Quinta, 02 Maio 2024 | Login

Esperança e alívio foram os sentimentos de pais ao redor do Brasil quando souberam, em agosto, que poderiam vacinar os filhos de 3 e 4 anos contra a covid-19. Na Bahia, a liberação significa a imunização de mais de 410 mil crianças, sendo necessário o envio de 744 mil doses para esquema completo do público-alvo. Desde o anúncio do Ministério da Saúde (MS), no entanto, o estado recebeu apenas uma remessa com 71 mil doses do imunizante, o que representa apenas 9,5% do necessário, segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Do total enviado, 57.851 (14,09% do público-alvo) receberam a primeira dose e apenas 18.395 crianças (4,48%) completaram o esquema vacinal, mostra o Painel Vacinação Covid-19 da Sesab. Ao todo, a vacinação alcançou 76 mil crianças da faixa etária na Bahia, mais do que a pasta federal enviou. A Sesab explica que isso é possível porque o estado realizou levantamento dos estoques disponíveis no território e havia cerca de 200 mil doses aptas para concluir os esquemas vacinais primários iniciados com o imunizante enviado.

Embora não tenha dados sobre a busca e a quantidade de doses nos postos de vacinação municipais, a Sesab diz que já fez pedidos da CoronaVac à pasta nacional para atender à demanda e não recebeu retorno. Sem novas remessas, a Secretaria aponta para a suspensão da vacinação por conta do número de doses insuficientes.

O cenário de interrupção já vem acontecendo em outros estados. No Rio de Janeiro, Distrito Federal e em ao menos 11 municípios do Rio Grande do Norte, postos pararam de aplicar a primeira dose. Em São Paulo, está disponível apenas para crianças com comorbidades, deficiências ou indígenas. Isso em um momento em que especialistas alertam para uma nova onda da doença no Brasil, já que os Estados Unidos e países da Ásia e da Europa estão tendo um aumento no número de casos de covid.

Salvador e Feira de Santana têm um público maior que o número de doses recebidas, mas ainda seguem com estoque disponível e, portanto, vacinando sem restrições à espera de nova remessa da Saúde.

Até o momento não houve remanejamento de doses para que não haja falta devido à baixa procura pelas vacinas, ou seja, apesar da quantidade inferior ao necessário distribuída ao estado, a adesão à vacinação infantil não esgotou os lotes.

Quem ainda não vacinou o filho de 4 anos, Davi, foi a autônoma Rosana do Nascimento, 33. Ela conta que, com exceção da vacina para covid, o calendário vacinal da criança está completo e ainda pretende levar o pequeno para ser vacinado, no entanto, o pai de Davi, Roberto, ainda tem dúvidas quanto à Imunização infantil. Rosana, Roberto e Rebeca, de 11 anos, estão vacinados para a covid-19. A fim de resolver o impasse, a autônoma marcou consulta com o pediatra para o próximo mês.

“Da sala dele, a professora disse que a maioria [dos alunos] não foi vacinada. Outros amigos dessa faixa etária também não estão vacinados. Todos por esse motivo das pessoas falando muito dessas vacinas. Acabou ficando aquele medo”, justifica. “A gente não vê, nem ouve falar mais em covid. Mas uma criança morta já é muito. Eu acho que deveria falar mais sobre a vacina. Falta informação", acredita.

Infectologista e professor na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Robson Reis salienta que as vacinas para covid-19 são eficazes, seguras e avaliadas por agências de saúde. O médico reconhece que é possível aparecer reações adversas, mas para a faixa de idade entre 3 e 4 anos os sintomas costumam ser leves.

Já para crianças que não foram imunizadas, o risco de complicações da covid é maior, visto que há possibilidade de evoluir da mesma forma que o quadro clínico em um adulto, com comprometimento pulmonar e podendo ir a óbito, alerta Reis. Só no Brasil, entre 4 de setembro e 1 º de outubro, 437 crianças foram hospitalizadas por complicações da covid, sendo que 17 mortes pela doença foram registradas entre menores de 5 anos.

