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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,6% no terceiro trimestre, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desocupada atingiu 14,092 milhões no período.

O resultado ficou levemente abaixo da mediana das expectativas dos analistas consultados na pesquisa do Projeções Broadcast, de 14,8%, e dentro do intervalo de previsões, que ia de 14,3% e 16,1%.

No terceiro trimestre de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,8%. No trimestre móvel até agosto de 2020, a taxa de desocupação estava em 14,4%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.554 no terceiro trimestre. O resultado representa alta de 8,3% em relação a igual trimestre do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 205,3 bilhões no terceiro trimestre, queda de 4,9% ante igual período do ano anterior.

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Uma menina nascida em 2019 na Bahia tem a expectativa de viver quase 10 anos a mais do que um menino nascido no mesmo ano. Isso é, pelo menos, o que foi calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nas Tábuas de Mortalidade 2019, divulgadas nesta quinta-feira. Segundo a pesquisa, a expectativa de vida dos homens é de menos de 70 anos (69 anos e 8 meses), enquanto das mulheres é de quase 80 anos (78 anos e 10 meses). Isso significa dizer que as baianas vivem quase uma década a mais do que os baianos. É a segunda maior diferença de expectativas de vida no país, atrás de Alagoas, com 9,5 anos.

No país como um todo e em todos os estados, as mulheres têm uma esperança de vida maior do que a dos homens: 80,1 anos para elas e 73,1 anos para ele. De acordo com a geriatra do Hospital Português, Katia Guimarães, essa diferença é explicada por múltiplos fatores, como as diferenças do organismo masculino e feminino e os hábitos de cada perfil:

“O homem possui testosterona, hormônio que o faz se arriscar mais ao perigo. Além disso, o homem tem pouquíssimo estrógeno, hormônio que a mulher tem em abundância e que a protege de várias doenças”.

No entanto, Katia não sabe explicar o motivo de na Bahia essa diferença entre a expectativa de vida de homens e mulheres ser a segunda maior do país: “Seria necessário um estudo científico que pudesse identificar o que acontece no nosso estado”.

Por esse mesmo caminho pensa Washington Luiz Abreu, doutor em saúde pública e professor de medicina nas universidades UniFTC, Bahiana e Ufba. “Essa informação é complexa. Em todas as faixas etárias, os homens morrem mais que a mulheres. O que a gente já sabe que influencia essa mortalidade masculina, em geral, é a não preocupação deles com a sua saúde no quesito prevenção. A mulher utiliza mais o serviço de saúde e adoece menos”, disse o professor, alertando também que não há um estudo específico com recorte na Bahia sobre o assunto.

Questão de genética
A aposentada Valdete Conceição tem 78 anos e 9 meses, apenas um mês a menos da idade exata calculada pelo IBGE para a expectativa de vida das baianas. Ela já é viúva e se orgulha da idade atingida, mas não se contenta com isso. Dona Valdete quer viver muito mais.

“Meu marido morreu com 76 anos. Não tem ninguém da minha família que chegou a essa idade que eu estou. Minha mãe morreu com 68 e meu pai tinha uns 70. Meus irmãos são todos mais novos e eu sempre digo para eles tomarem cuidado, pois na nossa família o povo vai embora cedo. Como sou bastante religiosa, sempre digo a Deus que eu gosto dele, mas que ainda quero ficar por aqui mais uns anos”, diz ela, com um sorriso no rosto.

Valdete classifica esse modo de levar a vida como algo que a ajudou a viver por tantos anos. “Eu fumei até quase 50 anos. Também bebia, mas socialmente. E não praticava exercícios físicos. Com a idade chegando, melhorei meus hábitos. Hoje, durmo duas vezes por dia, faço questão de andar, vou para a igreja diariamente. Só não saio mais por causa da pandemia”, relata a moradora do Cabula VI e frequentadora da Paróquia Ceia do Senhor e Santo André Apóstolo.

Já o casal Luiz Marciel Fernandes, 85, e Osvaldite Boaventura Fernandes, 79, já superaram a expectativa de vida dos baianos. Luiz, inclusive, já vive 15 anos à frente da média para os homens, segundo o IBGE. “Minha família tem uma genética boa, pois minha mãe viveu até os 91 anos, a avó materna até os 103 e outro tio chegou aos 100. Tenho também quatro tios, um homem e três mulheres, que estão vivos e já superaram os 90 anos”, conta.

