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O rendimento real habitual do trabalhador caiu 8,8% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com isso, o valor passou de R$ 2.752 em fevereiro de 2021 para R$ 2.511 um ano depois.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa também mostrou que a taxa de desemprego atingiu 11,2% no período e o número de desempregados chega a 12 milhões de pessoas.

Tipo de emprego
Os empregados com carteira assinada no setor privado aumentaram em 1,1% em relação ao trimestre anterior e em 9,4% na comparação anual (ou seja, com o trimestre encerrado em fevereiro de 2021).

Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas teve alta de 18,5% no ano.

Os trabalhadores por conta própria caíram na comparação com o trimestre anterior (-1,9%), mas subiu na comparação anual (8,6%), enquanto a quantidade de trabalhadores domésticos manteve estabilidade na comparação trimestral e subiu 20,8% no ano.

A taxa de informalidade foi de 40,2% da população ocupada, ou 38,3 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido de 40,6% e, no mesmo trimestre do ano anterior, 39,1%.

Subutilização
A população subutilizada, ou seja, os que estão desempregados, aqueles que trabalham menos do que poderiam e as pessoas que poderiam trabalhar mas não procuram emprego, ficou em 27,3 milhões, 6,3% abaixo do trimestre anterior e 17,8% menor do que um ano atrás.

A taxa composta de subutilização foi de 23,5%, abaixo dos 25% do trimestre anterior e dos 29,2% do trimestre encerrado em fevereiro de 2021.

A população desalentada, ou seja, aqueles que não procuraram emprego por vários motivos, mas que gostariam de ter um trabalho e estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência, chegou a 4,7 milhões de pessoas. O número manteve-se estável em relação ao trimestre anterior e caiu 20,2% na comparação anual.

O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (4,2%) registrou estabilidade frente ao trimestre anterior e queda ante o trimestre encerrado em fevereiro de 2021 (5,5%).

Já a população fora da força de trabalho chegou a 65,3 milhões de pessoas, alta de 0,7% quando comparada com o trimestre anterior e queda de 5% na comparação anual.

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Desempregado desde outubro, o estudante universitário Erisson Santana, 25 anos, vê o Censo Demográfico 2022 do IBGE como uma das principais oportunidades de obter renda em 2022. Isso porque, só na Bahia, o Censo vai gerar 14.290 vagas de emprego temporário, sendo 12.485 para recenseadores e 1.805 para agentes censitários.

Apenas na capital baiana, 2.936 postos de trabalho serão ocupados para a pesquisa, que vai selecionar os profissionais através de uma prova que teve o edital publicado nesta quarta-feira (15), no Diário Oficial da União, e tem inscrições abertas até às 16h de 29 de dezembro deste ano no site da FGV Conhecimento.

Antes deste edital, o IBGE já tinha aberto dois processos seletivos, que foram cancelados, devido a adiamentos do censo. O primeiro cancelamento foi em março de 2020 e o segundo, em outubro deste ano.

Oportunidade de renda

Erisson se inscreveu nos dois e se decepcionou quando soube do cancelamento. No entanto, não desistiu e fará a inscrição novamente para ter a chance de obter um emprego, mesmo que temporário.

"O desemprego está grande e é uma boa oportunidade de renda, mesmo que não seja algo duradouro. Tô sem trabalho desde que pararam de aferir a temperatura nos shoppings. Por isso, vou fazer duas provas: pra recenseador e pra agente censitário", conta ele, que quer maximizar suas chances.

O empenho em garantir mais possibilidades de conseguir a aprovação se dá pelo fato de que, com o salário pago pelo Censo, ele poderia se manter em Salvador. "Estou esperando há um tempo com atenção porque o dinheiro que posso receber trabalhando para o IBGE vai ajudar a me manter aqui na cidade estudando, seria essencial pra mim", fala.

Assim como para Erisson, uma vaga entre as pessoas que farão o censo acontecer seria importante financeiramente para Walysson Nazaré, 21, estudante de artes cênicas, como ele mesmo conta. "Como eu tô sem emprego, se eu conseguisse ser aprovado, ia ser muito bom pra mim. Representaria um avanço imenso e acho que seria fantástico", diz o estudante.

