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Confraria III, o bar do "seu" Treme Treme Confraria III, o bar do "seu" Treme Treme Confraria III, o bar do "seu" Treme Treme

Confraria III, o bar do "seu" Treme Treme

Confraria III, o bar do "seu" Treme Treme
Depois que Salomão Caetano do Rosário, o Saló Mão de Luva, ameaçou matar Demetrinho, o pai resolveu fechar o bar, pegar dona Conchita e a filha e levar todo mundo de volta para a Galícia.

Demetrinho, na ingenuidade dos 18 anos ainda incompletos, olhos verdes, garoto bonito, malhado, era cortejado por todas as mulheres da Ruy Barbosa, Padre Vieira e adjacências. Quando não estava na escola, passava o tempo atrás do balcão no bar ajudando o pai. Bom menino, sorriso permanente na cara imberbe, gozava da simpatia e consideração geral dos clientes, malandros, putas, policiais que filavam a bóia e, claro, da nossa confraria à qual dedicava atenção especial, no que, aliás, imitava o pai em gentileza, sempre prestativo.
Ocorre que mulher é o cão de saias, gosta de carne nova, já dizia Demetrius, preocupado com as incursões fortuitas do menino pelas camas cheias de chato e banheiros sujos da vizinhança. Apesar de se esforçar para ser discreto e ficar de bico fechado por determinação do pai, vez por outra Demetrinho deixava escapar uma inconfidência sobre alguma criatura sentada às mesas ao nosso derredor.
- Aquela com o fortão ali é Celeste. Gostosa, já peguei. E tem mais, foi ela que me cantou.
Ato contínuo aparece Demetrius.
- Venha cá me erman, arrastou o menino pela orelha até uma distância segura.
- Cê quer se foder me erman? Fala besteira e ainda fala alto pro bar inteiro ouvir.
- Não senhor, não falei de ninguém, estava falando baixinho aqui com o pessoal, tão baixo que o único que ouviu e olhou foi Victor, os outros nem ligaram.
- Baixinho uma porra me erman, Pepe ouviu e veio me avisar. Sabe quem é aquele sarará? É campeão de queda de braço no Ocê é que Sabe (bar de Jaime radialista, na Rua Ruy Barbosa). É gente ruim, tem a natureza ruim. Se ele ouve isso pode até te matar. Celeste é a nega dele, a única que ele dá proteção, as outras só usam o nome dele para se defender.

Palavra dita, sina cumprida.

Mão de Luva soube da história, Celeste negou, chorou, gemeu, jurou que não. É sabido que mulher-dama não bota chifres, mas os que ele carregava na testa caíram no domínio da malandragem local. Precisava lavar a honra e a respeitabilidade de cafetão. Que mulher ia querer pagar para usar o nome de um corno como garantia de segurança no trabalho? As leis da rua não estão escritas, mas costumam ser cruéis. E corno ninguém respeita. Geralmente quem paga pelo crime é a mulher e não o pé de pano. Só que Saló era apaixonado por Celeste. No dia que soube da galhada, vagueou e bebeu a noite inteira de cara amarrada, sem falar, sem olhar nos olhos de ninguém. Amanheceu na calçada da Caixa Econômica defronte ao bar.

Má sorte de Demetrius, muita sorte de Demetrinho. Alguém o ouviu resmungar e sentenciar o destino do menino: “Vai morrer quando aparecer hoje. Se ele não vier, descubro onde mora e vou atrás”.

Ao chegar para abrir o estabelecimento, por volta das 8 horas, Demetrius foi avisado: ainda bêbado e com cara de ontem, Saló rondava por perto e jurando de morte Demetrinho.

Assustado, entrou e fechou atrás de si a porta de garagem, em vez de deixá-la à meia altura como sempre fazia. O coração batia descontrolado, parecia querer sair do peito. Atarantado, deixou de lado a primeira tarefa diária de separar as carnes do freezer, o peixe e o feijão para a chegada de Maria Preta, a cozinheira. Correu ao telefone e começou a ligar para os amigos da polícia. Só conseguiu falar com Manoel Baleiro, comissário que vivia permanentemente de licença saúde e vendia munição a quem tinha revólver calibre 38. Não gostou do que ouviu do outro lado da linha, a preocupação aumentou.