De fato, segundo a médica geriatra Katia Guimarães, questões genéticas são fatores que contribui na longevidade.

“Existem estudos que apontam que 25% da expectativa de vida é determinada pela genética e o restante são hábitos saudáveis”, explica.

Para viver esses hábitos saudáveis, o casal faz pilates em casa duas vezes na semana e foca em boa alimentação.

“Eu adoro viver. Gosto de fazer tudo de bom que você pensar no mundo. Adoro viajar, comprar, sair... Pena que essa pandemia obriga a gente a ficar dentro de casa, mas isso não me altera”, diz dona Osvaldite, que tem um recado para aqueles que pretendem viver muito como ela.

“Façam tudo que aparecer e façam bem, sem criar problemas em nada. Os problemas só nos levam a uma vida infeliz. Temos que entender que tudo se resolve com paciência e fé em Deus”, conclui.

Outros números
Ainda segundo o IBGE, em 2019, a esperança de vida do baino ao nascer era de 74,2 anos. Em relação a 2018, esse número representa um aumentou em cerca de 3 meses, mas é a 10ª mais baixa do país e pouco mais de 2 anos menor que a média nacional, de 76,6 anos.

Entre 1980 e 2019, a chance de uma pessoa de 60 anos chegar aos 80 na Bahia cresceu 90,8% e cerca de seis em cada 10 idosos (580 a cada mil) passaram a ter essa possibilidade de viver mais. Isso representa uma diminuição atual na mortalidade nas idades mais avançadas em comparação com a década de 1980. Isso representou uma redução média de 276 mortes por mil idosos, em 29 anos.

Foi um aumento de sobrevida proporcionalmente maior que a média nacional. No Brasil como um todo, a probabilidade de um idoso de 60 anos chegar aos 80 passou cresceu 75,6%, o que representou menos 260 mortes por mil no período.

Segundo o doutor em saúde pública Washington Luiz Abreu, esse cálculo é importante para entender o envelhecimento da população brasileira e para que sejam criadas políticas públicas para essa categoria. “Nossa população de idosos só aumenta e não estamos preparados para acolhê-los. Obrigá-los a enfrentar uma fila é um ato de violência institucional e isso é inadmissível. Ele precisa ter acesso a alimentação saudável e renda. Só reforma da previdência não resolve o problema”, apontou.

Crianças
A taxa de mortalidade infantil na Bahia, em 2019, foi estimada em 15,4 por mil, ou seja, para cada mil crianças nascidas vivas, 15,4 morreriam antes de completar 1 ano de vida. Essa taxa é bem superior à nacional, que é de 11,9 por mil. O indicador mostra, entretanto, uma tendência progressiva de redução, já que em 2018, era de 16,0 por mil.

Mesmo com a queda, a Bahia segue tendo o 9º índice mais elevado do país. Em 2019, a menor taxa de mortalidade infantil continuou sendo a do Espírito Santo (7,8 óbitos para cada mil nascidos vivos), e a maior, do Amapá (22,6 por mil).

Dos estados do Nordeste, apenas Pernambuco, com uma taxa de 11,4 mortes por mil nascidos vivos, ficou ligeiramente abaixo da média nacional. Dentre os nove estados da região, a Bahia tem a quarta maior estimativa de mortalidade infantil, menor apenas que as verificadas no Maranhão (18,6 mortes por mil nascidos vivos), Piauí (17,5 por mil) e Alagoas (16,4 por mil).

“Todos esses dados são indicadores da qualidade do nosso sistema de saúde. Quanto menor a mortalidade infantil e maior a expectativa de vida, melhor a condição daquele país. No passado, tínhamos taxas bem piores do que a atual. No entanto, ainda temos muito a avançar”, explicou o professor Washington.

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A expectativa de vida do brasileiro subiu três meses em 2019, passando de 76,3 anos em 2018 anos para 76,6 anos, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados estão na Tábua Completa de Mortalidade de 2019, publicada no Diário Oficial da União (DOU).

O aumento, embora pequeno, mantém a tendência de crescimento da taxa por anos consecutivos. Há quase dez anos, em 2011, a esperança de vida do brasileiro era de 74,1 anos.

No ano seguinte, passou para 74,6 anos e depois para 74,9 anos.

