Parte da população soteropolitana foi em peso viver a experiência de reabertura dos shoppings após quatro meses sem funcionamento devido à pandemia do novo coronavírus. O que se viu nesta sexta-feira (24) foram filas e aglomerações para uma das atividades de lazer favoritas de quem mora em Salvador: passear no shopping.
Os centros de compras, templos religiosos e lojas de rua acima de 200m² foram autorizados a funcionar mediante protocolos de segurança, como medição de temperatura na entrada e capacidade de uma pessoa por 9m². Mas nem isso impediu as aglomerações, que tanto é preciso evitar para conter a proliferação do coronavírus.
Apesar do observado, o coordenador regional da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), Edson Piaggio, garantiu que a reabertura ocorre dentro da normalidade e do cumprimento dos protocolos. A aglomeração foi reflexo da entrada dos funcionários junto com o público.
“São mil pessoas entrando de uma vez só”, lembra.
Piaggio frisou que as normas de Salvador incluíram o espaçamento de uma pessoa a cada 9m² e a prioridade para a saúde de trabalhadores dos shoppings, das lojas e terceirizados. “A orientação é não ir trabalhar se tiver qualquer sintoma”, completa.
Quanto às perspectivas econômicas do setor, o coordenador da Abrasce afirmou ao bahia.ba que os lojistas estão otimistas.
“Vencemos a primeira etapa, que é abrir. A segunda é manter aberto e a terceira é a volta da normalidade”, disse Piaggio, para quem o movimento pleno só acontecerá quando forem reabertos cinema e praça de alimentação.
Fase 1 da retomada
A abertura dos centros de compras, templos religiosos e lojas de rua cumpre a primeira fase de reabertura da economia, após a taxa de ocupação dos leitos de UTI ser mantida na faixa dos 75%. Na quinta-feira (23), quando foi anunciado o início desta fase, o prefeito ACM Neto anunciou que o indicador estava em 73%.
Para este momento, seguem fechados praça de alimentação, cinema, parques, barbearias e salões de beleza. Além disso, os estacionamentos devem funcionar com 50% de sua capacidade.
As fases 2 e 3 serão iniciadas conforme redução progressiva da ocupação dos leitos de UTI: em até 70% por cinco dias e em até 60% pelo mesmo período. Entre uma fase e outra será dado um intervalo de 14 dias.