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Lídice critica votações que tentam dar 'troco' em governo: 'É preciso reduzir o conflito'

Lídice critica votações que tentam dar 'troco' em governo: 'É preciso reduzir o conflito'

A senadora Lídice da Mata (PSB) criticou o posicionamento de deputados que, durante votações importantes do Congresso Nacional, utilizariam seus votos para dar "um troco" no governo federal ao invés de se basear em uma motivação real para as pautas.

Segundo ela, o país vive um momento de dificuldade econômica e política, em que não há harmonia na construção de uma pauta legislativa. "Eu acho que é necessário que a razão se sobreponha à emoção. A política é feita de posicionamentos racionais, para construírem saídas em momentos de dificuldades para o país, e de posicionamento também emocional, na defesa de teses que emocionem a população.

Essas teses, no entanto, não podem ser submetidas à mesquinharia do debate entre oposição e governo. [...] É preciso reduzir o conflito entre governo e oposição para dar vazão a uma pauta que seja mais expressiva do interesse da população", defendeu. Em entrevista ao Bahia Notícias, Lídice comentou ainda a afirmação de que o vereador Joceval Rodigues (PPS) terá que "encontrar seu caminho" durante a fusão de seu partido com a legenda socialista. "Me perguntaram se eu tinha mandado recado pra alguém.

Eu não mandei recado pra ninguém.O jornalista me perguntou sobre a situação do vereador e eu disse que ela seria discutida dentro partido. Só que, pelo acordo que está sendo feito com o PPS e o PSB, 70% de participação na direção [será] do PSB e 30% do PPS. Ora, isso indica uma maioria de posições políticas", reafirmou. Ela negou que haja qualquer nível de agressividade na discussão com Joceval.

"O vereador é muito bem-vindo para conversar sobre suas posições com o PSB. Obviamente, há uma posição dissonante entre a posição atual do PSB, que tem dois vereadores na Câmara, e a do vereador. Teremos que encontrar um senso comum", explicou. De acordo com a senadora, em uma reunião realizada no último mês, o PSB reafirmou posições tomadas pela sigla, como a de que não serão um partido de oposição, mas de "posição de independência propositiva, e de que não estão alinhados com a campanha do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que não seria unanimidade nem nos partidos de oposição.

A socialista comentou, ainda, que fusões e incorporações anunciadas - como a de seu partido ou como a discutida entre DEM e PTB - jogam no sentido de uma reformulação partidária. Ainda assim, acredita que é importante se manter a liberdade partidária para o surgimento de novas siglas, desde que se tenha o número exigido de assinaturas que as apoiem.

"O que nós não podemos ter é como hoje temos no Congresso Nacional, em que menos da metade de sua representação é expressa por 28 partidos, enquanto dois ou três partidos preenchem a metade das cadeiras", criticou. Lícide avalia que deve haver uma representação das minorias partidárias, apesar de não acreditar que haja uma divergência ideológica que justifique a quantidade atual de partidos.

"O que preocupa a sociedade brasileira é a existência de um movimento, que vem se consolidando, que é a criação de siglas pequenas que depois se transformam em um verdadeiro mercado de venda de legendas no período do processo de organização das chapas partidárias", concluiu.

Fonte: Bahia Notícias

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