“A vacinação contra doenças infecciosas acaba sendo uma importante arma para defender a criança. Em relação à covid, a mesma coisa, as vacinas se mostraram eficazes e seguras”, garante.

Segundo o Ministério da Saúde, a aquisição de novas doses leva em conta o ritmo de vacinação do público e avanço do número de doses aplicadas, que atualmente está em cerca de 40% em todo país, ou seja, em índice menor que a metade.

Ainda assim, a pasta está em tratativa com laboratório para aquisição de mais doses para o público de 3 e 4 anos, mas não informou data para novas remessas da CoronaVac, único imunizante autorizado pela Anvisa à faixa etária na Bahia.

Apenas 4% das crianças na faixa etária estão imunizadas contra covid-19 na Bahia

Pior que a taxa de crianças entre 3 e 4 anos vacinadas com a primeira dose da covid-19 (14%), está a da segunda dose (4,64%). Dados da Sesab revelam que do público de 410.459 apenas 19.046 estão com a dose de reforço e, portanto, com o esquema vacinal completo. Dos 417 municípios do estado, 231 estão zerados na vacinação para a faixa etária.

A professora Juliana Roullet, 38, levou a filha Júlia Roullet, 4, e conta que estava ansiosa para a criança ser imunizada e a levou para tomar a primeira dose logo em agosto. No entanto, a família tem encontrado dificuldades para completar o esquema vacinal. “A segunda dose está em atraso. Ela [Júlia] teve gastroenterites, crise de sinusite e emendou dois ciclos de antibiótico nesse período após a primeira dose. Estamos aguardando estabilizar o quadro”, afirma.

Júlia é uma criança com síndrome de Down e, logo, imunossuprimida, Mesmo assim não teve reação à CoronaVac, destaca a mãe. A preocupação de Juliana é com o contato da filha com crianças não vacinadas. “Por se tratar de vírus, quanto maior a circulação viral, ele pode sofrer mutações e afetar pessoas imunizadas contra outras variantes”, diz.

O infectologista Robson Reis ressalta que a eficácia vem a partir do esquema vacinal completo. “A dose de reforço é o que vai trazer aquele percentual de proteção publicado nos artigos científicos.”

Confira informações para vacinação de crianças entre 3 e 4 anos em Salvador e Feira de Santana:

Salvador

A Prefeitura Municipal de Salvador, por meio da Secretaria de Saúde, segue com a campanha de aplicação dose da vacina contra a Covid-19 nesta sexta-feira (4).

1ª DOSE DE CRIANÇAS DE 03 E 04 ANOS – 08 ÀS 16 HORAS

Postos fixos: USF Lealdina Barros (Vale da Muriçoca), CSU Pernambués, UBS Sergio Arouca (Paripe), USF Bom Jesus dos Passos, USF Ilha de Maré e USF Paramana.

2ª DOSE DE CRIANÇAS DE 03 A 11 ANOS – 08 ÀS 16 HORAS

Postos fixos: USF Lealdina Barros (Vale da Muriçoca), USF Menino Joel (Nordeste de Amaralina), USF Curralinho, UBS Cosme de Farias, UBS Manoel Victorino (Brotas), CSU Pernambués, USF Cajazeiras V, USF Cajazeiras XI, UBS Péricles Cardoso (Barbalho), USF Gamboa, UBS Virgílio Carvalho (Bonfim), USF Joanes Centro Oeste, UBS José Mariane (Itapuã), USF Mussurunga I, UBS Maria Conceição Imbassahy (Pau Miúdo), Multicentro Liberdade, UBS Cecy Andrade (Castelo Branco), USF João Roma Filho (Jardim Nova Esperança), USF Luiz Braga (Pirajá), UBS Sergio Arouca (Paripe), USF São Tomé de Paripe, USF Colinas de Periperi, USF Alto da Terezinha, USF Beira Mangue, USF Bom Jesus dos Passos, USF Ilha de Maré e USF Paramana.

Crianças acompanhadas por pai ou mãe: devem estar com nome no site da SMS e apresentar originais e cópias do documento de identificação com foto do pai ou da mãe que estiver presente, original e cópia do documento de identificação da criança, e originais da caderneta de vacina e cartão SUS de Salvador da criança.

