Quinta, 02 Maio 2024 | Login

A Secretaria de Saúde de Feira de Santana divulgou o registro de um caso ativo de meningite meningocócica na cidade. O paciente, 41 anos, está internado no Hospital Geral Cleriston Andrade desde o último sábado (17). De acordo com a coordenadora da Vigilância, Carlita Correia, os casos de meningite meningocócica (bacteriana) podem ter uma evolução muito rápida, levando à morte. “Nós já identificamos todos os contatos domiciliados, a quimioprofilaxia já está sendo disponibilizada, e essas pessoas permaneceram sob vigilância e monitoramento da equipe de referência da vigilância epidemiológica”, esclareceu.

Se para a meningite viral não existe vacina específica, no caso da forma bacteriana a vacina está disponível nos postos para os profissionais de saúde e pessoas de até 19 anos. Duas vacinas são oferecidas, a meningocócica tipo C (conjugada) e a ACWY. O público alvo foi expandido depois de um aumento de casos da forma bacteriana.

Em outubro, houve aumento de 160% nos casos do tipo bacteriano, mas segundo a Sesab, até julho, apenas 62,9% das crianças baianas tinham se imunizado. Até 24 de setembro, a Bahia tinha 273 pacientes com a doença. O aumento não é exclusivo daqui: em São Paulo houve crescimento de 77% nos casos entre maio e setembro.

Sintomas da meningite:

Febre
Rigidez na nuca
Dor de cabeça
Mal-estar
Náusea e vômito
Confusão mental
Sensibilidade à luz
Dores intensas ou dores nos músculos, articulações, peito ou barriga
Manchas vermelhas na pele, parecidas com picadas
Respiração rápida
Calafrios

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A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan obteve 79,6% de eficácia nos ensaios clínicos. De acordo com a instituição, o acompanhamento com um grupo de 16 mil participantes por dois anos não registrou ainda nenhum caso grave da doença entre os que receberam o imunizante.

A fase de estudos clínicos da vacina contra a dengue começou em 2016, com a administração do imunizante a 10 mil voluntários com idade entre 2 e 59 anos. Mais 6 mil pessoas receberam um placebo. A incidência de dengue sintomáticos entre os participantes foi avaliada a partir dos 28 dias da imunização e seguiu por dois anos. O estudo prosseguirá o acompanhamento por cinco anos e será encerrado em 2024.

A eficácia da vacina foi ainda maior entre as pessoas que haviam contraído a doença antes do estudo, chegando a 89,2%. Entre as pessoas que nunca tiveram contato com o vírus, a eficácia ficou em 73,5%.

A vacina protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. No entanto, no período da pesquisa, apenas os tipos 1 e 2 estavam em circulação no Brasil. A eficácia para evitar a infecção por essas variedades ficou em 89,5% e 69,6%, respectivamente.

Efeitos adversos

Entre os mais de 10 mil imunizados, apenas três pessoas apresentaram eventos adversos considerados graves até 21 dias após aplicação da vacina, sendo que todas se recuperaram totalmente.

Anos de pesquisa

A vacina do Butantan contra a dengue usa tecnologia do Instituto Nacional de Saúde norte-americano, licenciada em 2009. A primeira fase dos ensaios clínicos foi realizada nos Estados Unidos, entre 2010 e 2012, e a segunda parte da pesquisa, no Brasil, entre 2013 e 2015. Os testes mostraram que a vacina é segura e protege contra os quatro sorotipos do vírus, o que era uma das maiores dificuldades para o desenvolvimento de um imunizante contra a doença.

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A Prefeitura de Vitória da Conquista divulgou, nesta terça-feira (13), que a vacinação contra a covid-19 para crianças de seis meses a 11 anos está suspensa devido ao fim do do estoque de vacinas do município destinado a este público.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da cidade já solicitou e está aguardando o envio de mais imunizantes para as crianças que é feito pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). No entanto, ainda não há previsão para a chegada das vacinas.

Apesar da falta de imunizantes para os pequenos, a vacinação continua de forma normal para os demais públicos aptos a recebê-la. Adolescentes, adultos, gestantes, puérperas, idosos e imunossuprimidos podem e devem comparecer aos locais de vacinação de Vitória da Conquista.

Antes de ir ao posto de saúde para se vacinar, porém, é importante observar as datas de retorno registradas no cartão de vacina, respeitando o intervalo correto entre as doses.

