Sexta, 10 Maio 2024 | Login

Secretaria Municipal da Saúde (SMS) vai abrir, neste sábado (21), 59 postos de saúde espalhados pela cidade para atender os homens. A mobilização faz parte da programação do Novembro Azul, mês de conscientização com a saúde integral do homem.

Por conta da pandemia da Covid-19, as consultas realizadas no Dia D com clínicos, enfermeiros e dentistas estão sendo agendadas nas unidades previamente para evitar aglomeração. No entanto, os serviços como testagem rápida, atualização da carteira de vacina, distribuição de preservativo, além das orientações gerais sobre cuidados com a saúde serão por demanda aberta, obedecendo os protocolos sanitários para evitar disseminação do vírus.

"Dependendo da necessidade do paciente, também serão feitos encaminhamentos para urologistas e demais especialidades. Para isso, contamos com a parceria de nossa rede contratualizada com hospitais e clínicas para atender a essa população, também com a realização de exames", explica Ana Carolina Gonçalves, coordenadora do Programa de Atenção Integral à Saúde do Homem da SMS.

Ana Carolina destaca que a SMS está empenhada no desenvolvimento de atividades de promoção e prevenção também de doenças como hipertensão, diabetes e obesidade. "Estamos nos empenhando para melhorar o acesso da população masculina às Unidades Básicas, para que esta população cuide da saúde, se previna contra doenças e busque uma melhor qualidade de vida. Pedimos que os homens aproveitem este dia e compareçam nesta ação que foi pensada só para eles".

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O prefeito ACM Neto avaliou nesta quinta-feira (19) que o uso das praias da cidade tem sido feita de maneira "cuidadosa", em geral, e disse que a "luz vermelha" não se acendeu ainda em relação a uma possível segunda onda da pandemia de coronavírus. "O momento não é de alarme, é de atenção, como a gente vem tendo o tempo inteiro. E isso só vai ser superado quando tiver vacina", disse ele, admitindo que o número de casos aumentou.

Ele falou da reabertura do Porto da Barra, praia mais movimentada de Salvador. "Já sabíamos que quando fosse reaberto, teria muita gente. Mas não teve nenhuma imagem assustadora. Em geral, o uso das praias tem sido cuidadoso e adequado, o que não quer dizer que não existem dias críticos, momentos de desrespeito e situações de exceção, claro que existem. Vamos acompanhar, quando for possível liberar domingo e feriado, vou liberar. Se tiver que voltar atrás e fechar não hesitaremos", garantiu.

O prefeito afirmou que a atenção deve ser dia a dia. "A gente vive acompanhando a dinâmica da doença, houve um aumento (de casos), com abertura de todas atividades, campanha política, relaxamento das pessoas... Diria que se fosse comparar com um semáforo, a luz amarela está permanentemente acesa. Ou seja, sinal de cautela, prudência. Mas a luz vermelha não acendeu ainda. Se a luz vermelha acender, volta, não tem discussão Se tiver que fechar, fecha. Está acontecendo no mundo todo, se tiver que acontecer aqui, vai acontecer, mas espero que não", disse.

Neto disse também que o avanço da doença agora depende muito das pessoas. "Gente que sai sem máscara, muita gente. Aglomeração. Não respeitar o distanciamento", criticou.

O secretário de saúde Leo Prates disse que há preparação caso seja preciso voltar a abrir leitos. "Estamos prontos. O estado está pronto com os leitos da Fonte Nova, caso haja segunda onda eles serão remobilizados, me falou o secretário Fábio (Villas Boas). Também estamos com metade do Memorial Itaigara desmobilizado, caso haja segunda onda equivale a 20 leitos e mais 10 no Municipal. Essa é a resposta, e se precisar mobilizar mais alguma coisa nós faremos", garantiu.

"Se ela vier, e a gente espera que não, a gente vai estar bem melhor preparado. Mas a população precisa entender que não é momento (de festas)", disse ele, fazendo apelo para que as pessoas continuem evitando aglomerações.

Vacinação
O secretário disse também que Salvador já começa a pensar como será a vacinação. "Estamos em fase de elaboração de termo de referência para compra de alguns refrigeradores que atingem menos 80 graus", disse, afirmando que duas vacinas que estão em desenvolvimento precisam de equipamentos assim para conservação. "Preparando e planejando a cidade também pra vacinação".

Ele disse que a vacinação terá uma grande dimensão. "Estamos fazendo planejamento, vai ter drive thru, escalonamento, que não vai ser toda população de vez...", disse. "Estamos nos preparando pra isso e pra deixar a cidade pronta para qualquer coisa".

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Um carro despencou de uma garagem de um prédio no bairro da Graça, na manhã desta quarta-feira (18) e deixou uma pessoa morta. O acidente aconteceu no prédio Monsenhor Ayres, que fica na Rua da Graça.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, o veículo caiu de uma altura de aproximadamente 10 metros e o motorista, Jorge Otávio Oliveira Lima, morreu na hora. Ele era advogado e ex-presidente da Associação Baiana de Advogados Trabalhistas (ABAT). A informação foi confirmada pelo órgão.

Segundo testemunhas, Jorge não morava no prédio e não era dono do carro, mas teria ido ao local para levar o veículo para um amigo.

Como o veículo, um Honda Fit, era automático, ele perdeu o controle na garagem, avançando contra a parede, que não aguentou o impacto e quebrou. O carro despencou em um vão que fica no fundo do prédio e, na queda, Jorge quebrou o pescoço e morreu na hora.