No entanto, para ele, a principal razão para se inscrever está na possibilidade de trabalhar diretamente com pessoas e aprender com isto.

"A minha meta é fazer muitos concursos, adquirir experiências e aprender com isso. Além disso, quando se fala em IBGE, me remete a trabalho com pessoas em pesquisa, o que me agrada muito. São esses os principais motivos para fazer a inscrição’, explica Walysson.

Como se preparar

Para quem quiser ser agente censitário no Censo, é preciso fazer a prova que é objetiva, tem caráter classificatório e eliminatório e não tem redação. Ao todo, dez perguntas de língua portuguesa, dez de raciocínio lógico, 15 de noções de administração e situações gerenciais, 20 de conhecimentos técnicos e cinco questões de ética no serviço público

Professor de língua portuguesa, Luís Alberto afirma que é preciso estar atento a como a Fundação Getúlio Vargas, responsável pela prova, costuma aplicar provas, Ainda segundo ele, é necessário refazer questões antigas comentadas para fixar os assuntos mais prováveis.

“É uma tática interessante para estar em dia com temas da gramática padrão como a pontuação, tempos e modos verbais, morfossintaxe, regência nominal e verbal, emprego da crase, colocação pronominal e outros assuntos dentro da gramática”, afirma ele, dizendo que a parte gramatical é o que mais cai, com menos questões interpretação de texto.

Já para os candidatos que vão atrás de uma vaga como recenseador, farão a prova no mesmo formato, só que com dez questões de língua portuguesa, dez de matemática, 25 de conhecimentos técnicos e cinco sobre ética no serviço público.

De acordo com Joangelo Souza, o conhecimento matemático cobrado neste tipo de prova remete ao que foi estudado no fim do Ensino Fundamental II e no início do Ensino Médio das escolas brasileiras.

"É um conteúdo mais genérico como lógica, estatística, probabilidade, porcentagem e regra de 3. Geralmente, são esses os principais assuntos que necessitam de uma rotina de estudos frequente para serem dominados", orienta ele, que já foi recenseador em 2011 e conhece a prova.

Carga horária e salários

Os recenseadores, que são os responsáveis pela aplicação do questionário do Censo nos domicílios, terão salário variável de acordo com a produção. A carga horária semanal recomendável é de 25 horas. A taxa de inscrição para a prova custa R$ 57,50. Os agentes censitários supervisionam o trabalho dos recenseadores. Eles têm a carga horária semanal de 40 horas e salário de R$ 1.700.

Já os agentes censitários municipais têm, entre suas atribuições, garantir a cobertura de sua área territorial, o cumprimento dos prazos e a qualidade das informações coletadas. A carga horária é de 40 horas e o salário, de R$ 2.100. O valor da taxa de inscrição para ambos os cargos é de R$ 60,50.

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A expectativa de vida no Brasil subiu para 76,8 anos em 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram publicados hoje (25) no Diário Oficial da União.

Para os nascidos em 2019, a expectativa era viver, em média, até 76,6 anos. Em cinco anos, a expectativa de vida subiu 1,3 ano, enquanto em dez anos houve um crescimento de 3,3 anos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no entanto, a idade foi estimada caso o país não tivesse passado pela pandemia de covid-19. Portanto, o IBGE não considera a crise de mortalidade provocada pela doença naquele ano.

De acordo com o IBGE, sem considerar os efeitos da covid-19, a expectativa de vida para os homens era de 73,3 anos em 2020. Já para as mulheres, a esperança de vida era de 80,3 anos, no ano.

O IBGE explicou que uma análise do aumento de óbitos acarretado pela pandemia para o Brasil e cada unidade da federação foi feita na publicação das Estatísticas do Registro Civil, na semana passada.

A expectativa de vida é parte da pesquisa chamada Tábuas de Mortalidade, que são calculadas a partir de projeções populacionais, baseadas nos dados dos censos demográficos.

“Após a divulgação dos resultados de cada Censo Demográfico, o IBGE elabora novas tábuas de mortalidade projetadas. As últimas tábuas foram construídas e projetadas a partir dos dados de 2010, ano de realização da última operação censitária no Brasil. Da mesma forma, um novo conjunto de tábuas de mortalidade será elaborado após a publicação dos resultados do Censo 2022, quando o IBGE terá uma estimativa mais precisa da população exposta ao risco de falecer e dos óbitos observados na última década”, informa nota do IBGE.

