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Bahia com Tudo

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta quinta-feira (5) que a Polícia Federal e a Polícia Civil do Rio de Janeiro estão convictas na elucidação dos assassinatos dos médicos ortopedistas no Rio de Janeiro.

Na madrugada desta quinta-feira (5) três médicos ortopedistas foram mortos enquando estavam em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, próximo ao hotel onde é realizado um congresso internacional de cirurgia ortopédica. Marcos de Andrade Corsato, Diego Ralf Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida não moram no Rio de Janeiro e estavam na cidade para participar do evento.

Um quarto médico ficou ferido e foi internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge, que também fica na Barra da Tijuca.

“Eles estão firmes [Polícia Federal], junto com a Polícia Civil, com a convicção de que vão elucidar esse crime porque há indicações que podem conduzir à configuração da materialidade da autoria do delito”, afirmou Dino, ao ser questionado sobre o crime durante anúncio de medidas de segurança pública na Bahia.

O ministro informou ter entrado em contato com o governador do Rio de Janeiro, Claúdio Castro, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para articular a colaboração da Polícia Federal com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, responsável pelo inquérito, e a Polícia Legislativa da Câmara, já que uma das vítimas, Diego Ralf Bomfim, é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, informou que, além de agentes federais, equipamentos, como de perícia e balística, estão à disposição da polícia do Rio de Janeiro para a investigação do crime.

O Brasil tem as mais altas taxas de depressão em toda a América Latina. Atualmente, é o país com o maior número de pessoas diagnosticadas com a doença na região, onde mais indivíduos receberam o diagnóstico no último ano e mais pessoas irão desenvolver ao longo de suas vidas. Esses dados são provenientes de uma revisão de estudos que mapeou a prevalência da doença no continente, conduzida por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Chile e publicada no The Lancet.

Em média, cerca de 12% das pessoas na América Latina apresentarão a doença ao longo da vida, enquanto no Brasil esse número chega a 17%. A taxa de diagnóstico nos últimos 30 dias é de 5,48% no Brasil e, no continente, de 3,12%. Nos últimos 12 meses, 8,11% dos brasileiros preencheram os critérios diagnósticos para a depressão, em comparação com 5,3% na América Latina. O número de brasileiros que atualmente sofrem com a doença está acima das estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que apontam para cerca de 5% dos adultos do mundo.

Segundo os autores, o cenário da depressão é bem conhecido em países desenvolvidos e de renda mais alta, mas faltam dados sobre a realidade dos países de renda média ou baixa. Para suprir essa lacuna, eles fizeram uma análise de todas as pesquisas realizadas no continente publicadas em diversas bases de dados nos últimos 30 anos.

Uma das explicações para a grande discrepância entre os países é a dificuldade de encontrar um padrão de qualidade e homogeneidade entre os estudos avaliados, pois nem todos seguem os mesmos requisitos para estabelecer o diagnóstico, nem a mesma metodologia. Tanto que os autores só conseguiram avaliar estudos de sete países, totalizando 40 pesquisas que englobam quase 80% da população da região.

“Embora tenhamos cuidado muito da metodologia, avaliando apenas estudos populacionais com mais de mil pacientes, baseados em diagnósticos clínicos de acordo com os sistemas de classificação e não em sintomas relatados, há muita diferença entre os estudos e entre os países”, ressalva Antonia Errázuriz, professora do departamento de Psiquiatria da Pontifícia Universidade Católica do Chile e uma das líderes do trabalho, em entrevista à Agência Einstein.

No Brasil, segundo ela, a enorme maioria das pesquisas analisadas foi feita em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, com uma população essencialmente urbana, onde a prevalência da doença é geralmente maior. Já na Guatemala, por exemplo, há menos estudos, mas englobando também populações rurais, onde a incidência é menor. Na Argentina, foi avaliado apenas um trabalho, que levou em conta pacientes da Grande Buenos Aires. “Apesar disso, observamos que, no Brasil, especialmente nos grandes centros, há uma taxa mais elevada da doença do que no resto do continente”, diz a autora.

