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Argôlo teria comemorado troca de cela que dividia com Andre Vargas

Argôlo teria comemorado troca de cela que dividia com Andre Vargas

Presos na 11ª fase da operação da Lava Jato os ex-deputados federais Luiz Argolo (SD) e André Vargas (ex-PT) dividiam a cela na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o último dia 10 de abril.

De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, Argôlo se queixava que o companheiro de cela passava a madrugada querendo conversar e não o deixava dormir. Como o político baiano queria colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente, comemorou a redistribuição dos presos feito esta semana pela PF em Curitiba.

Argôlo, segundo as investigações, recebeu, ao menos, R$ 1,2 milhão do doleiro Alberto Youssef, alvo central das apurações de corrupção na Petrobras. O ex-deputado baiano também seria sócio de Youssef na empresa de engenharia Malga. Segundo a polícia, o Argôlo e o doleiro trocaram 1.411 mensagens em um determinado período. A intimidade era tamanha entre os dois que o político tinha até um telefone exclusivo só para falar com Youssef com a conta paga pelo doleiro. Ele teria recebido pelo menos R$ 330 mil no esquema. E chegou a culpar a imprensa por não ter sido reeleito. O dinheiro chegou a ser entregue em seu apartamento funcional em Brasília durante o seu exercício como parlamentar.

Já Vargas, que foi vice-presidente da Câmara, foi cassado em 10 de dezembro de 2014. Vargas foi flagrado em telefonemas com o doleiro Alberto Youssef. O doleiro pagou um voo para que o ex-petista fosse com sua família para João Pessoa (PB) no início de 2014. Investigações da Operação Lava-Jato mostraram que Vargas teria auxiliado o laboratório Labogem a conseguir uma parceria com o Ministério da Saúde. O laboratório era usado pelo doleiro para o envio ilegal de recursos ao exterior, como já admitiram os proprietários da empresa.

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