Crianças desacompanhadas do pai ou da mãe: devem estar com o nome no site da SMS e acompanhada por outra pessoa maior de 18 anos com Formulário de Vacinação preenchido e assinado pelo genitor da criança (pai ou mãe), cópia do documento de identificação com foto do responsável pela assinatura no documento, mais original e cópia do documento de identificação da criança, além dos originais da caderneta de vacina e do cartão SUS de Salvador da criança.

Feira de Santana

Em Feira de Santana, as doses do imunizante estão disponíveis em 104 salas de vacina, localizadas nas unidades de saúde da zona urbana e rural, que funcionam de segunda a sexta-feira.

1ª e 2ª DOSE DE CRIANÇAS DE 03 E 04 ANOS

As unidades vinculadas ao programa Saúde na Hora, tem funcionamento ampliado das 8h às 21h. São elas: Campo Limpo I, V e VI; Liberdade I, II e III; Queimadinha I, II e III; Parque Ipê I, II e III; Videiras I, II e III; Rua Nova II, III e Barroquinha. A criança só pode ser vacinada na presença dos pais ou de um responsável legal. Para isso, é obrigatório apresentar o cartão SUS, CPF, RG ou certidão de nascimento e caderneta de vacinação.

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O primeiro anticoncepcional masculino está sendo desenvolvido e tem previsão de ficar pronto em 12 meses. Cientistas do Instituto Indiano de Tecnologia estão realizando o contraceptivo Risug (Inibição Reversível do Esperma Sob Controle).

Segundo informações do site O Globo, o período da vacina pode durar até 10 anos. Os últimos testes realizados em humanos teve 97% de eficácia, sendo observados durante seis meses em 300 voluntários.

A injeção foi considerada melhor que a tradicional vasectomia, por ser menos invasiva, dolorosa e reversível. Risug danifica, com seu gel, as caudas dos espermatozoides individuais, impedindo a fecundação no óvulo. Caso o paciente queira reverter, basta outra injeção com água e bicarbonato de sódio.

A vacina é dada após uma anestesia local no escroto antes das aplicações. Há relatos de inchaço temporário e dor escrotal inguinal leve, na região da virilha, mas que foram resolvidos nos voluntários em questão de um mês.

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Para manter o estoque de bolsas de sangue considerado seguro e atender as demandas semanais dos hospitais do SUS e conveniados, o ideal é que o Hemob receba mensalmente cerca de quinze mil voluntários. No entanto, no mês de agosto, só 12.878 candidatos compareceram para doação, sendo 9.846 bolsas coletadas. Diante do estoque crítico, principalmente no interior do estado, a Fundação Hemoba convida os voluntários para a doação de sangue.

No mês de julho, foi registrado um incremento de 15% na produção de hemocomponentes para atendimento das solicitações hospitalares, mas apesar deste aumento o estoque continua com nível baixo. “Após o atendimento das demandas transfusionais, o recomendado é que tenhamos em nosso estoque de segurança todos os tipos sanguíneos suficientes para sete dias. Atualmente, o estoque de segurança para os tipos O+ e O- é apenas de 48 horas”, declara Luiz Catto, diretor geral da Hemoba. A transfusão de sangue é regularmente usada em casos de cirurgias, traumatismos, tratamento contra câncer ou outras doenças, como a anemia.

Na Bahia, são 27 unidades fixas de coletas da Hemoba, sendo seis na capital e 21 no interior. Em Salvador, há o Hemocentro Coordenador (Av. Vasco da Gama), que funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 7h30 às 18h, e aos sábados, das 7h às 12h30. Nos shoppings Salvador e Salvador Norte, o atendimento ocorre de segunda-feira a sábado, das 9h às 18h; nos hospitais do Subúrbio e Ana Nery, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30. Já no Hospital Irmã Dulce, a coleta funciona de segunda a sexta-feira, das 7h10 às 11h30 e das 13h às 16h. Para conferir o horário de atendimento no interior do estado, acesse o site: http://hemoba.ba.gov.br

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Uma em cada três pessoas não mais usam máscaras de proteção facial em nenhum local no Brasil, revela pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e realizada pelo Instituto FSB, que foi divulgada nesta segunda-feira (29). Segundo a pesquisa, de abril a julho, o índice dos que deixaram de usar a proteção quase dobrou, saindo de 17% para 32%.

