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Escolas defendem retorno presencial em fevereiro

Escolas defendem retorno presencial em fevereiro

A programação é que as aulas do próximo ano letivo nas escolas particulares de Salvador e Região Metropolitana que integram o Grupo de Valorização da Educação (GVE) comecem em fevereiro. O desejo da entidade é que as atividades sejam híbridas com, pelo menos, 50% dos estudantes nas salas logo no primeiro mês do retorno.

O porta-voz e diretor executivo do grupo Perfil, Wilson Abdon, diz que a solicitação da entidade se baseia no protocolo de retomada da aulas das universidades da Bahia - as instituições de ensino superior puderam voltar a realizar atividades presenciais em 3 de novembro com 50% da capacidade.
“A ideia é começar com os ensinos infantil, fundamental e médio com 50% dos alunos em fevereiro e aumentar o número de alunos nas escolas com o passar do tempo, com base nos dados do coronavírus e o desejo dos pais e alunos”, conta Abdon. As escolas particulares estão com as aulas presenciais suspensas desde 18 de março.

A possibilidade vai ser discutida com a prefeitura e o governo do Estado em 1º de dezembro, em reunião com o GVE. Participarão do encontro as secretarias de educação municipal e estadual, as pastas de saúde de Salvador e da Bahia, o Ministério Público e os conselhos municipal e estadual de educação.“Esse retorno é uma possibilidade real; hoje, temos pesquisas e artigos do mundo todo que apoiam”, afirma Abdon.

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado informa que as aulas presenciais na educação básica no estado permanecem suspensas, conforme decreto 19.586, até o dia 2 de dezembro. Atividades presenciais só devem ser retomadas mediante novo decreto governamental, considerando as condições de segurança e indicação das autoridades de saúde. Um novo calendário referente à retomada do ano letivo 2020 ainda será divulgado.

Antes da volta da aulas presenciais, o grupo espera poder receber os alunos nas escolas para um acolhimento em dezembro - a ideia inicial era começar a atividade em novembro, mas isso não foi permitido. O presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia, Paulo Gabriel Nacif, diz que o próximo ano deve ser de atividades híbridas.“As escolas vão encerrar o ano de forma remota, mas, no ano que vem, vamos fazer atividades híbridas. Manter o estudante longe da escola foi importante, mas várias instituições relatam que é bom que haja o retorno desde o começo”, conta o presidente do conselho.

Nacif ressalta que cabe ao governador Rui Costa e o Secretário de Saúde Fábio Vilas-Boas a decisão sobre a data, o modelo e as restrições do retorno das aulas na Bahia. “Com base no cenário de hoje, acredito que seja possível voltar, mas isso depende dos casos de coronavírus e da segunda onda”, comenta.

Ensino híbrido
A Escola Girassol trabalha com vários planos para o próximo ano. Caso o retorno remoto seja possível, as salas já contam com webcams e computadores para transmitir as aulas para o estudantes que continuarem em casa. “Os professores fazem uma capacitação para ministrar a aula híbrida. Pensamos em fazer um rodízio semanal, com os alunos revezando entre a escola e a casa”, relata a diretora Rosa Silvany.

No Grupo Perfil, dirigido por Abdon, a estratégia será montar seu modelo híbrido com 50% dos estudantes. Diretora pedagógica da Escola Lua Nova, Walkyria Freire Rodamilane conta que a instituição optou por não ofertar ensino simultâneo para os alunos presenciais e os remotos. “Vamos ofertar ensino remoto para quem está em casa e híbrido para quem vai para a escola”, diz.

A professora universitária Alessandra Reis, 41, quer que suas filhas de 9 e 7 anos retornem para a escola assim que for seguro. As meninas estudam na Casa da Infância.“Agora não é esse momento, ainda existem muitos riscos. Mas todos desejam essa volta”, diz.