Veja aqui os locais e horários para cada público na cidade:

ADOLESCENTES | GESTANTES E PUÉRPERAS

Vacinas ofertadas: 1ª, 2ª e 3ª doses Pfizer – Adolescentes de 12 a 17 anos | Gestantes e puérperas acima de 12 anos

USF Morada dos Pássaros – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Vila Serrana – 9h às 12h | 14h às 16h30
UBS Admário Santos (Bairro Brasil) – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Nossa Senhora Aparecida – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Panorama – 9h às 12h | 14h às 16h30
UFS Urbis VI – 14h às 16h30

Documentação: O adolescente deve estar acompanhado dos pais ou responsáveis no momento da vacinação. Para a 1ª dose é necessário apresentar o documento de identificação pessoal com CPF do adolescente e do responsável, além de comprovante de residência do município. Para 2ª ou 3ª dose, somente o documento pessoal e cartão de vacina.

ADULTOS

Vacinas ofertadas: 1ª e 2ª dose Pfizer para adultos |4ª dose Pfizer para gestantes 18+

USF Morada dos Pássaros – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Vila Serrana – 9h às 12h | 14h às 16h30
UBS Admário Santos (Bairro Brasil) – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Nossa Senhora Aparecida – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Panorama – 9h às 12h | 14h às 16h30
UFS Urbis VI – 14h às 16h30

Vacinas ofertadas: 1ª, 2ª, 3ª e 4ª dose da Fiocruz/Pfizer

UBS CAE II (Bairro São Vicente) – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Urbis V – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Miro Cairo – 9h às 12h | 14h às 16h30
UBS Dr. João Melo Filho (Bairro Ibirapuera) – 9h às 12h
UBS Hugo de Castro (Bairro Guarani) – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Nelson Barros (Bairro Kadija) – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Pedrinhas – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Panorama – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Conveima – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Recanto das Águas – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Nova Cidade – 9h às 12h
USE Campinhos – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Jardim Valéria I e II – 9h às 12h | 14h às 16h30
USF Solange Hortélio – 9h às 12h | 14h às 16h30

Atenção! As pessoas que se vacinaram com a segunda dose de reforço da Jassen há quatro meses, poderão tomar o terceiro reforço com as vacinas Pfizer ou Fiocruz, mediante a disponibilidade de um desses imunizantes nessas unidades que estão aplicando a 4ª dose para os adultos.

5ª dose – Imunossuprimidos 18+

UBS CAE II (Bairro São Vicente) – 9h às 12h | 14h às 16h30

Grupo de alto grau de imunossupressão: Imunodeficiência primária grave; Quimioterapia para câncer; Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras; Pessoas vivendo com HIV/Aids com CD4; Uso de corticoides em doses iguais ou maiores que 20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por 14 ou mais dias; Uso de drogas modificadoras da resposta imune; pacientes em hemodiálise; e pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas (reumatológicas, auto inflamatórias, doenças intestinais inflamatórias).

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A nova onda da covid-19 preocupa há duas semanas do início das festas de final de ano. Em apenas 15 dias, os casos ativos cresceram 338% na Bahia, saltando de 1.756, no dia 21 de novembro, para 7.694, em 5 de dezembro. Os dados são dos boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). O aumento no número de internamentos, especialmente de pessoas com comorbidades e não vacinadas, mostra que a pandemia ainda é uma realidade que não deve mudar tão cedo.

Há um ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou os países sobre a cepa Ômicron do Sars-CoV-2 [vírus original da covid], que já naquele período foi classificada como “variante de preocupação”. Agora, a BQ.1, subvariante da cepa Ômicron, é a responsável pela maioria das infecções na Bahia, de acordo com o Laboratório Central (Lacen-BA).

A B.Q.1 é mais transmissível devido a uma mutação na proteína Spike [que permite ao vírus se ligar às células]. A taxa de positividade nos testes realizados pelo Lacen mostra que em 21 de novembro 18,9% dos exames confirmaram a infecção. Já em 1º de dezembro, 10 dias depois, o índice saltou para 48,5%.

O virologista Gubio Soares explica que é como se estivéssemos subindo uma montanha russa, antes de chegar ao ponto mais alto. Quando isso acontecer, em alguns dias, o número de casos deverá diminuir. O virologista diz ainda que as aglomerações para acompanhar os jogos da Copa do Mundo são responsáveis pelo aumento da contaminação.