“É interessante esse olhar mais regional, mas, por outro lado, vemos a carência de dados e de bons estudos na região”, diz o psiquiatra Elton Kanomata, do Hospital Israelita Albert Einstein. Isso ocorre por várias dificuldades, desde o acesso ao sistema de saúde pela população - o que impacta a coleta de dados - até o desenvolvimento das pesquisas. “Por isso, pode haver uma subnotificação muito grande”, avalia.

Além de estabelecer a prevalência na América Latina, os autores também correlacionaram o diagnóstico com fatores socioeconômicos como Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), desigualdade de renda e de gênero, além da taxa de criminalidade, mostrando uma associação entre esses indicadores e as taxas de depressão. “Esses fatores são estressores bem conhecidos associados às doenças mentais”, diz o psiquiatra do Einstein.

“Nosso achado sugere também que, na América Latina, melhorar o nível de desenvolvimento humano, reduzir as desigualdades, como de gênero e renda, e a violência são fatores que acompanham a redução da prevalência da depressão”, conclui Errázuriz.

Fique atento aos sintomas da depressão

Os especialistas explicam que depressão não é sinônimo de tristeza, nem das flutuações naturais de humor. Vale prestar atenção se os sintomas costumam durar a maior parte do dia, quase diariamente e por algumas semanas. A doença afeta todos os aspectos da vida e pode ser classificada como leve, moderada ou severa.

Confira alguns dos sintomas, segundo a OMS:
Sentimento de tristeza, irritabilidade, falta de prazer ou interesse nas atividades;
Falta de concentração;
Sentimento de culpa, falta de esperança no futuro;
Pensamentos sobre morte e suicídio;
Mudanças de peso e apetite;
Falta de energia e cansaço;
Prejuízos no sono.

A Bahia registrou 20 tremores de terra de baixas magnitudes em setembro. Os sismos foram registrados pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e analisados pelo Laboratório Sismológico da UFRN (Labsis).

Segundo o Labsis, o tremor de maior magnitude, 2.6 MLv, ocorreu na região entre Curaçá e Jaguarari, no dia 17 de setembro. Além deste, foi registrado um de 2.5 mR em Jaguarari, no dia 26.

O município de Jaguarari registrou oito tremores de terra no mês de setembro, Curaçá três abalos sísmicos e Jacobina cinco eventos. As cidades de Curaçá, Tanque Novo, Laje e Candeal também tiveram um registro cada.

Apesar do Labsis considerar os tremores de terra de baixas magnitudes, os moradores de Tanque Novo relataram que paredes de casas ficaram rachadas, forros de gesso trincados e copos de vidro quebraram após a situação.

De acordo com Labsis, tremores de baixa magnitude são relativamente comuns no Brasil, principalmente no nordeste. Em geral, os sismos são causados por pressões geológicas que movimentam pequenas fraturas na crosta terrestre.

Dicas de segurança
O LABSIS informou ainda dicas de segurança importantes de como agir durante um terremoto. Confira abaixo:

- Proteja-se. Quando sentir um terremoto, proteja-se sob uma mesa ou mesa resistente use uma almofada para proteger a cabeça de objetos que caiam;
- Uma vez que a agitação pare, verifique se há fontes de fogo e apague-as ou desligue-as (incluindo fornos a gás);
- Procure manter a calma e evitar objetos caídos ou quebrados. Além disso, fique dentro de casa para evitar a queda de objetos, como placas na frente dos prédios, se possível;
- Abra uma porta ou janela para poder escapar, se necessário. (As portas e janelas podem ficar empenadas e emperradas se a fundação do edifício se deslocar muito.)
- Se estiver do lado de fora, tente ficar longe de paredes, portões ou qualquer objeto que possa tombar;
- Em caso de perigo de incêndio ou tsunami, dirija-se a uma área de evacuação designada. Parta para terrenos mais altos se estiver na costa;
- Obtenha informações precisas e oficiais e siga as instruções. (Em 2011, houve uma enxurrada de informações imprecisas que se espalharam online após o terremoto.)
- Em caso de evacuação, certifique-se de desligar o disjuntor e a rede de gás em seu escritório ou casa antes de sair, se o tempo permitir.

Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2640 da Mega-Sena. O sorteio foi realizado na noite dessa terça-feira (3), no Espaço da Sorte, em São Paulo.