Reunião
Sem abordar a possibilidade de retorno da aulas presenciais em 2021, o Conselho Estadual de Educação da Bahia se reuniu, nesta segunda-feira, com representantes de escolas particulares do ensino fundamental e médio do GVE para explicar as regras de validação do ano letivo com a realização de atividades remotas. Publicada na última quinta-feira, a Resolução CEE/BA nº 50/2020 reitera a dispensa dos 200 dias letivos para a educação básica e superior. Para as escolas fiscalizadas pelo conselho, o ano letivo deve ter, no mínimo, 800h. A universidades têm autonomia para definir a carga horária.

O texto reafirma a necessidade de fiscalização das instituições que realizaram ações de ensino remoto durante a suspensão da atividades presenciais. O documento também autoriza as redes e instituições a adotarem o regime do calendário contínuo (2020 + 2021).“As escolas estão preocupadas, o que é lógico porque elas foram pegas de surpresa por essa necessidade de recorrer ao ensino remoto”, explica o representante do GVE, Wilson Abdon.

“Em nenhuma hipótese, é preciso que essas 800h sejam horas digitais. Não se pode esperar que o aluno acompanhe todo esse tempo de aula online. Vamos considerar a situação única da pandemia”, diz Paulo Gabriel Nacif, presidente do conselho. Mais de 90 escolas participaram da reunião.

A fiscalização e a autoavaliação das instituições de ensino será feita em etapas. Na primeira, as escolas que aderiram às atividades remotas devem responder um formulário até 29 de novembro. Na segunda, cada unidade educacional deve apresentar seu relatório de atividades, ao final do ano letivo, ao Conselho Escolar ou instância equivalente que encaminhará uma ata ao Conselho Estadual de Educação, avaliando as atividades remotas desenvolvidas pela respectiva instituição de ensino.

No relatório, a escola tem que incluir todos os e-mails dos pais de estudantes e dos professores para que o CEE/BA possa contatá-los. O conselho vai realizar um sorteio de 150 escolas do sistema estadual de ensino para uma avaliação mais detalhada, estabelecendo um diálogo com a comunidade e buscando aferir as informações fornecidas.

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    Em meio às celebrações do Dia Internacional da Mulher, em março, a clínica CAM vai oferecer 300 mamografias gratuitas para pacientes de 40 a 70 anos. A ação do grupo Oncoclínicas foi idealizada pela mastologista Carolina Argolo e chega ao terceiro ano consecutivo.

    O trabalho é fruto de uma parceria com a rede de postos Shell através da campanha "Meu Combustível Salva".

    “O nosso objetivo é aumentar o acesso de pacientes ao exame de rastreamento, conscientizar a população sobre a importância da prevenção e contribuir para o combate ao câncer de mama”, afirma a médica da CAM, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia.

    Podem se inscrever para a realização do exame pacientes de 40 anos a 70 anos de idade nas seguintes condições:

    que tenham realizado mamografia há um ano ou mais (ou nunca tenham realizado o exame)
    que sejam usuárias do SUS

    As interessadas devem fazer o agendamento no último sábado de fevereiro através do telefone (71) 3512-8600. Os exames serão feitos nas unidades da clínica em Salvador (Itaigara e Canela) e Lauro de Freitas.

    Em casos de resultados suspeitos, as pacientes serão encaminhadas para diagnóstico final (biópsia) e tratamento no Hospital Aristides Maltez.

    Importância do diagnóstico precoce
    Ao longo de 10 meses, a clínica disponibiliza ainda mais mamografias gratuitas — são duas mil, no total.

    A CAM justifica a iniciativa ao considerar a dificuldade de acesso ao exame no sistema de saúde do país. A mamografia é a forma mais eficaz de diagnóstico precoce do câncer de mama.

    “O exame de mamografia salva vidas, pois é capaz de identificar nódulos muito pequenos, quando eles ainda não são palpáveis”, explica Carolina Argolo. A especialista lembra que o diagnóstico em fase inicial aumenta em 90% a chance de cura.

    Além disso, o início do rastreamento aos 40 anos reduz a mortalidade em 10 anos em 25% dos casos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

    Campanha Meu Combustível Salva
    Todas as pessoas que abasteceram seus veículos com gasolina V Power, por meio do aplicativo Shell Box durante o último mês de outubro, contribuíram automaticamente com a doação de mamografias. A iniciativa é parte da campanha “Meu Combustível Salva”, vigente na Bahia e em Sergipe.

