Transparência do Registro Civil (RC), levantados em parceria com a Arpen. As mortes naturais são aquelas causadas por doenças ou mau funcionamento interno do corpo e incluem óbitos por covid-19 e outras doenças respiratórias. Os números são comparados com a projeção da mortalidade estimada a partir da série histórica de óbitos, com dados reunidos pelo Sistema de Informação de Mortalidade entre 2015 e 2019.

Os dados reunidos no painel mostram ainda que o excesso de mortalidade no País até 17 de abril já representa 77% do excesso de mortalidade registrado em todo o ano de 2020. "Esta comparação dá uma dimensão do impacto da covid-19 já nos primeiros meses de 2021", afirma o assessor técnico do Conass, Fernando Avendanho.

O acompanhamento das taxas de excesso de mortalidade é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para avaliar os reflexos da covid-19 na mortalidade em geral. "Os dados, associados à análise do número de mortes e infecções da doença, permitem ter um quadro mais preciso sobre as consequências diretas e indiretas da pandemia, fornecendo informações para a formulação de estratégias eficazes para o enfrentamento da crise", reforça o diretor executivo da Vital Strategies no Brasil, Pedro de Paula.

Além das mortes por covid-19, o indicador de excesso de mortalidade registra também os óbitos por atraso no diagnóstico e tratamento de outras doenças, em virtude da crise sanitária e do aumento da demanda dos serviços de saúde. "Além de captar os óbitos por covid, esse indicador também nos fornece informações sobre a mortalidade como um todo, inclusive sobre casos relacionados de forma indireta à pandemia, como o de pessoas que não vão ao hospital por medo de se contaminar, as que morrem em casa, ou as que não são atendidas por conta da sobrecarga dos serviços de saúde", explicou o epidemiologista Renato Teixeira, da Vital Strategies.

Rejuvenescimento
Os números do painel confirmam também a tendência de rejuvenescimento da pandemia e da maior vulnerabilidade dos homens já apontadas por outros indicadores. O excesso de mortes vem crescendo entre a população de até 59 anos e se mantido maior entre os homens. Na população do sexo masculino de todas as faixas etárias, o número esperado de óbitos era de 171.132 até a semana de 11 de abril. O excesso de mortes observado, no entanto, foi de 115.843, equivalente a 68% do que havia sido inicialmente projetado.

Entre mulheres, o porcentual de excesso foi de 61%. O número de óbitos esperado era de 157.533, mas foram identificados 96.004 a mais. Entre homens com até 59 anos, o porcentual de excesso de mortalidade é de 86% e entre mulheres nesta faixa etária, de 81% Uma das hipóteses que podem explicar o fenômeno é o fato de homens adotarem comportamento de maior risco de contaminação por covid-19. A nova variante P.1 também tem atingido mais a população abaixo dos 60 anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro no Jacarezinho, zona norte da capital fluminense, contra o tráfico de drogas na região, acabou se transformando num massacre e mais uma mancha na imagem do país com repercussão internacional.

Até as 15h45, quando a operação iniciada pela manhã ainda continuava, eram pelo menos 25 mortos, já aparecendo como a ação policial mais letal da história do Rio, seguno levantamento feito pelo G1, com informações do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (Geni) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da plataforma Fogo Cruzado.

Um dos mortos foi o policial civil André Leonardo de Mello Frias, da Delegacia de Combate à Drogas (Dcod). Segundo a Polícia Civil, os outros 24 assassinados são suspeitos de integrar o crime organizado, embora as identidades ou circunstâncias das mortes ainda não tenham sido reveladas.

Ao G1, o sociólogo Daniel Hirata, do Geni/UFF, classificou a operação como inaceitável e disse que é mais grave do que chacinas como a de Baixada Fluminense, em 2005, ou a de Vigário Geral, em 1993.