Os números sorteados foram 04 - 08 - 10 - 27 - 28 - 32.

Notícias relacionadas:Mega-Sena sorteia nesta terça-feira R$ 29 milhões.Com isso, o prêmio da faixa principal para o próximo sorteio, nesta quinta-feira (5), está estimado em R$ 33 milhões.

A quina teve 109 apostas ganhadoras. Cada uma vai pagar R$ 21.983,71. Já a quadra registrou 6.453 apostas vencedoras, e cada ganhador receberá um prêmio de R$ 530,47.

As apostas para o concurso 2641 podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de amanhã, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O jogo simples - com seis números marcados - custa R$ 5.

Os vencedores do Prêmio Nobel de Química foram anunciados na manhã desta quarta-feira, 4, pela Real Academia Sueca de Ciências: os pesquisadores Moungi G. Bawendi, Louis E. Brus e Alexei I. Ekimov. Eles desenvolvem trabalhos na área de nanotecnologia.

O trio foi reconhecido pelas pesquisas sobre pontos quânticos, nanopartículas tão pequenas que seu tamanho determina suas propriedades. Esses pequenos componentes têm uso na área de eletrônica, como TVs e lâmpadas LED, computação, e na Medicina avançada, como em cirurgias de remoção de tecidos tumorais.

O francês Bawendi é professor no Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT) e o americano Brus atua na Universidade de Columbia, ambas instituições americanas. Já o russo Ekimov foi cientista-chefe da Nanocrystals Technology, em Nova York.

No início dos anos 1980, Ekimov criou efeitos quânticos dependentes do tamanho em vidro colorido. A cor veio de nanopartículas de cloreto de cobre e Ekimov demonstrou que o tamanho das partículas afetava a cor do vidro por meio de efeitos quânticos, segundo a Academia.

Brus, alguns anos depois, foi o primeiro cientista a provar efeitos quânticos dependentes do tamanho em partículas que flutuam livremente num fluido. E, três décadas atrás, Bawendi revolucionou a produção química de pontos quânticos, resultando em partículas quase perfeitas. Essa alta qualidade era necessária para que pudessem ser utilizados nas aplicações práticas.

Além da medalha e do diploma, os laureados leva para casa uma quantia substancial em dinheiro, 11 milhões de coroas suecas (em torno de R$ 4,8 milhões).

Na segunda-feira, 2, o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina foi para os responsáveis por criar a tecnologia da vacina de mRNA: a bioquímica húngara Katalin Karikó e o imunologista americano Drew Weissman. As descobertas da dupla, fruto da pesquisa em ciência básica, levaram ao desenvolvimento em tempo de recorde de imunizantes contra a covid-19 em 2020, menos de um ano após a identificação do novo coronavírus.

Na terça, 3, três pesquisadores levaram o Nobel de Física. Os cientistas Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier foram homenageados pelos trabalhos em métodos experimentais que geram pulsos de luz para o "estudo da dinâmica eletrônica na matéria".

O prêmio de Química vem sendo entregue desde 1901, quando a premiação teve início, seguindo as diretrizes deixadas postumamente no testamento do inventor sueco Alfred Nobel (1833-1896), cuja formação acadêmica era em Química. Ao todo, foram entregues 114 prêmios para 191 laureados.

No ano passado, o prêmio de Química foi dividido por três pesquisadores: Carolyn R. Bertozzi, da Universidade de Stanford, nos EUA; Morten Meldal, da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca; e K. Barry Sharpless, do Instituto de Pesquisa Scripps, nos EUA. Eles dividiram o prêmio pelo "desenvolvimento da química do clique e da química bioortogonal", com a criação de uma nova abordagem para a construção de moléculas.

Um dos grandes desafios da química moderna tem sido desenvolver técnicas eficazes para construir artificialmente estruturas moleculares complexas, como as encontradas na natureza. A evolução desse conhecimento teve um impacto significativo na produção de novos materiais e também de remédios

Em mais de um século de premiação, apenas oito mulheres ganharam o Nobel de Química, sendo que cinco delas foram laureadas nos últimos quinze anos. A primeira mulher a receber o prêmio foi Marie Curie, em 1911. Ela já tinha um Nobel de Física, concedido em 1903. A segunda mulher a levar o prêmio de Química foi a filha de Marie Curie, Irene Juliot-Curie, em 1935.