Em 2014, a taxa ficou em 75,2 anos; em 2015, em 75,5 anos; em 2016, 75,8 anos; em 2017, 76 anos; e, em 2018, foi de 76,3 anos.

O IBGE deve detalhar o documento ainda nesta quinta-feira. Os dados apresentam as expectativas de vida às idades exatas até os 80 anos, trazendo informações por sexo.

A Tábua de Mortalidade é usada como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

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Quatro em cada dez moradores da Bahia (40,4% da população) estavam abaixo da linha da pobreza em 2019, segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2020, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo IBGE. Pouco mais de 1 em cada 10 (12,5%) estavam abaixo da linha da extrema pobreza. Com isso, a Bahia tem o segundo maior número absoluto de pobres do país (6,006 milhões) e o maior número de extremamente pobres (1,853 milhão).

Houve uma leve melhora no índice de pessoas abaixo da linha da pobreza em relação a 2018, a segunda seguida. Em um ano, o número de pobres na Bahia caiu 5,3% e em Salvador 4,1%. O ano com menor patamar de pobreza tanto no estado quanto na capital foi 2014 - 37,5% da população do estado e 13,6% em Salvador.

A linha para considerar a pobreza monetária é de US$ 5,50 por dia em paridade de poder de compra (PPC). O IBGE utiliza esse critério definido pelo Banco Mundial para países de renda média, já que o Brasil não tem uma linha oficial para a classificação.

Em 2019, essa linha de pobreza correspondia a rendimento médio domiciliar per capita de R$ 428 em Salvador e na Bahia. Mais de 6 milhões de baianos viviam com menos do que isso, incluindo 611 mil soteropolitanos - 21,3% da população da capital.

Em todo Brasil, em 2019, 51,7 milhões de pessoas viviam abaixo da linha de pobreza (R$ 436), 24,7% da população.

Extrema pobreza
A extrema pobreza teve um leve recuo também no estado, mas um pequeno aumento em Salvador, indica o estudo. Para essa classificação, é considerado o valor de US$ 1,90 diário per capita em PPC. Isso equivalia, aqui, em 2019, a uma renda domiciliar per capita média de R$ 148.

No ano passado, 1,853 milhõs de pessoas viviam com menos que isso na Bahia em 2019, o que significa 12,5% da população. A redução foi de 3,2% em relação a 2018. Mesmo assim, a Bahia continuou com o maior número de extremante pobres do país, posto que ocupa desde ao início da série histórica, em 2012.

A proporção de pessoas abaixo da linha de extrema pobreza na Bahia é praticamente o dobro do nacional. No Brasil como um todo, no ano passado, 6,5% da população (13,7 milhões de pessoas) viviam com renda domiciliar per capita inferior a R$ 151 (valor da linha nacional).

Em Salvador, o número de pessoas extremamente pobres teve aumento de 12,9%, passando de 124 mil para 140 mil. Com isso, Salvador subiu no ranking da pobreza extrema entre capitais, passando da 5ª para 4ª em números absolutos e da 14ª à 9ª em proporção de extremamente pobres na população (4,9). A lista proporcional é liderada por Boa Vista (8,6%), Manaus (8,3%) e Rio Branco (8%).

Saneamento, educação e internet
O IBGE aponta que a Bahia, em geral, tem maiores proporções da população morando em locais com algum tipo de restrição a acesso a serviços que contribuem para melhora de vida, comparando com o Brasil como um todo. Entre os que estão abaixo da linha de pobreza, as restrições aumentam.

A restrição mais frequente para toda população baiana é no acesso simultâneo aos três serviços de saneamento (rede de água, esgoto e coleta de lixo), que atinge quase metade da população total (47,3%). Entre os pobres, a proporção dos que não têm acesso ao saneamento sobe para 63%.

A segunda restrição mais frequente é o acesso à educação, que em todo estado atinge 33,3% e entre os pobres chega a 36,4%.

A terceira restrição mais comum é o acesso à internet, que afeta 22,5% do povo baiano. Para as pessoas abaixo da linha de pobreza, 29,5% viviam em 2019 em domicílios sem nenhum tipo de acesso à rede.

Moradia inadequada
Os dados apontam também que em 2019 22,5% da população baiana e 15,8% da soteropolitana viviam em domicílios com pelo menos uma inadequação.