“Foi a operação mais letal que consta na nossa base de dados, não tem como qualificar de outra maneira que não como uma operação desastrosa. (...) É uma ação autorizada pelas autoridades policiais, o que torna a situação muito mais grave”.

Segundo moradores, a ação se tornou mais violenta após a morte do policial, tornando-se “incontrolável”.

Outros dois agentes foram baleados e dois passageiros do metrô ficaram feridos após serem atingidos dentro de uma composição.

Repercussão internacional
O massacre na favela carioca, rapidamente, repercutiu na imprensa internacional. Veículos britânicos como o The Guardian, BBC, The Independent, The Sunday Times e o argentino La Nación noticiaram o ocorrido.

"Os tiroteios feriram dois passageiros do metrô, que circula na superfície daquela parte da cidade, afirmam as reportagens, que mostram pacientes sendo atendidos na plataforma", escreveu o jornal argentino La Nación.

O Guardian classificou a ação como uma carnificina. "Fotografias e vídeos feitos pelos moradores e compartilhados com o jornal mostram cadáveres ensanguentados espalhados nas estreitas vielas da favela e ao lado do rio poluído que dá nome ao Jacarezinho", diz a reportagem.

Os jornais também destacaram as imagens aéreas que mostram suspeitos fugindo da polícia pulando de laje em laje pelas casas da favela, divulgadas pela TV Globo.

Em nota, a Polícia Civil disse que fez uma operação contra o crime organizado e que comunicou o Ministério Público sobre a ação, como determina o Supremo Tribunal Federal (STF).

Letalidade policial no STF
Na tarde desta quinta, após a repercussão do massacre, o ministro Edson Fachin, do STF, decidiu pautar para o próximo dia 21 o julgamento de recurso do PSB sobre a elaboração de um plano de redução da letalidade policial.

O ministro colocou o tema em discussão no plenário virtual da Corte. Desde junho do ano passado, o STF suspendeu operações em favelas durante a pandemia. A decisão permite ações apenas em "hipóteses absolutamente excepcionais", com o Ministério Público sendo avisado. Com informações do Uol, G1 e Estadão Conteúdo.

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Uma pesquisa feita pela ONG mexicana "Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal" deu a Feira de Santana, no interior da Bahia, o título de 9ª cidade mais violenta do mundo. No top 50 também são litados os muncípios baianos de Vitória da Conquista (20ª posição) e Salvador (28ª).

A ONG é considerada uma das principais entidades internacionais no monitoramento de taxas de crimes violentos, segurança pública, narcotráfico e políticas de governo.

O principal dado utilizado no estudo é a taxa de homicídios em cidades com mais de 300 mil habitantes. É feita uma média levando em conta o número de assassinatos a cada 100 mil habitantes.

O levantamento é feito anualmente levando em conta dados oficiais ou fontes alternativas, como jornais e portais de notícia.

No caso das cidades baianas, a ONG afirmou que os dados usados no estudo foram encontrados publicamente no site da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).

A SSP-BA, no entanto, discorda do veredito. Em nota, o órgão afirmou que o estudo usa fontes não oficiais, como recortes de jornais e revistas para levantar informações.

"Diferentemente do que foi divulgado pelo estudo, a taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais por 100 mil habitantes em Vitória da Conquista foi de 35,8, em Salvador fica em 40,8 e na cidade de Feira de Santana 62,9", corrige.

Com os dados da SSP, Feira de Santana cairia para a 11ª posição, Salvador para 36ª e Conquista para 37ª.

Apesar da discordância da secretaria, o estudo estudo aponta um crescimento dos crimes de homicídio em Feira de Santana. Em 2017, por exemplo, a cidade estava em 15º lugar na lista, com índice de 60,23 homicídios a cada 100 mil habitantes. Agora, a taxa subiu para 67,46.

Salvador, por outro lado, caiu na mesma comparação. Em 2017, a capital baiana aparecia em 20º lugar, com índice de 54,71. Agora, em 28º, apresenta taxa de 46,80 – também por homicídios a cada 100 mil habitantes.