Entre os que continuam com o hábito, adquirido depois do surgimento da pandemia da covid-19, a adesão às máscaras continua, principalmente em locais fechados. De abril a julho deste ano, o percentual de brasileiros que disseram usar máscaras apenas em locais fechados manteve-se estável (de 53% para 52%) e o dos que usam a proteção tanto em locais fechados quanto abertos caiu de 29% para 16%.

A tendência de deixar de usar a proteção facial acompanha a percepção da população sobre a a obrigatoriedade: do total de entrevistados, apenas 6% disseram que, em sua cidade, o uso de máscaras continua obrigatório em lugares fechados e abertos contra 37% que disseram que o uso é obrigatório.

“Diante de um cenário de menor gravidade da pandemia, com alta cobertura vacinal da nossa população e redução dos casos, as atividades econômicas estão retornando ao ritmo normal e o mercado de trabalho começa a se recuperar. Mas é importante que a população continue atenta aos índices de covid-19 e, sempre que preciso, mantenha os cuidados necessários para evitar uma nova onda, por todos os seus impactos na sociedade”, destaca o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Adesão voluntária

Mesmo sem obrigatoriedade, no transporte público, a maioria, 55%, continua usando o equipamento de proteção.

Uma boa adesão também foi registrada em supermercados, ambiente em que 49% dos entrevistados disseram usar o acessório.

Família

Quando o foco é onde as pessoas menos usam máscaras, 75% dos entrevistados disseram que dispensam a proteção em encontros com amigos e parentes. O uso também é dispensado em espaços de compras, como comércio de rua (34%) e shopping centers (33%). Já no ambiente de trabalho 31% continuam a usá-las.

A CNI realiza pesquisa sobre a situação da pandemia de covid-19 no Brasil e o comportamento da população desde o início de 2020. Para a pesquisa divulgada hoje, as entrevistas foram realizadas de 23 a 26 de julho. O Instituto FSB ouviu presencialmente 2.008 cidadãos, nas 27 unidades da federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

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O primeiro caso confirmado da varíola dos macacos em bebês com menos de um ano no país foi registrado na Bahia. A criança que testou positivo para o vírus monkeypox é de Conceição do Jacuípe, município localizado na região metropolitana de Feira de Santana. O bebê tem dois meses e começou a apresentar os primeiros sintomas da doença no último dia 5 de agosto.

O caso foi confirmado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) no boletim do dia 6 de agosto. A Sesab não informou ao Estadão "o estado de saúde e demais informações referentes ao paciente".

Nesta terça-feira (23), a Bahia confirmou 40 casos da doença em todo o estado. Ao todo, são 31 em Salvador, 2 em Santo Antônio de Jesus; 1 em Cairu; 1 em Conceição do Jacuípe; 1 em Feira de Santana; 1 em Ilhéus; 1 em Juazeiro; 1 em Mutuípe e 1 em Xique-Xique. O estado conta ainda com 98 casos suspeitos e que aguardam diagnóstico laboratorial.

No início do mês, o secretário municipal da Saúde (SMS), Décio Martins, confirmou que uma criança de 2 anos está entre os casos confirmados de monkeypox na capital baiana.

Segundo bebê
Além do caso na Bahia, outro bebê de apenas dez meses, que mora em São Paulo, começou a apresentar sintomas no último dia 11. A doença se manifestou pela febre e pelas lesões de pele características, mas a Secretaria Municipal da Saúde afirma que ele apresenta quadro clínico estável e sem agravamentos, e está em isolamento domiciliar.