“Devemos observar um aumento no número de casos por conta dessas aglomerações, mas isso não significa que voltaremos a momentos tão críticos como antes. Teremos um aumento no número de casos e óbitos, mas não tão grave”, acrescenta.

Impactos
Mas, quais são os impactos de mais uma onda da pandemia tão perto das festas de final de ano e do Carnaval? O coordenador do grupo de pesquisa em Zoonoses e Saúde Pública da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Aristeu Vieira, chama atenção para algumas características do novo estágio da doença. “Não há uma gravidade tão grande quanto nas ondas anteriores, apesar de ser cedo para ter certeza disso. A cepa é mais transmissível e isso é uma característica do vírus: ter menor agressividade e maior transmissibilidade para que consiga se manter”, explica.

A volta do uso de máscaras, aumento do número de leitos e mais postos de testagem são algumas medidas que o poder público tomou nas últimas semanas para conter a disseminação do vírus. Para os especialistas, as pessoas devem colaborar com as medidas usando máscaras, álcool em gel e evitando aglomerações.

A situação de outros estados pode ajudar a entender como a nova onda deve se comportar na Bahia. No Rio de Janeiro, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) aponta a queda de 57% no número de casos entre as semanas epidemiológicas 46 (13 a 19 de novembro) e 47 (20 a 26 de novembro). Os casos ativos caíram de 31.764 para 13.487 no mesmo período.

Em São Paulo, a taxa de positividade também está em queda. Na semana encerrada em 19 de novembro, o estado teve 40% de testes positivos, a taxa caiu para 35% até 26 de novembro.

Para o Instituto Todos pela Saúde, que divulgou os dados, a diminuição na positividade pode ser um sinal de que a onda da Ômicron será menos aguda.

Subnotificação
A subnotificação é um dos fatores que dificulta estabelecer o tamanho da nova de infecções da covid-19, segundo Priscila Macedo, coordenadora do Centro de Operações de Emergências em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde (COE/Sesab). Ela afirma que a Bahia enfrenta o pior momento nesse sentido por conta dos autotestes que são realizados em casa e não são contabilizados pela secretaria.

“É difícil fazer uma projeção dessa nova escalada de casos porque temos perdido informações com os autotestes. Nas últimas ondas, o número de internados só aumentou quando a curva de casos estava elevada. Dessa vez está sendo diferente”, explica Priscila Macedo.

Com o número de casos atual - que não é tão alto como nos outros picos da pandemia - era esperado um número menor de pacientes internados. Por isso, a coordenadora do COE acredita que a quantidade de pessoas contaminadas seja muito maior. A taxa de ocupação n estado dos leitos de UTI adulto está em 75% e pediátrico, 45%, segundo a Sesab.

Vacinação atualizada ainda é medida mais eficaz contra o vírus
A Bahia possui mais de 6 milhões de pessoas com o ciclo vacinal incompleto, de acordo com a Sesab, e isso favorece o espalhamento do vírus. “Se tivéssemos uma cobertura vacinal de terceira e quarta doses maior, talvez não estivéssemos vivendo o fenômeno de aumento de casos agora”, afirma Aristeu Viana, coordenador do grupo de pesquisa de Zoonoses e Saúde Pública. Ele explica que, entre uma dose e outra anticovid, o sistema imunológico, responsável por proteger das doenças, enfraquece na luta contra o vírus.

Ainda não há previsão de quando as vacinas mais atualizadas, feitas a partir das novas variantes, chegarão ao Brasil. Apesar de elas serem consideradas mais eficazes, para este momento da pandemia, Aristeu Viana reforça que as pessoas devem se proteger com os imunizantes que estão atualmente disponíveis.

“A depender do agente, o nosso sistema imune precisa ser estimulado frequentemente. É como se o nosso sistema imunológico esquecesse que tomou a vacina. Por isso o reforço é fundamental”, explica.

A forma de contaminação fortalece a previsão de que a vacina contra a covid-19 deva ser, no futuro, aplicada uma vez por ano, como acontece com o imunizante da gripe, de acordo com Aristeu Viana.

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Atendimentos a casos suspeitos de covid-19 aumentaram em oito em cada dez hospitais privados de São Paulo nos últimos dias, mas a maioria dos pacientes não precisou ser internada. Isso é o que aponta levantamento a ser divulgado nesta quarta-feira, 23, pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp).

