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A ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sônia Guajajara, comentou, nesta quarta-feira (18), a morte de dois indígenas, assassinados a tiros na noite de terça-feira (17), na BR-101, em trecho da cidade de Itabela, no extremo sul da Bahia.

As vítimas foram identificadas como Nawir Brito de Jesus, 17 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25. A ministra disse, nas redes sociais, que teria uma agenda com indígenas Pataxós nesta quarta-feira para discutir o caso e prometeu acompanhar de perto a situação.

A ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sônia Guajajara, comentou, nesta quarta-feira (18), a morte de dois indígenas, assassinados a tiros na noite de terça-feira (17), na BR-101, em trecho da cidade de Itabela, no extremo sul da Bahia.

As vítimas foram identificadas como Nawir Brito de Jesus, 17 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25. A ministra disse, nas redes sociais, que teria uma agenda com indígenas Pataxós nesta quarta-feira para discutir o caso e prometeu acompanhar de perto a situação.

"Os povos indígenas continuam a enfrentar ameaças e a morte por defender seus direitos à terra. Requisitarei ações revigoradas do Estado para trazer justiça ao povo Pataxó pela morte desses dois jovens. Não haverá impunidade", escreveu."

Entenda o caso

De acordo com a polícia, Nawir Brito de Jesus e Samuel Cristiano do Amor Divino foram atingidos pelos tiros, por volta das 17h, no km 787, quando se deslocavam do Povoado de Montinho para uma das fazendas ocupadas por um grupo indígena no processo de retomada feitos pelos povos Pataxós da região extremo sul.

Desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 1° de janeiro, o grupo já ocupou cerca de três fazendas da região.

Testemunhas informaram que os disparos foram feitos por homens em uma motocicleta e as vítimas foram atingidas nas costas.

O caso é investigado pela Delegacia Territorial (DT) de Itabela. Ainda não há informações sobre a autoria e motivação do crime.

A Polícia Civil informou que mais detalhes sobre o crime não podem ser divulgados no momento, para não interferir na investigação.

Após o assassinato, os indígenas fizeram uma manifestação na BR-101, que ficou interditada por cerca de três horas, entre 19h e 22h.

Depois do protesto, o Movimento Indígena da Bahia e a Federação Indígena das Nações Pataxós e Tupinambás do Extremo Sul da Bahia (FINPAT) fizeram pedidos de reforço de segurança aos povos da região, que estão em conflitos com fazendeiros, aos ministérios da Justiça e dos Povos Indígenas, além da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

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A polícia baiana só conseguiu resolver um quarto dos crimes violentos letais intencionais (CVLI) que ocorreram na Bahia no ano passado. Isso significa que em 74,5% das situações, os agentes de segurança pública não foram capazes de apontar um provável autor. Ao todo, 1.137 inquéritos decifrados foram encaminhados para o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), a maior parte relativa a homicídios. Enquanto isso, 4.548 crimes violentos ficaram sem a indicação de suspeitos.

Ao longo de 2021, a Polícia Civil diz ter encaminhado 993 inquéritos de homicídios resolvidos. Esse número representa uma taxa de 23,5% de elucidação. Além desses, foram enviados para o MP outros 25 crimes de lesões corporais seguidas de morte e 45 de latrocínios elucidados. No caso desses dois tipos de crime, a polícia foi capaz de apontar possíveis culpados para metade dos casos.

A Polícia Civil afirma que a maior parte dos homicídios ocorridos no estado se deve ao envolvimento das vítimas com o tráfico de drogas. A ‘justificativa’ que liga avítimas a outros crimes colabora para que homicídios não sejam solucionados, segundo aponta Luiz Cláudio Lourenço, do Laboratório de Estudos sobre Crime e Sociedade, da Universidade Federal da Bahia (Lassos/Ufba).

“Quando as vítimas são facilmente colocadas no campo de suspeitos de envolvimentos no tráfico de drogas não ajuda a solucionar e atrapalha a investigação. Isso cria uma resposta genérica que não leva a nenhum autor”, explica.