Casos sobem 767% em um mês
O Brasil teve um aumento de 767,7% no total de pacientes confirmados com a varíola dos macacos no último mês e é a 3ª nação com mais casos. Em 20 de julho, o Ministério da Saúde contabilizava 449 pessoas infectadas, enquanto o balanço geral desta terça-feira (23) tem 3.896 diagnósticos positivos.

Ainda no dia 20 do mês passado, o Brasil não tinha nenhum caso confirmado de varíola dos macacos em crianças e adolescentes até 19 anos. Outra mudança nesse período foi o aumento de diagnósticos entre as mulheres. Apesar de a maioria dos pacientes ainda ser do sexo masculino (93,6%), a proporção de mulheres infectadas aumentou de 1,4% para 6,8%.

A principal faixa etária dos pacientes também mudou e, hoje, é a dos 20 aos 29 anos, que corresponde a 44,2% do total de casos. Já os casos entre pessoas de 30 a 39 anos, que eram maioria no mês passado, agora representam 19,9% do todo.

Como o Estadão mostrou, o surto da varíola dos macacos tem causado uma nova onda de perseguição contra pessoas LGBT+, especialmente homens gays e bissexuais. Não à toa, 69,4% das pessoas que se infectaram pelo vírus preferiram não declarar a orientação sexual.

Ainda assim, entre os pacientes que escolheram preencher esse campo na hora do atendimento, a incidência maior continua entre os homossexuais (21,3%), seguidos de heterossexuais (5,5%).

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As pessoas surdas com suspeita ou diagnóstico de transtornos mentais leves já passam a contar com o Serviço de Psicoterapia Bilíngue, implantado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) no Multicentro de Saúde Liberdade. Com um psicólogo especialista na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), a iniciativa visa ampliar a acessibilidade nos serviços de saúde municipais, dentro da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência.

“O serviço chega como um avanço na inclusão da pessoa surda à rede de atenção à saúde, com a oferta de Psicoterapia com profissional bilíngue, melhorando assim a qualidade da assistência em saúde para esta população em Salvador”, declarou o gestor da SMS, Decio Martins.

Para ter acesso ao serviço, é necessário que o paciente surdo passe por triagem na Associação Educacional Sons no Silêncio (Aesos), na Rua Alberto Fiúsa, 502, Imbuí, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h; ou no Centro Docente Assistencial de Fonoaudiologia (Cedaf) da Ufba, na Avenida Reitor Miguel Calmon, s/n, Canela, às quartas-feiras pela manhã. Os documentos necessários são RG, CPF, Cartão SUS, comprovante de vacinação contra Covid-19 e audiometria, se houver.

Após o acolhimento e triagem em um desses serviços, ao ser identificado no perfil de atendimento do Serviço de Psicoterapia Bilíngue, o usuário será encaminhado com data e hora marcada para o Multicentro Liberdade, na Rua Lima e Silva, 240, Liberdade.

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O Dia D das campanhas de imunização contra poliomielite e da multivacinação, para atualização do esquema vacinal de crianças e adolescentes, será neste sábado (20), das 8h às 17h, em Salvador. Serão 125 pontos de vacinação em todas as regiões da cidade. A lista pode ser consultada no site da Secretaria Municipal da Saúde.

A estimativa é que mais de 152 mil crianças menores de 5 anos componham a estratégia contra pólio e a meta para a campanha contra a poliomielite é vacinar pelo menos 95% das crianças menores de 5 anos que residem no município. Até o momento, pouco mais de 2,5 mil crianças menores de cinco anos compareceram aos postos para imunização.

De acordo com a coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Doiane Lemos, essa é mais uma oportunidade de pais e responsáveis regularizarem a situação vacinal das crianças e adolescentes que residem na capital. “Temos praticamente duas semanas que iniciamos as estratégias na cidade e a busca pelos imunizantes ainda é bastante tímida. Nossa expectativa é que, no Dia D, os pontos de vacinação apresentem uma procura significativa. O intuito é evitar a transmissão de doenças que são imunopreveníveis em nossa cidade”, enfatizou.

No caso da multivacinação, são esperados 497 mil jovens com idade inferior a 15 anos para a atualização do calendário de imunização. No entanto, até o momento, apenas 6 mil jovens entre zero e menores de 15 anos de idade buscaram os postos de saúde.