  • Após 15 anos, educador social reencontra irmão durante Carnaval de Salvador

    Um abraço longo e emocionado uniu o vendedor ambulante Vitor da Silva, de 42 anos, ao educador social Joaquim Donato dos Santos Júnior, 36 anos, neste Carnaval de Salvador 2024, colocando fim a uma busca que já durava 15 anos. Os dois são irmãos e haviam se encontrado pela última vez em 2009, no enterro do pai deles.

    O reencontro ocorreu na manhã de sexta-feira (9), durante o segundo dia de Carnaval de Salvador. Vitor atuava como vendedor ambulante e catador no Carnaval e Joaquim, que atua como educador social, estava no primeiro dia de plantão do Catafolia, base de apoio para catadores montada pela Prefeitura de Salvador.

    Vitor resolveu ir à base do Dois de Julho para tomar um café. Ao chegar na base, Vitor ouviu a voz de Joaquim e o abordou. Imediatamente, Joaquim perguntou: “É você? Vitor?”. Ao tempo que Vitor perguntou se era Júnior. Depois disso, os dois se abraçaram por um longo tempo e choraram.

    “Eu tive esse privilégio de encontrá-lo depois de 15 anos. O último momento que nos encontramos foi em 2009, no enterro de nosso pai. Foi um momento de tristeza, mas graças a Deus nos reencontramos depois de muita busca minha por ele”, contou Joaquim.

    O Catafolia, local em que os dois se reencontraram, é uma das duas bases de apoio montadas pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) para catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Durante o Carnaval, para cada espaço, são disponibilizadas 400 vagas por dia pela Prefeitura. Na estrutura, os catadores têm acesso a café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, além de sanitários químicos e atendimento médico.

    “O que está tendo um significado maior na minha vida hoje é, primeiramente Deus e depois a minha família. Ele me reencontrou neste lugar. Eu nunca imaginei que fosse encontrar com ele aqui dentro, uma pessoa que trabalha com outras que vivem nas ruas. Ele tem esse olhar cuidadoso para quem vive na rua e isso é muito importante, pois quem vive na rua também é ser humano”, disse Vitor.


    Separação – A história de Vitor é marcada por muitos altos e baixos. Filho de Joaquim Donato e de Ana Paula Silva, ele foi criado por uma tia, pois a sua mãe morreu após o parto e o pai não quis cuidar do filho, história muito parecida com o enredo da novela Renascer, obra de Benedito Ruy Barbosa que atualmente está tendo um remake. Esse foi um dos traumas que o empurrou para o alcoolismo.

    “O meu pai também era alcoólatra, bebia muito. Depois entrou para a igreja e parou, mas Deus levou ele. Eu não tive uma infância muito boa. Por causa do meu problema com o alcoolismo, a minha mãe de criação me colocou para dormir na laje, no relento, me cobrindo com pano de chão. Dormi nas ruas por cinco meses. Mas eu sempre pensei que um dia daria a volta por cima e a minha volta por cima começou há nove anos, quando conheci a minha esposa e hoje mãe da minha filha”, contou.

    Joaquim Donato Júnior e Vitor são os únicos filhos vivos de Joaquim, pai. Eles perderam dois irmãos de forma trágica. A irmã Ana Paula morreu atropelada e o irmão Marcos morreu afogado. Vitor chegou a morar um período com Joaquim e o pai, mas devido a uma briga de família, saiu de casa. Após o enterro do pai, os irmãos não se viram mais, e como Vitor não tem redes sociais e nem tinha aparelho celular à época, foi muito difícil o reencontro.

    Busca – A tentativa de encontrar Vitor, foi um dos aspectos que motivou Joaquim Donato a trabalhar como educador social. Ele entrou no Consultório nas Ruas, um serviço da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), e em alguns momentos fez buscas por Vitor nos bairros de Itinga, Sete de Abril e Castelo Branco, mas não o encontrou.