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O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Walderly Rodrigues, confirmou nesta sexta-feira (23) que o Censo Demográfico será adiado porque o Orçamento de 2021 não traz verbas para realização da pesquisa. "Não há previsão orçamentária para o Censo, portanto ele não se realizará em 2021. As consequências e gestão para um novo Censo serão comunicadas ao longo desse ano, em particular em decisões tomadas na Junta de Execução Orçamentária", afirmou, segundo o G1.

"As razões do adiamento foram colocadas no momento em que o Censo não teve o recurso alocado no processo orçamentário e, como falado aqui, novas decisões sobre alocação e realização do Censo têm a fase preparatória, serão comunicadas, sempre atentando para as orientações que, do ponto de vista da saúde, vierem determinadas pelo Ministério da Saúde", acrescenta o secretário.

No Congresso, a verba do Censo já tinha sido cortada de R$ 2 bilhões para R$ 71 milhões. Com esse valor, a realização da pesquisa era inviável, já havia dito o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável por conduzir o Censo. No início do mês, o IBGE já havia suspendido a realização de provas do concurso que selecionaria os recenseadores.

A direção do IBGE afirmou em março que sem o Censo 2021 as ações do governo para o pós-pandemia ficam fragilizadas. "Sem o Censo em 2021, as ações governamentais pós-pandemia serão fragilizadas pela ausência das informações que alicerçam as políticas públicas com impactos no território brasileiro, particularmente em seus municípios", afirma a presidente do IBGE, Susana Cordeiro Guerra, e o diretor de Pesquisas, Eduardo Rios-Neto, em artigo publicado pelo jornal "O Globo" e reproduzido na página do órgão.

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O vereador carioca Dr. Jairinho (Solidariedade) e Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, foram presos nesta quinta-feira (8). Segundo investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca), o menino foi assassinado no dia 8 de março.

Ainda de acordo com as investigações, Dr. Jairinho agredia o menino com chutes e golpes na cabeça e Monique sabia disso pelo menos desde fevereiro. Os dois também são acusados de tentar atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas para combinar versões do que aconteceu.

Os mandados foram expedidos nesta quarta-feira (7) pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. A prisão é temporária, por 30 dias.

Entenda o caso
O menino Henry Borel, 4 anos, deu entrada já sem vida em um hospital do Rio na madrugada do dia 8 de março, com vários ferimentos contundentes no corpo. O padrasto, o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), e a mãe, Monique, disseram que tinham achado a criança caída ao lado da cama, já desacordado.

A polícia já ouviu 18 testemunhas na investigação, incluindo a mãe, padrasto, o pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, e a avó de Henry, Rosângela Medeiros da Costa e Silva. Três médicas do hospital para onde o menino foi levado, vizinhos, a babá, a professora, a psicóloga e duas ex-namoradas de Jairinho também prestaram depoimento, entre outros.

A psicóloga que acompanhava Henry desde fevereiro foi a última a ser ouvida até agora. Ela contou que Monique a procurou relatando que o filho não queria ficar na sua casa e parecia ter dificuldades para se adaptar à separação dos pais. Ela fez cinco consultas com Henry, que segundo a profissional mostrava ter afeto pelos avós maternos e só falou de Jairinho uma vez, no último encontro.

Monique reclamou para a psicóloga também que o filho não queria mais ir para a escola, depois de 20 dias de aula. A professora do garoto foi ouvida também pela polícia, mas disse não ter notado nenhuma anormalidade na criança.

Na referência ao padastro, Henry disse apenas que morava com "um tio" na sua casa. Questionado, ele afirmou que era "Tio Jairinho", mas não deu sinais de ter medo do padrasto. Em seguida, disse que sentia saudades do pai.

Material apreendido
Na semana passada, 11 celulares e laptops de Monique, Jairinho e Leniel foram apreendidos pela polícia. Um dos aparelhos do casal teve mensagens de um aplicativo apagadas e agora peritos tentam recuperar.