Em 2021, Benjamin List, da Alemanha, e David MacMillan, dos Estados Unidos, levaram o prêmio pelo "desenvolvimento da organocatálise", que auxiliou a pesquisa farmacêutica e possibilitou a construção de moléculas de forma mais sustentável No ano anterior, o prêmio de química foi, pela primeira vez, para uma dupla de mulheres: Emmanuelle Charpentier, da França, e Jennifer Doudna, dos EUA, que desenvolveram uma técnica que tornou possível a edição do genoma.

Em 2019, o reconhecimento foi para o trio Akira Yoshino, do Japão, John Goodenough, dos EUA, e Stanley Whittingham, do Reino Unido, que desenvolveram as baterias de lítio, utilizadas em celulares, carros elétricos e outras tecnologias do dia a dia. Por fim, em 2018, o prêmio foi para Frances H. Arnold e George Smith, dos EUA, e Gregory Winter, do Reino Unido, por seus trabalhos com proteínas.

Chega a 23 o número de municípios em situação de emergência no Amazonas em razão da forte seca que atinge o estado. O balanço consta de boletim do Comitê de Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental.

Dos 62 municípios amazonenses, 35 cidades estão em situação de alerta, duas em atenção e duas em normalidade. Além dos decretos municipais, o governador Wilson Lima decretou situação de emergência em 55 municípios amazonenses afetados pela estiagem.

Mais duas carcaças de botos são encontradas no Lago Tefé, no Amazonas.A Secretaria de Educação retomou o programa Merenda em Casa, criado durante a pandemia de covid-19. É para atender estudantes impactados pela estiagem que, segundo a secretaria, já chegam a 2,2 mil alunos da rede estadual de ensino das áreas rurais que não conseguem ter acesso às escolas.

“Até o momento, são mais de 120 comunidades rurais afetadas nas cidades de Alvarães, Amaturá, Benjamin Constant, Careiro da Várzea, Envira, Itacoatiara, Manacapuru, Manaquiri, Novo Aripuanã, Parintins, Tefé e Tonantins”, informou a pasta.

A previsão da Secretaria de Educação é finalizar, nas próximas duas semanas, a entrega de kits alimentares do Merenda em Casa. Nesta terça-feira (3), serão feitas entregas em Careiro da Várzea e Novo Aripuanã; na quarta-feira (4), em Amaturá e Tefé; em Benjamin Constant, Manaquiri e Tonantins na quinta-feira (5); e Alvarães, Envira e Parintins na sexta-feira (6). Ontem, as entregas foram feitas em Itacoatiara e Manacapuru.

O kit do Merenda em Casa é composto por 12 itens, que integram a alimentação que os estudantes receberiam nas unidades de ensino: arroz, feijão, sardinha, macarrão, leite integral, farinha de tapioca, farinha de mandioca, açúcar, aveia, óleo, biscoito salgado e biscoito maizena.

Beruri

O programa também vai beneficiar 59 estudantes da rede estadual, que moram na Comunidade do Arumã, em Beruri, afetados pelo deslizamento de terra ocorrido no último sábado (30).

Chegaram ontem (2) a Manaus mais 23 agentes do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Eles contribuirão para as ações em curso do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, especialmente no combate às queimadas na Região Metropolitana de Manaus.

Segundo o governo do Amazonas, a ação prioritária será a extinção de um incêndio que ocorre na margem direita do Rio Negro, no distrito de Cacau Pirêra, em Iranduba, a 27 km da capital.

Ao todo, mais de 40 bombeiros estão atuando para combater as chamas. Nesta terça-feira, está prevista a realização de um sobrevoo, “para reconhecimento aéreo do terreno, a fim de traçar as melhores estratégias de combate” a ser feito pelos bombeiros, disse o governo.

Estudantes de cursos do Departamento de Saúde da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) fecharam o pórtico e o portão lateral da unidade nesta terça-feira (3), em uma manifestação por melhorias estruturais na universidade.