Para o professor, a sociedade acabou se acostumando com essa resposta da polícia: “A opinião pública fica de alguma forma satisfeita porque não se vê a necessidade de solucionar homicídios se a vítima estiver envolvida com outros crimes”.

O pai da advogada Narriman Matos, 23, foi assassinado no bairro Cidade Nova, onde morava, em 2009. A polícia nunca indicou suspeitos para o crime, mas a família acredita que Marival Matos tenha sido morto porque era agente penitenciário. Narriman ficou sabendo do assassinato do pai por uma vizinha.

"Existem duas versões para o caso, a primeira que um homem que estava num carro chamou ele e atirou, e a segunda que diz que dois meninos chegaram atirando e depois correram. Só sabemos mesmo que foi proposital por conta da profissão dele", diz a filha.

Justificativas

Ameaças que testemunhas sofrem após presenciarem algum crime também são impeditivos para que a polícia realize um bom trabalho de investigação, como lembra Sandro Cabral, professor do Insper e da Ufba de estratégia no setor público.

“O ambiente para a pessoa testemunhar pode ser muito intimidador. Às vezes a população possui informação para auxiliar a polícia, mas tem medo de denunciar”, afirma. Para o professor, é essencial que dados de efetividade sejam divulgados para que a sociedade possa saber se o trabalho da polícia está de fato sendo efetivo.

Outro fator que pode ajudar a explicar o número de inquéritos elucidados é o baixo efetivo de funcionários, de acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc), Eustácio Lopes. Ele revela que cerca de 100 dos 417 municípios da Bahia não possuem policiais civis atuando.

“Nós atribuímos a baixa resolutividade aos problemas que enfrentamos. Temos, na Bahia, 5.500 policiais para uma população de 17 milhões de habitantes. Também há um problema de desmotivação por conta da falta de reconhecimento do Estado e desvalorização salarial”, alega. A Associação dos Delegados da Polícia da Bahia (Adpeb), Secretaria de Segurança Pública (SSP) e Polícia Civil foram procuradas, mas não comentaram os dados da reportagem.

A pesquisa Onde Mora a Impunidade, realizada pelo Instituto Sou da Paz em 2020, apontou que a Bahia ocupa a terceira posição de homicídios não solucionados. O estado fica atrás apenas do Paraná e Rio de Janeiro.

Morosidade

Mesmo quando um inquérito é encaminhado para o Ministério Público elucidado, não significa que a Justiça será feita de forma breve. Em outubro de 2014, o desaparecimento do adolescente Davi Fiúza, após uma abordagem policial na Estrada Velha do Aeroporto, comoveu o estado. A investigação da polícia demorou quatro anos para ser concluída e culminou com o indiciamento de 17 policiais militares.

Apesar do inquérito, o MP ofereceu denúncia contra sete deles, por sequestro e cárcere privado. O caso seguiu então para a Justiça Militar e somente no final de agosto, oito anos depois do desaparecimento, ocorreu a primeira audiência do caso.

O professor Luiz Cláudio acredita que é preciso que a Polícia Civil esteja articulada com o Ministério Público para que os casos sejam solucionados de maneira mais breve. “Não basta a polícia concluir o inquérito, já que o Ministério Público precisa oferecer a denúncia. Essa articulação é muito importante”.

Mais de 90% dos inquéritos de feminicídio são elucidados

Diferente do que ocorre nos outros tipos de homicídio, em que costuma ser difícil apontar autoria ou suspeitos, em 92% dos feminicídios [homicídio contra mulheres por questões de gênero] ocorridos na Bahia no ano passado, a Polícia Civil conseguiu identificar o executor do crime.

Isso ocorre porque quando as mulheres são assassinadas apenas por serem mulheres, os autores costumam manter ou mantinham algum tipo de relação com a vítima. São maridos, namorados e mesmo ex-companheiros que matam as vítimas, muitas vezes, por ciúmes ou por não aceitarem o fim do relacionamento com elas.