Segundo o telejornal "RJ2", da TV Globo, uma análise preliminar nos aparelhos apontou que as mensagens foram apagadas em um dos celulares apreendidos que estavam na casa de Jairinho. Na casa de Monique, quatro celulares foram confiscados e, em ao menos um deles, também tem diversos diálogos suprimidos.

"Se apagaram ou não, não tenho essa informação. (...) Não conheço essa informação. E também não estranharia se apagasse porque é comum as pessoas apagarem as mensagens dos celulares. Eu, por exemplo, apago", disse o advogado André França Barreto, que representa o casal.

Depois da apreensão, na sexta, Barreto disse que Monique notou que o celular tinha sido invadido por um hacker e tentou registrar a ocorrência na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, mas por não conseguir fez o BO na Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) decidiu suspender as provas do processo seletivo para recenseadores e agentes censitários que vão trabalhar no Censo 2021. De acordo com o instituto, portanto, as provas não serão mais realizadas nas datas programadas no edital (18 e 25 de abril).

A decisão de suspender as provas foi tomada, segundo o IBGE, devido ao corte de 96% dos recursos previstos no Orçamento Geral da União para a realização do Censo Demográfico, previsto para este ano.

O IBGE destacou, no entanto, que o processo seletivo não foi cancelado e informou que avaliará, junto com o Cebraspe, empresa organizadora do concurso, um novo planejamento para aplicação das provas, a “depender de um posicionamento do Ministério da Economia acerca do orçamento do Censo Demográfico”.

O concurso para trabalhadores do Censo 2021 oferece cerca de 17 mil vagas para agentes censitários e 182 mil vagas para recenseadores.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) abriu 340 vagas temporárias na Bahia. As oportunidades estão espalhadas por 49 municípios, sendo 142 posições em Salvador e 198 fora da capital.

Do total de vagas oferecidas na Bahia, 312 são para Agente de Pesquisas e Mapeamento (APM), sendo 128 para Salvador e 184 para os outros municípios. As outras 28 vagas são para Supervisor de Coleta e Qualidade, com 14 na capital e 14 em demais municípios baianos.

Os dois cargos exigem Ensino Médio completo. A remuneração será de R$ 1.387,50 para os APMs e de R$ 3.100 para os Supervisores. Ambas as funções possuem jornada de trabalho de 40 horas semanais, sendo 8 horas diárias, além de previsão de duração de contrato de um ano, podendo ser prorrogado.

As inscrições para ambos os Processos Seletivos Simplificados com vagas na Bahia se iniciam nesta quinta-feira (11/03/2021), às 10h, e vão até 26/03/2021. A taxa de inscrição para Agente de Pesquisas e Mapeamento custa R$ 33,98. Já para as vagas de Supervisor de Coleta e Qualidade, o valor é de R$ 30,27.

As inscrições devem ser realizadas exclusivamente pelo site do Cebraspe, empresa organizadora da seleção. Lá também estão
os editais completos e o quadro de vagas detalhado por município.

As provas de ambos os PSS ocorrerão no dia 02/05/2021 e serão realizadas em todos os municípios onde há vagas.

Entre as atribuições do Agente de Pesquisas e Mapeamento estão a visitação a domicílios e estabelecimentos, ou o contato via telefone, para a coleta de dados das diversas pesquisas realizadas rotineiramente pelo IBGE. Também dão suporte à
atualização dos levantamentos geográficos que estruturam a execução das pesquisas, entre outras atividades.

Já o Supervisor de Coleta e Qualidade organiza, planeja e executa atividades previstas para as pesquisas e levantamentos. Também gerencia, acompanha e controla os trabalhos desenvolvidos nas agências de coleta e participa e atua como instrutor em
treinamentos.

Os contratados farão jus a auxílio alimentação, auxílio transporte e auxílio pré-escolar, assim como férias e 13º salário proporcionais. Para todas as funções há vagas reservadas a pessoas com deficiência e pessoas que se autodeclaram pretas ou pardas, dentro dos percentuais definidos na legislação.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reabriu o concurso para 204.307 vagas temporárias para a realização do Censo Demográfico 2021, com salários de até R$ 2.100. As vagas são para recenseador, agente censitário municipal e agente censitário superior. O Censo seria realizado no ano passado, mas foi adiado devido à pandemia.