Especialistas da área médica dizem que, até o momento, o avanço de casos tem sido marcado por quadros leves, mas reforçam a importância de completar o esquema vacinal e de adotar medidas como uso de máscara em locais fechados e de aglomeração. O País tem passado por uma nova onda de covid, impulsionada por subvariantes da Ômicron.

Ao todo, 90 hospitais privados de todo o Estado foram consultados pelo SindHosp entre os dias 11 e 21 deste mês. Desses, 77% ficam no interior e 23% na capital. Conforme o levantamento, 84% dos hospitais notificaram aumento nos atendimentos de pessoas com suspeita de covid ao longo dos últimos dias.

Entre esses hospitais, a maioria (39%) relatou alta de 21% a 30% nos atendimentos a pacientes com esse perfil. Em 31%, esse crescimento ficou entre 11% e 20%. Outras 21% dessas instituições registraram crescimento de até 20%, enquanto em 9% a variação foi superior a 31%.

Ainda com o avanço de atendimentos, a maior parte dos hospitais (73%) relata que o aumento de pacientes hospitalizados foi menor que 5% tanto em leitos de UTI como em leitos clínicos. Em 18%, essa alta ficou entre 6% a 10%. Em apenas 9% deles o crescimento foi superior a 11%.

Cuidados
Presidente do SindHosp, o médico Francisco Balestrin afirma que a maior circulação do coronavírus de fato ocorre neste momento, o que demanda atenção para cuidados sanitários. "No entanto, o volume de internações ainda é baixo", pondera.

"Avaliamos que os casos evoluem sem gravidade, não necessitando de internação hospitalar", destaca Balestrin. "Mas ratificamos a necessidade de que a população use máscara em locais com aglomerações e mantenha o protocolo de segurança à saúde, com a lavagem de mãos, e cumpra o calendário de vacinação."

Infectologista do Hospital Sírio-Libanês, Mirian Dal Ben aponta que, especialmente nas últimas duas semanas, a instituição tem observado um "aumento importante no número de casos". "A expectativa é de que a gente atinja o pico (de casos) na primeira semana de dezembro", aponta. Segundo ela, o número de internações não tem subido em igual proporção, mas ainda assim exige uma reorganização.

"Os hospitais estão tendo de se reorganizar para conseguir atender a essa demanda de pacientes que estão precisando ser internados", diz ela. Há atualmente 50 pacientes internados com diagnóstico de covid no Sírio-Libanês, sendo 32% em leitos de terapia intensiva. Aumentou cinco vezes em relação à primeira semana de novembro. "Estão sendo internados muitos pacientes sem a dose de reforço, principalmente idosos", aponta a médica, que reforça a necessidade de a população tomar as doses adicionais.

Ela alerta ainda que outros grupos estão sendo afetados. "Outra população que tem procurado muito o pronto-socorro e internado também são as crianças, principalmente as que ainda não estão vacinadas", complementa. A imunização do público-alvo de 6 meses a 2 anos começou apenas na semana passada no País.

"Parece um cenário de menor gravidade do que a gente já tinha visto com a Ômicron (em janeiro), mas se vai ser mais brando ainda do que as últimas ondas a gente ainda não sabe", aponta Daniela Bergamasco, infectologista do HCor, que relembra que, em outras ondas, o aumento de casos veio antes do aumento de internações.

Para ela, os motivos que ajudam a explicar as internações mais graves não estarem subindo tanto podem ir desde os efeitos de uma maior cobertura vacinal a outros fatores, como características ainda desconhecidas das novas subvariantes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Os ex-ministros da Saúde e atuais membros da equipe de transição do novo governo Arthur Chioro e Humberto Costa enfatizaram nesta terça-feira, 22, que a responsabilidade de atuação na área até o fim do ano é do governo de Jair Bolsonaro, mas que os coordenadores da saúde se reunirão na quarta-feira (23) com o atual ministro, Marcelo Queiroga, para saber o que a pasta planeja para a nova onda de covid-19. "O que a gente quer saber é o que o Ministério da Saúde está fazendo e planejando fazer neste momento que está ficando evidente o início de uma nova onda da covid-19", disse Costa. Os dois chegaram na manhã desta terça ao CCBB, sede do governo de transição, para reuniões com representantes do setor privado.

