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Prefeitura divulga agenda de reuniões para ouvir demandas de bairros Prefeitura divulga agenda de reuniões para ouvir demandas de bairros

Prefeitura divulga agenda de reuniões para ouvir demandas de bairros

Se você pudesse mudar alguma coisa no seu bairro, o que seria? Se tivesse que escolher um problema para solucionar, qual seria? Provavelmente, a lista é longa. Mas pode começar a enumerar.

Agora, vai ser mais fácil reclamar ou dar sugestões. Pelo menos, essa é a ideia do programa Ouvindo Nosso Bairro, lançado na tarde de ontem pelo prefeito ACM Neto (DEM), no Palácio Tomé de Sousa.

A partir do próximo sábado, dia 10, e até o dia 4 de fevereiro, a prefeitura vai realizar 154 reuniões para identificar as demandas de cada um dos 163 bairros da cidade. Os encontros serão abertos, sempre aos sábados (das 8h às 12h ou das 14h às 18h) e às quartas-feiras (das 18h às 22h).

De acordo com Neto, mesmo com a Ouvidoria do Município, a central telefônica da prefeitura (156) e o trabalho de rua, era necessário aproximar a administração do morador. “O objetivo é convidar o cidadão a trazer sua opinião. Em nenhum outro momento, a prefeitura teve um mecanismo para ouvir a comunidade de forma tão direta”, afirmou.

A partir das respostas da população, a prefeitura vai definir quais intervenções serão realizadas em cada bairro nos próximos dois anos. Segundo o prefeito, essa será a base de um grande projeto de intervenções, que deve ser lançado entre março e abril.

Prioridades
Para dar conta de 154 reuniões (39 por semana) em um mês, foram designadas 13 equipes, compostas por um mediador e dez servidores municipais (de órgãos como a Ouvidoria, a coordenação de Prefeituras-Bairro, o Gabinete e as Secretarias de Saúde e Educação), que devem trabalhar simultaneamente.

“Cada bairro terá seu local e horário. O mediador vai aplicar um questionário e as pessoas vão debater as prioridades. Nós já temos um senso crítico para saber as necessidades da cidade, mas, às vezes, a prefeitura tem uma visão que não é coincidente com o cidadão”, disse o prefeito, que também deve participar de alguns encontros. A expectativa é ouvir 20 mil pessoas.

Embora o número de reuniões seja menor do que o de bairros, nenhuma região deve ficar sem data de debate - assim, elas terão encontros em conjunto com outras localidades. Existem bairros administrativos, como o CAB, e bairros com mil habitantes. Ao final, cada bairro terá dez necessidades identificadas. “Isso pode gerar 1.600 intervenções da prefeitura”, apontou Neto. Após as reuniões, as equipes terão até 50 dias para concluir um relatório.

Só então será lançado o novo programa, embora o prefeito não diga ainda qual o seu orçamento: “Num bairro, pode ser uma escadaria. Em outro, pode ser posto de saúde. Vamos fechar o orçamento e informar quais obras vão ser feitas e quanto vai custar”. Ainda assim, as intervenções devem começar ainda este semestre.

De fato, o que o morador de cada bairro vê como prioridade pode ser bem diferente de outro. O líder comunitário Adriano Loureiro, 44 anos, morador de Itapuã, citou a revitalização do Parque do Abaeté como uma das prioridades. “Mas também precisamos de cursos profissionalizantes para os jovens”.

Já no Itaigara, o veterinário Reinaldo Oliveira, 79, reivindica a construção de uma praça, além de melhorias na iluminação pública e no trânsito. No Nordeste de Amaralina, além da iluminação, o líder comunitário Gil de Leon, 44, gostaria de cuidado com pedestres - com o alargamento de calçadas, por exemplo.

Ação imediata
Segundo o ouvidor geral do município, Humberto Viana, as reuniões do Ouvindo Nosso Bairro são diferentes das oficinas realizadas pelo Salvador 500. “O Ouvindo Nosso Bairro é para ação imediata. O foco está no cidadão comum”, explicou.

Em dezembro, duas reuniões “piloto” foram realizadas, em São Marcos e em Fazenda Coutos. “Conseguimos aplicar com êxito a metodologia que consiste em duas partes: a individual, onde o cidadão pensa Salvador como qualquer um de nós, e outra em grupo, quando eles se colocam no lugar do prefeito e colocam por ordem de prioridade o que vai ser feito”, contou o coordenador das Prefeituras-Bairro, Reinaldo Braga.

Todos os horários e locais das reuniões (veja no quadro ao lado) estão disponíveis no site www.ouvindonossobairro.salvador.gov.ba.br. Também é possível consultar os horários pelo número 156.

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    “Eu tive esse privilégio de encontrá-lo depois de 15 anos. O último momento que nos encontramos foi em 2009, no enterro de nosso pai. Foi um momento de tristeza, mas graças a Deus nos reencontramos depois de muita busca minha por ele”, contou Joaquim.

    O Catafolia, local em que os dois se reencontraram, é uma das duas bases de apoio montadas pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) para catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Durante o Carnaval, para cada espaço, são disponibilizadas 400 vagas por dia pela Prefeitura. Na estrutura, os catadores têm acesso a café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, além de sanitários químicos e atendimento médico.