- Isso não é caso de polícia porque o elemento não fez nada, é só suposição de ameaça. Conselho de amigo, o melhor é você desaparecer com a madame e os meninos por uns dias enquanto a gente fica de olho. Ele tem ficha, se der sopa a gente pega e aí vocês voltam. Ação da polícia agora só se Demetrinho fosse baleado, tomasse porrada, ou sofresse algum tipo de agressão, é o que diz o código.

O sumiço de Demetrius e o fechamento do bar geraram uma crise sem precedentes na existência da confraria, que nem a ditadura nos seus anos mais duros conseguira. A turma ficou sem local de encontro, até que Victor lembrou-se do bar do “seu” Treme-Treme aonde ele, Paolo, Bel e alguns mais renitentes terminavam a noite depois que Demetrius fechava. Boteco em que, antes da meia noite, ninguém era mandado embora.

“Seu” Treme-Treme, também espanhol e civilmente registrado na Galícia com o nome de Basílio, já tinha uma certa idade, calculávamos mais de 70 anos, e aparentemente sofria do mal de Parkinson. Baixo, atarracado, ainda forte, cabelos grisalhos encarapinhados, cara de poucos amigos, falava mais embolado que Demetrius. Sabia-se que lutara na guerra civil espanhola, portanto deveria ser herói. Só havia dúvidas em qual trincheira pelejara, se na de Franco ou na dos republicanos.

O bar ficava na Rua Carlos Gomes, entre a Tuiuti, ladeira que desce para a Avenida do Contorno, e o Quartel dos Aflitos, em uma região mais perigosa que o nosso habitat original no coração da Rua da Ajuda. Era um ponto estratégico com várias rotas de fuga. De um lado, descidas por ruelas na direção da Cidade Baixa. Do outro lado ficava o convento das Mercês, na Avenida Sete, em cujas laterais haviam duas ou três saídas para o Vale dos Barris. Tem até uma delegacia de polícia no vale, mas quem é que fica na porta de delegacia para correr atrás de batedor de carteira que por ali passe chispado?

A nossa temporada no “seu” Treme-Treme era por assim dizer uma proteção da chuva, temporária, enquanto tomássemos novo rumo, porque o local era um típico e acanhado pé sujo, bem longe do conforto do amplo espaço oferecido por Demetrius. Um vão único de quatro metros de largura, por sete de frente a fundo, abrigando três mesas espremidas entre o balcão e a parede do lado esquerdo de quem entra, em no máximo um metro e meio de largura.

A confraria foi se desfazendo, os encontros escasseando. O perigo maior do bar é que só o atacavam bandidos amadores, pés de chinelo. Assaltavam, às vezes, para roubar as lingüiças fritas e a farofa, que ficavam sobre o balcão, e os trocados da féria da noite de seu Treme-Treme. A féria do dia ele guardava em casa, pois morava com a mulher no andar de cima. O bar, batizado de Frutibel, não tinha prestígio. Entre a clientela não havia policiais, mulheres, nem travestis, nem malandros. Até o final da tarde era ponto de camelôs da Avenida Sete, frentistas de um posto de combustíveis que fica na esquina defronte ao quartel PM, comerciários do quarteirão e passantes. Noite adentro só os bêbados, a ralé noturna em busca de grana, um trago, um xaro, uma cafungada em cola de sapateiro. Completavam o quadro de freqüência trabalhadores tardiços na volta ao lar, garçons das lanchonetes e restaurantes do Largo Dois de Julho e a bandidagem amadora e perigosa. No meio dessa patuléia, nós os incautos.

O dono do bar preferia mantê-lo aberto, mesmo sem clientes. Era melhor do que ficar em casa. “Não tenho paciência, não gosto de não fazer nada. Aqui, vejo o povo passar, distrai enquanto cato o feijão de amanhã”, respondia sempre que perguntávamos, depois de um ataque, ou alguma contrariedade no balcão: “Por que não fecha e sobe para descansar”?

Não demorou muito, em um desses assaltos foi selado o nosso afastamento definitivo do botequim e a dissolução da confraria por um bom par de anos. Passava da meia noite e, além do proprietário do estabelecimento e de Vangogue, o auxiliar de cozinha, os únicos clientes da casa eram Jorginho, Victor, Bel, Teixeirinha e Paolo tomando a quinta saideira.