O Honda Fit caiu com o teto virado para o chão e duas equipes dos bombeiros, uma de resgate e outra de atendimento pré-hospitalar, foram deslocadas para o local. O carro foi virado de lado com ajuda de populares e o advogado foi retirado das ferragens sem vida.

O corpo será levado para o Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, onde passará por perícia.

Em nota, a Polícia Militar informou que uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência também foi ao local, mas já encontrou o homem morto. Além disso, uma viatura da 11ª Companhia Independente da PM (11ª CIPM/ Barra/Graça) também foi deslocada, juntamente com uma equipe do Salvar. A perícia foi acionada.

Consternados, advogados que conheciam Jorge ficaram chocados com a notícia. Ele era desciro como "um advogado muito querido, figura simpática, muito educado e gentil". Ele deixa esposa e filhos.

Não há informações sobre o sepultamento.

 

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A partir de 2021, as cadeiras da Câmara Municipal de Salvador serão ocupadas por 43 vereadores e vereadoras. A escolha aconteceu no pleito do último dia 15 de novembro, quando também foi eleito o prefeito Bruno Reis (DEM). Vinte e seis destes nomes já são figuras conhecidas, pois disputaram outras eleições na capital e ocupam vagas no legislativo há mais de um mandato. Outras 17 caras, no entanto, são novas no pedaço, quase todas sem histórico de participação em corridas eleitorais.

Entre as novatas na legislatura municipal, por exemplo, estão a neta do político baiano e guerrilheiro Carlos Marighella, Maria Marighella (PT) e Cris Correia, do PSDB. Já entre os estreantes, o líder comunitário “Gordinho da Favela” (PSL) marca presença, junto com Augusto Vanconcelos, do PCdoB.

Os outros 15 nomes escolhidos pela população de Salvador pela primeira vez para representar suas demandas junto à administração municipal trazem a diversidade como característica, seja de partidos e espectro político (direita, esquerda, centro), de gênero, origem socioeconômica e orientação sexual.

Uma novidade na Câmara é a eleição, pela primeira vez na história da capital, de uma candidata que representa o mandato coletivo de três nomes: Laina Crisóstomo, Cleide Coutinho e Gleide Davis, ou, as ‘Pretas por Salvador’.

Entre os eleitos, tem quem já ocupou cargo público, mas nunca disputou mandato eletivo. É o caso do engenheiro ambiental André Fraga, ex-secretário de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis) de Salvador.

Para o cientista político, Jorge Almeida, a eleição deste ano trouxe renovação significativa para o Poder Legislativo municipal. “Uma renovação de mais de um terço considero uma grande mudança. E ela aconteceu na base do governo municipal e na base do governo estadual. E até mesmo no Psol, que não apoia nenhum dos dois”, explica.

Ainda é cedo para determinar o futuro dos novatos, mas Almeida avalia que a disposição das bases deve se manter. “A tendência, pelos partidos que foram eleitos, é que eles mantenham a posição de agir em bloco, especialmente com relação à base do governo municipal. Devem seguir a posição que o partido já teve na Câmara. E o mesmo vale para a oposição, que não teve uma prática de oposição no mandato anterior”, diz.

O CORREIO conversou com sete das 17 pessoas eleitas pela primeira vez para a Câmara Municipal para entender quem são os novatos e novatas que Salvador elegeu e como foi, para essa turma, colocar nas ruas uma candidatura política pela primeira vez, em um contexto de pandemia do novo coronavírus, em que se exigiu o isolamento social. Confira:

Tem gente nova na Câmara:

Pretas por Salvador (PSOL): Laina Crisóstomo, Cleide Coutinho e Gleide Davis
Quantos votos recebeu: 3.635 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$112,5 mil (Fonte: TSE)
O que defende: Diversidade

O coletivo Pretas por Salvador, do PSOL, é composto por três vereadoras: Laina Crisóstomo, Cleide Coutinho e Gleide Davis. É a primeira vez na história da cidade que existe uma candidatura coletiva, formato já adotado em Pernambuco, nas eleições majoritárias de 2018. Na época, cinco mulheres – reunidas no coletivo ‘Juntas’ - foram eleitas e, atualmente, compartilham um mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Juridicamente, o registro de candidatura para a vaga na Câmara de Salvador no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) foi feito em nome de Laina, mas Cleide e Gleide também integram o mandato.

Laina é advogada e fundadora da 'Tamo Juntas', uma Organização Não Governamental (ONG) que presta assessoria multidisciplinar para mulheres em situação de violência em várias regiões do Brasil. A advogada é a primeira vereadora a se autodeclarar lésbica e candomblecista na Câmara da capital.

A ideia do mandato coletivo, segundo Laina, é trazer diversidade. “Nessa eleição era mais interessante sair em uma candidatura coletiva, com partilha de espaço de poder”, afirma a advogada. Ela e Gleide são de religião de matriz africana e Cleide é evangélica. Laina já foi candidata a deputada federal nas eleições de 2018 e obteve 13.855 votos. Ela nasceu e foi criada no bairro de Brotas, em Salvador. Já Gleide é estudante de serviço social pela UFBA.