De acordo com os discentes, cursos como Medicina estão há anos sem concursos para contratação de novos professores. “Estamos reivindicando melhorias estruturais e pedagógicas. No momento precisamos da contratação de 18 professores para o ciclo básico, ciclo clínico e internato. Disciplinas como Anatomia, Patologia, Clínica Médica, Cirurgia e Pediatria estão em defasagem”, diz Caio Cezar Fraga, estudante do segundo ano de Medicina e um dos organizadores da manifestação.

“Esse problema da falta de professores se estende para todos os cursos do Departamento de Saúde, assim como departamentos de outras áreas. Cursos como Farmácia e Psicologia, por exemplo, também convivem com a mesma problemática”, completa.

A mobilização teve início às 5h. Às 17h, discentes continuavam no pórtico, exibindo cartazes com frases como “Se o concurso não chegar, a Uefs vai parar” e “Educação em crise, saúde em risco”. De acordo com Cecília Lima, representante do Diretório Acadêmico de Medicina, o objetivo é chamar a atenção do governo estadual, não só da reitoria. Com o bloqueio do pórtico, os discentes permitem a entrada apenas para acesso ao restaurante universitário durante as refeições.

A Uefs foi procurada pelo CORREIO sobre as reivindicações manifestadas pelos estudantes, mas não houve resposta.

A poucas horas do fim do prazo, o Senado aprovou, em votação simbólica, o projeto de lei do Desenrola, de renegociação de dívidas. Porém, o projeto, que agora vai à sanção presidencial, também limita os juros do rotativo.

Caso não aprovasse o texto na última segunda, 2, o Desenrola perderia a validade. Isso porque a medida provisória (MP) que criou o programa foi editada no início de junho. Durante a tramitação na Câmara dos Deputados, a MP foi incorporada ao projeto que cria um teto para os juros de modalidades do cartão.

Por meio de um acordo entre o governo e o relator do projeto, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), o texto foi aprovado sem alterações. Caso recebesse emendas, o projeto teria de ser analisado novamente pelos deputados.

Com a validação, as taxas terão um teto de 100% do valor da dívida caso as instituições financeiras não apresentem uma proposta de autorregulação em 90 dias.

Outras medidas para facilitar o acesso ao crédito estão no texto. Entre elas, a dispensa da apresentação de certidões de quitação de tributos federais, se o interessado não estiver inscrito em cadastro de inadimplente, e tira a obrigatoriedade de provar quitação eleitoral em operações de crédito.

Maioria dos varejistas do Brasil adota o parcelamento sem juros no cartão de créditoNove em cada dez varejistas no País adotam o parcelamento sem juros no cartão de crédito para efetivar ao menos parte de suas vendas, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 2, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O estudo mostrou que 89,6% das empresas do varejo brasileiro dependeram do parcelamento sem juros no cartão de crédito para a efetivação de vendas. Esses estabelecimentos somam um faturamento médio anual equivalente a cerca de R$ 2,841 trilhões.

O levantamento foi conduzido com uma amostra de seis mil empresas de pequeno, médio e grande porte, de todos os segmentos do varejo, nas 26 capitais e no Distrito Federal, informou a CNC. A amostra corresponde a um universo de mais de dois milhões de varejistas, com margem de erro de 3%.

"A CNC defende o parcelado sem juros, porque comércio e serviços têm grande dependência dessa forma de pagamento nas vendas", apontou a entidade, em nota.

Do total de estabelecimentos do comércio varejista, 47%, ou 1,064 milhão de empresas, que representam R$ 1,493 trilhão em faturamento anual, têm metade dessa arrecadação dependente das vendas parceladas.

Para uma fatia de 29,3% dos varejistas, equivalente a cerca de 663 mil empresas com faturamento estimado em R$ 929 bilhões por ano, as vendas no parcelado sem juros representam entre 50% e 80% do total arrecadado.

Outros 13,2%, aproximadamente 297 mil empresas, com faturamento de cerca de R$ 418 bilhões anuais, têm a fatia de vendas parceladas superior a 80%. Os demais 10,4% dos estabelecimentos não souberam responder.