    “O que está tendo um significado maior na minha vida hoje é, primeiramente Deus e depois a minha família. Ele me reencontrou neste lugar. Eu nunca imaginei que fosse encontrar com ele aqui dentro, uma pessoa que trabalha com outras que vivem nas ruas. Ele tem esse olhar cuidadoso para quem vive na rua e isso é muito importante, pois quem vive na rua também é ser humano”, disse Vitor.


    Separação – A história de Vitor é marcada por muitos altos e baixos. Filho de Joaquim Donato e de Ana Paula Silva, ele foi criado por uma tia, pois a sua mãe morreu após o parto e o pai não quis cuidar do filho, história muito parecida com o enredo da novela Renascer, obra de Benedito Ruy Barbosa que atualmente está tendo um remake. Esse foi um dos traumas que o empurrou para o alcoolismo.

    “O meu pai também era alcoólatra, bebia muito. Depois entrou para a igreja e parou, mas Deus levou ele. Eu não tive uma infância muito boa. Por causa do meu problema com o alcoolismo, a minha mãe de criação me colocou para dormir na laje, no relento, me cobrindo com pano de chão. Dormi nas ruas por cinco meses. Mas eu sempre pensei que um dia daria a volta por cima e a minha volta por cima começou há nove anos, quando conheci a minha esposa e hoje mãe da minha filha”, contou.

    Joaquim Donato Júnior e Vitor são os únicos filhos vivos de Joaquim, pai. Eles perderam dois irmãos de forma trágica. A irmã Ana Paula morreu atropelada e o irmão Marcos morreu afogado. Vitor chegou a morar um período com Joaquim e o pai, mas devido a uma briga de família, saiu de casa. Após o enterro do pai, os irmãos não se viram mais, e como Vitor não tem redes sociais e nem tinha aparelho celular à época, foi muito difícil o reencontro.

    Busca – A tentativa de encontrar Vitor, foi um dos aspectos que motivou Joaquim Donato a trabalhar como educador social. Ele entrou no Consultório nas Ruas, um serviço da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), e em alguns momentos fez buscas por Vitor nos bairros de Itinga, Sete de Abril e Castelo Branco, mas não o encontrou.

    “Eu fiquei sabendo que ele estava se reunindo com outras pessoas dependentes de álcool no Largo do Caranguejo, em Itinga, no ‘sindicato’, como as pessoas costumam chamar esses grupos aqui em Salvador. Também soube que ele andou um tempo nas ruas e em Centros de Recuperação, por isso fiz essas buscas por esses bairros, mas sem sucesso”, contou.

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    “O momento foi muito emocionante, eu só fiz chorar bastante. O choro foi de felicidade, de alegria. Eu cheguei em casa sem acreditar, estatelado. Falei com a minha mãe, ela também não acreditou, aí mostrei a foto dele e da filha dele, foi aí que ela já pediu para marcar um dia para eles irem na nossa casa”, descreveu Joaquim.

    “No momento que eu o encontrei, eu já estava meio sem acreditar, mas como a nossa fé vem de lá de cima, Deus nos uniu de novo e ninguém vai nos separar. E se hoje eu estou tendo a oportunidade de contar a minha história, é graças ao Serviço Social. Ninguém faz esse trabalho, a não as pessoas que trabalham com a atenção social e com o morador de rua. Essa é uma história de superação. Eu já passei fome também e já dormi no relento, eu sei o que é isso, mas Deus colocou vocês aqui para nos ajudar. A função de vocês, incluindo a do meu irmão, é ajudar o povo. A minha vida agora é só agradecer. Eu sou muito grato”, agradeceu Vitor.

    Os planos dos irmãos agora são se manter unidos e fortalecidos. “O que eu mais queria era esse encontro e agora Vitor pode ter certeza que eu vou ajudá-lo no que precisar. E a minha sobrinha, que eu nem sabia que tinha, já é o meu xodó”, contou Joaquim, que mora apenas com a mãe e não tem filhos.

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    As vagas da Bahia estão distribuídas nas cidades de Salvador, Alagoinhas, Amargosa, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Cachoeira, Caetité, Camacan, Camaçari, Camamu, Campo Formoso, Candeias, Catu, Conceição do Coité, Conceição do Jacuípe, Cruz das Almas, Dias D'ávila, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Feira de Santana, Gandu, Guanambi, Ibotirama, Iguaí, Ilhéus, Ipiaú, Ipirá, Irará, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Itamaraju, Itaparica, Itapetinga, Jacobina, Jaguaquara, Jequié, Juazeiro, Lauro De Freitas, Livramento Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Maraú, Mata De São João, Monte Santo, Nova Pojuca, Nova Viçosa, Paulo Afonso, Porto Seguro, Presidente Tancredo Neves, Queimadas, Remanso, Ribeira do Pombal, São Gonçalo dos Campos, Santa Luz, Santa Maria da Vitória, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Santo Estevão, Seabra, Senhor do Bonfim, Serrinha, Simões Filho, Santa Cruz de Cabrália, Teixeira de Freitas, Tucano, Ubaitaba, Ubatã, Valença e Vitória da Conquista.

    O perfil procurado pela empresa é de pessoas com idade a partir de 18 anos, ensino médio completo e perfil dinâmico, ágil e resiliente para atuar como operador de loja. Entre as atividades estão o atendimento ao cliente, operação de caixa, organização de itens nas gôndolas, parreiras de ovos de Páscoa e suporte à operação de retirada, na loja, de pedidos feitos pelo site e app da Americanas.

    As oportunidades não exigem experiência prévia e os interessados devem ter disponibilidade para trabalhar entre fevereiro e abril.

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