André Fraga (PV)
Quantos votos recebeu: 5.621 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 191,5 mil (Fonte: TSE)
O que defende: Sustentabilidade

Único eleito pelo Partido Verde (PV), André Fraga tem 37 anos, é engenheiro ambiental e carrega a experiência de já ter sido secretário municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis). Carioca de nascença, Fraga é morador de Salvador há quase 20 anos e passou boa parte da vida no bairro de Stella Maris. Veio para cá morar com o pai, se envolveu com o movimento de direitos dos estudantes e chegou a ser vice-presidente da União dos Estudantes da Bahia (UEB), além de presidente da Executiva Nacional dos Estudantes de Engenharia Ambiental (Eneea). Aos 16 anos, já era filiado ao PV.

“Precisamos de alguém que levante essa bandeira da pauta ambiental, da sustentabilidade. A gente está vendo o que está acontecendo no planeta e fomos convocados a apresentar nossas ideias para a cidade”, conta o vereador eleito, que também foi o único do Renova BR a conquistar um mandato.

Pós-graduado em Gerenciamento de Projetos e agora doutorando em Medicina pela USP, Fraga se prepara para estudar qual o impacto que áreas verdes urbanas têm ou não na vida das pessoas.


Cris Correia (PSDB)
Quantos votos recebeu: 7.166 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 169 mil (Fonte: TSE)
O que defende: Educação e empoderamento da mulher

A jornalista Cris Correia trabalha nos bastidores da política há 16 anos. “Tive uma informação de uma amiga que estava fazendo processo seletivo na área de comunicação, passei e fui selecionada, assim entrei na política”, lembra. Com 46 anos e com uma filha de 11, Cris Correia fez sua carreira no telejornalismo, passando por emissoras como TVE Bahia e Band. “Quando escolhi fazer jornalismo, escolhi muito porque no jornalismo eu poderia fazer denúncias, poderia dar voz e vez. Minha escolha foi muito pautada nessa direção”, revela.

Nascida em Pernambués, Cris conta que começou a fazer cursos de comunicação em comunidades e depois de ajudar algumas famílias, percebeu que como vereadora poderia fazer muito mais. “Comecei a perceber que naquele projeto consegui alcançar 30, 40 famílias e, através da política, poderia ampliar a alcançar muito mais”, diz.

Segundo ela, seu projeto nasceu quando assumiu a presidência do partido, em abril do ano passado. “A gente queria dar uma renovada no partido, depois veio essa ideia desse projeto de vereadora de Salvador”, conta. Para isso, em março do ano passado, ela começou a percorrer a cidade para entender os problemas e demandas da população. “Visitei muitos bairros. Minha campanha foi muito pulverizada, uma estratégia até por conta das circunstâncias. Deu muito trabalho, mas acho que foi mais prazeroso”, avalia.

Maria Marighella (PT)
Quantos votos recebeu: 4.837 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 43,8 mil (Fonte: TSE)
O que defende: Cultura

Atriz, diretora de espetáculos e mãe de dois meninos, Maria Mariguella tem 44 anos e uma trajetória de dedicação à cultura. Neta do político baiano Carlos Mariguella, conhecido inimigo da ditadura, ela tem a política no sangue, embora não tenha conhecido o avô, assassinado pelos militares no fim da década de 1960. Filha do ex-deputado comunista Carlos Augusto, a eleita conta que nasceu no meio do regime ditatorial no país e, nas suas memórias mais remotas, está o momento em que seu pai foi libertado da prisão depois de ter sido detido numa operação a mando do coronel Brilhante Ustra. Por causa disso, só conheceu o próprio pai quando já tinha dois anos. “Essas memórias estão totalmente vinculadas à minha formação como pessoa”, diz.

Foi no teatro que ela encontrou espaço para o ativismo político na defesa da democracia e promoção de direitos. Moradora do bairro Jardim Bahiano, Maria já foi coordenadora da Funarte e hoje é assessora especial da Secretaria de Cultura da Bahia (Secult-BA).

"Queremos um espaço para o debate da política de cultura na cidade. Estamos cansados de ser os últimos orçamentos e essa eleição mostra isso. Entendo a cultura como um motor de produção de direitos. Salvador não é uma cidade industrial, rural e vejo que a cultura pode ser um grande motor do desenvolvimento”, defende ela.

George o Gordinho da Favela (PSL)
Quantos votos recebeu: 4.822 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 14,1 mil (Fonte: TSE)
O que defende: Comunidades carentes e profissionais da limpeza urbana

George Carlos Reis Pereira, ou George - o Gordinho da Favela -, tem 48 anos e trabalhava como coordenador de operações de limpeza urbana antes de ser eleito para ocupar uma das 43 cadeiras da Câmara Municipal de Salvador pelos próximos quatro anos. Além disso, segundo ele, também atuava na área social há pelo menos 15 anos. “A gente presta um serviço social, ajuda com sopões, com cursos profissionalizantes. Traz os jovens, mães de família para tomar cursos de manicure, barbeiro, na área de elétrica, etc.”, conta.

O vereador eleito nasceu no bairro de São Caetano e é lá, no “mesmo apartamento 101”, que mora até hoje. E, segundo ele, foi com o apoio da comunidade que conseguiu prosseguir com a sua campanha. “O partido não me ajudou em nada. O recurso foi de doações de amigos. O pessoal me chamava até de pidão, eu ligava pra um, ligava pra outro. Assim foi a nossa campanha”, recorda.

George se filiou de última hora. Ele era filiado ao Partido Popular Socialista (PPS), hoje Cidadania, e depois tentou filiação no Partido da Mobilização Nacional (PNM). “O PNM não me aceitou, decidi ir pro PSL no último dia possível”, diz.