Os salários variam de R$1.700 a R$2.100. São dois processos seletivos e os editais foram publicados nesta quinta-feira (18) no Diário Oficial da União. Os editais podem ser consultados aqui e aqui.

De acordo com os editais, para o cargo de recenseador, são 181.898 vagas. A remuneração por produção, de acordo com o número de domicílios visitados e questionários respondidos. Para agente censitário municipal são 5.450 vagas, com salário de R$2.100. E para agente censitário superior são 16.959 vagas, com salário de R$1.700.

Para a função de recenseador, a previsão de duração do contrato é de até 3 meses, podendo ser prorrogado mediante necessidades de conclusão das atividades do Censo e de disponibilidade orçamentária. A jornada de trabalho é de, no mínimo, 25 horas semanais.

Já para as funções de agente censitário, é exigido ensino médio completo. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais, sendo 8 horas diárias.

Os melhores colocados em cada município ocuparão a vaga de agente censitário municipal, que será o responsável pela coordenação da coleta naquela cidade. Os demais agentes censitários supervisionam as equipes de recenseadores. A previsão de duração do contrato é de até 5 meses, podendo também ser prorrogado.

Inscrições
As inscrições para as vagas de recenseador começam no dia 23 de fevereiro e vão até 19 de março, com taxa de R$ 25,77. E para as vagas de Agente Censitário Municipal (ACM) e Agente Censitário Supervisor, as inscrições começam nesta sexta-feira (19) e vão até 15 de março, com taxa de R$ 39,49.

As inscrições deverão ser feitas pela internet, no site da Cebraspe, que organiza os processos seletivos.

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A cegonha está demorando um pouco mais para chegar nas casas baianas. É que dos nascidos registrados em 2019 no estado, 31.510 tiveram como mães mulheres de 35 anos ou mais de idade. O número representa 16% dos recém-nascidos baianos do ano ou quase 2 em cada 10 nascimentos. A faixa etária das mães com idade igual ou superior a 35 anos foi a única com números maiores que em anos anteriores. Os dados são das Estatísticas do Registro Civil 2019 divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, no geral a quantidade de nascimentos caiu. Em 2019 a Bahia registrou 196.951 nascimentos, número 2,8% menor que o de 2018 (202.868) e o mais baixo desde 2001. Em Salvador, também houve a queda com o nascimento de 32.780 soteropolitanos em 2019, 2,2% a menos do que em 2018 (33.507). Todo o estudo é elaborado pelo IBGE a partir dos dados dos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais; das Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis; e dos Tabelionatos de Notas.

O único grupo em que houve incremento nos números na comparação de 2019 com 2018 foi justamente o das mulheres acima dos 35 anos. Na Bahia, o número de nascimentos cujas mães tinham 35 anos ou mais cresceu 3,2% frente a 2018. Em Salvador, o envelhecimento progressivo da fecundidade é mais intenso que no estado. Em 2019, 7.638 bebês registrados tiveram como mães mulheres de 35 anos ou mais de idade. O número cresceu 4,8% frente a 2018 (7.287) e representou 23,3% do total de registros no ano (frente a 21,7% em 2018).

Com relação ao resto do país, Salvador teve o maior percentual de bebês nascidos de mães de 35 anos ou mais de idade dentre as capitais do Norte-Nordeste e ocupou o quinto lugar no país. Ficou atrás apenas de Belo Horizonte/ MG (26,5%), Florianópolis/ SC (26,4%), Vitória/ ES (25,5%) e Porto Alegre/ RS (25,2%).

Carreira
Um dos mais de 7 mil nascimentos de 2019 na capital baiana foi o da pequena Liz Weisgerber Santana, que veio ao mundo em março. A mãe, a educadora Christel Weisgerber, teve a filha aos 37 anos. “Preferi antes focar na carreira e em todas as oportunidades que a gente pode se dar antes de ter um filho, como viajar para um curso ou sair do país a passeio. Foi realmente uma decisão esperar”, conta a mamãe, que é vice-diretora em uma escola. Outra questão foi a estabilidade financeira.

Quem trabalha atendendo as futuras mamães já tem sentido a mudança no perfil das gestantes desde antes de 2019. “Esse não é um fenômeno que começou em 2019. De uns quatro anos para cá a gente nota esse adiamento da maternidade. E a vida profissional é justamente a justificativa principal dessas mulheres. Essa busca profissional acaba interferindo também na própria constituição do casamento, de um relacionamento mais estável”, observa a médica ginecologista Fernanda Medeiros.

