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Hóspedes de hotel promovem 'chuva de dinheiro' na Barra: 'Virou um Carnaval'

Hóspedes de hotel promovem 'chuva de dinheiro' na Barra: 'Virou um Carnaval'

Enquanto na noite nublada deste sábado (16) caiam gotículas do céu em alguns pontos de Salvador, na Barra chovia notas R$ 100 e de R$ 50. A "chuva de dinheiro" aconteceu em um dos apartamentos do Monte Pascoal Praia Hotel e causou uma confusão à medida que as pessoas disputavam a dinheirama. Os relatos dão conta de que, pela quantidade de cédulas arremessadas de uma só vez, o montante seria de aproximadamente R$ 10 mil.

A confusão foi tamanha que algumas pessoas queriam subir na marquise na entrada do hotel, onde caiu uma grande quantidade de dinheiro. Funcionários acionaram a Polícia Militar, que por sua vez conteve a multidão.Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o feito inusitado, que teria acontecido durante uma briga de um casal de hóspedes. Mas ninguém sabe ao certo o motivo, raivoso ou não, que fez a alegria de muita gente, que saiu de lá com bolso cheio.

"Foi um bafafá. Só tinha notas de R$100 e R$50. Eu, lerdo, só peguei R$ 150 porque na hora estava gravando os vídeos. Ô raiva... Essa hora poderia estar com a patroa comendo um belo peixe no Imbuí. Da próxima vez, não vou gravar", contou o motorista de aplicativo Atan Gama de Araújo, 28, que postou no seu perfil do Instagram cenas do episódio.

A "chuva de dinheiro" aconteceu por volta das 21h, na Rua Marquês de Caravelas. O hotel tem oito andares e o arremesso teria ocorrido em um dos últimos apartamentos. "O que todo mundo está falando é que houve uma briga de casal e uma mulher jogou o dinheiro. Foi uma confusão. As pessoas invadiam a pista e os carros não passavam. Teve gente que saiu com bolo de dinheiro, pegou R$ 500, R$700, até R$ 950. Um dos seguranças do hotel pegou, pelo menos, 13 cédulas que estavam na marquise", disse Atan Uber, como é conhecido o motorista de aplicativo nas redes sociais. Na hora, ele havia parado para lanchar numa de fast food quando ouviu a gritaria que vinha do hotel. "É dinheiro, é dinheiro".

Apesar da confusão, o dono da barraca de lanches Barra Center, Jerônimo Oliveira, 48, custou a acreditar o que os olhos viam. "Nunca ia imaginar que aquela chuva era de dinheiro verdadeiro. Achava que era falso. Só depois que vi que vacilei", contou ele, que na hora ficou estático acreditando que as pessoas faziam papel de besta.

Já o segurança de uma lanchonete, Ronaldo Santos, 37, disse que não se juntou à disputa pelas cédulas, porque não poderia deixar o local de trabalho. "Não podia abandonar o posto. Caiu dinheiro nas varandas do hotel. Na hora, isso aqui virou um Canaval. Até turista saiu com o bolso cheio. Mas se hoje acontecer de novo, vou dar meu jeito de cair para dentro", revelou ele, mirando os olhos para os últimos andares do hotel.

Ronaldo disse que os funcionários acionaram a polícia, pois não conseguiam conter a multidão que insistiu subir na marquise. "O povo estava tentando pular de qualquer jeito para pegar. A entrada do hotel estava uma confusão, que só parou com a PM", relatou.

O taxista Humberto da Cruz, 60, até pensou em se jogar no bolo, mas desistiu. “Era muita confusão. Cheguei até dar alguns passos, mas desisti porque os moradores de rua já estavam brigando entre si e eu, já um idoso, não tinha condições de disputar com eles”, relatou. Ele disse ainda que, um dos policiais que foram acionados para o local, custou a acreditar quando chegou. “O policial estava ao meu lado parado e disse: ‘O que é isso? Parece coisa de filme. Se eu não estivesse fardado...’ e foi para frente do hotel controlar o povo’”, relatou.