Os casos mais frequentes são de ausência de documentação de comprovação da propriedade do imóvel (13,8% dos baianos e 7,4% dos soteropotalianos).

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A informalidade no mercado de trabalho seguiu em alta pelo quinto ano seguido em Salvador, chegando a novo recorde, segundo dados de 2019 divulgados nesta quinta-feira (12) pelo IBGE. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2020, 42,4% das pessoas de 14 anos ou mais que trabalhavam na capital no ano passado estavam informais. Isso significa 651 mil trabalhadores.

Foi um crescimento registrado de informais de 5,4% comparando com 2018, quando este número era de 587 mil, ou 40,3% da população ocupada. Houve aumento, portanto, de mais 64 mil trabalhadores informais em um ano. O número atual é o maior da série histórica da PNAD Contínua, que começou em 2012.

Com isso, Salvador subiu no raking da informalidade entre as capitais do Brasil. Passou da 11ª mais alta, em 2018, para 8ª, em 2019. As três líderes da questão são Macapá (56,4%), Belém (55,9%) e Boa Vista (50,2%), todas no norte do Brasil.

Na capital, a taxa de informalidade entre homens (42,1%) e mulheres (42,6%) ficou bem parecida. Também considerando raça a diferença não chega a ser significativa - 42,6% dos brancos ocupados eram informais, frente a 42% dos pretos ou pardos.

São considerados como empregos informais trabalhos sem carteira assinada, incluindo os domésticos, quem trabalha por conta própria ou ajudando familiares e empregadores que não contribuíram para a Previdência.

Apesar do aumento em Salvador, a informalidade na capital ainda ficou menor do que em toda a Bahia. No estado, a proporção de trabalhadores informais não mudou muito - 56,7% em 2018 e 56,6% de 2019, num total de 3,4 milhões de pessoas. Já no Brasil, 41,6% dos trabalhadores eram informais em 2019.

A Bahia ficou em 9º lugar entre as maiores taxas de informalidade entre os estados, uma pequena melhora em relação a 2018, quando ocupava a 7ª posição. O líderes são Pará (67,9%), Maranhão (65,4%) e Piauí (65,1%).

Salário
Em Salvador, os trabalhadores informais receberam em média R% 1.559 por mês em 2019, quase a metade do que receberam os formais (R$ 3.025). Em toda a Bahia, a diferença foi ainda maior. Os informais receberam uma média de R$ 936, valor abaixo do salário mínimo, e os formalizados tiveram salário médio de R$ 2.254.

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A Bahia tem a maior taxa de desemprego do Brasil. A desocupação no estado avançou ainda mais no mês de setembro, conforme mostra um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (23). Os dados são da edição mensal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid19.

Segundo o instituto, a taxa de desocupação - ou seja, o percentual de pessoas que procuram emprego em relação às que estão trabalhando - cresceu novamente e atingiu 19,6%. No mês anterior, em agosto, esse índice era de 18,1%. O número é o mais alto do país.

Em setembro o número de pessoas que estavam trabalhando (93 mil), foi inferior ao aumento no número de pessoas desocupadas, ou seja, aquelas que buscam uma vaga no mercado de trabalho e ainda não encontraram. Esse grupo cresceu 12,5%, passando de 1,078 milhão de pessoas para 1,213 milhão.

Ou seja, em apenas um mês, mais de 135 mil pessoas passaram a ter essa condição. Isso fez com que, assim como já havia ocorrido mês anterior, na passagem de agosto para setembro, a Bahia registrasse o maior aumento absoluto do país no número de pessoas procurando trabalho no Brasil.

Segundo o IBGE, o contínuo aumento no número de pessoas desocupadas no estado tem relação com a nova queda registrada no número de cidadãos que não estavam trabalhando, queriam trabalhar, mas nem chegaram a procurar emprego por causa da pandemia ou por não haver oportunidade no mercado.

É a primeira vez desde maio que esse grupo, cuja busca por trabalho é impactada diretamente pela Covid-19, ficou abaixo dos 2 milhões na Bahia. Os números apontam que esse valor chegou a 1,891 milhão de pessoas em setembro, numa redução de 12,5% em relação a agosto, o que representou menos 270 mil pessoas nessa situação, em apenas um mês.

Ainda assim, o índice é o segundo maior do país, abaixo apenas de São Paulo, que registra 2,640 milhões de pessoas que desejam trabalhar, mas nem chegaram a procurar emprego por conta da pandemia.

