Sexta, 03 Maio 2024 | Login
Após dois anos de subnotificação, casos de meningite aumentam 197% na Bahia

Após dois anos de subnotificação, casos de meningite aumentam 197% na Bahia

Febre, dores de cabeça e no pescoço, náuseas, torcicolo. Por vezes, parece uma gripe ou resfriado - geralmente, quando é um quadro viral. Em outras situações, pode levar até à dificuldade para encostar o queixo no peito ou manchas vermelhas pelo corpo. De acordo com o Ministério da Saúde, esse é um indicativo de que os riscos de infecção generalizada são grandes.

De tempos em tempos, ela - a meningite - toma conta do noticiário por surtos em algumas localidades. Agora, o alerta é porque, depois de dois anos de subnotificação devido à pandemia da covid-19, de janeiro de 2022 até o dia 10 de dezembro, houve um aumento de 197% de casos confirmados de todos os tipos de meningite na Bahia em comparação a todo o ano de 2021 (396 contra 133). As mortes pela doença também cresceram: foram de 25 em 2021 para 66 em 2022, o que representa um incremento de 164%.


O que está por trás desse aumento, segundo a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), é justamente a subnotificação, que aconteceu também com outras doenças durante o período mais agudo da pandemia.

"Além das medidas de isolamento, de todas as medidas para minimizar a transmissão, a gente teve uma subnotificação também de casos da rede. Teve um momento em que o mundo inteiro estava mais voltado ao controle da covid-19", diz a coordenadora de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis do órgão, Vânia Rebouças. "Quando a gente faz uma comparação com os anos antes da pandemia, não observa aumento", acrescenta.

De acordo com o Ministério da Saúde, a meningite é considerada uma doença endêmica no Brasil, o que significa que há casos durante todo o ano, mas com surtos e epidemias ocasionais. Em geral, as meningites bacterianas são mais comuns no outono-inverno, enquanto as virais ocorrem mais na primavera e no verão.

"O que mais interessa para a vigilância é a questão das meningites bacterianas, pelo potencial de gravidade e transmissibilidade das doenças. Depois delas, as virais. Para as bacterianas, temos vacinas. Para as virais, não. Com elas, o tratamento é da sintomatologia", explica Vânia.

Ainda assim, em comparação ao período anterior à pandemia, ela ressalta que não houve aumento significativo. De fato, em 2018 e 2019, o número total de casos foi de 381 e 409, respectivamente. A meningite meningocócica, que é uma infecção bacteriana aguda com alta letalidade, seria um dos exemplos disso: em 2022, foram 10 casos confirmados no estado, enquanto houve 25 e 41, respectivamente, entre 2018 e 2019.

"É preciso manter a vigilância constante porque casos de meningite podem ser potencialmente graves. Então, (o aumento) é um agravo que é endêmico, o que significa que, hoje, não tem nenhum surto de meningite na Bahia. Não podemos comparar dados epidemiológicos com os anos da pandemia, porque foi atípico, além das próprias medidas de isolamento social, como o uso de máscaras, que teve a diminuição de circulação de vírus e bactérias" , garante a coordenadora.

Ou seja, as medidas de prevenção da covid-19 também podem ter contribuído para a redução das notificações de alguns tipos de meningite, de acordo com a neurologista Roberta Kauark, médica preceptora da residência em neurologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes) e doutoranda em Ciências da Saúde.

“Nas bacterianas, de modo geral, o contágio é respiratório, por gotículas. Então, se você faz essa prevenção por máscaras, também reduz, além da subnotificação”, explica a neurologista.

Crianças
A meningite é uma inflamação das meninges, que são membranas que revestem e protegem o sistema nervoso central, incluindo o cérebro. Embora as bacterianas e virais sejam mais conhecidas, elas podem ser provocadas também por fungos e até por traumatismo. As crianças normalmente são as mais acometidas pela doença, ainda que não sejam as únicas.

Quando a meningite é de origem bacteriana, pode gerar danos permanentes ao cérebro, como explica o médico pediatra Reinan Tavares, doutorando em pediatria pela Universidade de São Paulo (USP).

“O cérebro é um órgão vital, que regula diversas das nossas funções, como andar, correr, falar, se comunicar, se alimentar, trazendo consequências para o resto da vida. Além disso, (a infecção) tem potencial de gerar desorganização nos outros órgãos, com o prejuízo de todo o funcionamento do corpo, podendo levar até à morte”, explica.