“Nos feminicídios, acaba sendo muito mais fácil apontar autoria porque advém de relações estabelecidas entre o autor do crime e a vítima. Normalmente, o autor possui um grau de proximidade e conhece bem a vítima. As testemunhas facilmente apontam o suspeito e a investigação ocorre de maneira mais rápida”, explica o professor e pesquisador Luiz Cláudio.

O mandante de um feminicídio que ocorreu na capital baiana em março de 2019 e chocou o país, foi enfim condenado pela Justiça em agosto deste ano. Fábio Vieira foi considerado culpado por mandar Alex Pereira dos Santos assassinar a ex-namorada e condenado a mais de 10 anos de prisão. Isabela Oliveira Conde foi atingida por 68 facadas, se fingiu de morta durante o ataque e conseguiu sobreviver.

 

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O mês de setembro foi violento em Salvador e Região Metropolitana. Segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, foram registrados 127 tiroteios e 121 pessoas baleadas, sendo 91 mortas e 30 feridas, ao longo do mês.

Dos tiroteios registrados, 42 foram durante ações policiais, resultando em 24 mortos e sete feridos. Esses números indicam que quase metade das mortes registradas em setembro foram decorrentes de ações ou operações policiais. Do total de pessoas mortas em setembro, 86 eram homens e 05 eram mulheres. Destas mortes, 15 ocorreram em chacinas. O instituto classifica como chacina casos de violência com ao menos três pessoas mortas.

O instituto destaca alguns casos de violência que tiveram repercussão na região, como a morte do jovem Gleidson Oliveira, 28, que estava em um ônibus quando homens armados pararam o transporte público, mandaram-o descer e o executaram. Já um militar foi executado a tiros dentro da própria casa, no Curuzu.

Gabriel Edvan, 24, foi assassinato em Fazenda Coutos, enquanto jogava bola com amigos. Em Mata de São João, o adolescente Wallace, de 13 anos, foi morto a tiros em uma festa "paredão".

O Fogo Cruzado atua na Bahia em parceria com a Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas. Os dados também estão disponíveis na API do instituto, onde podem ser consultados de forma aberta e gratuita.

Esse é o terceiro relatório do Instituto Fogo Cruzado na Bahia. O aplicativo do Instituto funciona de forma colaborativa e anônima com registro de dados e informações sobre tiroteios e violência por arma de fogo. Por meio das informações coletadas e de um mapeamento ativo, o Instituto realiza o levantamento e faz a contabilização, especificando as localidades e os recortes dos dados (chacinas, balas perdidas, tiroteios e outros indicadores).

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A deputada estadual Kátia Oliveira (União Brasil) lamentou nesta sexta-feira (19) a morte de uma criança de dez anos atingida por uma bala perdida no distrito de Jauá, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Segundo a parlamentar, a criança foi vítima da violência que assola a Bahia, que lidera o ranking de homicídios no país.

“É lamentável que na Bahia dos dias atuais até uma criança de 10 anos, jogando bola ao lado de casa, seja vítima da violência que assola o nosso Estado. Volto a dizer ao Governador: ponha a mão na consciência, tenha um gesto de amor aos baianos e demita o senhor Ricardo Mandarino da Secretaria de Segurança Pública”, disse a deputada.

O garoto de dez anos estava jogando futebol com os amigos quando foi atingido pela bala perdida. A mãe do menino revelou que ele ainda chegou a correr em direção a ela para pedir socorro. Ele chegou a ser socorrido para a UPA de Arembepe, mas não resistiu o morreu.

"Infelizmente, a Bahia enfrenta uma situação muito delicada na segurança pública. Líder em homicídios, na capital e no interior, população amedrontada e assustada. Não podemos permitir que essa situação continue. Já ficou claro que o governo do PT não tem competência para resolver esse grave problema e dar segurança para a população", ressaltou.