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Um policial militar foi morto na manhã desta segunda-feira (19) enquanto trabalhava. Leandro Cursino da Silva, 35 anos, estava dentro da viatura quando foi atingido por um tiro na cabeça. O crime aconteceu na Rua Silveira Martins, no Resgate, em Salvador. 

O criminoso atirou em direção à viatura após a guarnição se aproximar de dois homens para para realizar abordagens de dois suspeitos a bordo de uma motocicleta. Na troca de tiros, o homem que matou Leandro acabou ferido.

Tanto o soldado quanto o atirador foram encaminhados ao Hospital Geral Roberto Santos, no entanto, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) o agente acabou não resistindo aos ferimentos. De acordo com a Polícia Civil, o criminoso também não resistiu e morreu na unidade de saúde. O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa já expediu as guias para perícia e remoção.

Em nota, a Polícia Militar lamentou a morte do integrante da corporação. Confira na íntegra abaixo.

"É com muito pesar que a Polícia Militar informa o falecimento do soldado PM Leandro Cursino da Silva, lotado na 23ª CIPM/Tancredo Neves.

O militar foi atingido por disparo de arma de fogo, após realizar uma abordagem a um suspeito de roubar uma motocicleta no Resgate, Cabula. Ele foi socorrido para o Hospital Geral Roberto Santos, mas infelizmente não resistiu ao ferimento.

O policial fazia parte da corporação há 5 anos. As informações sobre o velório e sepultamento estão sendo definidos pela família.

 

O Departamento de Promoção Social (DPS) da PM está prestando todo o suporte e apoio à família do policial militar."

Um policial militar foi morto na manhã desta segunda-feira (19) enquanto trabalhava. Leandro Cursino da Silva, 35 anos, estava dentro da viatura quando foi atingido por um tiro na cabeça. O crime aconteceu na Rua Silveira Martins, no Resgate, em Salvador. 

O criminoso atirou em direção à viatura após a guarnição se aproximar de dois homens para para realizar abordagens de dois suspeitos a bordo de uma motocicleta. Na troca de tiros, o homem que matou Leandro acabou ferido.

Tanto o soldado quanto o atirador foram encaminhados ao Hospital Geral Roberto Santos, no entanto, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) o agente acabou não resistindo aos ferimentos. De acordo com a Polícia Civil, o criminoso também não resistiu e morreu na unidade de saúde. O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa já expediu as guias para perícia e remoção.

Em nota, a Polícia Militar lamentou a morte do integrante da corporação. Confira na íntegra abaixo.

"É com muito pesar que a Polícia Militar informa o falecimento do soldado PM Leandro Cursino da Silva, lotado na 23ª CIPM/Tancredo Neves.

O militar foi atingido por disparo de arma de fogo, após realizar uma abordagem a um suspeito de roubar uma motocicleta no Resgate, Cabula. Ele foi socorrido para o Hospital Geral Roberto Santos, mas infelizmente não resistiu ao ferimento.

O policial fazia parte da corporação há 5 anos. As informações sobre o velório e sepultamento estão sendo definidos pela família.

O Departamento de Promoção Social (DPS) da PM está prestando todo o suporte e apoio à família do policial militar."

 

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O policial civil Joel dos Santos de Jesus, 49 anos, foi assassinado na noite desta segunda (12), na Rua Camilo de Jesus Lima, no bairro de Santa Mônica, nas proximidades do Conjunto Bahia, em Salvador. Joel dos Santos era lotado no Departamento de Polícia Metropolitana (Depom). A morte foi confirmada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc).

O policial estava acompanhado de duas mulheres e um homem, quando um carro preto, com vidros escuros, parou ao lado do grupo, que conversava no fundo de uma pick up. De acordo com a polícia, o local onde o grupo estava é um restaurante. Dois homens saíram do carro e anunciaram o assalto.

