Foi votado na última terça-feira (26) na Câmara dos Deputados, o texto da reforma política continua dividindo opiniões, principalmente com relação ao novo formato do sistema eleitoral. Com o encerramento dos trabalhos da comissão especial, que analisou o tema na Casa, a proposta segue diretamente ao plenário.
A grande disputa gira em torno da mudança do sistema de escolha de deputados federais, estaduais e vereadores, que busca instituir o chamado distritão. O modelo prevê que sejam eleitos os candidatos mais bem votados em cada Estado, pela ordem. Para Eric Pereira, presidente da juventude do PTN de Salvador, a aprovação do distritão prejudicará a participação dos jovens na política.
"Pode parecer o mais justo, mas o resultado será o fim da participação das minorias e da renovação no Congresso. O representante de um grupo minoritário, que defende a inclusão social de pessoas com deficiência, por exemplo, ou que milita no movimento LGBT, dificilmente estará entre os mais votados de um Estado. Portanto, jamais se elegeria com o distritão", destaca.
Uma das consequências que podem surgir com a aprovação do "distritão" é a elevação do custo das campanhas eleitorais, que já é um problema para os novos quadros. Segundo a pesquisa da Agenda Juventude Brasil, mais de 70% da população jovem do país possui interesse em participar da política, demonstrando um desejo de mudança do cenário atual.
"Estaremos no Centro de Cultura da Câmara de Vereadores de Salvador na manhã desta sexta-feira (29), onde acontecerá uma audiência sobre o tema, justamente para colocar em pauta os anseios da juventude com a reforma política", concluiu Eric.
Fonte: Ptn Jovem