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Pelo menos 131 tiroteios ocorreram em Salvador e Região metropolitana no mês de julho. Ao todo, 108 pessoas foram baleadas, sendo 84 mortas e 24 feridas, segundo o primeiro balanço da violência armada lançado nesta segunda-feira (8) pelo Instituto Fogo Cruzado. Os números se referem ao mês de julho, quando o Instituto passou a mapear a Bahia, onde atua em parceria com a Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas. Os dados também estão disponíveis na API do instituto, onde podem ser consultados de forma aberta e gratuita.

"Isso significa que, em média, três pessoas foram baleadas por dia, em alguma das 13 cidades da região metropolitana. Dentre estes números estão vidas e famílias como a dos gêmeos rifeiros, mortos após saírem de uma festa no subúrbio de Salvador. Ainda não se sabe os motivos ou autores do crime, o que deixa a família ainda mais abalada", comenta Cecília Olliveira, diretora executiva do Instituto Fogo Cruzado. Ela destaca ainda que Salvador despontou nesse primeiro mês no topo do ranking da violência armada na Bahia. "A cada 10 tiroteios na região metropolitana, oito aconteceram na cidade. A capital teve 105 tiroteios, 67 mortos e 20 feridos. São números bem graves, que indicam o tamanho do problema".

O balanço mostra ainda que, dos 131 tiroteios mapeados em julho, 37 ocorreram durante ações ou operações policiais, deixando 25 pessoas mortas e seis feridas. Chama atenção uma ação policial que deixou ferida a tiros uma adolescente de 15 anos no dia 20 de julho, em Lauro de Freitas, no bairro de Itinga. Railane França conversava com amigos, quando a polícia chegou ao local atirando e ela acabou atingida ao tentar proteger a sobrinha de três anos. O adolescente Janderson dos Santos, 14 anos, também ficou ferido.

Outro caso impactantes de julho foi o duplo assassinato dos irmãos gêmeos no bairro do Lobato, em Salvador, Ruan e Rubens, de 23 anos, ambos rifeiros, que foram a uma festa perto de casa durante a madrugada do dia 25, e ao chegar, foram assassinados. Os corpos foram encontrados em outro local com marcas de tiros.Três dias antes, outro caso grave ocorreu.

Para Dudu Ribeiro, cofundador da Iniciativa Negra por Uma Nova Política de Drogas e coordenador da Rede de Observatórios da Segurança na Bahia, "uma das grandes questões quando o assunto é segurança pública é a qualidade e a transparência na produção de dados. Historicamente temos visto uma resposta da segurança pública baseada em incentivos ao punitivismo e em bravatas, e ainda muito afastada da produção de dados. Essa parceria com Fogo Cruzado vem para buscar cada vez mais qualidade nesses dados, para que possam embasar as demandas das organizações da sociedade civil e também do poder público.” Ribeiro ainda denuncia que a negligência desses dados faz parte de um projeto político que afeta duramente as populações vulneráveis. “Deixar os dados da segurança pública numa neblina que a sociedade civil não acessa é uma decisão política que justifica uma política de morte”, finaliza.

Esse é o primeiro relatório do Instituto Fogo Cruzado na Bahia. O aplicativo do Instituto funciona de forma colaborativa e anônima com registro de dados e informações sobre tiroteios e violência por arma de fogo. Por meio das informações coletadas e de um mapeamento ativo, o Instituto realiza o levantamento e faz a contabilização, especificando as localidades e os recortes dos dados (chacinas, balas perdidas, tiroteios e outros indicadores). O mapeamento pode ser acompanhado diariamente através do aplicativo disponível para Android e iOS ou no Twitter.

O mapa da violência armada

Entre a capital e a região metropolitana, os cinco mais afetados pela violência armada foram:
Salvador: 105 tiroteios, 67 mortos e 20 feridos
Camaçari: 12 tiroteios, 7 mortos e 1 feridos
Vera Cruz: 3 tiroteios, 3 mortos
Lauro de Freitas: 3 tiroteios e 3 feridos
Candeias: 2 tiroteios, 2 mortos

O perfil da violência armada
Ao todo, três agentes de segurança foram baleados em Salvador e região metropolitana: um morreu e dois ficaram feridos.