No caso das crianças, essa se torna uma faixa etária mais propensa por ter um sistema imune que pode estar em desenvolvimento, a depender da idade. Isso significa que não necessariamente uma criança teria condições de lidar com a infecção da mesma forma que um adulto teria. “Uma criança com meningite grave pode ficar com quadro de paralisia cerebral. Essa é uma das coisas que difere (a doença) no adulto da criança”.

Uma eventual queda na cobertura vacinal, segundo o pediatra, pode tanto ter impacto na incidência de casos quanto na gravidade deles. “Isso é muito preocupante em termos de saúde pública, porque a nossa população fica mais vulnerável como um todo”, acrescenta Tavares.

A letalidade das meningites bacterianas é maior, como explica a neurologista Roberta Kauark. “Pode desenvolver e culminar no óbito em muito pouco tempo, tanto que a gente utiliza disso na hora de desconfiar da etiologia. A meningocócica é a que tem a letalidade maior, mas a pneumocócica pode trazer mais sequelas permanentes, como a surdez. Por isso, a preocupação é grande”.

Tipos e tratamento
Há cinco tipos de meningite identificados pelos especialistas, sendo elas a meningite viral, meningite bacteriana, meningite fúngica, meningite eosinofílica e meningite asséptica. Contudo, a infectologista Clarissa Cerqueira acredita que as meningites infecciosas podem ser classificadas em dois grandes grupos, que são as meningites virais e as meningites bacterianas, dada a frequência de ocorrências.

As meningites virais costumam ocorrer no verão, são mais comuns e geralmente mais leves. Elas são causada por vírus, sendo os principais os enterovírus, como o Coxsackie e o poliovírus, o vírus Epstein-Barr e o vírus do herpes. Nesse último, a infecção causada é chamada de meningite herpética, sendo um pouco mais grave do que os outros tipos de meningites virais.

Já as meningites bacterianas são ocasionadas pela inflamação das meninges em razão da ação de bactérias como Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis e Haemophilus influenzae. Clarissa Cerqueira alerta que essa é a meningite mais grave. "O paciente pode evoluir ao óbito em algumas horas ou alguns poucos dias", aponta.

Para diferenciar as meningites virais das meningites bacterianas, é preciso realizar o exame do líquido cefalorraquiano (líquor). Isso porque, apesar de terem gravidades distintas, os sintomas de ambas meningites não apresentam diferença significativa.

"Os sintomas são basicamente febre, dor na nuca com dor de cabeça. E tem um sinal, que é aquilo que nós observamos no exame físico que o médico faz. É o sinal que chamamos de rigidez de nuca, que é a dificuldade em fazer a flexão do pescoço ou dor ao fazer a flexão do pescoço. Então, o paciente tendo dor de cabeça, dor na nuca e estando com febre, isso aí é um quadro suspeito de meningite. Com quadro suspeito, tem que fazer exame do líquor para saber se é viral ou bacteriana", orienta a infectologista.

Clarissa destaca que a principal forma de prevenção é a vacinação. Ela pede que os pais levem as crianças para tomar a vacina meningocócica, pneumocócica e Haemophilus influenzae tipo B, que fazem parte do calendário vacinal infantil, para protegê-los dos casos mais graves de meningite. O tratamento da doença em seu tipo viral recorre a antivirais em casos mais graves, enquanto o tipo bacteriano costuma fazer uso de antibióticos.

Nos casos de meningite fúngica, causada normalmente pelo fungo Cryptococcus sp. e Coccidioides sp e comum de acontecer em pessoas com baixa imunidade e idade avançada ou doenças crônicas, a recomendação médica, além de repouso, pode incluir o uso de antimicrobianos. Já a meningite eosinofílica, considerada rara e causada por ingestão de carne de animais parasita Angiostrongylus cantonensis, pode trazer outros sintomas, para além dos tradicionais relacionados a meningite, como náusea e vômito. O tratamento também deve incluir o uso de antimicrobianos e reforço do sistema imunológico.

Por fim, a meningite asséptica, considerada não infecciosa, é uma doença benigna, autolimitada e geralmente causada por um vírus contido em organismos. Ela pode incluir todos os tipos de meningite que não envolva bactérias. "A meningite viral é um tipo de meningite asséptica. É aquele que não conseguimos achar um agente etiológico, que pode ser, inclusive, medicamentosa, decorrente de um quadro inflamatório. As alterações no líquor são bem semelhantes", esclarece Clarice. A doença é tratada apenas com repouso e medicamento para controlar os sintomas.