De acordo com as imagens de câmeras de segurança do local, a dupla de assaltantes parece perceber que o policial estava armado. Um dos criminosos, que usa uma farda azul, tenta alcançar algo na calça de Joel, quando o outro criminoso dispara.

Baleado, o policial caiu no fundo do carro onde conversava. O homem que estava com Joel e ficou de braços levantados durante a ação reagiu após a fuga dos bandidos e disparou contra o carro. Um dos bandidos se jogou em cima do veículo, já em movimento, para escapar.

De acordo com Centro Integrado de Comunicação da Secretaria de Segurança Publica, o Samu foi acionado. No entanto, o Sindpoc informou que o policial morreu no local. O Cicom informou ainda que viaturas estão em ronda na área em busca dos autores do crime. Veja abaixo imagens de câmeras de segurança da rua.

No final da noite, a Polícia Civil divulgou nota sobre a morte de Joel dos Santos. De acordo com o comunicado, o policial não estava de serviço e visitava familiares no bairro de Santa Mônica. A Delegacia de Homicídios vai investigar o crime.

Nota da Polícia Civil sobre Santa Mônica

Equipes de diversos Departamentos da Polícia Civil apuram a morte do investigador Joel dos Santos de Jesus, de 49 anos, atingido por disparo de arma de fogo, na noite desta segunda-feira (12), na Rua Camilo de Jesus Lima, no bairro de Santa Mônica. De acordo com informações iniciais, o policial civil, que não estava de serviço, visitava familiares, quando dois criminosos em um veículo Ford Fiesta, cor preta, anunciaram um assalto. Durante a ação criminosa, a dupla percebeu que a vítima estava armada e atirou contra o investigador, que morreu no local. A Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM) dará seguimento às investigações.

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Dois homens foram mortos e outras três pessoas ficaram feridas em um ataque a tiros na Boca do Rio na noite do domingo (11). O crime aconteceu na Rua João Carlos Sacramento. Vivaldo José dos Santos Neto, 23 anos, morreu no local. Já Marcelo Nascimento, 45 anos, chegou a ser socorrido com vida, mas morreu na manhã desta segunda.

Segundo relatos de testemunhas, o grupo de amigos e vizinhos estava na porta da casa de um deles, bebendo e conversando. Como vivem todos na mesma rua, eles tinham o costume de colocar uma mesa com cadeiras na calçada para bater papo todo domingo. Por volta das 20h30, uma moto e um carro Sandero, de cor escura, se aproximaram do local. Os bandidos desceram e assaltaram os moradores. Sete celulares foram levados.

Depois do roubo, eles começaram a fazer disparos aleatórios, voltaram para os veículos e fugiram. Cinco pessoas foram baleadas. Além de Vivaldo e Marcelo, foram feridos Maurício Jesus Dias dos Santos, 18 anos, Cleilane dos Reis Sousa, 23 anos e Edilson Vitorio, 22 anos. Cleilane, que levou um tiro pé, já recebeu alta. O grupo foi socorrido primeiro para emergência do Marback e depois para o Hospital Geral do Estado (HGE), com exceção de Edilson, que está no Hospital da Bahia.

Vizinhos contam que o grupo era trabalhador e aproveitava o domingo para relaxar. Vivaldo era casado e deixa filhas de 5 e 2 anos. Marcelo era casado com uma tia de Vivaldo e deixa também um filho de 2 anos.

Moradores da região fizeram um protesto na manhã desta segunda, usando objetos queimados para fechar a rua. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conteve as chamas. Com apoio da Polícia Militar, o tráfego foi novamente liberado.

Uma equipe da 39ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) foi acionada ontem à noite, segundo a PM, com a informação do crime. A equipe foi até a unidade do Marback para averiguar a situação e depois fez buscas na região para tentar localizar os suspeitos, sem sucesso.

