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Portadores de HIV podem impedir transmissão do vírus aos filhos

Portadores de HIV podem impedir transmissão do vírus aos filhos

Técnicas de reprodução humana rompem cadeia de transmissão do vírus da AIDS

Até o final da década de 80, quem tinha o vírus do HIV não tinha chances de sobrevivência e muitos morreram por consequência da AIDS.

Com o advento das drogas antirretrovirais que, quando combinadas, mostraram-se extremamente eficazes no controle da doença, os pacientes soropositivos tiveram um aumento da taxa de sobrevida e possibilidades de pensar no futuro e, hoje em dia, podem também ter filhos livres do vírus HIV.

“Graças aos avanços da Medicina Reprodutiva o sonho de interromper a transmissão de doenças de pais para filhos é possível, pois existem técnicas para evitar o contagio tanto por parte do pai, quanto por parte da mãe” – comenta Dra. Isa Rocha, especialista em reprodução humana do IVI Salvador.

O Ministério da Saúde estimativa que 734 mil pessoas vivam com o HIV em território nacional. Destas, 589 mil (80%) estão diagnosticadas (dados de 2013), ou seja ainda em torno 117 mil brasileiros não sabem que são portadores do vírus da AIDS. “Por isso, antes de ter filhos o casal de deve fazer uma revisão geral de sua saúde e identificar possíveis doenças que podem afetar seus descendentes”, alerta Dra. Isa.

Rompendo a cadeia de transmissão do HIV

Quando a mulher é soropositiva pode ser realizada a inseminação artificial ou a fertilização in vitro, para evitar o contato sexual do casal. A decisão por uma ou outra técnica caberá ao médico especialista, dependendo da avaliação do casal. Durante a gestação, para evitar a transmissão vertical (que acontece da mãe soropositiva para o bebê), a mulher deverá continuar com o tratamento para que o bebê não seja contaminado por via placentária.

Quando se trata de um homem portador do vírus, o processo de lavagem do sêmen possibilita às mulheres soronegativas com homens soropositivos gerarem, a partir do espermatozoide do marido, filhos sem o vírus. A técnica consiste na seleção dos espermatozoides e introdução diretamente dentro do óvulo.

Essa técnica, conhecida como ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide) permite que apenas um espermatozoide entre em contato com o óvulo. “Com a técnica de ICSI o risco de transmissão do vírus é desprezível” - assegura Dra. Isa - “Temos realizado com sucesso estes tratamento nas clínicas do grupo IVI”.

Vale lembrar que, no caso do HIV, tanto o homem quanto a mulher que desejam se submeter a tratamentos como estes devem estar em dia com a administração dos antirretrovirais, ter os níveis de carga viral indetectável e, ainda, um acompanhamento médico especializado e rigoroso.

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