A alcunha de Gordinho da Favela ele conta que veio do seu biotipo. Entre os projetos, ele pretende conseguir a criação do Clube dos Garis, um local para lazer dos profissionais do setor, além de atendimento psicológico e nutricional. “Vamos cadastrar esses profissionais de limpeza urbana para que eles tenham acesso a isso”, explica.

Sandro Bahiense (Patriota)
Quantos votos recebeu: 6.798 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 8 mil (Fonte: TSE)
O que defende: Paz nas comunidades periféricas

Com um histórico de pelo menos oito anos de atuação comunitária, Sandro é o organizador da Caminhada da Paz, manifestação que pede o fim da violência nos bairros periféricos. Criado na Rua do Céu, no bairro da Liberdade, ele tem 48 anos e já havia tentado entrar na política no último pleito de 2016, quando conseguiu cerca de 4 mil votos. Filho de pai eletricista e mãe dona de casa, Sandro começou a trabalhar desde muito cedo para ajudar a sustentar as contas de casa após a separação dos seus pais. O primeiro emprego de carteira assinada foi aos 16 anos, como auxiliar na fábrica de papel Lua Nova.

No ano seguinte, foi aprovado no concurso dos Fuzileiros Navais do Brasil e mais tarde entrou para a carreira de segurança. Ao presenciar a perda de muitos amigos e jovens do bairro para a violência policial e do tráfico de drogas, decidiu criar as caminhadas para protestar contra a recorrência de mortes. Diagnosticado com câncer neste ano, mesmo assim não desistiu da campanha e finalmente garantiu uma vaga no legislativo.

“Quero fazer diferente, a voz dos menos favorecidos realmente vai ser representada. Quero trazer para eles a esperança que perderam. A minha forma de trabalhar será tentando brigar para trazer escolas de qualificação, recursos para associações, para manter o jovem na prática da educação. A ferida da Bahia está na violência e eu quero trazer a esperança do esporte, da mão de obra”, diz ele.

Augusto Vasconcelos (PCdoB)
Quantos votos recebeu: 6.041 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 68,4 mil (Fonte: TSE)
O que defende: Emprego, educação e esporte

Augusto Vasconcelos, 39 anos, tem uma longa trajetória nos movimentos sociais. Em 1998, com 16 anos, começou a se envolver com o movimento estudantil e pouco depois se tornou vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). “Fiz parte da geração que conquistou o Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica], o Fies [Financiamento de Financiamento Estudantil], o ProUne [Programa Universidade Para Todos], as cotas na universidade e a ampliação do acesso ao ensino superior”, diz

Em 2004, já formado como advogado, Augusto passou em um concurso da Caixa Econômica Federal e começou a se envolver com o movimento sindical. Em 2014, foi eleito presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia. Além disso, é professor há 14 anos.

Segundo ele, o desafio de propor uma candidatura foi feito por integrantes do movimento sindical e do movimento estudantil. “Eles sinalizaram a importância de uma candidatura pelos trabalhadores e pela juventude. Não sou um candidato de mim mesmo, foi uma decisão coletiva. Essa não é uma candidatura artificial e sim fruto de uma construção de vários movimentos sociais”, afirma.

Ele lembra que a campanha não foi fácil, por conta de dificuldades financeiras. “Não tivemos apoio de grandes grupos empresariais, porque somos oriundos dos movimentos sociais. Mas, ao mesmo tempo, foi uma campanha militante, baseada no debate de ideias e na construção de propostas inovadoras para Salvador”, avalia. Na Câmara, sua atenção vai se voltar, especialmente, para três pautas: trabalho, com geração de emprego e qualificação profissional, educação e esporte. Além disso, ele vai estar atento a pautas como saúde, mobilidade urbana e sustentabilidade.

Roberta Caires (Patriota)
Quantos votos recebeu: 7.090 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 75 mil (Fonte: TSE)
O que defende: Retomada econômica pós-pandemia, liderança das mulheres, área social, consumidores, empregabilidade do jovem.

Roberta Caires, 37 anos, é cidadã soteropolitana, graduada em Administração e Direito. Em Salvador, foi Diretora Municipal de Defesa do Consumidor (Codecon), presidente do Mulher Democratas Bahia e presidente da Fundação Cidade Mãe. Iniciou sua carreira política ainda jovem estudante, aos 15 anos, em Porto Seguro, atuando junto a lideranças comunitárias, em bairros populares, com projetos e serviços prestados em favor da redução das desigualdades sociais. Fez parte do movimento estudantil no interior baiano, que a credenciou como forte liderança e, mais tarde, como candidata a prefeita de Porto Seguro. Foi também secretária da Prefeitura Municipal da cidade.

Sua atuação de destaque na política e na gestão pública de Salvador e seu interesse e envolvimento com o ativismo social a credenciaram para disputar e conquistar uma vaga no legislativo municipal. "Sou depositária de expectativas e assumi compromissos para Salvador ser ainda melhor. Meu propósito é de compartilhar meu mandato com as pessoas, porque eu vi de perto o pleito de cada um e sei do que Salvador mais precisa", diz.