Houve sete casos de ataques armados sob rodas, quando pessoas passam em carros atirando. Ao todo, nove pessoas foram baleadas nestes casos: seis morreram e três ficaram feridas.

Três pessoas foram atingidas por balas perdidas em julho. Nenhuma delas morreu. Todas as vítimas foram atingidas durante ações ou operações policiais.

Uma pessoa morreu em uma ocorrência registrada no transporte público. E três pessoas morreram em ocorrências registradas em bar.

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Antes de abandonar a cena do crime, o responsável por matar a bancária Rita Maria Brito Fragoso e Silva, de 62 anos, trancou os dois gatos dela em um dos armários do apartamento onde ela morava. Os animais ficaram pelo menos dois dias presos, sem acesso a comida ou água.

Segundo a sobrinha da vítima, a cirurgiã-dentista Marta Brito, os animais foram trancados após a morte da tia, na quinta-feira (12), e encontrados apenas no sábado (14), quando a família estranhou o sumiço de Rita e decidiu ir até o imóvel onde ela morava.

O corpo de Rita foi encontrado no 6º andar do edifício Itaigara Pratical Residence, na Rua Érico Veríssimo. Segundo a sobrinha da vítima, todas as portas do apartamento estavam trancadas. "Inclusive a porta da varanda, que ela tinha o hábito de deixar aberta para os gatos fazerem suas necessidades. E os gatos estavam trancados em um armário. Tudo isso foi feito para não chamar a atenção de ninguém, acredito", disse.

Os animais foram resgatados e passam bem. Eles estão sob os cuidados de uma das sobrinhas da vítima, que é ligada a projetos de proteção animal.

Bancária venceu dois tumores

Abalada com a notícia de que a tia foi assassinada e tinha sinais de entrangulamento com um fio de carregador de celular, Marta lamentou a forma trágica como Rita perdeu a vida.

"Ela era uma mulher muito tranquila, passava a maior parte do dia em casa, não era de relacionamentos amorosos. Era uma pessoa do bem. Sobreviveu a dois tumores para morrer assim, desta forma terrível", desabafou.

Natural de Jequié, Rita viveu durante muitos anos em Portugal, mas voltou ao Brasil há sete anos. "Assim que ela veio, fez o concurso e passou no Banco do Brasil. Ela tem dois filhos que moram em Portugal", contou a sobrinha.

O enterro dela aconteceu na tarde desta segunda-feira (16), no Cemitério Bosque da Paz.

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A mãe de Bruna Beatriz Cerqueira, de 8 anos, baleada na cabeça neste domingo (15), no bairro da Boca do Rio, está inconsolável. Na manhã desta segunda, Ana Paula disse que parece estar vivendo um pesadelo.

"Estou destruída, acabou com minha vida. Minha filhinha (sic) é minha companheira. Dar dois tiros na cabeça de uma criança de 8 anos. Não sei o que vai ser da minha vida", desabafou ela em entrevista à TV Bahia. A menina segue internada no Hospital Geral do Estado (HGE), mas seu estado de saúde não foi revelado.

Além de Bruna, a tia dela, Graziane Cerqueira de Santana, de 24 anos, também foi baleada. Ela foi atingida no peito, na barriga e na perna, e também está internada na mesma unidade de saúde onde está a sobrinha. O estado de saúde dela também não foi informado.

Ana Paula disse saber o nome do criminoso e já informou à polícia, que não confirma a autoria.