Aí eles chegaram. Dois molecotes de não mais que 15 anos, um deles um mulato alto e forte, o outro, que estava com o 38, nanico e fracote, que parecia comandar a dupla, ficou na porta e arrochou o pessoal. O desarmado encostou no balcão e pediu a grana do caixa, quer dizer do bolso da calça de “seu” Treme-Treme. O pivete do revólver gritou: “Passa o dinheiro e os redondo”.

O que dois baratos e bons velho oito com gelo, mais uns copos de cerveja, não fazem para elevar a auto-estima e a coragem de um cidadão.
- Amigo, nós somos jornalistas, estamos do seu lado. Nós combatemos essa sociedade pernóstica e infecta que tanto malefício causa às camadas menos favorecidas, redargüiu, depois de levantar de chofre expondo-se a um sério risco de ser baleado, o tribuno Jorginho, acostumado a grandes tertúlias oratórias em Cachoeira, a heróica cidade do Recôncavo, abençoada pelo Rio Paraguaçu.

O jovem, surpreendido pela reação e sem entender direito o que o orador bradava, comandou a retirada.
- Pinota, pinota, vombora que jornalista é uma turma muito lisa.
E os dois caíram fora antes mesmo de Jorginho engatilhar a tréplica.
Saíram correndo, na primeira esquina embicaram para a Avenida Sete, desceram pela esquina do quarteirão das Mercês pela Clóvis Spínola até chegar ao Vale dos Barris. Passaram apressados pela porta da 1ª Delegacia e se malocaram em um terreno baldio ao lado para dividir os 32 reais da féria noturna.

No bar, já elevados à categoria de heróis por Vangogue, a quem faltava o pedaço de uma orelha e não parava de elogiar o sangue frio e a eloqüência de Jorginho, os confrades comemoravam o acerto de manter os relógios nos bolsos sempre que freqüentavam o local. Na oitava saideira, decidiram ressarcir o prejuízo do espanhol antes de ir embora.

Antes porém, intuindo o que seria a despedida definitiva do bar, decisão que foi tomada nos dias seguintes, Victor tomou a palavra e filosofou.
- Vejam o que faz a ditadura. Olha o nível desses ladrões. Meninos abandonados pela vida, analfabetos, esfomeados, movidos a cola de sapateiro e cachaça, com uma arma na mão. Essa milicada não tem noção do mal que faz a este país. Este é o retrato da nossa realidade social. E da nossa própria decadência, porque em Demetrius tínhamos segurança, os ladrões eram malandros simpáticos e policiais corruptos. Ninguém ameaçava ninguém. Aqui eles roubam ovo cozido e lingüiça do balcão. Realmente, uma decadência.

Ninguém contestou, apenas um comentário de Vangogue.
- Falou bonito.
- Você sabe o que é ditadura Vangogue?
- Não senhor, mas já sei que faz mal.
P.S.: “Seu” Treme-Treme morreu oito meses depois, baleado durante mais um assalto ao bar.

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    Em julho deste ano, a sede da Cia Baiana de Patifaria foi transformada em um teatro virtual. A ideia era que artistas, ou qualquer profissional de outro segmento, pudessem realizar seus projetos e transmiti-los via internet para todo o mundo. O espaço também se tornou uma espécie de museu artístico com todo acervo da história da Companhia.

    “Eu me coloco numa situação muito delicada, a responsabilidade do gestor é muito grande. Com equipe, atores. O futuro da Cia Baiana de Patifaria é uma grande incógnita. Vamos fechar a sede porque temos uma dívida gigante, não temos condição de arcar. Tudo isso aconteceu dentro de uma pandemia em que precisamos atender a protocolos de saúde e reduzir o contato com a plateia. Nosso espetáculo depende do contato, da presença, tem interação do início ao fim”, disse Lelo Filho.

    A conversão do Casarão 15 em espaço cultural aconteceu após a Cia Baiana de Patifaria ser contemplada no Mapa Cultural em 2020, via Lei Aldir Blanc, com um financiamento de aproximadamente R$ 30 mil. Para manter as atividades da casa e da companhia sem muitos problemas, Lelo estima que seriam necessários R$ 10 mil por mês. Além dos salários de 9 funcionários fixos, também há os custos com eventuais produções e com a manutenção do Casarão.