Roberta foi a responsável por educar, profissionalizar e tirar das ruas mais de 16 mil crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. Também promoveu o maior programa educativo gratuito de Defesa do Consumidor que a capital baiana já viu, capacitando centenas de fornecedores e consumidores de comércios populares e de pequenos e grandes shoppings a respeito do Código de Defesa do Consumidor. Às mulheres soteropolitanas, Roberta reservou um capítulo especial de sua vida, criando o Move Mulher, um movimento de expansão política e desenvolvimento feminino. Assim, levou educação, cultura e debate político, tratou de temas específicos femininos e formou politicamente mulheres de bairros de Salvador, no Subúrbio, em Cajazeiras e Castelo Branco, instruindo mulheres sobre seu papel de líderes de seus negócios, comunidades, família e de suas próprias vidas.

Os outros candidatos eleitos pela primeira vez

Emerson Penalva (Podemos)
Quantos votos recebeu: 9.129 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 96,3 mil (Fonte: TSE)

Julio Cesar dos Santos (Republicanos)
Quantos votos recebeu: 8.810 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 30 mil (Fonte: TSE)

Debora Santana (Avante)
Quantos votos recebeu: 7.586 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 95,6 mil (Fonte: TSE)

Daniel Alves (PSDB)
Quantos votos recebeu: 5.647 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 102,9 mil (Fonte: TSE)

Anderson Ninho (PDT)
Quantos votos recebeu: 5.289 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 25,2 mil (Fonte: TSE)

Tiago Ferreira (PT)
Quantos votos recebeu: 4.610 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 32,6 mil (Fonte: TSE)

Irmão Lázaro (PL)
Quantos votos recebeu: 4.273 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 340 mil (Fonte: TSE)

Dr. Jose Antonio (PTB)
Quantos votos recebeu: 4.192 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 24,5 mil (Fonte: TSE)

Marcelo Maia (PMN)
Quantos votos recebeu: 3.460 votos (Fonte: TSE)
Quanto custou a candidatura: R$ 4,5 mil (Fonte: TSE)

 

Publicado em Política

A pandemia do novo coronavírus causou uma inflação no mundo dos alimentos - o pão francês ficou mais caro, assim como a carne, o arroz, o leite e derivados. Um dos segmentos que mais sofreu com esse aumento foi o de bares e restaurantes. Mesmo reabertos, 61% dos empreendimentos baianos fecharamo mês de setembro no prejuízo, de acordo com a pesquisa mais recente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). O índice baiano é 15% maior que a média nacional, de 53%.

Para driblar as dívidas, os empresários tiveram que fazer reajustes no cardápio, deixar de ofertar determinados pratos e repassar um pouco desse aumento para o cliente. Alguns também reduziram o quadro de funcionários ou não recontrataram aqueles que foram afastados com a MP 936 - medida que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e possibilitou a redução de carga horária e demissões.

O levantamento da Abrasel mostra ainda que 42% dos bares e restaurantes aumentaram os preços para o consumidor final, que agora paga 6 a 10% mais caro pelo mesmo produto. Essa alta corrobora com dois outros números: o faturamento, que veio 63% abaixo do esperado no mês passado. Com isso, os empreendimentos tiveram queda de 67% nas receitas.

No restaurante Mariposa, no Boulevard 161, o cardápio deixou de oferecer cerca de 20% dos itens. “Foi necessária essa redução de cardápio para deixar a operação mais simples. Aqueles pratos que demandava um item em específico acabaram saindo”, comentou o dono do estabelecimento, Rodrigo Estivallet. As flautas mexicanas, por exemplo, não se encontram mais no menu. Também houve redução no número de funcionários - de 23, somente 13 integram agora o quadro.

Aumento no preço dos insumos
Estivallet ressalta, contudo, que a maioria dos reajustes nos preços de alimentos não estão sendo repassados em sua integralidade, por isso que o quadro de endividamento demora de se reverter. Os principais vilões, segundo ele, são o filé mignon, que "toda semana fica mais caro", e o queijo. O quilo da carne, que custava R$ 34,50, passou para R$ 50. Já o queijo quase dobrou de valor - de R$ 19/kg passou para R$ 32/kg. “Apesar de fazer um reajuste, ele não foi integral, porque existe a preocupação de não tornar o cardápio inviável para o consumidor ou ele não querer pagar”, pontuou o empresário. O Mariposa que existia no Mundo Plaza foi fechado por conta da pandemia.

Na Pizza da Chapada, franquia que existe nos bairros Itaigara e Graça, o que pesou foi o queijo, insumo que o restaurante usa quase uma tonelada por mês. “Tive um aumento de quase 50% nesse insumo de fevereiro para hoje, então não teve como não ter reajuste. Segurei até onde deu, mas em setembro tive que aumentar. Assumi uma parte dos custos e repassei uma parte menor para o consumidor final, para o produto não ficar tão caro”, explica o proprietário Nei Laudano. O faturamento na empresa ainda está em 65 e 70% em relação ao mesmo mês do ano passado.

A chef Tereza Paim, apesar de não mudado os pratos do cardápio - é o mesmo há 18 anos - manteve os preços de janeiro de 2019 durante o primeiro mês da reabertura do restaurante deste ano. Ela diz não ter sentido o impacto do aumento dos insumos, pois compra em quantidade, e que dá para compensar com outros pratos. “Os produtos estão variando, tem uns que estão mais baratos e outros mais caros. O que está puxado mesmo é a carne. Mas você compensa ganhando mais em outros pratos”, contou. Paim ainda afirma que o faturamento de outubro no restaurante foi de 80% em relação ao mesmo mês do ano passado e que acredita que vai haver crescimento.