Vacinação
Em outros estados, a queda da vacinação tem sido apontada como uma das razões para o aumento de casos de meningite em 2022. No entanto, na Bahia, como o perfil de ocorrência tem se mantido o mesmo em comparação aos anos anteriores à covid, não é uma das principais causas, na avaliação de Vânia Rebouças, da Sesab. Nos últimos anos, a cobertura vacinal de crianças têm caído de forma geral e preocupado pediatras e epidemiologistas.

“Hoje, na rede pública, temos dois tipos de vacina. Uma é a da meningite C, que está no calendário básico, com a primeira dose aos três meses de idade, a segunda aos cinco meses e um reforço a partir de um ano”, diz Vânia. Na Bahia, 71,37% das crianças menores de um ano estão imunizadas.

O Ministério da Saúde ampliou esse reforço para pessoas até 10 anos, se elas não tiverem histórico de vacinação, mas, na Bahia, a faixa etária foi esticada até os 19 anos, 11 meses e 29 dias, de acordo com avaliação do perfil da população. Profissionais de saúde também estão sendo contemplados com a ampliação, ainda que já tenham recebido alguma dose antes.

Além disso, desde o ano passado, há o imunizante ACWY, que protege contra quatro sorotipos da meningite, no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa vacina também é indicada para adolescentes de 11 e 12 anos, considerados “potenciais transmissores”. Entre esse público, a cobertura vacinal no estado é de 36,09%.

“O calendário de vacinação protege as crianças e a resposta é muito eficaz nos primeiros cinco anos, mas, depois, começa a ter um pouco de reincidência. Por isso, o Ministério da Saúde observou que seria importante uma dose de reforço para os adolescentes, até porque acabam sendo portadores assintomáticos”, continua.

Já a vacina contra a meningite B, que, por enquanto, está disponível apenas na rede privada, também é indicada para crianças a partir dos seis meses.

Em Salvador, as vacinas contidas no calendário vacinal infantil federal estão disponíveis nos 161 postos de saúde da rede municipal, conforme informação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Além da vacina, outra forma de prevenção é a quimioprofilaxia, mas apenas para contactantes de casos confirmados. “O diagnóstico é feito através da coleta do liquor. Você pode suspeitar, mas só através da coleta que é definido, quando tem a análise e é detectada a presença do patógeno”, diz a neurologista Roberta Kauark.

Itens relacionados (por tag)

  • Clínica oferece 300 mamografias gratuitas para pacientes de 40 a 70 anos em cidades da Bahia

    Em meio às celebrações do Dia Internacional da Mulher, em março, a clínica CAM vai oferecer 300 mamografias gratuitas para pacientes de 40 a 70 anos. A ação do grupo Oncoclínicas foi idealizada pela mastologista Carolina Argolo e chega ao terceiro ano consecutivo.

    O trabalho é fruto de uma parceria com a rede de postos Shell através da campanha "Meu Combustível Salva".

    “O nosso objetivo é aumentar o acesso de pacientes ao exame de rastreamento, conscientizar a população sobre a importância da prevenção e contribuir para o combate ao câncer de mama”, afirma a médica da CAM, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia.

    Podem se inscrever para a realização do exame pacientes de 40 anos a 70 anos de idade nas seguintes condições:

    que tenham realizado mamografia há um ano ou mais (ou nunca tenham realizado o exame)
    que sejam usuárias do SUS

    As interessadas devem fazer o agendamento no último sábado de fevereiro através do telefone (71) 3512-8600. Os exames serão feitos nas unidades da clínica em Salvador (Itaigara e Canela) e Lauro de Freitas.

    Em casos de resultados suspeitos, as pacientes serão encaminhadas para diagnóstico final (biópsia) e tratamento no Hospital Aristides Maltez.

    Importância do diagnóstico precoce
    Ao longo de 10 meses, a clínica disponibiliza ainda mais mamografias gratuitas — são duas mil, no total.

    A CAM justifica a iniciativa ao considerar a dificuldade de acesso ao exame no sistema de saúde do país. A mamografia é a forma mais eficaz de diagnóstico precoce do câncer de mama.