A dinheirama foi arremessada uma única vez. Apesar disso, quem pegou e quem também não pegou permaneceu em frente ao hotel até o início da madrugada, à espera de nova "chuva de cédulas", o que não aconteceu. Na manhã deste domingo (17), o CORREIO procurou os funcionários do hotel, mas ninguém quis falar sobre o assunto. A Polícia Militar informou que unidades da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e da Rondesp Atlântico foram acionadas para conter uma ocorrência de tumulto no local, mas ao chegar já encontraram tudo normalizado.

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    Podem se inscrever para a realização do exame pacientes de 40 anos a 70 anos de idade nas seguintes condições:

    que tenham realizado mamografia há um ano ou mais (ou nunca tenham realizado o exame)
    que sejam usuárias do SUS

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    Em casos de resultados suspeitos, as pacientes serão encaminhadas para diagnóstico final (biópsia) e tratamento no Hospital Aristides Maltez.

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    Um abraço longo e emocionado uniu o vendedor ambulante Vitor da Silva, de 42 anos, ao educador social Joaquim Donato dos Santos Júnior, 36 anos, neste Carnaval de Salvador 2024, colocando fim a uma busca que já durava 15 anos. Os dois são irmãos e haviam se encontrado pela última vez em 2009, no enterro do pai deles.

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    “Eu tive esse privilégio de encontrá-lo depois de 15 anos. O último momento que nos encontramos foi em 2009, no enterro de nosso pai. Foi um momento de tristeza, mas graças a Deus nos reencontramos depois de muita busca minha por ele”, contou Joaquim.

    O Catafolia, local em que os dois se reencontraram, é uma das duas bases de apoio montadas pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) para catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Durante o Carnaval, para cada espaço, são disponibilizadas 400 vagas por dia pela Prefeitura. Na estrutura, os catadores têm acesso a café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, além de sanitários químicos e atendimento médico.

    “O que está tendo um significado maior na minha vida hoje é, primeiramente Deus e depois a minha família. Ele me reencontrou neste lugar. Eu nunca imaginei que fosse encontrar com ele aqui dentro, uma pessoa que trabalha com outras que vivem nas ruas. Ele tem esse olhar cuidadoso para quem vive na rua e isso é muito importante, pois quem vive na rua também é ser humano”, disse Vitor.


    Separação – A história de Vitor é marcada por muitos altos e baixos. Filho de Joaquim Donato e de Ana Paula Silva, ele foi criado por uma tia, pois a sua mãe morreu após o parto e o pai não quis cuidar do filho, história muito parecida com o enredo da novela Renascer, obra de Benedito Ruy Barbosa que atualmente está tendo um remake. Esse foi um dos traumas que o empurrou para o alcoolismo.

    “O meu pai também era alcoólatra, bebia muito. Depois entrou para a igreja e parou, mas Deus levou ele. Eu não tive uma infância muito boa. Por causa do meu problema com o alcoolismo, a minha mãe de criação me colocou para dormir na laje, no relento, me cobrindo com pano de chão. Dormi nas ruas por cinco meses. Mas eu sempre pensei que um dia daria a volta por cima e a minha volta por cima começou há nove anos, quando conheci a minha esposa e hoje mãe da minha filha”, contou.

    Joaquim Donato Júnior e Vitor são os únicos filhos vivos de Joaquim, pai. Eles perderam dois irmãos de forma trágica. A irmã Ana Paula morreu atropelada e o irmão Marcos morreu afogado. Vitor chegou a morar um período com Joaquim e o pai, mas devido a uma briga de família, saiu de casa. Após o enterro do pai, os irmãos não se viram mais, e como Vitor não tem redes sociais e nem tinha aparelho celular à época, foi muito difícil o reencontro.

    Busca – A tentativa de encontrar Vitor, foi um dos aspectos que motivou Joaquim Donato a trabalhar como educador social. Ele entrou no Consultório nas Ruas, um serviço da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), e em alguns momentos fez buscas por Vitor nos bairros de Itinga, Sete de Abril e Castelo Branco, mas não o encontrou.