Crime
Graziane e Bruna estavam em um bar na manhã de domingo (15), na Rua Barreto de Brito, na Boca do Rio, em uma festa. A tia da garota se preparava para sortear alguns brindes no evento quando dois homens chegaram em um carro branco. Um deles se infiltrou na festa e, pouco depois, atirou na tia da garota, que entrou em luta corporal com ele. Na confusão, a menina também foi atingida. O criminoso fugiu em seguida.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública diz que já foram coletados depoimentos e que a polícia busca imagens próximas ao local do crime para identificar o autor. Moradores da região contaram que tanto a mulher baleada quanto o suspeito pelos tiros seriam membros de facções ligadas ao tráfico de drogas, o que está sendo apurado.

Uma equipe da 39ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Boca do Rio) foi até o local depois de receber a informação dos tiros que atingiram a criança e a mulher. A PM diz que o policiamento foi reforçado na região por meio de rondas, na busca pelos suspeitos.

As vítimas foram atendidas no local por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e depois foram socorridas para o HGE.

Equipes do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e da 9ª Delegacia (Boca do Rio) fazem os primeiros levantamentos sobre o caso. A investigação deve ter sequência na 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico).

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Um homem foi mortos a tiros dentro do Hospital Eládio Lasserre, no bairro de Águas Claras, na madrugada desta segunda-feira (9). Wellington Santos Piedade já estava na emergência da unidade quando foi atingido.

Segundo informações da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), Wellington chegou a ser socorrido e encaminhado para o centro cirúrgico, mas não resistiu aos ferimentos. Após os disparos, os suspeitos fugiram do hospital.

Equipes Silc/DHPP expediram as guias de perícia e remoção para o corpo do paciente. A autoria e a motivação são investigadas pela Delegacia de Homicídios (DH/Central).

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O governador Rui Costa prometeu que irá aumentar a frota de motocicletas da polícia baiana para reforçar as ações de combate a assaltos em bares e restaurantes da capital baiana. Nas últimas semanas, uma série de ocorrências têm sido registradas, a exemplo da hamburgueria Bravo Burguer & Beer, no último domingo (24), no bairro da Pituba. Imagens do circuito de segurança da loja registrou a ação dos bandidos.

“Autorizei a compra de mais 200 motos. Nesse tipo de assalto o policiamento motorizado não resolve porque não garante essa agilidade. Os bares em geral tem esquinas, entre uma rua e outra tem um beco... Isso facilita a fuga dos criminosos. Nós vamos aumentar a mobilidade dos policiais, onde ele consegue circular mais”, pontuou em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira 26). O gestor também afirmou o “aumento do monitoramento de câmeras”.

O governador enfatizou ainda o desejo de que os criminosos alcançados pela polícia fiquem presos. Segundo Rui, “a polícia prende e Sistema Judiciário solta”.

“Eu espero que essas pessoas, na medida em que sejam presas, consigam ficar presas pelo menos um tempo. Recentemente a imprensa divulgou que a mesma pessoa foi presa três vezes por assalto a carro em 21 dias. Significa que assaltou e foi preso uma vez por semana. Ele pode até ter roubado mais vezes, mas foi preso, o que demonstra o trabalho policial, toda semana, e toda semana ele foi solto. É a sensação que a gente fica, a polícia prende e Sistema Judiciário solta. Fica aí essa corrida que não tem fim e a sensação de impunidade que o povo obviamente reclama”, avaliou.

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Moradores do Dois de Julho fecharam no final da manhã desta segunda-feira (23) o acesso ao bairro na Rua Carlos Gomes em protesto após a morte de Welton Lopes Costa, 34 anos, ontem, no bairro. O idoso de 98 anos acusado pelo crime, identificado somente com Tzeu e também morador do local, foi ouvido e liberado pela polícia. "Matou ontem e está solto hoje. Ele é um monstro!", dizia uma manifestante.

O grupo saiu da casa da vítima caminhando e fechou a via usando materiais como madeiras, pneus, garrafões e objetos de plástico, ateando fogo no local, Uma viatura da Transalvor foi para o local, assim como uma equipe da Polícia Militar. Tudo ficou parado - somente motos conseguiam passar no local inicialmente.