"A pesquisa mostra a relevância do parcelamento nas vendas do comércio e a consolidação do cartão de crédito como um condicionante do consumo nos últimos anos", declarou o presidente da CNC, José Roberto Tadros, em nota à imprensa.

"Para a CNC, é necessário encontrar uma solução para racionalizar as taxas de juros exorbitantes, que chegam a impressionantes 440% ao ano, seguindo o modelo implementado no cheque especial no início de 2020", completou.

A CNC informa que entregou ao Ministério da Fazenda, no fim de setembro, o estudo e o posicionamento da entidade em favor da manutenção do parcelamento sem juros no cartão de crédito, "sem intervenção nas condições de mercado, além da racionalização da taxa de juros do rotativo do cartão de crédito".

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), também apurada pela CNC, apontou que a proporção de famílias que não têm condições de pagar suas dívidas atingiu 12,7% em setembro, um recorde da série histórica do indicador, iniciada em janeiro de 2010.

"A busca por um consenso entre consumidores, bancos, varejistas e órgãos reguladores continua sendo o caminho mais promissor para garantir condições de consumo favoráveis e fomentar o crescimento econômico", defendeu a economista Izis Ferreira, responsável pelo estudo da CNC, na nota.

"Na hipótese do fim do parcelamento sem juros, diversos produtos e serviços simplesmente deixarão de ser consumidos pela maior parte da população, que depende de prazo para as compras", concluiu.

Detentos da Unidade Prisional Agente Elias Alves da Silva (UP Itaitinga IV), na Grande Fortaleza, tem vivido dias de tortura e maus tratos, como relatam advogados e familiares.

Em denúncia enviada ao G1, os internos são obrigados a comer pão com sabão, ingerir água misturada com água sanitária, além de sabonetes líquidos no copo. Se tivessem almoço, o jantar não era servido. O chão é limpo através da saliva dos presos, e os produtos de higiene não são recebidos pelos detentos após saírem das mãos dos familiares.

Os primeiros casos de tortura vieram à tona em junho deste ano, quando onze policiais penais foram investigados quebrar dedos de detentos na Unidade Prisional Professor Olavo Oliveira II (IPPO II), no município de Itaitinga.

Na outra unidade prisional, em UP Itaitinga IV, as denúncias chegaram no mês seguinte. As imagens de um dos detentos tendo a cabeça perfurada por balas de borracha foram divulgadas.

Uma advogada que acompanha um dos detentos, informou que o cliente dela foi estrangulado, e também observou presos com marcas de agressão.

"Chegou também ao meu conhecimento outro caso no qual eles (os agentes) estavam dando choques nos testículos. Teve outro que sofreu tortura psicológica. O diretor trocava ele de cela a cada três ou quatro dias, para que ele viesse a perder tudo. Quando troca de cela, ele perde o colchão, a água que a família leva, os produtos de higiene", disse.

Os "ataques coordenados" aos policiais penais foram repudiados pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Com a repercussão negativa, a Justiça do Ceará afastou toda a diretoria por 90 dias em julho, mas o diretor retornou, causando insatisfação dos detentos.

Falta pouco mais de um ano para as eleições municipais de 2024, e nos bastidores da política de Salvador, na Bahia, os nomes dos novos candidatos a vereador já começam a surgir.

Segundo o especialista em marketing político da agência Go Fly, Rômulo Quirino, historicamente, há uma tendência pela busca de novos nomes na Câmara e o percentual de renovação têm oscilado entre 50 e 60% nos últimos pleitos. Justamente por isso, nos corredores do legislativo municipal o comentário é de que, em 2024, aumentariam as chances dos atuais vereadores se reelegerem.

O especialista aposta na renovação, mas com ressalvas: "Não quer dizer que serão nomes inéditos. Provavelmente, muita gente que já teve mandato e não se reelegeu volta nessa eleição", destacou.

No entanto, Quirino lembra ainda que é preciso se atentar para as questões partidárias que podem interferir no processo. Por exemplo: as federações, que começam a valer na próxima eleição. Nesse contexto, ainda inserem-se os partidos que perderam o fundo partidário e vão ter que se fundir para ter alguma chance nas eleições. Também é preciso levar em conta que a eleição para Câmara é pulverizada: muitos candidatos para poucas cadeiras. "Voto de vereador é voto de bairro", resumiu.