Costa salientou que atualmente crianças com até 3 anos de idade não estão sendo vacinadas na sua plenitude, apenas as que contam com comorbidades; as com mais idade não estão com a Coronavac, que, de acordo com ele é o imunizante adequado; e que a cobertura vacinal da 3ª dose está na faixa de 50%. "Há necessidade de complementar todas as doses de reforço. Estamos ainda sem ter clareza sobre se o governo encomendou, vai encomendar em relação a essa vacina que está prestes a ser registrada pela Anvisa e que no mundo inteiro está usando para enfrentar a onda com essa nova variante", disse.

Chioro destacou que a transição agora busca identificar ações para a garantia de assistência às necessidades de saúde da população e, a partir daí, avaliar as recomendações que serão feitas. "A responsabilidade da Saúde até 31 de dezembro é do governo Bolsonaro. O grupo de transição não tem prerrogativas de tomar decisões, mas podemos identificar grupos sensíveis, medidas necessárias e, na medida do necessário, negociar, articular, providenciar, reivindicar, tomar atitudes que estejam ao nosso alcance para garantir que a nossa população não tenha descontinuidade de atenção", afirmou.

Ele acrescentou que não é necessário um novo governo iniciar para que haja a intensificação da vacinação atual. "Queremos saber que medidas estão sendo tomadas, até para poder dar lastro às medidas que precisamos fazer."

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Quem está com o cartão de vacinação em atraso poderá aproveitar o próximo sábado (19) para regularizar a situação. A prefeitura vai realizar o Dia D da Vacinação e todos os imunizantes estarão disponíveis para aplicação, incluindo a vacina contra a covid-19.

A informação foi divulgada pelo secretário municipal da Saúde (SMS), Décio Martins, nesta quinta-feira (17). "Para facilitar a vacinação das pessoas, a prefeitura realizará a vacinação no sábado. Serão ofertadas todas as vacinas. É mais um esforço da prefeitura para as pessoas se vacinarem", disse, durante entrevista à TV Bahia. Os horários e os pontos de vacinação ainda serão divulgados pela prefeitura.

Segundo o secretário, devido ao aumento no número de casos de covid-19 - cerca de 20% desde o início de novembro - a procura pela vacinação também aumentou. "Houve uma queda na busca por vacina, com a média de 1.500 vacinas por dia. E, depois do aumento de casos, a procura aumentou e, no dia 11, vacinamos 4.500 pessoas", observou Martins. Na quarta-feira (16), foram vacinadas 6.400 pessoas, segundo o vacinômetro.

5ª dose
Nesta quinta-, a prefeitura inicia a aplicação da 5ª dose da vacina contra a covid exclusivamente para imunossuprimidos com o nome na lista. Estão aptos a tomar o imunobiológico aqueles que receberam a 4ª dose até o dia 17 de julho deste ano, com 18 anos ou mais, inclusive, gestantes e puérperas com nome no site da SMS. Ao todo, 6,6 mil imunossuprimidos estão elegíveis até a data de hoje para serem vacinados na capital baiana.

O interessado deve apresentar obrigatoriamente originais e cópias do cartão de vacina ou carteira nacional de vacinação digital (CONECTSUS atualizado), documento de identificação com foto e comprovante de residência do município do Estado da Bahia.

A 4ª dose para imunossupressos com 12 anos ou mais segue exclusivamente com nome na lista da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

Confira os pontos de vacinação da 5ª dose nesta quinta-feira

POSTOS FIXOS (08H ÀS 16H): 5º Centro de Saúde, UBS Santa Cruz (08h às 14h), USF Federação, USF Menino Joel, USF Alto das Pombas, USF Sabino Silva, USF Lealdina Barros (Vale da Muriçoca), USF Imbuí, UBS Prof. Mário Andrea, USF Santa Luzia (Engenho Velho de Brotas), USF Vale do Matatu, USF Sussuarana I, USF Nova Sussuarana, UBS Santo Inácio, USF Cajazeiras X, USF Yolanda Pires, USF Cajazeiras V, USF Cajazeiras XI, USF Jardim das Mangabeiras, UBS Ramiro de Azevedo, USF Terreiro de Jesus, UBS Ministro Alkimin, USF Joanes Leste, USF Joanes Centro Oeste, USF Alto do Coqueirinho, USF KM 17, USF Eduardo Mamede, USF Parque São Cristóvão, USF Jardim Campo Verde, USF Coração de Maria, USF Aristides Maltez, USF Ceasa I e II, USF Itapuã, USF Jardim das Margaridas, UBS Orlando Imbassahy, USF Vila Verde, USF São Cristóvão, USF Mussurunga I, UBS São Cristóvão,USF Nova Esperança, USF Iapi, USF San Martin I, USF San Martim III, UBS Cecy Andrade, USF Vila Nova de Pituaçu, USF Nova Brasília, USF Dom Avelar, UBS Vale dos Lagos, USF Boa Vista de São Caetano, USF Alto do Peru, USF Recando da Lagoa II, USF San Martin II, USF Antônio Lazzarotto, USF Alto do Cabrito, UBS Péricles Laranjeiras, USF Vista Alegre, USF de Itacaranha, USF Alto De Coutos II, USF Plataforma, USF Tubarão, USF Alto do Cruzeiro, USF Nova Constituinte, USF Congo, USF Fazenda Coutos II, UBS Periperi, UBS Bom Jesus dos Passos, USF Ilha de Maré, USF Paramana