O caso será investigado pelo 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Guias foram emitidas para perícia no local do crime, segundo a Polícia Civil. Autoria e motivação são apuradas.

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Uma jovem de apenas 23 anos e cheia de sonhos, que foram interrompidos por um tiro na barriga. A operadora de caixa que morreu após um assalto no Mercado JN, no bairro de Valéria, tinha nome, sobrenome, família e uma filha de apenas 8 anos.

"Não tem como não falar dela sem lembrar como ela era feliz, uma menina cheia de sonhos, de planos e de uma alegria que me conquistou e conquistou a todos que conheceram ela enquanto esteve viva. Ela era do bem, nunca fez mal a ninguém, não merecia isso", disse o companheiro dela, Daniel MSilva, 35 anos.

Alicia Gonçalves dos Santos era casada com ele há seis meses. Ela estava em mais um dia normal de trabalho, quando ocorreu um assalto no mercadinho onde ela operava o caixa. O crime aconteceu na noite de quarta (3), por volta das 19h, na Rua da Matriz. Já era fim do expediente quando quatro assaltantes apareceram, invadiram o estabelecimento e anunciaram o roubo, que acabou em tiroteio após um dos clientes, que também estava armado, reagir à abordagem e disparar várias vezes contra os criminosos, que revidaram.

Na confusão, Alicia foi atingida de raspão, na barriga, por uma bala perdida. Ela chegou a ser socorrida para uma Unidade de Pronto Atendimento, onde passou por reanimação, mas não resistiu.

A morte de Alícia deixou a família da operadora desnorteada. "Eu estava em casa, pronto para buscar ela porque o bairro estava deserto. Tinha falado minutos antes com Alícia, que me disse que faltava pouco pra sair. Nesse meio tempo, ainda em casa, ouvi os tiros. Achei que fosse em outro lugar, outra rua, mas foi lá", disse Daniel, segurando o choro. Ele só soube que ela foi atingida quando um carro com colegas de trabalho da esposa foi até a sua casa avisar.

Para o marido, ainda era difícil assimilar a morte de sua companheira. "Foi muito doloroso, era a minha esposa. Ela mudou a minha vida, me ajudou e me fez uma pessoa melhor, fez tudo ficar melhor. Não sei nem descrever o que eu senti quando eu fiquei sabendo na UPA que não tinham conseguido reanimar ela. Fiquei sem chão, sem saber o que estava acontecendo", relatou.

Daniel relatou ainda que não sabe como ele e a enteada lidarão com a saudade de Alícia. "Deixou um buraco, vai fazer uma falta muito grande pra todo mundo que amava ela porque nos fazia muito bem. Eu estava com ela há seis meses, mas parecia quinze anos do tanto que ela é importante para mim", completou.

Segundo informações da Polícia Civil, a 3ª Delegacia Habitacional está investigando o ocorrido e já solicitou imagens de câmeras de segurança do estabelecimento para ajudar na identificação dos autores dos disparos.

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Mesmo segurando uma bíblia, testemunha de sua fé, o pedreiro não conseguiu domar a dor que lhe consumia no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR). "Na minha terra, as pessoas costumam morrer de velhice. Os filhos enterram os pais. Mas hoje estou sentindo a pior dor da minha vida", declarou, emocionado, Eronilson da Silva, 55 anos, natural da cidade de Teodoro Sampaio, pouco depois de reconhecer o corpo do filho, Edilson Ferreira da Silva, 28, na manhã desta quinta-feira (4). Edilson tinha saído da prisão há dois anos. Ele e outros três foram vítimas de uma quarta-feira (3) violenta no bairro de Valéria, em Salvador.

Todos quatro foram mortos a tiros em regiões do bairro onde atualmente está acirrada a disputa entre as facções Katiara e Bonde do Maluco (BDM) pelo controle total do tráfico de drogas. Em nota, a Polícia Civil informou que a Secretaria da Segurança Pública (SSP) determinou que os Departamentos de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) atuem em conjunto e com celeridade nessas quatro ocorrências, que, segundo apuração inicial, têm relação com o tráfico de drogas. "Informa ainda que a PM reforçará o patrulhamento no bairro de Valéria", diz a nota.