A maior parte dos bares e restaurantes, contudo, não repassou o aumento dos insumos para o cliente, como destacou o presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (Febha), Silvio Pessoa. “A maioria ainda não repassou ao consumidor final. A gente espera que nesse período entre safra e que não precise aumentá-los. É a nossa esperança, porque o consumo está diminuído e a população está sem dinheiro. Infelizmente, vamos ter que segurar um pouco”, disse Pessoa.

Transporte fica mais caro
Um dos custos operacionais que aumentou nesses últimos meses e que foi ressaltado como principal vilão foi o de transporte dos funcionários. Com a redução da frota e o horário de funcionamento dos ônibus, os colaboradores utilizam aplicativos de transporte para voltar para casa na maioria das vezes. “Alguns tem veículo próprio, mas a maioria depende de transporte público. Às vezes, libero mais cedo para o funcionário poder ter o transporte de 22h, mas estou gastando R$ 1.000 a R$ 1.500 reais por mês de Uber. Além de estarmos com horário reduzido, já ficamos cinco a seis meses sem funcionar e ainda temos que arcar com esse custo que não é barato”, ponderou Laudano.

No Mariposa, o proprietário deixou de contratar quem não tinha como voltar para a casa depois das 22h, porque não tinha como assumir a despesa dos aplicativos de transporte. “A gente deixou de recontratar dois profissionais porque não tinha como ter o transporte para eles depois de 22h. E muitos moram em regiões distantes, que o Uber dá caro, ou que o Uber não entra, ainda tem esse agravante. Isso tem elevado bastante os custos e a gente precisa fazer um malabarismo muito grande para chegar em um equilíbro”, confessa Estivallet.

Aumento dos custos operacionais
A pesquisa da Abrasel ainda apontou que, na Bahia, 56% dos empresários notaram aumento dos custos, causado principalmente pela subida de valor dos alimentos. Os donos de bares e restaurantes relataram ao estudo que as mercadorias subiram 15% em relação ao valor de antes da crise.

“Temos custos operacionais mais altos, uma oferta reduzida e uma demanda reduzida. E ainda com novos componentes que estão se apresentando a partir da retomada que incrementam essa equação na parte negativa, principalmente pelo custo dos alimentos, como a compra de proteínas e derivados do leite. Há uma inflação que continua impactando muito nosso segmento e nosso setor. A equação não fecha”, argumentou o presidente-executivo da Seccional Bahia da Abrasel, Luiz Henrique Amaral.

Esse aumento dos custos operacionais se soma com as dívidas que muitos empreendimentos acumularam ao longo dos seis meses em que estiveram fechados. Amaral reforçou a estimativa da associação de que pelo menos um terço das empresas do setor não retornará à atividade.

Publicado em Economia

Salvador registrou um aumento de mais de 223% dos casos de chikungunya, de janeiro a novembro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2019.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, este ano, até 7 de novembro, já haviam sido registrados 11.836 casos de chikungunya. No mesmo período do ano passado foram 3.659 casos.

"Esse número é um acumulado de janeiro a novembro e está comparado ao ano passado. Na realidade, o aumento expressivo de casos se deu no mês de abril e maio. Se você observar, foi justamente logo depois que começou a pandemia, em março", explica Isolina Miguez, coordenadora das ações de controle das arboviroses do município.

As regiões de Salvador, que lideram com maior número de casos de chikungunya é o Cabula/Beiru (2.345), Pau da Lima (1.698) e São Caetano/Valéria (1.336).

"Nós já sabíamos que haveria um aumento no número de casos, nos preparamos, mas fomos surpreendidos pela pandemia, no qual foram retirados os agentes de dentro de casa. Eles só podem fazer o perímetro do domicílio [ao lado de fora das residências], isso significa que o mosquito continua no domicílio", conta a coordenadora.

Para a redução desses números, Isolina conta que equipes do Centro de Controle de Zoonoses continuam reforçando a fiscalização nas ruas e que serão realizadas limpezas na cidade.

"Nós estamos intensificando as ações, em todos os lugares e também, de 7 a 11, de dezembro faremos um faxinaço na cidade para combate a essas arboviroses", disse.

A chikungunya é transmitida pela picada do Aedes aegypti, que também causa doenças como dengue e zika vírus.

A infecção por chikungunya começa com febre, dor de cabeça, mal estar, dores pelo corpo e muita dor nas juntas (joelhos, cotovelos, tornozelos, etc), em geral, dos dois lados, podendo também apresentar, em alguns casos, manchas vermelhas ou bolhas pelo corpo.

O quadro agudo dura até 15 dias e cura espontaneamente. Algumas pessoas podem desenvolver um quadro pós-agudo e crônico com dores nas juntas que duram meses ou anos.

Publicado em Saúde

A primeira reunião para a transição administrativa da prefeitura municipal foi realizada nesta segunda-feira (16), no Palácio Thomé de Souza, entre o prefeito ACM Neto, o prefeito eleito Bruno Reis e o chefe da Casa Civil, Luiz Carreira. O encontro foi realizado um dia após o candidato democrata vencer a corrida para a Prefeitura de Salvador no primeiro turno.

Segundo Neto, “a transição será muito tranquila porque Bruno Reis participou de todas as ações da Prefeitura”. “É claro que cada gestor quer implantar a sua marca, tem novas ideias, mas, no que depender de mim, o prefeito eleito terá todas as facilidades para que a transição ocorra da melhor forma possível”, afirmou.