Publicado em Saúde

Pais e responsáveis por crianças na capital e no interior do estado estão em alerta por conta do aumento de casos de meningite viral. Este ano, já foram registradas 31 ocorrências da doença em Salvador, número 675% maior do que os quatro pacientes diagnosticados na cidade em 2021, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em toda a Bahia, foram 85 casos em 2022, contra 17 no mesmo período de 2021, aumento de 400%.

A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) afirma que o aumento ocorre porque, no auge da pandemia, as medidas de prevenção para conter a covid-19 também serviram para frear a meningite. Em 2020, foram 35 ocorrências na Bahia. Já em 2019, antes do novo coronavírus, o número foi alto também - 104.

Fortes dores de cabeça, vômito e febre acima de 38º são os principais sintomas da doença que inflama as camadas dos tecidos que recobrem o cérebro e a medula espinhal. A meningite viral é causada por um vírus e é o tipo mais comum da doença, que também pode acometer os pacientes via bactérias. A forma bacteriana tende a ser mais grave do que a viral.

Adriana Dourado, sanitarista da diretoria de Vigilância Epidemiológica da Sesab, garante que até então não há registro de surto da doença no estado. Ela explica que a baixa notificação entre 2020 e 2021 se deve às medidas de isolamento e ao uso de máscaras. “Isso favorece o controle de outras doenças, como meningite”, acrescenta.

A transmissão da doença se dá pela saliva, secreções respiratórias ou contato com objetos contaminados. Diversos vírus podem provocar a doença, por isso é importante estar sempre com a caderneta de vacinação atualizada.

“Não existe uma vacina para meningite viral, mas para os vírus que causam a doença. Por exemplo, a vacina tríplice viral vai prevenir contra o sarampo, que pode levar à meningite”, esclarece.

Na metade do mês de outubro, a escola Gurilândia, que possui unidades nos bairros Pituba e Federação, enviou um comunicado aos pais e responsáveis pelos alunos alertando sobre a meningite viral e os sintomas da doença. No comunicado, a escola nega que tenha havido casos confirmados entre os estudantes, mas reforça que crianças com sintomas devem ir ao médico e permanecerem em observação.

A filha da advogada Tatiana Matos é aluna do grupo 5 da escola, e a mãe foi uma das que recebeu o comunicado. Tatiana, que é representante da turma da filha, conta que ficou preocupada quando soube de rumores de que alunos estavam com a doença e que por isso marcou uma reunião com a diretoria.

“A escola mantém uma central de monitoramento desde a pandemia e existia um boato de que alunos estavam com meningite viral no grupo 4. Quando soube, marquei uma reunião online, e até hoje nenhum caso foi confirmado”, afirma a advogada. A reportagem tentou contato com a escola, mas não obteve resposta até a publicação desta reporagem.

A doença
Casos de meningite viral são mais comuns em crianças de até 5 anos e dificilmente evoluem para quadros graves, como explica o virologista Gúbio Soares.

“Em caso de sintomas, é importante procurar os centros médicos. Geralmente, as medicações para a doença são conhecidas e controlam a febre e a dor de cabeça. Em casos raros, a meningite viral evolui para casos graves", diz o especialista.

O estudante Edrei Santos, 21, lembra até hoje da dor que sentiu pouco antes de ser diagnosticado com meningite viral, aos 12 anos de idade. Em uma manhã, quando acordou em casa, em Feira de Santana, a pressão na parte de trás da cabeça era tão forte que ele teve dificuldades para falar e andar.