    “Eu fiquei sabendo que ele estava se reunindo com outras pessoas dependentes de álcool no Largo do Caranguejo, em Itinga, no ‘sindicato’, como as pessoas costumam chamar esses grupos aqui em Salvador. Também soube que ele andou um tempo nas ruas e em Centros de Recuperação, por isso fiz essas buscas por esses bairros, mas sem sucesso”, contou.

    Encontro – Joaquim está no Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) da Sempre desde 19 de janeiro, há menos de um mês. “No momento em que eu me candidatei para a vaga, o meu objetivo era trabalhar com a população em situação de rua, na esperança de encontrar o meu irmão. Foi assim, que no meu primeiro plantão do Catafolia, eu o encontrei e quase não acreditei”, contou.

    “O momento foi muito emocionante, eu só fiz chorar bastante. O choro foi de felicidade, de alegria. Eu cheguei em casa sem acreditar, estatelado. Falei com a minha mãe, ela também não acreditou, aí mostrei a foto dele e da filha dele, foi aí que ela já pediu para marcar um dia para eles irem na nossa casa”, descreveu Joaquim.

    “No momento que eu o encontrei, eu já estava meio sem acreditar, mas como a nossa fé vem de lá de cima, Deus nos uniu de novo e ninguém vai nos separar. E se hoje eu estou tendo a oportunidade de contar a minha história, é graças ao Serviço Social. Ninguém faz esse trabalho, a não as pessoas que trabalham com a atenção social e com o morador de rua. Essa é uma história de superação. Eu já passei fome também e já dormi no relento, eu sei o que é isso, mas Deus colocou vocês aqui para nos ajudar. A função de vocês, incluindo a do meu irmão, é ajudar o povo. A minha vida agora é só agradecer. Eu sou muito grato”, agradeceu Vitor.

    Os planos dos irmãos agora são se manter unidos e fortalecidos. “O que eu mais queria era esse encontro e agora Vitor pode ter certeza que eu vou ajudá-lo no que precisar. E a minha sobrinha, que eu nem sabia que tinha, já é o meu xodó”, contou Joaquim, que mora apenas com a mãe e não tem filhos.

  • Americanas abre quase 400 vagas temporárias na Bahia para a Páscoa

    A Americanas está recrutando funcionários para vagas temporárias na Páscoa. Do total, 393 vagas são para atuação em lojas da Bahia. Em todo o país, a empresa abriu mais de 6 mil vagas para o período, para o cargo de operador de loja.

    As vagas da Bahia estão distribuídas nas cidades de Salvador, Alagoinhas, Amargosa, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Cachoeira, Caetité, Camacan, Camaçari, Camamu, Campo Formoso, Candeias, Catu, Conceição do Coité, Conceição do Jacuípe, Cruz das Almas, Dias D'ávila, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Feira de Santana, Gandu, Guanambi, Ibotirama, Iguaí, Ilhéus, Ipiaú, Ipirá, Irará, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Itamaraju, Itaparica, Itapetinga, Jacobina, Jaguaquara, Jequié, Juazeiro, Lauro De Freitas, Livramento Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Maraú, Mata De São João, Monte Santo, Nova Pojuca, Nova Viçosa, Paulo Afonso, Porto Seguro, Presidente Tancredo Neves, Queimadas, Remanso, Ribeira do Pombal, São Gonçalo dos Campos, Santa Luz, Santa Maria da Vitória, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Santo Estevão, Seabra, Senhor do Bonfim, Serrinha, Simões Filho, Santa Cruz de Cabrália, Teixeira de Freitas, Tucano, Ubaitaba, Ubatã, Valença e Vitória da Conquista.

    O perfil procurado pela empresa é de pessoas com idade a partir de 18 anos, ensino médio completo e perfil dinâmico, ágil e resiliente para atuar como operador de loja. Entre as atividades estão o atendimento ao cliente, operação de caixa, organização de itens nas gôndolas, parreiras de ovos de Páscoa e suporte à operação de retirada, na loja, de pedidos feitos pelo site e app da Americanas.

    As oportunidades não exigem experiência prévia e os interessados devem ter disponibilidade para trabalhar entre fevereiro e abril.

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