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Partido dos Trabalhadores de Salvador pede cassação do registro político de Bruno Reis

Partido dos Trabalhadores de Salvador pede cassação do registro político de Bruno Reis

O diretório de Salvador do Partido dos Trabalhadores entrou com um pedido de investigação eleitoral contra o vice-prefeito, Bruno Reis, e o secretário municipal de Educação, Bruno Barral, acusados de abuso de poder político e econômico, além da captação ilícita de votos, em atos cometidos a partir de 23 de março. Nos pedidos, o PT solicitou a cassação do registro político de Bruno Reis e a inelegibilidade dos dois acusados por oito anos.

De acordo com inicial apresentada à Justiça, os dois têm promovido ilicitamente a candidatura de Bruno “em vistas ao pleito eleitoral vindouro”, em outubro deste ano, o que afronta a liberdade de voto da população. Por este motivo, o PT pediu ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) a cassação dos registros políticos dos dois.

O motivo do pedido feito pelo PT é, segundo o processo, o fato de o vice-prefeito, já na condição de pré-candidato ao cargo de gestor municipal, estar participando de atos que ultrapassam a sua função de secretário de Infraestrutura e Obras Pública de Salvador. O Partido dos Trabalhadores apresentou à Justiça o exemplo da presença de Bruno Reis na entrega de cestas básicas aos alunos da rede municipal

“Interessante notar, por oportuno, que as ações do governo municipal ficaram à cargo tanto da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza, e, neste caso específico (cestas básicas aos matriculados em creche), também à Secretaria Municipal de Educação (...) Em nada, absolutamente nada, ficou responsável o Sr. Secretário Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas, a não ser continuar cuidando das obras em andamento na cidade. Mas, diante da situação de pandemia, encontrou o Investigado uma forma de autopromoção com o objetivo de ilicitamente atrair a preferência da população local”, escreveu o PT.

Ainda como argumento, o PT afirmou que a presença de Bruno Reis em evento acontecido no dia 23 de março também não faz parte da atuação dele como vice-prefeito, uma vez que “na forma da Lei Orgânica Municipal, apenas poderia substituir o titular do Poder Executivo no caso de impedimento deste, ou via convocação para missões especiais”.

De acordo com a inicial, toda a movimentação de entrega das cestas básicas foi divulgada nas redes sociais dos investigados, com o intuito, segundo o PT, de “enaltecer as características pessoais para visibilidade pública do pré-candidato ao mandado eletivo de prefeito no município de Salvador/BA, promovendo sua imagem como bom gestor e, mesmo que implicitamente, criar no imaginário do eleitor a figura positiva do Sr. Bruno Reis, atrelando sua pessoa às suas atitudes solidárias e emergências para conter o ‘’Coronavirus’’”.

Já sobre Bruno Barral caiu a acusação de que, “visto ser titular da pasta de educação municipal e, portanto, valendo-se da máquina administrativa, proporcionou um ambiente favorável para que o Primeiro Investigado pudesse aparecer em caráter notável para os eleitores soteropolitanos, enaltecendo sua imagem e suas características pessoais para as disputas eleitorais que estão por vir”.

Fonte: BNEWS

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