Apesar de a polícia afirmar que todos os mortos estão relacionados diretamente com a guerra do tráfico, moradores de Valéria disseram ao CORREIO que pelo menos uma das vítimas foi baleada pela Polícia Militar, acionada para atender uma das ocorrências anteriores. Leandro Queiroz da Silva, 20, voltava para casa quando uma guarnição teria chegado atirando na Rua Leão Diniz.

Ainda segundo os moradores, o bairro está em guerra desde novembro do ano passado, quando o traficante Jho, integrante da Katiara, foi sequestrado e morto por homens armados ligados ao BDM.

Dor
O desejo do pedreiro Eronilson era de que o filho, Edilson, seguisse seu ofício. "Estava preparando para tirá-lo daqui, levá-lo para São Paulo, junto comigo, para trabalhar como meu ajudante. Mas ele não queria, infelizmente. Fui criado na roça e nunca me envolvi com drogas. Dei tanto conselho, falei tanto, mas preferiu o outro lado, fazia parte de grupo que mexe com drogas", contou o pai, que mora em Narandiba. Ele disse que o filho estava numa padaria quando dois homens desceram atirando na Rua Nova Brasília, por volta das 19h desta quarta - segundo moradores, o local é território da Katiara.

Edilson morava com a mulher a poucos metros do local onde foi morto. A mãe dele, a dona de casa Ana Lúcia Gonçalves da Paixão Ferreira, 45, reside no mesmo bairro, mas não soube dar detalhes sobre o crime. "Eu não estava lá, por isso, não sei de nada", respondeu. Ela não soube dizer por qual crime o filho cumpriu pena na prisão por dois anos. "Nem me lembro", disse ela. Questionada sobre o comportamento do filho, a mãe disse que deu conselhos. "A gente fala, mas filho não ouve. Cansava de dizer pra ele não andar com gente envolvida, mas era a mesma coisa que nada", declarou.

Eronilson disse que é pai de outros três filhos com Ana Lúcia. Eles também têm envolvimento com o tráfico. "Cada um carrega a sua cruz e eu ainda tenho mais três", desabafou.


Além de Edilson, as outras vítimas foram Jadson Alan Souza Damascena, 20, morto na Rua Penacho Verde, por volta do meio-dia. O tráfico de drogas no local é controlado pela Katiara. Não há informações sobre as circunstâncias do crime. Pouco depois das 22h, foi encontrado o corpo de um homem ainda não identificado no Caminho 15, após o Atacadão, região dominada pelo BDM. Também não há detalhes de como foi a morte.

Já no caso da morte de Leandro Queiroz da Silva, ocorrida pouco depois das 21h30, na Rua Leão Diniz, onde o comando é do BDM, moradores relataram que o rapaz trabalhava fazendo pães numa padaria da região e que, ao voltar para a casa, deu de cara com uma guarnição da PM. "A polícia chegou atirando e ele ficou parado, porque não devia nada, era trabalhador. Mas aí os policiais atiraram nele. Mesmo ferido, ele correu, mas caiu morto. Ele era uma pessoa de bem. Ninguém tinha o que falar dele", contou uma mulher que conhecia a vítima, que morava na Rua Boca da Mata.

A reportagem foi até a padaria apontada como o local de trabalho de Leandro. Funcionários disseram que ele não era padeiro, que vez ou outra fazia uns serviços de entrega de pães. Relataram ainda que o rapaz já não aparecia há quase um mês. Outros moradores sinalizaram que há um mês Leandro passou a andar com um grupo de rapazes ligados ao tráfico.