“Acordei sentindo uma dor que me deixava paralisado. Eu lembro que comecei a chorar e que quanto mais eu gritava, mais dor sentia. Foi quando meus pais me levaram ao hospital”, relembra o jovem. Quando a meningite viral foi descoberta, Edrei passou cerca de uma semana internado para tratar os sintomas e felizmente recebeu alta sem adquirir sequelas.

Os sintomas das meningites viral e bacteriana são parecidos, por isso, é essencial procurar um especialista, para que o tratamento adequado seja feito.

Pessoas de até 19 anos devem tomar vacina contra forma bacteriana

Se para a meningite viral não existe vacina específica, no caso da forma bacteriana a vacina está disponível nos postos para os profissionais de saúde e pessoas de até 19 anos. Duas vacinas são oferecidas, a meningocócica tipo C (conjugada) e a ACWY. O público alvo foi expandido depois de um aumento de casos da forma bacteriana.

Em outubro, houve aumento de 160% nos casos do tipo bacteriano, mas segundo a Sesab, até julho, apenas 62,9% das crianças baianas tinham se imunizado. Até 24 de setembro, a Bahia tinha 273 pacientes com a doença. O aumento não é exclusivo daqui: em São Paulo houve crescimento de 77% nos casos entre maio e setembro.

Com medo da doença, a estudante de Psicologia Juliana Motta, 27, antes de participar de um congresso na capital paulista, procurpu um posto. “As profissionais de saúde me disseram que como eu já tinha tomado a vacina na infância, não precisava tomar novamente”.

Pouco antes da viagem para São Paulo, Juliana Motta também disse que iria se prevenir como fez durante a fase aguda da pandemia: usando máscara em locais fechados, lavando as mãos sempre que possível e usando álcool em gel.

Sintomas da meningite:

Febre
Rigidez na nuca
Dor de cabeça
Mal-estar
Náusea e vômito
Confusão mental
Sensibilidade à luz
Dores intensas ou dores nos músculos, articulações, peito ou barriga
Manchas vermelhas na pele, parecidas com picadas
Respiração rápida
Calafrios

Publicado em Saúde

Após viralizar nas redes sociais, um vídeo em que um técnico de enfermagem aparece realizando uma cirurgia de amputação, no Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho (Hats), em Jacobina, o ex-diretor da unidade se pronunciou afirmando que este não foi um caso isolado.

Conhecido como Tuca, o ex-gestor e médico Manoel Inácio Paz Júnior, revelou que o técnico realizava cirurgias com frequência no Hats. Ao descobrir a irregularidade, ele proibiu o funcionário de realizar procedimentos cirúrgicos, afastou o médico por uso excessivo de medicamentos - que o impediam de trabalhar - e denunciou o caso ao prefeito de Jacobina, Tiago Dias (PCdoB).

Mesmo após saber o que estava ocorrendo na unidade, o prefeito, de acordo com Tuca, o surpreendeu com a resposta: "Se o técnico consegue fazer a cirurgia às vezes é até melhor que o próprio médico", contou o ex-diretor em entrevista à Rádio Clube FM, do município, ontem (09). Ainda assim, os afastamentos foram levados a diante.

No entanto, após seu pedido de demissão, feito juntamente com sua filha, a médica Dra. Manuela, que aconteceram em solidariedade aos colegas que foram mandados embora em uma demissão em massa, os procedimentos irregulares voltaram a acontecer. “É um fato que eu já tinha conhecimento, de que técnico faria cirurgia no hospital. Quando eu fui diretor, fatos graves ocorreram, casos de polícia. Um caso era este", afirmou Tuca.

Ao CORREIO, a prefeitura afirmou lamentar as declarações do ex-diretor e apontou ter dúvidas quanto a sua motivação de ir a público.“Ele não pediu para sair da direção, ele foi substituído. Não pela gestão, mas sim pela nova instituição que assumiu a gestão do Hospital. [...] Também nos causa dúvidas se são falas de um profissional que não agiu como manda o rigor ético profissional na posição de diretor [...] ao registrar as supostas faltas e falhas de conduta de profissionais que ele alega, ou se são afirmações motivadas por sua saída da direção do hospital”, diz a nota.