Redução salarial
Setembro também registrou uma queda no percentual de trabalhadores na Bahia que tiveram redução salarial comparado ao que costumavam receber. A queda foi de 29,6%, ou seja, afetou 1,438 milhão de pessoas.

Antes, entre maio e junho, 2,1 milhões de pessoas tinham sofrido com a redução salarial, o que representa pouco mais de 4 em cada 10 trabalhadores baianos. Apesar disso, a Bahia ainda era, em setembro, o estado com maior percentual de trabalhadores com redução de rendimento do país.

A redução média no rendimento de trabalho na Bahia, em setembro, foi de 10,8%. Habitualmente, quem atua no mercado de trabalho baiano possui um rendimento médio mensal de R$ 1.686, mas receberam efetivamente R$ 1.504 (menos R$ 183).

Em setembro, mante-ve em 58,8% o percentual de proporção de domicílios em que pelo menos uma pessoa recebia algum tipo de auxílio emergencial por causa da pandemia. Isso representa 2,862 milhões de domicílios foram atendidos no estado.

A Bahia se manteve, em setembro, com o 3º maior contingente de domicílios recendo o auxílio emergencial e o 8º percentual.

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A taxa de desemprego no País subiu de 13,7% na terceira semana de setembro para 14,4% na quarta semana do mês, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), divulgados nesta sexta (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o número mais alto registrado nesta pandemia. Em apenas uma semana, houve aumento no número de pessoas buscando emprego, e redução no total de trabalhadores ocupados.

A população desempregada foi estimada em 14 milhões de pessoas na quarta semana de setembro, cerca de 700 mil a mais que o registrado na semana anterior, quando essa população totalizava 13,3 milhões.

O total de ocupados foi de 83 milhões na quarta semana de setembro, 700 mil a menos que o patamar da semana anterior, quando havia 83,7 milhões de pessoas ocupadas.

Cerca de 2,7 milhões de trabalhadores, o equivalente a 3,3% da população ocupada, estavam afastados do trabalho devido às medidas de isolamento social na quarta semana de setembro. O resultado representa cerca de 100 mil pessoas a menos que o patamar de uma semana antes, quando esse contingente somava 2,8 milhões ou 3,4% da população ocupada.

A população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 77,9 milhões de pessoas, ante um contingente de 78,2 milhões de trabalhadores registrado na semana anterior.

Na quarta semana de setembro, 7,9 milhões de pessoas trabalhavam remotamente. Na semana anterior, havia 7,8 milhões de pessoas em trabalho remoto.

A população fora da força de trabalho - que não estava trabalhando nem procurava por trabalho - somou 73,4 milhões na quarta semana de setembro, cerca de 200 mil a menos que os 73,6 milhões registrados na semana anterior. Entre os inativos, cerca de 25,6 milhões de pessoas, ou 34,8% da população fora da força de trabalho, disseram que gostariam de trabalhar. Aproximadamente 15,3 milhões de inativos que gostariam de trabalhar alegaram que não procuraram trabalho por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam.

O nível de ocupação foi de 48,7% na quarta semana de setembro, ante 49,1% na semana anterior. A proxy da taxa de informalidade ficou em 34,2% na quarta semana de setembro, ante 33,6% na semana anterior.

 

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O volume de serviços prestados subiu 2,9% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou nesta quarta-feira, 14, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Não houve revisão de dados anteriores.

O resultado de agosto tanto na margem quanto na comparação interanual veio um pouco melhor que as medianas calculadas pelo Projeções Broadcast, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a partir de estimativas do mercado financeiro. Na comparação com julho deste ano, as estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast iam de uma alta de 1,2% a 5,4%, com mediana positiva de 2,5%.

Na comparação com agosto do ano anterior, houve redução de 10% em agosto de 2020, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões iam de uma retração entre 12,70% e 7,10%, com mediana negativa de 10,45%.

A taxa acumulada no ano foi de redução de 9%. Em 12 meses, os serviços acumulam queda de 5,3%. A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 3,5% em agosto ante julho. Na comparação com agosto de 2019, houve recuo de 10,4% na receita nominal.

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A Região Metropolitana de Salvador registrou a menor prévia da inflação do país, com 0,18%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número é menor que o registrado no mês anterior (0,23%), mas continua acima do índice em setembro do ano passado (-0,04%).