O prefeito também determinou que todos os secretários e dirigentes colaborem com a transição. “Assim que Bruno Reis nomear os integrantes de sua equipe, nossos secretários e dirigentes estarão à disposição do prefeito eleito para apresentar o cronograma de todos os projetos que estão em execução, além das informações necessárias para quem vai assumir o cargo no dia 1º de janeiro”.

De acordo com Neto, o prefeito eleito vai herdar uma administração totalmente equilibrada financeiramente, com obras em andamento e projetos encaminhados.

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Após as eleições municipais que ocorreram ontem (15), a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) recolheu 150,62 toneladas de resíduos das ruas da cidade. Esse número representa um aumento de 20,5 % em relação ao pleito municipal de 2016, quando foram recolhidas 125 toneladas.

A operação especial contou com o apoio de 2.258 agentes de limpeza, sendo 1.474 de varrição, 121 de coleta e 663 que atuaram nas equipes especiais. Além disso, foram disponibilizados 69 equipamentos como caminhões, compactadores e caçambas.

O trabalho teve início às 6h de domingo e continuou durante a manhã desta segunda-feira (16). "A operação ocorreu dentro da normalidade e grande parte do êxito desse trabalho deve-se aos esforços dos nossos agentes de limpeza, que se empenharam a fim de garantir um ambiente limpo para a população. Devido à leveza do material, os panfletos e santinhos são facilmente espalhados pela ação do vento. Por isso, será necessária a continuidade da limpeza nos próximos dias", afirmou o presidente da LIMPURB, Leonardo Oliveira.

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Um tiroteio deixou três pessoas feridas e duas mortas na tarde desta segunda-feira (16), na Praia de Boa Viagem, no bairro de mesmo nome, na Cidade Baixa, em Salvador. A Polícia Militar informou ao CORREIO que o crime aconteceu por volta das 16h e que policiais da 17ª CIPM (Uruguai) prestaram socorro aos feridos, levando-os para a UPA de Santo Antônio, no bairro dos Dendezeiros.

Após profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatarem a morte de dois homens, outra equipe policial se manteve no local até às 18h custodiando os corpos até a chegada do serviço de investigação da Polícia Civil. Antes com acesso limitado, a Praia de Boa Viagem está liberada para banho desde 7 de outubro.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, um homem que está no restaurante Caranguejo do Baiano mostra pessoas correndo na praia aos gritos e gente abaixada dentro do estabelecimento. "Muito tiro, um cara caído ali, todo mundo correndo, foi tiro demais. Deve ter atingido muita gente. Meu Deus do céu, o que é isso? Tem crianças aqui ainda brincando", narra.

Conforme informações iniciais apuradas pela Polícia Civil, quatro homens a bordo de um veículo da marca Toyota chegaram no local atirando. O levantamento cadavérico foi feito por uma equipe do Departamento de Homicidio e Proteção à Pessoa (DHPP) e foram expedidas guias de perícia e remoção dos corpos.

A autoria e a motivação do crime ainda são desconhecidas. O crime será investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios da Baía de Todos os Santos (DH/BTS).

O CORREIO solicitou informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), mas não teve retorno até esta publicação. No boletim desta segunda da secretaria, no qual são registrados os principais crimes em Salvador e RMS, constam quatro homicídios: duas mortes de pessoas do sexo masculino foram notificadas na Praia de Boa Viagem e mais dois homens morreram nesta madrugada na Rua Jardim Botânico, na localidade Vila Verde, no bairro de São Cristóvão.

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A Câmara de Salvador terá 17 novos nomes e 26 vereadores reeleitos - 40 dos 43 tinham tentando reeleição - a partir de 2021. A renovação será de, em média, 39%, 4% a mais que nas eleições de 2016. É a primeira vez que haverá três vereadoras eleitas numa só candidatura coletiva - a Pretas por Salvador.

Foram 1.590 candidatos de 33 partidos a tentar uma vaga na Câmara Municipal de Salvador - aumento de 50,5% comparado as eleições de 2016. Os partidos mais representados são o Democratas, com sete eleitos, seguido do PT, com quatro, e do Republicanos, com três. Depois, aparecem MDB, PCdoB, PDT, PL, Podemos e PTB, com dois representantes), e outras 11 legendas, cada uma com um.

Do total de candidatos, quatro não receberam nenhum voto, nem deles próprios.

A Constituição diz que o vereador tem o papel de elaborar e votar leis que tragam melhorias para o município, além de fiscalizar o trabalho do Poder Executivo. Também cabe a ele votar projetos de lei enviados pela prefeitura.

O salário máximo do vereador corresponde a 75% do de um deputado, em cidades com mais de 500 mil habitantes, como Salvador, onde um vereador ganha R$ 18,7 mil.

Os mais votados
O vereador mais votado foi Luiz Carlos (Republicanos) de Souza, com 17.035 votos. Nas eleições de 2016, ele foi o segundo mais votado. O vereador é pernambucano da cidade de Bezerros e chegou à Bahia em 2009. Em 2012, conquistou o primeiro mandado - foi o sétimo mais votado no pleito de 2012, com 13.505 votos. Nestas eleições, trabalhava com uma expectativa de 15 mil votos.