O Instituto Vida Forte, é a empresa que administra a unidade há menos de um mês. A contratação se deu de maneira emergencial, para substituir a Fundação José Silveira, antiga administradora. Neste período, houve uma série de demissões por parte da nova empresa, que afetaram desde técnicos de enfermagem até o setor de limpeza.

Família comenta caso
Na terça-feira (08), dia em que o vidro foi divulgado, o prefeito de Jacobina publicou em suas redes sociais, dois áudios descritos como um "pronunciamento dos familiares do paciente". Na gravação, um homem, chamado João Paulo, se apresenta como irmão da vítima e afirma que o rapaz já chegou no hospital com a perna amputada, devido a gravidade do acidente de moto que havia sofrido.

Já no segundo áudio - de 2,5 minutos - sem se identificar, uma mulher se apresenta como irmã do paciente e, assim como João Paulo, diz que ele chegou sem a perna, que o médico passou mal no momento da cirurgia e o técnico de enfermagem “fez apenas finalizar a perna do meu irmão”, descreve a gravação.

Em nota, o Instituto Vida Forte que está apurando o fato por meio de sindicancia e que “Todas as medidas de apuração já foram imediatamente iniciadas. Nosso compromisso é com o bem-estar e saúde do paciente e, por isso, toda e qualquer medida necessária será tomada”, diz o texto.

Relembre o caso
Imagens gravadas no Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho (HATS) denunciam a realização irregular de uma cirurgia. No vídeo, o procedimento de amputação de uma perna aparece sendo feito por um técnico de enfermagem, e não pelo médico.

Enquanto o cirurgião apenas observa o colega de trabalho, com uma mão na cintura e a outra no bolso, ambas sem luva, o técnico de enfermagem sutura a perna do paciente já amputada.

Na tentativa de ajudar o colega, outros profissionais também aparecem ao redor do técnico, na gravação feita no último sábado (5), e divulgada nesta terça (8), pelo Jornal da Clube, da Rádio Clube FM de Jacobina.

Em nota, a prefeitura da cidade informou que a Secretária Municipal de Saúde abriu um processo administrativo para apurar o caso. Para isso, o Instituto Vida Forte - responsável pela administração do hospital - foi acionado para prestar esclarecimentos preliminares sobre o ocorrido.

“Caso sejam comprovadas irregularidades ou desconformidades do ponto de vista das diretrizes médicas hospitalares, todas as medidas administrativas e jurídicas cabíveis serão prontamente adotadas", garante o texto, que também afirma ter solicitado a íntegra do vídeo que denuncia a ação.

Publicado em Bahia

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento em cadeia de rádio e TV na noite deste domingo (6) pedindo para que pais e responsáveis vacinem as crianças contra a poliomielite. Segundo dados do ministério, a campanha de vacinação que ocorreu em agosto e setembro deste ano vacinou menos de 70% do público-alvo, composto por crianças de zero a cinco anos. A meta é imunizar 95% das crianças nessa faixa etária em todo o país.

“Faço um apelo aos pais, avós e responsáveis. Vacinem suas crianças contra a poliomielite. Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso Brasil. Não podemos aceitar que ninguém, especialmente as nossas crianças, adoeçam e morram de doenças para as quais existe vacina há tanto tempo.”

A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, e que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes e secreções eliminadas pela boca de pacientes. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.

“Há 32 anos a região das Américas é considerada livre da poliomielite, mas infelizmente as coberturas vacinais estão caindo no mundo, assim como no nosso Brasil”, disse Queiroga no pronunciamento. Segundo ele, a baixa taxa de vacinação contra a doença foi agravada pela pandemia de covid-19.

“O Ministério da Saúde está empenhado para manter o Brasil livre da poliomielite”, destacou. O ministro afirmou que, durante a 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que ocorreu em setembro, nos Estados Unidos, o Brasil reforçou a necessidade dos países americanos se mobilizarem para erradicar a enfermidade.

Queiroga lembrou ainda que na última semana o governo lançou um plano de combate à poliomielite com o objetivo de organizar o trabalho da União, dos estados e dos municípios. Entre as ações prioritárias está o fortalecimento da vigilância epidemiológica e da vacinação.

“As vacinas continuam disponíveis nos postos de vacinação. É possível sim atingir a meta. Para tanto, é necessário o engajamento dos gestores de saúde e da sociedade civil. Estados como a Paraíba e o Amapá, por exemplo, já vacinaram mais de 90% do público alvo”, afirmou o ministro.

Publicado em Saúde