A Câmara, na visão do especialista, permite a eleição de perfis diferentes, mas todos alinhados com o seu eleitorado. "O pior problema de qualquer político é não entender quem é seu eleitor e qual é o seu próprio perfil. Quem não entende isso gasta muita energia e acaba não falando com ninguém. Se der tiro pra todo lado, a possibilidade de se perder no meio do caminho é grande", avisou Rômulo.

Todos os fatores listados acima, somados, devem definir se haverá uma tendência maior de continuidade ou renovação. Justamente por isso, para conseguir se fazer notado no pleito, é preciso considerar todas essas variáveis. Outro ponto destacado por Rômulo Quirino, é que muitos candidatos entraram no "segundo tempo" porque herdaram as cadeiras por diversas questões.

Um grande nome que vem sendo cogitado para vereador 2024 pelo MDB é de Léo Marques , o pré-candidato é conhecido por seu trabalho comunitário e comprometimento com a cidade. Menino dos olhos do MDB, Léo Marques desponta como uma grande promessa para assumir uma cadeira no legislativo soteropolitano.

Segundo as lideranças das comunidades em que atua, competência e carisma não lhe faltam .

Na eleição de 2020 o pré-candidato, foi um dos coordenadores da campanha para a reeleição do então Vereador Geraldo Junior, e em 2022, teve a grande missão coordenar a campanha do Deputado Estadual, Matheus Ferreira, ambos do MDB. Léo Marques está ativamente engajado em sua pré-campanha, desenvolvendo e divulgando propostas que visam melhorar diversos setores da cidade.

No legislativo municipal, Léo acredita que é preciso pensar a política para além da representação de bairros. "As urgências da cidade devem ser pensadas de forma universal e não apenas para uma região. Quero votos na cidade inteira de pessoas que defendem pautas coletivas", comentou.

Sobre 2024, Léo afirma que tudo pode acontecer nas urnas. "Eleição municipal é supresa. Alguém que você nunca ouviu falar e é um fenômeno no bairro onde mora ganha uma eleição",

Dicas pra quem vai ser candidato pela 1ª vez

Para quem pensa em se candidatar nas próximas eleições, já é o momento de "virar a chave", uma vez que o cenário está sendo posto agora. "A campanha não começa em março do ano que vem. Quem fizer isso está descartado do processo. É impossível alguém acordar em 2024 e decidir ser candidato. Quer apostar na sorte? Tenta a Mega", ironiza Alberto Gonçalves, da agência de marketing político, Go Fly.

Para o especialista, o momento é de amplificar a visibilidade de um aspirante a vereador. "Já deveria ter começado. Quem não é visto não é lembrado. Num contexto de diversos candidatos, é muito difícil ganhar notoriedade", afirma Alberto

Além disso, presença constante nas redes sociais e a proximidade com lideranças de bairros, participando do cotidiano das comunidades, também são ações importantes. "Eleição municipal é muito difícil. Se não conseguir estabelecer uma base consistente, não tem chance de vitória", alerta.

O candidato precisa ficar atento. "Três partidos perderam mandatos nessa legislatura porque não cumpriram as cotas de gênero e os vereadores eleitos foram penalizados por um erro do partido", lembrou. Por isso, a dica de Alberto é acompanhar a chapa diariamente.

O especialista em marketing político também destaca que o mais importante para quem nunca disputou um cargo no legislativo é desmistificar a percepção equivocada que muitos têm de que eleição para vereador é concurso de "miss simpatia". "O eleitor cada vez mais se pergunta: porque eu vou votar nessa pessoa?", relata Alberto.

Alberto lembra que campanha de vereador conta com dois "erres": rua e redes sociais. "A TV não tem peso. Nem tem espaço pra tantos candidatos", explicou. Nas plataformas digitais, a dica é criar uma audiência definindo bandeiras, com pautas de relevância. Mas o especialista garante: seguidor é diferente de eleitor. " Não adianta criar uma estratégia só pra ter like e aumentar número de seguidores se não consigo transformar o cara da curtida em alguém que acredita na minha causa", afirmou.