    “A adaptação para enfrentarmos os tempos difíceis durante a pandemia e a necessidade de isolamento contou com uma verba do Mapa Cultural à qual outras sedes e espaços culturais também tiveram direito. De lá apresentamos, virtualmente, Fora da Ordem, e fizemos transmissões gravadas de outras 6 montagens da Cia Baiana de Patifaria. Algumas lives foram realizadas, mas nosso Casarão infelizmente terá que fechar as portas”, lamentou Lelo.

    Risco

    Segundo Lelo, o futuro da Companhia está em risco. Ele afirmou que tentará produzir uma temporada de Verão do espetáculo A Bofetada, maior sucesso da companhia, mas acredita que seja inviável porque os custos dificilmente serão cobertos com os teatros funcionando com público reduzido e com a necessidade de cumprir todos os protocolos sanitários contra o coronavírus.

    “Sempre tentamos ser independentes dos editais, em todos esses anos fomos por essa linha e é uma história que tenho muito orgulho de ajudar a trilhar. Conto nos dedos quantas vezes tivemos a palavra patrocínio no vocabulário. No entanto, antes a gente conseguia trabalhar até 5 dias por semana e aí gerava caixa para essa independência. Hoje, foi descendo para 2 dias, às vezes um dia, e com essa questão da pandemia ficaria ainda mais difícil de equacionar”, contou.

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    História

    A trajetória do grupo começou em 1987, graças aos atores Moacir Moreno e Lelo Filho. A primeira peça de teatro feita pela trupe foi Abafabanca, que estreou naquele mesmo ano e ficou 10 meses em cartaz. De lá pra cá, são oito peças no repertório: além de Abafabanca e A Bofetada, Noviças Rebeldes, 3 em 1, A Vaca Lelé, Capitães da Areia, Siricotico e Fora da Ordem - com diferentes formações de elenco.

    A Bofetada é o grande sucesso e está nos palcos há 29 anos, viajou a 54 cidades brasileiras, conta com personagens emblemáticas como Fanta Maria, interpretada pelo próprio Lelo, e que ficou famosa no dia a dia da cidade com seus bordões tipo “É a minha cara!”, “Momento lindo, maravilhoso!”, “Adoro, adoro!” e “Evite contrariar o ser humano”. A direção original é de Fernando Guerreiro, atual presidente da Fundação Gregório de Matos.

    Pesquisador do teatro baiano, o jornalista Marcos Uzel acompanhou toda a trajetória da Cia Baiana de Patifaria enquanto trabalhava como articulista e crítico teatral. Ele se disse surpreso com a notícia, que classificou como “terrível e absurdo que aconteça”, por conta da importância e longevidade da Cia no teatro baiano.

    “A Bofetada, que é a peça mais popular da história do teatro baiano, era uma parabólica do cotidiano da cidade. O público adorava brincar com as personagens. Não existe, na história do teatro baiano, uma personagem tão popular quanto Fanta Maria. Essa aproximação do público, as plateias sempre lotadas. A Cia sempre tentou se reinventar. É importante que as secretarias de cultura e o próprio setor privado se movimentem para garantir a existência dessa instituição tão necessária”, disse.

    Segundo Uzel, que é doutor e mestre em Cultura e Sociedade pela Ufba, os trabalhos da Companhia Baiana de Patifaria ajudaram a popularizar o teatro e mudaram de uma vez por todas a relação entre público e artistas.

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    O grupo Roupa Nova se apresenta gratuitamente nesta quarta-feira (14) na Praça da Matriz, em Lauro de Freitas, às 21h30, como parte das homenagens ao Padroeiro Santo Amaro de Ipitanga. Em duas horas de apresentação, a banda promete relembrar grandes sucessos, como "Whisky a Go-go", "Dona" e "A Viagem". A homenagem, que acontece há 407 anos, este ano tem uma ampla programação, que se estende até quinta-feira (15), dia do padroeiro, com uma missa solene, além de dois shows de música gospel, com Irmã Carol e Cassiano, às 20h.

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