Posicionamento
Segundo a PM, de acordo com informações da 31ª CIPM (Valéria), por volta das 21h45, guarnições da unidade foram acionadas para atender a ocorrência de homicídio na Rua Leão Diniz. No local, os policiais militares acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou o óbito de um homem por disparos de arma de fogo. "A área foi isolada, e o Silc, acionado para realizar a perícia e remoção do corpo. As circunstâncias serão investigadas pela Polícia Civil", diz a nota.

A PM também se posicionou sobre os outros casos. Sobre a morte de Edilson, filho do pedreiro Eronilson, a nota diz que "por volta das 19h12, guarnições da unidade foram acionadas para atender a ocorrência de homicídio na Rua das Palmeiras, Nova Brasília de Valéria". No local, a guarnição constatou que havia um homem de 28 anos morto a tiros. Já o crime que resultou na morte de Jadson, os PMs foram acionados pelo Cicom para atender a uma ocorrência de homicídio na Rua Penacho Verde e, no local, constataram o fato. A mesma situação se aplica ao corpo encontrado no Caminho 15. A única diferença é que a vítima também apresentava ferimentos com arma branca.

Reforço
A guerra entre a Katiara e o BDM foi acirrada com a morte do traficante Jho. "Ele tinha acabado de sair do mercado e ia levar as compras para mulher, mas resolveu parar num bar e tomar umas. Foi quando dois homens pegaram ele e o botaram no carro", contou uma jovem. Jho estava no Penacho Verde, área de atuação da Katiara, quando foi sequestrado por integrantes do BDM da Palestina, que também atua em algumas localidades de Valéria.

"O corpo dele foi encontrado na BR. Desde então, o bairro vive em guerra. É tiro toda hora. A gente não consegue ficar em paz. Eles passam atirando a qualquer hora do dia ou da noite e a gente vê a hora de ser encontrada por uma dessas balas. Tem gente que já abandonou a casa. Se a situação não melhorar, vou largar tudo e ir para o interior", disse a moradora.

Ainda na manhã desta quinta, o CORREIO circulou em Valéria e constatou algumas viaturas do Batalhão de Choque posicionadas na via principal, no trecho da prefeitura-bairro, por volta das 9h30. Neste local, a sensação de segurança era maior. "A polícia aqui é a garantia de que as coisas devem ficar bem melhores', disse o dono de uma loja de calçados. "A situação ontem [anteontem] foi difícil. Um Gol prata circulou atirando pra cima à noite. Ninguém sabe o motivo. Algumas mortes já tinham acontecido. Vamos ver agora com a polícia se a coisa melhora", comentou o funcionário de uma lanchonete.

Já nas regiões afastadas da via principal, como a Rua do Penacho Verde e Nova Brasília, não havia viaturas posicionadas. "Não ficam. Quando surgem, passam direto. Isso é segurança? Não! Botam as viaturas paradas na principal. Mas onde realmente precisa, de uma ação da PM com mais força, não tem", comentou um agente da prefeitura que mora na Penacho Verde.

 

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A madrugada deste domingo (06) dificilmente sairá da lembrança dos moradores da cidade de Candeias, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Clientes de bar foram encurralados e baleados quando quatro homens perseguiam um rapaz que buscou abrigo no banheiro do estabelecimento. Apesar do cenário de terror – com poças de sangue no chão, no banheiro e atrás do balcão, além de marcas de tiros nas paredes, garrafas quebradas, objetos pessoais largados durante o pânico – não houve mortos. No entanto, 11 pessoas ficaram feridas, uma delas estaria em estado grave.

O ataque aconteceu no bar Altas Horas, que fica na Rua Paralela, no bairro de Nova Candeias. Inicialmente, todos os feridos foram atendidos no Hospital Municipal Ouro Negro, em Candeias. Das 11 atingidos, dois precisaram ser transferidos para o Hospital Geral de Camaçari (HGC) e dois para o Hospital do Subúrbio, em Salvador. As regulações foram em decorrências à complexidade dos ferimentos.