Proteção
Há duas vacinas contra a pólio disponíveis no calendário de vacinação. A VIP (vacina inativada pólio), administrada por via intramuscular, é preferencialmente destinada a crianças no primeiro ano de vida. Já a VPO (vacina pólio oral), também conhecida por ser a vacina da gotinha, é utilizada como reforço nas campanhas anuais de vacinação.

Na multivacinação estão disponíveis todas as vacinas do calendário básico voltado a crianças e adolescentes menores de 15 anos. Dentre os imunizantes estão a tríplice viral, tetraviral, DTP, HPV quadrivalente, meningocócica conjugada (ACWY), Pneumocócica 10 e BCG.

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Começam no Brasil nesta segunda-feira (8) duas campanhas de vacinação – uma contra a poliomielite com foco em crianças menores de 5 anos e outra para atualizar a caderneta vacinal dos menores de 15 contra diversas doenças.

A iniciativa do Ministério da Saúde visa contornar as baixas taxas de vacinação no país e será realizada até o dia 9 de setembro. Cerca de 40 mil postos de vacinação estarão abertos para aplicar as doses das 18 vacinas previstas pelo calendário nacional para esse público.

Como mostrou o g1, somente no ano passado, as principais vacinas previstas no calendário infantil tiveram índices abaixo de 73%, enquanto a faixa de cobertura recomendada gira em torno de 90% e 95%.

Poliomielite: crianças menores de 5 anos
A campanha nacional contra a pólio busca alcançar crianças menores de 5 anos que ainda não foram vacinadas com as primeiras doses do imunizante (que é aplicado as 2, 4 e 6 meses de idade, via injeção intramuscular) ou que ainda não tomaram as doses de reforço.

Esse reforço, previsto pelo Calendário Nacional de Vacinação, é aplicado aos 15 meses e aos 4 anos de idade. São essas vacinas que são aplicadas via oral. A meta do Ministério é alcançar 95% desse público.

A doença, também chamada de paralisia infantil, tem certificado de erradicação no país desde 1994, mas a baixa cobertura vacinal nos últimos anos preocupa especialistas.

Segundo os últimos dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde consultados pelo g1, a cobertura contra a poliomielite no Brasil não chegou ainda aos 50% do público-alvo neste ano.

No site do Ministério da Saúde, é possível consultar o calendário de vacinação de 2022 bem como a idade de aplicação recomendada para todas as vacinas previstas no Programa Nacional de Imunização (PNI).

A ausência da Caderneta de Vacinação não é um impeditivo para se vacinar. O Ministério orienta a quem perdeu o documento procurar o posto de saúde onde as vacinas foram aplicadas para resgatar o histórico de vacinação e fazer a segunda via.

Multivacinação de crianças e adolescentes
No caso da campanha de multivacinação, o Ministério da Saúde espera atualizar o esquema previsto pelo PNI para crianças e adolescentes menores de 15 anos.

As vacinas que estarão disponíveis nos postos de vacinação são contra a hepatite, pneumonia, rotavírus, febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, HPV, difteria, meningite, entre outras.

O Ministério da Saúde explica que, para crianças com mais de três anos de idade, esses imunizantes poderão ser administrados de maneira simultânea com a vacina contra a Covid-19 ou durante qualquer intervalo de aplicação.

A pasta ressalta que todos os imunizantes são seguros e estão registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Uma semana após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar a vacinação para crianças de 3 a 5 anos contra a infecção covid-19, apenas Salvador e Camaçari começaram a vacinação desse público. As demais 415 cidades - o que equivale a 99,5% do total de 417 municípios baianos - não possuem doses suficientes para imunizar os pequenos.

Os municípios também aguardam que o Ministério da Saúde (MS) emita nota com orientações para a imunização desse público. As prefeituras estão esperando o documento para elaborarem, junto com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), o planejamento para o serviço.