Conforme o IBGE, o IPCA-15 de setembro na RMS ficou abaixo do país como um todo (0,45%) e teve o menor aumento dentre as 11 áreas pesquisadas. As maiores variações ocorreram em Goiânia (1,10%) e Brasília (0,70%).

O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de agosto e 11 de setembro.

No acumulado de janeiro a setembro de 2020, o IPCA-15 da RM Salvador acelerou para 1,83% (havia ficado em 1,65% em agosto). Está acima do índice do Brasil como um todo (1,35%) e continua o 3o mais alto dentre os 11 locais pesquisados.

Nos 12 meses encerrados em setembro, o índice acumula alta de 3,02%, na RM Salvador, também acelerando em relação aos 12 meses encerrados em agosto (2,80%) e se mantendo maior que o indicador nacional (2,65%).

Conforme os dados, a prévia da inflação no mês na RMS foi resultado de altas em cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, puxados por alimentação e bebidas (1,08%) e habitação (0,93%), sob efeito, respectivamente, das carnes (5,94%) e dos combustíveis domésticos e energia (1,21%).

Além de ser um dos principais responsáveis pela alta no grupo da alimentação, o óleo de soja foi o produto com maior aumento de preço no IPCA-15 de setembro (22,42%).

Dentre os grupos com deflação no IPCA-15 de setembro, na RMS, os destaques foram para saúde (-0,78%) e transporte (-0,52%), com influência, respectivamente, das quedas nos planos de saúde (-2,26%) e na gasolina (-2,66%), itens que mais seguraram o índice do mês.

No ano de 2020 (janeiro a setembro), o IPCA-15 da RMS tem alta acumulada de 1,83%, a terceira maior do país, acima do verificado no Brasil como um todo (1,35%). Nos 12 meses encerrados em setembro, o índice aumenta 3,02%, também mais que o nacional (2,65%).

Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,18% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), desacelerando novamente em relação ao registrado no mês anterior (0,23%), mas ficando acima do índice de setembro do ano passado (-0,04%).

O IPCA-15 de setembro na RMS ficou abaixo do país como um todo (0,45%) e teve o menor aumento dentre as 11 áreas pesquisadas. As maiores variações ocorreram em Goiânia (1,10%) e Brasília (0,70%).

O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de agosto e 11 de setembro.

No acumulado de janeiro a setembro de 2020, o IPCA-15 da RM Salvador acelerou para 1,83% (havia ficado em 1,65% em agosto). Está acima do índice do Brasil como um todo (1,35%) e continua o 3o mais alto dentre os 11 locais pesquisados.

Nos 12 meses encerrados em setembro, o índice acumula alta de 3,02%, na RM Salvador, também acelerando em relação aos 12 meses encerrados em agosto (2,80%) e se mantendo maior que o indicador nacional (2,65%).

Os custos de alimentação (1,08%) e habitação (0,93%) são principais pressões em setembro, na RMS; quedas em saúde (-0,78%) e transporte (-0,52%) seguram resultado.

Entre os alimentos, a principal influência veio das carnes (5,94%), puxadas pela costela (8,72%). Mas também houve altas relevantes em itens como leite longa-vida (8,94%) e óleo de soja (22,42%), que teve o maior aumento dentre as centenas de itens pesquisador pelo IPCA-15.

Entre as despesas com moradia, a principal pressão veio dos combustíveis e energia (1,21%), puxados pelas altas no gás de botijão (2,61%) e na energia elétrica (0,73%).

Dentre os grupos com deflação no IPCA-15 de setembro, na RMS, os destaques foram para saúde e cuidados pessoais (-0,78%) e transportes (-0,52%), que deram as principais contribuições no sentido de conter o índice do mês.

No grupo transportes, o grande destaque foi a queda dos combustíveis (-2,55%), sobretudo da gasolina (-2,66%), item que, individualmente, foi o maior responsável para frear o aumento do índice na região.

Já no caso do grupo saúde e cuidados pessoais, a influência mais importante para conter o IPCA-15 de setembro, na RMS, veio dos planos de saúde (-2,26%) e com produtos para pele (-4,20%).