“Trabalhei bastante nesses quatro anos, e em função do aumento do número de vereadores, e pela pandemia, a concorrência sabíamos que seria maior. Mas, surpreendentemente, superei essa marca. É o resultado do trabalho que estamos construindo ao longo do tempo”, disse, rapidamente por telefone, enquanto acompanhava a apuração com aliados político, ao CORREIO.

O segundo colocado na disputa por uma vaga na Câmara foi o atual presidente da Casa, Geraldo Júnior (MDB), com 12.906 votos, uma diferença de mais de quatro mil votos em relação ao primeiro colocado.

Em seguida, apareceram Isnard Araujo (PL), com 12.627 votos, Ireuda Silva (Republicanos), com 12.022, e Duda Sanchez (DEM), com 10.436.
Confira os mais votados:

Surpresas
Depois de apurados os resultados das urnas, alguns resultados surpreenderam. Uma delas foram as votações em Tancredo Isidório (Avante), filho do então candidato à prefeito de Salvador, Isidório. Ele teve 961 votos.

Nos bastidores, comentava-se uma votação muito superior. Outra surpresa foi o número de votos em Vado Malassombrado (DEM), que não conseguiu se reeleger. Nas últimas eleições, ele teve 7.410 votos. Agora, recebeu 2.442 votos.

Uma das figuras políticas mais conhecidas da Câmara, Aladilce (PCdoB) teve 5.074 votos e não se reelegeu.
A chapa coletiva Pretas por Salvador agradeceu pela vitória, em publicação no Instagram. “Nada sobre nós sem nós. Vamos ocupar a Câmara Municipal de Bonde”.

Renovou?
Pela primeira vez, os partidos não puderam se reunir em coligações partidárias - a proibição foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2017. Com os fim das coligações, aliança de vários partidos para concorrer às eleições, o número de candidatos disparou.

Até então, os partidos se juntavam e lançavam, em grupo, candidatos. Desta vez, cada partido concorreu sozinho e pôde lançar 65 candidatos. Foram 1.590 candidatos de 33 partidos a tentar uma vaga na Câmara Municipal de Salvador - aumento de 50,5% comparado as eleições de 2016.

Para o cientista político Cloves Oliveira, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o fim dessas ligações “ foi importante para esse aumento na renovação em relação a 2016”. O número é expressivo, mas ainda inferior do que o registrado, por exemplo, em 2008, quando 46% da Câmara foi renovada, na avaliação de Cloves. “Tem algo que é a renovação de caras novas, e de pessoas que estão retornando à casa. Claro que não deixa de ser uma renovação, mas muitas vezes de políticos que já foram parlamentares em determinadas ocasiões, perderam e voltaram agora”, explicou. Dos novos vereadores em 2021, somente o ex-deputado federal Irmão Lázaro (PL) fez o movimento de retorno. O resto é novato na Câmara.

O método para a eleição de um vereador é o sistema proporcional. Primeiro, é calculado o quociente eleitoral. Para isso, o número de votos em candidatos e em legenda (os eleitores podem votar tanto num só candidato ou numa legenda) é dividido pelo total de vagas em disputa. O quociente eleitoral é a quantidade de votos necessário para que o partido eleja um vereador.

O segundo passo é calcular o quociente partidário. Os votos em candidatos e na legenda daquele partido são divididos pelo quociente eleitoral. O resultado é o total de vagas que o grupo conquistou.
Os candidatos que ocuparão as vagas devem receber votos numa quantidade igual ou maior que 10% do quociente eleitoral.

Os eleitos (nome, partido e quantidade de votos)
Reeleitos

Luiz Carlos Republicanos, 17.035 votos
Geraldo Júnior MDB, 12.906
Isnard Araujo PL, 12.799
Ireuda Silva Republicanos, 12.098
Duda Sanches DEM, 10.436
Alexandre Aleluia DEM, 10.154
Ricardo Almeida PSC, 10.026
Carlos Muniz PTB, 9.118
Maurício Trindade MDB, 8.738
Marcelle Moraes DEM, 8.673
Hélio Ferreira PCdoB, 8.638
Paulo Magalhães Júnior DEM, 8.536
Daniel Rios Patriota, 8.089
Marta Rodrigues PT, 7.271
Kiki Bispo DEM, 7.045
Claudio Tinoco DEM, 7.039
Catia Rodrigues DEM, 7.010
Sidninho PODE, 7.039
Téo Sena PSDB, 6.751
Joceval Rodrigues Cidadania, 5.723
Fábio Souza Solidariedade, 5.682
Luiz Carlos Suica PT, 5.521
Carballal PDT, 5.275
Saba Democracia Cristã, 4.831
Edvaldo Brito PSD, 4.725
Silvio Humberto PSB, 4.708

Novatos
Emerson Penalva Podemos, 9.129
Julio Cesar dos Santos Republicanos, 8.810
Debora Santana Avante, 7.586 votos
Cris Correia PSDB, 7.166 votos
Roberta Caires Patriota, 7.090 votos
Sandro Bahiense Patriota, 6.798
Augusto Vasconcelos PCdoB, 6.041
Daniel Alves PSDB, 5.647
André Fraga PV, 5.621
Anderson Ninho PDT, 5.289
Maria Marighella PT, 4.837
George O Gordinho da Favela PSL, 4.822
Tiago Ferreira PT, 4.610
Irmão Lázaro PL, 4.273
Dr. Jose Antonio PTB, 4.192
Laina Crisóstomo Psol, 3.635
Marcelo Maia PMN, 3.460

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