Por meio de nota, a Sesab informou que a última vez que recebeu doses de CoronaVac do MS foi em 24 de fevereiro deste ano, quando uma remessa de 770.800 doses chegou ao estado. As vacinas enviadas em fevereiro foram distribuídas aos municípios e utilizadas no público-alvo acima de 5 anos.

Segundo a pasta, a Bahia tem armazenadas 80 mil doses, o que é insuficiente para atender o público-alvo de 3 e 4 anos, estimado em 410.459 pessoas no estado. "Destacamos que o Ministério da Saúde ainda não emitiu Nota Técnica sobre o imunobiológico: o intervalo entre as doses permanece 28 dias? A dose é a mesma utilizada nas outras faixas etárias? A recomendação para a imunização de imunossupressos maiores de 5 anos é que seja utilizado o imunobiológico da Pfizer. As crianças de 3 e 4 anos devem utilizar a CoronaVac ou aguardar alguma recomendação especial? O estoque disponível deve ser utilizado inteiramente como primeira dose, sendo assegurada a segunda dose em tempo hábil pelo Ministério da Saúde ou deve-se reter 50% para assegurar as duas doses?", enumerou a Sesab.

A secretaria acrescentou que "não há informações sobre novas remessas" e que "a Central Estadual tem 81.390 doses armazenadas e aproximadamente 50 mil nas Centrais Regionais". O levantamento por município, ainda está sendo realizado.

Etapas do processo

A Anvisa autorizou a CoronaVac em crianças a partir de 3 anos no dia 13 de julho. O imunizante é produzido no Brasil pelo Instituto Butantan. Esse público receberá a mesma dose que é aplicada na faixa de 5 a 17 anos e nos adultos. O presidente do Conselho Estadual de Saúde, Marcos Sampaio, explicou que após a liberação, existem 2 etapas:

“O Ministério da Saúde precisa emitir a nota informando quais as orientações para a aplicação das doses, quando as novas remessas serão enviadas e qual será a quantidade. Com base nas informações os municípios definem estratégias”.

Ele disse que a Sesab está fazendo o levantamento de quantas doses da CoronaVac existem no estoque. Enquanto isso, os moradores do interior aguardam para imunizar as crianças mais novas.

Em Cachoeira, no recôncavo, a agricultora Janete Oliveira, 55 anos, tem dois netos em idade de receber o imunizante e afirma que está bastante ansiosa. “Todo mundo na minha casa já tomou a vacina, faltam apenas meus netos. A gente fica com medo, porque perdemos dois amigos para a covid”, disse.

Moradores de cidades mais populosas, como Lauro de Freitas e Feira de Santana, também estão apreensivos. As duas cidades informaram que estão aguardando o parecer do Ministério da Saúde.

A coordenadora de Imunização de Vitória da Conquista, Patrícia Fernandes, contou que são cerca de 11 mil crianças nessa faixa na cidade. “Temos doses da CoronaVac em estoque, mas não o suficiente para atender todo esse público, porque as doses estão sendo usadas para imunizar também o público comum, junto com a Pfizer. Estamos aguardando essa nota técnica para levantar as doses necessárias”, explicou.

A Secretaria de Saúde de Juazeiro informou, em nota, que aguarda a autorização e posicionamento do Núcleo Regional de Saúde Norte. E Itabuna disse que espera pela reunião da Comissão Intergestora Bipartite (CIB) para definir os critérios, cronograma e repasses de doses.

Nota Técnica

Às 21h desta terça-feira (19), o Ministério da Saúde divulgou a Nota Técnica sobre a imunização das crianças de 3 a 5 anos. Segundo a recomendação, o processo deve começar pelas crianças dessa faixa-etária imunocomprometidas e depois, as crianças com 4 anos, seguidas daquelas de 3.

O intervalo entre a 1ª e a 2ª doses da CoronaVac deve ser de 28 dias. A pasta recomenda que, para o público a partir dos 5 anos, seja aplicada a vacina da Pfizer, já aprovada para a faixa de 5 a 11 anos.

A nota do MS, no entanto, não estabelece prazo para envio de novas doses e diz que a pasta está em "tratativas com o Instituto Butantan".