    “O exame de mamografia salva vidas, pois é capaz de identificar nódulos muito pequenos, quando eles ainda não são palpáveis”, explica Carolina Argolo. A especialista lembra que o diagnóstico em fase inicial aumenta em 90% a chance de cura.

    Além disso, o início do rastreamento aos 40 anos reduz a mortalidade em 10 anos em 25% dos casos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

    Campanha Meu Combustível Salva
    Todas as pessoas que abasteceram seus veículos com gasolina V Power, por meio do aplicativo Shell Box durante o último mês de outubro, contribuíram automaticamente com a doação de mamografias. A iniciativa é parte da campanha “Meu Combustível Salva”, vigente na Bahia e em Sergipe.

  • Após 15 anos, educador social reencontra irmão durante Carnaval de Salvador

    Um abraço longo e emocionado uniu o vendedor ambulante Vitor da Silva, de 42 anos, ao educador social Joaquim Donato dos Santos Júnior, 36 anos, neste Carnaval de Salvador 2024, colocando fim a uma busca que já durava 15 anos. Os dois são irmãos e haviam se encontrado pela última vez em 2009, no enterro do pai deles.

    O reencontro ocorreu na manhã de sexta-feira (9), durante o segundo dia de Carnaval de Salvador. Vitor atuava como vendedor ambulante e catador no Carnaval e Joaquim, que atua como educador social, estava no primeiro dia de plantão do Catafolia, base de apoio para catadores montada pela Prefeitura de Salvador.

    Vitor resolveu ir à base do Dois de Julho para tomar um café. Ao chegar na base, Vitor ouviu a voz de Joaquim e o abordou. Imediatamente, Joaquim perguntou: “É você? Vitor?”. Ao tempo que Vitor perguntou se era Júnior. Depois disso, os dois se abraçaram por um longo tempo e choraram.

    “Eu tive esse privilégio de encontrá-lo depois de 15 anos. O último momento que nos encontramos foi em 2009, no enterro de nosso pai. Foi um momento de tristeza, mas graças a Deus nos reencontramos depois de muita busca minha por ele”, contou Joaquim.

    O Catafolia, local em que os dois se reencontraram, é uma das duas bases de apoio montadas pela Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) para catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Durante o Carnaval, para cada espaço, são disponibilizadas 400 vagas por dia pela Prefeitura. Na estrutura, os catadores têm acesso a café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, além de sanitários químicos e atendimento médico.

    “O que está tendo um significado maior na minha vida hoje é, primeiramente Deus e depois a minha família. Ele me reencontrou neste lugar. Eu nunca imaginei que fosse encontrar com ele aqui dentro, uma pessoa que trabalha com outras que vivem nas ruas. Ele tem esse olhar cuidadoso para quem vive na rua e isso é muito importante, pois quem vive na rua também é ser humano”, disse Vitor.


    Separação – A história de Vitor é marcada por muitos altos e baixos. Filho de Joaquim Donato e de Ana Paula Silva, ele foi criado por uma tia, pois a sua mãe morreu após o parto e o pai não quis cuidar do filho, história muito parecida com o enredo da novela Renascer, obra de Benedito Ruy Barbosa que atualmente está tendo um remake. Esse foi um dos traumas que o empurrou para o alcoolismo.

    “O meu pai também era alcoólatra, bebia muito. Depois entrou para a igreja e parou, mas Deus levou ele. Eu não tive uma infância muito boa. Por causa do meu problema com o alcoolismo, a minha mãe de criação me colocou para dormir na laje, no relento, me cobrindo com pano de chão. Dormi nas ruas por cinco meses. Mas eu sempre pensei que um dia daria a volta por cima e a minha volta por cima começou há nove anos, quando conheci a minha esposa e hoje mãe da minha filha”, contou.

    Joaquim Donato Júnior e Vitor são os únicos filhos vivos de Joaquim, pai. Eles perderam dois irmãos de forma trágica. A irmã Ana Paula morreu atropelada e o irmão Marcos morreu afogado. Vitor chegou a morar um período com Joaquim e o pai, mas devido a uma briga de família, saiu de casa. Após o enterro do pai, os irmãos não se viram mais, e como Vitor não tem redes sociais e nem tinha aparelho celular à época, foi muito difícil o reencontro.

    Busca – A tentativa de encontrar Vitor, foi um dos aspectos que motivou Joaquim Donato a trabalhar como educador social. Ele entrou no Consultório nas Ruas, um serviço da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), e em alguns momentos fez buscas por Vitor nos bairros de Itinga, Sete de Abril e Castelo Branco, mas não o encontrou.