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A insegurança alimentar cresceu entre 2013 e 2018, atingindo 4 em cada 10 domicílios e metade da população da Bahia, segundo dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) , do IBGE, divulgada nesta quinta-feira (17). O total de residências com insegurança alimentar cresceu 21,8% no estado neste período, o que significou mais 397 mil domicílios nessa condição.

O número cresceu pela primeira vez depois de quedas sucessivas entre 2004 e 2013, chegando a 45,3% do total de residências em 2017 e 2018.

Isso significa que em 2,221 milhões de residências do estado havia preocupação ou incerteza quanto à regularidade da alimentação na quantidade necessária (insegurança leve) até a efetiva redução e falta de comida (insegurança moderada), podendo chegar à fome (insegurança grave).

A maior insegurança alimentar na Bahia foi puxada por casos leves, mas faltou comida em 1 de cada 5 lares (18,8%); dentre esses, pode ter havido fome em 310 mil, aponta a pesquisa.

Histórico
Em 2004, metade dos domicílios na Bahia (50,2%) enfrentavam algum grau de insegurança alimentar. Desde então a proporção vinha caindo e chegou ao menor patamar em 2013, com 37,8%, o que representava 1,823 milhão de residências.

Nos cinco anos seguintes, esse número cresceu 21,8%, chegando a 2,221 milhões em 2017-2018, o que significou mais 397 mil domicílios baianos em algum grau de insegurança alimentar no período.

Esse mesmo movimento aconteceu no Brasil, em geral. A proporção de domicílios em algum grau de insegurança alimentar partiu de 34,9% em 2004, recuou seguidamente até 2013, quando atingiu seu menor patamar (22,6%), e voltou a avançar, indo a 36,7% em 2017-2018, maior percentual da série histórica do IBGE.

Melhora no ranking
Apesar do aumento na insegurança alimentar, a Bahia aparece melhor no ranking nacional. Apesar de significativo, o crescimento da insegurança alimentar na Bahia entre 2013 e 2018 foi um dos mais baixos do país.

Em 2013, a Bahia tinha o maior número absoluto de domicílios com algum grau de insegurança alimentar (1,823 milhão) e o 5º maior percentual (37,8%). Em 2017-2018, o estado foi superado, em termos absolutos, por São Paulo (4,808 milhões de domicílios em algum grau de insegurança alimentar) e Minas Gerais (2,228 milhões de domicílios) e caiu, em termos percentuais, para a 14ª posição.

Insegurança leve, moderada e grave
Os casos de insegurança leve puxaram a alta na Bahia. Nessas residências não chegou a haver de fato escassez de alimentos nem fome, mas uma preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos, e as famílias chegaram a comprometer a qualidade da alimentação para que não faltasse comida.

Em 2017-2018, dos 2,221 milhões de domicílios com algum grau de insegurança alimentar na Bahia, a maioria, 1,299 milhão, enfrentava insegurança leve. Eles representavam pouco mais de 1 em cada 4 domicílios do estado (26,5% do total de residências) e abrigavam 4,407 milhões de moradores (29,8% da população baiana).

Em 2013, os domicílios baianos com insegurança alimentar leve representavam 21,8% do total de residências no estado, logo houve um aumento de 4,7 pontos percentuais em cinco anos, o que representou mais 244 mil residências no estado com insegurança alimentar leve, nesse período.

Um total de 612 mil domicílios na Bahia enfrentavam insegurança alimentar moderada em 2017-2018, o que representava pouco mais de 1 em cada 10 lares do estado (12,5%), onde viviam 1,986 milhão de pessoas (13,4% da população). Domicílios com insegurança alimentar moderada já enfrentam redução na quantidade de alimentos e pode faltar comida para os adultos.

A proporção de residências nesse grau de insegurança alimentar também cresceu em relação a 2013, quando era de 9,4%. O aumento de 3,1 pontos percentuais representou mais 160 mil domicílios, em cinco anos.

Já os domicílios baianos com insegurança alimentar grave somavam 310 mil em 2017-2018, ou 6,3% de todas as residências do estado, abrigando 987 mil pessoas (6,7% da população). Nos domicílios com insegurança alimentar grave, faltam alimentos para todos os moradores, inclusive crianças, podendo haver fome.

O percentual de residências nessa pior situação teve uma discreta variação negativa em relação a 2013, quando era de 6,6%, o que representou, em cinco anos, menos 7 mil domicílios no estado com risco de passar fome.

Publicado em Bahia
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