Ela conta que quando recebe pacientes que já passaram dos 30 anos, sempre questiona a questão da maternidade. Se a mulher já tem a maternidade nos planos, existem opções hoje em dia que garantem uma gestação mais segura mesmo com a idade um pouco mais avançada. “A vitrificação, que é o congelamento dos óvulos, é um procedimento que dá mais segurança. A procura tem sido cada vez maior. A partir dos 35 anos, a qualidade e quantidade dos óvulos cai acentuadamente e isso gera mais chances de, engravidando, a mulher vir a ter uma criança com alguma questão de saúde. O congelamento garante uma genética mais jovem mesmo que a gravidez venha mais tarde”, detalha a profissional, que atende nas Clínicas CAM e no Hospital São Rafael.

Apesar da maior garantia, o procedimento de congelamento também traz preocupações por precisar atingir a gestação de uma maneira não natural. “É um procedimento válido porque o óvulo tem a mesma idade da mulher. Mas só pelo fato de ser com processos artificiais, a gente já considera como uma gravidez de maior risco”, detalha Fernanda.

A idade da gestante, porém, segundo os especialistas, não é um marcador isolado de risco na gravidez. “As mulheres têm se cuidado bastante e, muitas vezes, há pacientes mais velhas que têm a saúde ótima. A gravidez vai ser de risco a depender do histórico dessa mulher”, explicou a médica.

Casamentos em Salvador recuaram 11,5%, diz IBGE

Além dos nascimentos, a pesquisa divulgada pelo IBGE ainda traz números relativos a casamentos, divórcios e guarda compartilhada. Entre as capitais, Salvador se destacou com a segunda maior redução percentual no número de casamentos registrados entre 2018 e 2019 e a terceira maior redução absoluta. Após três anos em alta, as uniões registradas na capital baiana recuaram 11,5%, passando de 16.471 em 2018 para 14.578 em 2019 (menos 1.893 casamentos).

Houve, no entanto, aumento da união entre pessoas mais velhas. Casamentos em que pelo menos um dos cônjuges tinha mais de 45 anos cresceram 4,2% em relação a 2018. Apesar desse aumento, os matrimônios baianos cresceram de modo geral depois de superar recordes sucessivos nos últimos cinco anos.

Em comparação com o ano anterior, a queda foi de 3% ou de menos 2.066 casamentos. A redução foi puxada pelos casamentos entre pessoas de sexos diferentes, que diminuíram de 68.335 para 66.232. Já os casamentos entre pessoas do mesmo sexo aumentaram pelo segundo ano consecutivo, de 288 em 2018 para 325 em 2019, um aumento de 12%.

O ano passado também foi de forte baixa para os divórcios, tanto na Bahia quanto em Salvador. No estado, em 2019, foram concedidos, pela Justiça ou por meio de escrituras extrajudiciais, 20.087 divórcios, 4.865 a menos do que em 2018 (-19,5%). O número representa a maior queda absoluta no número de divórcios no país, além de ter sido uma redução recorde para a Bahia. Em Salvador, na passagem de 2018 (6.013) para 2019 (5.159), a queda nos divórcios foi de 14,2% (menos 854 divórcios). Esse recuo ocorreu após cinco anos seguidos de aumentos nas dissoluções, que cresciam desde 2014 e foi o maior desde 2013 para a capital.

Em 2019, a guarda compartilhada seguiu crescendo. Dos 20.087 divórcios concedidos na Bahia, 8.800 foram de casais com filhos menores de idade. Desses, 33% adotaram o regime de guarda compartilhada, percentual acima do verificado em 2018, que foi de 31,6%. A adoção da guarda compartilhada continuou mais frequente no estado do que no país, onde o regime foi aplicado em 26,8% dos divórcios envolvendo crianças.

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São oito meses e meio de pandemia do novo coronavírus na Bahia e, seja por motivo de trabalho, necessidade ou para rever os amigos, os baianos estão indo mais às ruas na medida em que algumas atividades são flexibilizadas pelas autoridades públicas e de saúde. De setembro para outubro, 780 mil pessoas deixaram o isolamento social na Bahia, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (1).