Entre as vítimas estão o filho da dona do bar, Railan dos Santos Reis, 19 anos, baleado quatro vezes, e o sobrinho dela, Jeanderson Tosta de Santana, 30, atingido na virilha. “Graças a Deus eles estão fora de perigo. Meu filho está internado em Camaçari, já passou por cirurgia e está tudo bem. Jeanderson já está em casa”, disse a dona do bar, Maine Célia dos Santos, 37.

Foram também baleados Mateus de Sena, 19, Elisângela das Neves da Silva, 28, Cleiton dos Santos Alves, 29, Anarailton dos Santos, 30, Elmari Santo Brás, 35, além de um homem e três mulheres não identificados. Não há informação sobre o estado de saúde deles.

Ataque
O ataque aconteceu por volta das 00h30. “Uma coisa horrível. A gente estava no bar, todo mundo conhecido, meu filho estava com os colegas dele na entrada do bar, quando desceram quatro homens atirando na rua. Todo mundo correu. Meu filho e os amigos dele foram atingidos porque estavam na frente. A gente que estava dentro, não teve nada”, contou Maine.

Segundo ela, um rapaz, que seria o alvo dos criminosos, se escondeu no banheiro do bar. “Ele entrou quando começaram a atirar na rua. Foi baleado no pé. E os caras vieram atrás dele, por isso que atirara contra o meu bar. Na certa, vieram seguido ele”, relatou a comerciante.

Apesar de o ataque ter acontecido nos primeiros momentos de domingo, o bar Altas Horas ainda estava com os rastros do crime nesta segunda-feira (07), no aguardo dos peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT). O chão estava coberto com poças de sangue, em alguns pontos já secas, misturadas as garrafas e copos quebrados, roupas e objetos pessoais.

Havia sangue concentrado também no banheiro, nas paredes e atrás do balcão, além de marcas de tiros nas paredes. Estojos das armas usadas pelos criminosos foram catados por populares e deixados sobre o balcão. Do lá de fora, as balas encontraram as paredes de casas do entorno. Assustados, os moradores disseram viver o pior dia de suas vidas. “Isso nunca aconteceu por aqui. Estamos aterrorizados. Eu estava no bar e sai uma hora antes de tudo isso acontecer. Estava sentado perto do balcão. Foi um livramento”, disso um morador.

BDM
Segundo a Polícia Civil, o ataque foi ordenado pelo traficante Nailton Almeida dos Santos, o nove de Copas do Baralho do Crime - ferramenta usada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) para divulgar bandidos com mandando de prisão em aberto. “O ato foi uma vingança à morte de um comparsa, que também era compadre de Nailton, ocorrida na semana passada”, disse a delegada Maria das Graças Barreiros Barreto, titular em exercício da 20ª Delegacia (Candeias).

Nailton é o líder da facção Bonde do Maluco (BDM) do bairro Sarandi e resolveu vingar a execução a morte de Renato Pereira Alves, baleado por traficantes da rival Ordem e Progresso (OP), que domina o tráfico nas localidades de Dom Avelar e Nova Candeias, local do ataque desta madrugada. “Não houve discussão. Eles chegaram atirando, sem se importarem com inocentes. Já identificamos todos e estávamos só aguardando as vítimas terem alta, para então tomar os depoimentos e pedir mais uma vez prisão deles”, disse a delegada.
Ele é acusado de matar o antigo líder do grupo, conhecido como G Cabeção, asaassiando há quatros anos em Pernambuco. "Ele reuniu um grupo e foi até lá e matou o chefão para assumir a posição de liderança", relatou a delegada. Nailton responde também pela tentativa de feminício contra a mulher de seu filho.

Ainda de acordo com a delegada, todos os acusados já respondem por diversos crimes, entre homicídios, tráfico de drogas e assalto, mas foram liberados pela justiça este ano logo após a pandemia.

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