Salvador e Camaçari

Antes de liberar a tão esperada Nota Técnica na noite de ontem, o Ministério da Saúde havia divulgado para a imprensa que recomendava aos municípios e estados a utilização “dos estoques [de CoronaVac] existentes nos estados e municípios. No entanto, o Ministério da Saúde segue em tratativas para aquisição de novas doses. A decisão será formalizada em nota técnica aos estados, bem como o cronograma de entrega de doses adicionais”, diz o informe.

A prefeitura de Camaçari, na Região Metropolitana, começou a vacinar as crianças de 3 a 5 anos nesta terça-feira mesmo. No dia anterior, Salvador tinha dado início a essa imunização e aplicou 659 doses. A capital tem 94 mil soteropolitanos na faixa de 3 a 5 anos e distribuiu a vacina em 37 postos, que funcionam das 8h às 16h. Até esta terça, 1.764 crianças tinham sido imunizadas.

O presidente do Conselho Estadual de Saúde, Marcos Sampaio, explicou que os municípios têm autoridade para agir, mas que o recomendável seria esperar a nota do Ministério da Saúde e a reunião na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para planejar de forma conjunta as estratégias.

“As prefeituras têm autonomia para decidir e a gente espera que elas tenham em estoque a quantidade necessária para as duas doses, a segunda tem que ser aplicada 28 dias após a primeira, mas o melhor é sempre fazer em conjunto, como estava sendo feito desde o início [da vacinação] para que nenhuma criança fique sem uma das doses”, disse.

Em nota, a Secretaria da Saúde de Salvador informou que decidiu começar a vacinação após a publicação de nota encaminhada para a imprensa pelo Ministério da Saúde com a recomendação da abertura da estratégia usando os estoques existentes nos estados e municípios. Disse também que tem estoque, mas que aguarda envio de novas remessas.

“A SMS ressalta que a decisão do começo imediato da vacinação foi após a aprovação pela Anvisa, seguindo o propósito de salvar vidas e assegurar a proteção dessa população contra o agravamento viral, evitando assim, hospitalizações. Vale destacar ainda que a pasta municipal realiza a reserva técnica da dose complementar (2ª dose) para o público infantil que iniciou o esquema vacinal”, disse o órgão.

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O prefeito de Salvador Bruno Reis (UB), disse em entrevista coletiva que não há indícios de que haja transmissão comunitária da varíola dos macacos na capital baiana. Segundo o gestor, os contaminados são "casos isolados".

"Trata-se de uma pessoa que veio de Fortaleza, então contraiu a doença lá no Ceará, outro que veio da Itáia. Os dois casos estão isolados, tratados e monitorados para não terem contato com outras pessoas para não haver transmissão", disse o prefeito em entrevista coletiva nesta sexta-feira (15).

O segundo caso da doença foi confirmado nesta quinta-feira (14), um dia após o primeiro caso de paciente infectado ser atestado em Salvador.

O diagnóstico do segundo infectado do estado foi confirmado pelos centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Salvador. Trata-se de uma pessoa que mora em Salvador e fez uma viagem internacional recentemente.

Além dos dois casos já confirmados, há mais quatro notificações da doença na capital baiana, que ainda são tratadas como suspeitas e estão sob investigação. Um outro caso que estava sendo analisado já foi descartado.

Todos os pacientes com suspeita estão isolados e são monitorados por unidades de saúde, bem como pessoas que tiveram contato próximo com eles.

A varíola dos macacos é causada pelo vírus Monkeypox. Considerada uma zoonose viral, do gênero Orthopoxvirus, da família Poxviridae, ela é parecida com a varíola humana, que foi erradicada em 1980. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.

O paciente infectado geralmente sente os sintomas por 2 a 4 semanas, e eles podem ser divididos em dois períodos. Do primeiro ao quinto dia da doença, é normal ter febre, dor de cabeça, dor muscular, dor das costas e forte sensação de fraqueza. Além disso, entre o dia 1 e 3 da infecção, bolhas começam a surgir no corpo do paciente, junto com febre.

A erupção tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.

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