A pesquisa aponta que é o segundo mês consecutivo que a queda entre quem estava rigorosamente isolado foi mais expressiva. Esse grupo reduziu 17,8% e passou de 3,214 milhões para 2,642 milhões de pessoas. Os que só saíam por necessidade também estão em menor número - de 6,396 milhões para 6,184 milhões. Com isso, a quantidade de baianos que flexibilizou o isolamento cresceu 12,5%, passando de 5,071 milhões em setembro para 5,705 milhões em outubro, isto é, mais 634 mil pessoas.

O mesmo acontece com aqueles que não fazem mais restrições. Estes somam agora 371 mil pessoas, frente a 214 mil em setembro - um aumento de 73,4%. Agora, a parcela que não cumpre o isolamento social soma 40,7%, percentual de 35,4% em agosto. Mesmo assim, a Bahia ainda é o segundo maior estado do Brasil com a maior proporção da população em algum nível de isolamento: são 59,1%, dentre os rigorosos e os que só saem por necessidade básicas. O maior percentual de isolamento é o de Sergipe, com 61,4%.

Enquanto isso, a curva de crescimento de novos casos da covid-19 voltou a subir no estado, após certo período de estabilidade. De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), a Bahia registrou 3.118 novos casos e 25 mortes de covid-19 nas últimas 24h, com uma taxa de crescimento de 0,8%. Desde o início da pandemia, são 8.293 óbitos, 406.189 casos confirmados, sendo 386.676 curados.

Segundo especialistas de saúde ouvidas pela reportagem, o aumento do número de casos está diretamente ligado com a quebra do isolamento e das recomendações, decretos e protocolos sanitários, que foram frequentes, por exemplo, nas campanhas políticas das eleições municipais de 2020. Aliado a isso, o comportamento da população face a flexibilização é de que “liberou geral”. Contudo, na visão das especialistas, a melhor prevenção ainda é se manter em isolado o máximo que possível e distante de aglomerações, além de sempre usar a máscara.

Cansada de ficar em casa

Foi em outubro que Cláudia Lima**, 26 anos, moradora de Feira de Santana, parou de ficar trancada em casa. Ela só saía por conta do trabalho, pois é psicóloga hospitalar, e inclusive foi infectada pelo novo coronavírus em julho deste ano. Mas, a ausência de vida social já estava no limite. "Cumpri a quarentena o máximo que pude. Pratiquei o isolamento social até os infernos mesmo não sendo risco. Mas eu cansei. Já ultrapassei o ponto de não interagir presencialmente", desabafou pelo Twitter.

A partir daí, Cláudia** começou a sair com as amigas aos domingos para tomar um café. “A gente reparou que não aguentava mais ficar isolada. A gente está em casa e sempre vê alguém numa festinha, na praia, e fica só aqui sacrificando nossa saúde mental e ninguém ligando”, reclamou a psicóloga. Nas saídas, ela pondera que evita aglomerações e mudam de rota quando o estabelecimento está cheio.

Já a estudante de geografia, Monique Silva, 26, saiu do isolamento social entre o final de outubro e início de novembro por motivos de saúde, para fazer exames. Ela mora em Salvador, no bairro Arenoso, mas passava a quarentena em Feira de Santana, no sítio da avó, onde só saía para o supermercado.

“Precisei quebrar o isolamento para fazer alguns exames e preferi ficar com meus pais em Salvador, estava sentindo falta”, contou a estudante. O pai dela, que é vendedor ambulante de sucos e refrescos, também precisou voltar à rotina de trabalho em outubro.

Apesar de os pais não serem grupo de risco, ela tem receio de sair de casa ou de contrair a covid-19 na rua. “Ainda está sendo uma paranoia, fico muito ansiosa, com medo de ser assintomática. São muitas coisas que passam na cabeça quando você sai, principalmente aqui no bairro que circula muito mais pessoas que no sítio e, agora que está aumentando o número de casos. A gente fica apreensiva, mas tentando se adaptar”, narrou Monique. Assim que acabar as consulta médicas, ela diz que voltará para o sítio em Feira.