    “Eu fiquei sabendo que ele estava se reunindo com outras pessoas dependentes de álcool no Largo do Caranguejo, em Itinga, no ‘sindicato’, como as pessoas costumam chamar esses grupos aqui em Salvador. Também soube que ele andou um tempo nas ruas e em Centros de Recuperação, por isso fiz essas buscas por esses bairros, mas sem sucesso”, contou.

    Encontro – Joaquim está no Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) da Sempre desde 19 de janeiro, há menos de um mês. “No momento em que eu me candidatei para a vaga, o meu objetivo era trabalhar com a população em situação de rua, na esperança de encontrar o meu irmão. Foi assim, que no meu primeiro plantão do Catafolia, eu o encontrei e quase não acreditei”, contou.

    “O momento foi muito emocionante, eu só fiz chorar bastante. O choro foi de felicidade, de alegria. Eu cheguei em casa sem acreditar, estatelado. Falei com a minha mãe, ela também não acreditou, aí mostrei a foto dele e da filha dele, foi aí que ela já pediu para marcar um dia para eles irem na nossa casa”, descreveu Joaquim.

    “No momento que eu o encontrei, eu já estava meio sem acreditar, mas como a nossa fé vem de lá de cima, Deus nos uniu de novo e ninguém vai nos separar. E se hoje eu estou tendo a oportunidade de contar a minha história, é graças ao Serviço Social. Ninguém faz esse trabalho, a não as pessoas que trabalham com a atenção social e com o morador de rua. Essa é uma história de superação. Eu já passei fome também e já dormi no relento, eu sei o que é isso, mas Deus colocou vocês aqui para nos ajudar. A função de vocês, incluindo a do meu irmão, é ajudar o povo. A minha vida agora é só agradecer. Eu sou muito grato”, agradeceu Vitor.

    Os planos dos irmãos agora são se manter unidos e fortalecidos. “O que eu mais queria era esse encontro e agora Vitor pode ter certeza que eu vou ajudá-lo no que precisar. E a minha sobrinha, que eu nem sabia que tinha, já é o meu xodó”, contou Joaquim, que mora apenas com a mãe e não tem filhos.

  • Americanas abre quase 400 vagas temporárias na Bahia para a Páscoa

    A Americanas está recrutando funcionários para vagas temporárias na Páscoa. Do total, 393 vagas são para atuação em lojas da Bahia. Em todo o país, a empresa abriu mais de 6 mil vagas para o período, para o cargo de operador de loja.

    As vagas da Bahia estão distribuídas nas cidades de Salvador, Alagoinhas, Amargosa, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Cachoeira, Caetité, Camacan, Camaçari, Camamu, Campo Formoso, Candeias, Catu, Conceição do Coité, Conceição do Jacuípe, Cruz das Almas, Dias D'ávila, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Feira de Santana, Gandu, Guanambi, Ibotirama, Iguaí, Ilhéus, Ipiaú, Ipirá, Irará, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Itamaraju, Itaparica, Itapetinga, Jacobina, Jaguaquara, Jequié, Juazeiro, Lauro De Freitas, Livramento Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Maraú, Mata De São João, Monte Santo, Nova Pojuca, Nova Viçosa, Paulo Afonso, Porto Seguro, Presidente Tancredo Neves, Queimadas, Remanso, Ribeira do Pombal, São Gonçalo dos Campos, Santa Luz, Santa Maria da Vitória, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Santo Estevão, Seabra, Senhor do Bonfim, Serrinha, Simões Filho, Santa Cruz de Cabrália, Teixeira de Freitas, Tucano, Ubaitaba, Ubatã, Valença e Vitória da Conquista.

    O perfil procurado pela empresa é de pessoas com idade a partir de 18 anos, ensino médio completo e perfil dinâmico, ágil e resiliente para atuar como operador de loja. Entre as atividades estão o atendimento ao cliente, operação de caixa, organização de itens nas gôndolas, parreiras de ovos de Páscoa e suporte à operação de retirada, na loja, de pedidos feitos pelo site e app da Americanas.

    As oportunidades não exigem experiência prévia e os interessados devem ter disponibilidade para trabalhar entre fevereiro e abril.

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