"Ele matou Welton por nada. Matou um pai de família, do nada e alega legítima defesa?", questionou uma das manifestantes. "Não adianta parar a gente. Vão mandar a gente apagar. A gente apaga e faz em outro lugar. O que não pode é esse crime ficar sem punição", disse outro, falando sobre o fogo ateado no local.

Amigos mostravam cartazes pedindo justiça e a prisão do idoso."Ele deu sorte que não houve tempo de linchá-lo. Ninguém gosta dele aqui. Um idoso que vive armado e atirando nas pessoas", disse outra manifestante, falando sobre o histórico conturbado do idoso no bairro.

Após negociação, uma das três faixas foi liberada. Cerca de meia hora depois, o protesto acabou. A PM usou baldes de água para extinguir o fogo.

Crime
Um homem de 34 anos foi morto a tiros na tarde do domingo (22) no Largo Dois de Julho, em Salvador. Welton Lopes Costa foi baleado durante uma discussão com um idoso de 98 anos. Um vídeo feito por uma testemunha flagrou o momento do crime. Outro registro mostra o momento em que o irmão da vítima e outras pessoas impedem o idoso de sair do local.

"Por que o senhor fez isso com meu irmão? É um pai de família, trabalhador. Você vai ficar aqui. Você está preso em flagrante", diz o irmão de Welton nas imagens. O filho de 14 anos e a esposa da vítima também presenciaram o crime - ela também ficou ferida.

Segundo moradores, Welton comprou um carro novo ontem e estava celebrando. Todos os envolvidos moram na região. A esposa dele, Jennifer, que trabalha em uma padaria da região, demorou para voltar para casa e ele acabou indo até o local para buscá-la porque os dois filhos estavam com fome. Na volta para casa, os dois começaram a brigar.

O suspeito, um idoso identificado como Tzeu, que é policia militar aposentado, segundo os moradores, estava bebendo em uma churrascaria próxima desde cedo. Ele viu a discussão e se aproximou. O vídeo mostra que ele seguiu o casal, mas foi ignorado pelos dois. O idoso é conhecido como uma pessoa temperamental e agressiva pelos moradores da região, que dizem que é normal ele andar armado. As imagens não mostram nenhum tipo de agressão - a cena sai de foco, mas logo é possível ouvir os disparos.

Testemunhas contam que ouviram ele dizer: "Olha para cá, seu filho da puta!". Welton chega a virar - momento em que o idoso atira três vezes. Dois tiros atingiram Welton no peito e o terceiro atingiu Jennifer no pé. O filho adolescente, que tinha acompanhado o pai, se afastou ao notar a presença de Tzeu, justamente por saber do histórico dele, mas voltou ao ouvir a confusão e viu o pai ser baleado. Welton chegou a ser socorrido ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu. Jennifer foi levada para a mesma unidade.

Logo depois do crime, o idoso é dominado pelos moradores. Levado para a delegacia, ele alegou que agiu para se defender após ser agredido no braço, de acordo com as testemunhas. Também contou que Welton estava agredindo a mulher, o que não aparece nas imagens. Os moradores dizem que a lesão no braço dele foi do momento após o crime, quando parte das pessoas tentou linchar o idoso e outra parte impediu. Uma equipe do 18º Batalhão da Polícia Militar foi até o local após o crime.

"Ficamos sabendo na delegacia que o assassino disse que atirou porque Welton teria agredido ele primeiro. Isso é mentira. Todos viram que isso não aconteceu e as imagens mostram também que ele é mentiroso, que a todo momento era ignorado por Welton e a mulher. Depois que ele matou Welton, as pessoas queriam linchar ele, por isso ele ficou com uma marca no braço", contou um comerciante.

Em nota, a Polícia Civil diz que o caso é investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS). O idoso foi ouvido e liberado, mas continua sendo investigado, informa a instituição. A arma, um revólver calibre 32, foi apreendida e imagens de câmeras de segurança serão analisadas. O suspeito poderá ser indiciado por homicídio e tentativa de homicídio.

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