No caso da jornalista Ingrid Aquilino, 27 anos, o isolamento nunca pôde ser cumprido com tanto rigor, justamente por conta do trabalho. “Sempre precisei sair pelo menos uma ou duas vezes por semana. Nunca consegui cumprir 100%”, afirma Ingrid. Em setembro, ela voltou ao trabalho presencial no escritório, onde é responsável pelo setor de marketing, todos os dias da semana.

Uma das suas principais dificuldades no retorno foi voltar a usar o transporte público. “No começo foi bem puxado. O baque maior foi quando a gente precisou voltar a enfrentar o ônibus e metrô, porque a vida parecia estar normal dentro dos transportes públicos. Hoje está mais tranquilo”, afirma. A jornalista também conta que tem saído por outros motivos, como para shopping centers e casas de amigos próximos, e raramente vai a restaurantes: “Ou você se acostuma ou vive no surto, então precisamos nos acostumar”.

Proteção efetiva

Para a diretora da vigilância epidemiológica da Sesab, Márcia São Pedro, o isolamento social é uma das medidas mais efetivas para conter a transmissão do novo coronavírus. “Quando a gente reduz o isolamento, as pessoas passam a circular em mais ambientes e pode aumentar o número de transmissão, tem uma probabilidade maior de uma pessoa contaminar outras pessoas”, pontuou a diretora. Além disso, ela ressalta que o problema não é descumprir o isolamento, e sim sair de casa sem cumprir os protocolos sanitários: “O cuidado e a responsabilidade precisam ser mantidos, porque a pandemia não passou”.

Ainda segundo Márcia, o crescimento do número de casos visto na Bahia é fruto das aglomerações e desrespeito às normas de saúde, principalmente durante o período eleitoral. “Nossos casos continuam acontecendo e agora está tendo um crescimento, que é reflexo das campanhas eleitorais. Alguns municípios não estavam fazendo teste, estavam fazendo aglomerações, passeata, carreatas, sem uso de máscara. Estamos sentindo um reflexo de um padrão comportamental que aconteceu há 15 dias”, explicou.

Já a médica infectologista da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, Adielma Nizarala, aponta que a flexibilização e a retomada das atividades comerciais foi entendida pela população de forma errada. “A flexibilização não foi entendida como uma flexibilização pela população. Flexibilizar não quer dizer liberar as pessoas para se aglomerarem, não usarem máscara. Ela acabou achando que estava tudo ok”, avaliou a especialista.

Adielma diz ainda que mesmo com a vacina, é preciso contar com o apoio dos cidadãos até que todos sejam imunizados. “Não temos como passar o resto da vida com as coisas fechadas e mesmo com a vacina, precisamos saber a imunidade que podemos ter, se ela vai ser duradoura”, analisou a infectologista. Até lá, ela pede que as pessoas tenham consciência. “Essa responsabilidade é compartilhada. O gestor tem o cuidado de oferecer as condições de saúde, mas sou eu que tenho que me prevenir e fazer a minha parte”, aconselha. As principais precauções ainda são o distanciamento social de pelo menos 1,5 metro, lavagem das mãos, uso de álcool em gel e máscara.

Outros dados da pesquisa

O levantamento do IBGE também mostrou que o número de estudantes sem atividades reduziu na Bahia, principalmente por conta do ensino fundamental e superior. Já no ensino médio, metade não teve atividades em outubro. Entre setembro e outubro, o percentual de estudantes que não tiveram nenhuma atividade escolar passou de segundo a quarto maior do país. Ainda assim, sete meses após o fechamento das escolas, 29,6% não tiveram nenhuma tarefa escolar, totalizando 1,044 milhão de alunos e alunas.

Além disso, a pesquisa constatou que, até outubro, 12,1% da população baiana (1,806 milhão) tinham sido testados para covid-19, o que representou 1,806 milhão de habitantes. O número cresceu em relação ao último mês, com mais 280 mil testes realizados - um aumento de 18,3% em relação a setembro. Dentre os testados, 1 em cada 5 pessoas testou positivo, isto é, 344 mil baianos.

Outro dado foi que a Bahia foi o estado com maior percentual da população com ao menos um sintoma de gripe no mês de outubro. Foram 754 mil pessoas na Bahia, o que representa 5% da população do estado.

**O nome foi alterado a pedido da fonte

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