    “Eu fiquei sabendo que ele estava se reunindo com outras pessoas dependentes de álcool no Largo do Caranguejo, em Itinga, no ‘sindicato’, como as pessoas costumam chamar esses grupos aqui em Salvador. Também soube que ele andou um tempo nas ruas e em Centros de Recuperação, por isso fiz essas buscas por esses bairros, mas sem sucesso”, contou.

    Encontro – Joaquim está no Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) da Sempre desde 19 de janeiro, há menos de um mês. “No momento em que eu me candidatei para a vaga, o meu objetivo era trabalhar com a população em situação de rua, na esperança de encontrar o meu irmão. Foi assim, que no meu primeiro plantão do Catafolia, eu o encontrei e quase não acreditei”, contou.

    “O momento foi muito emocionante, eu só fiz chorar bastante. O choro foi de felicidade, de alegria. Eu cheguei em casa sem acreditar, estatelado. Falei com a minha mãe, ela também não acreditou, aí mostrei a foto dele e da filha dele, foi aí que ela já pediu para marcar um dia para eles irem na nossa casa”, descreveu Joaquim.

    “No momento que eu o encontrei, eu já estava meio sem acreditar, mas como a nossa fé vem de lá de cima, Deus nos uniu de novo e ninguém vai nos separar. E se hoje eu estou tendo a oportunidade de contar a minha história, é graças ao Serviço Social. Ninguém faz esse trabalho, a não as pessoas que trabalham com a atenção social e com o morador de rua. Essa é uma história de superação. Eu já passei fome também e já dormi no relento, eu sei o que é isso, mas Deus colocou vocês aqui para nos ajudar. A função de vocês, incluindo a do meu irmão, é ajudar o povo. A minha vida agora é só agradecer. Eu sou muito grato”, agradeceu Vitor.

    Os planos dos irmãos agora são se manter unidos e fortalecidos. “O que eu mais queria era esse encontro e agora Vitor pode ter certeza que eu vou ajudá-lo no que precisar. E a minha sobrinha, que eu nem sabia que tinha, já é o meu xodó”, contou Joaquim, que mora apenas com a mãe e não tem filhos.

  • Americanas abre quase 400 vagas temporárias na Bahia para a Páscoa

    A Americanas está recrutando funcionários para vagas temporárias na Páscoa. Do total, 393 vagas são para atuação em lojas da Bahia. Em todo o país, a empresa abriu mais de 6 mil vagas para o período, para o cargo de operador de loja.

    As vagas da Bahia estão distribuídas nas cidades de Salvador, Alagoinhas, Amargosa, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Cachoeira, Caetité, Camacan, Camaçari, Camamu, Campo Formoso, Candeias, Catu, Conceição do Coité, Conceição do Jacuípe, Cruz das Almas, Dias D'ávila, Entre Rios, Esplanada, Euclides da Cunha, Eunápolis, Feira de Santana, Gandu, Guanambi, Ibotirama, Iguaí, Ilhéus, Ipiaú, Ipirá, Irará, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Itamaraju, Itaparica, Itapetinga, Jacobina, Jaguaquara, Jequié, Juazeiro, Lauro De Freitas, Livramento Nossa Senhora, Luís Eduardo Magalhães, Maraú, Mata De São João, Monte Santo, Nova Pojuca, Nova Viçosa, Paulo Afonso, Porto Seguro, Presidente Tancredo Neves, Queimadas, Remanso, Ribeira do Pombal, São Gonçalo dos Campos, Santa Luz, Santa Maria da Vitória, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Santo Estevão, Seabra, Senhor do Bonfim, Serrinha, Simões Filho, Santa Cruz de Cabrália, Teixeira de Freitas, Tucano, Ubaitaba, Ubatã, Valença e Vitória da Conquista.

    O perfil procurado pela empresa é de pessoas com idade a partir de 18 anos, ensino médio completo e perfil dinâmico, ágil e resiliente para atuar como operador de loja. Entre as atividades estão o atendimento ao cliente, operação de caixa, organização de itens nas gôndolas, parreiras de ovos de Páscoa e suporte à operação de retirada, na loja, de pedidos feitos pelo site e app da Americanas.

    As oportunidades não exigem experiência prévia e os interessados devem ter disponibilidade para trabalhar entre fevereiro e abril.

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.