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A vacinação contra covid-19 deve começar para crianças ainda em janeiro na Bahia, informou a Secretaria da Saúde (Sesab) em nota. A previsão depende do envio dos imunizantes por parte do Ministério da Saúde, que ainda não informou oficialmente a data das remessas.

"A previsão é que as doses cheguem ainda na segunda quinzena de janeiro", diz a nota. A Sesab diz que fará a distribuição para os municípios assim que receber as vacinas e caberá a cada cidade definir a logística para aplicação dos imunizantes.


“A vacinação de crianças depende da chegada das doses, que a gente tem a previsão de que aconteça na segunda quinzena. A gente gostaria que fosse até antes, porque no início de fevereiro as férias acabam e as aulas presenciais nas escolas voltam, mas estamos trabalhando com o planejamento a partir deste período", comentou a secretária interina de Saúde, Tereza Paim, em entrevista à Piatã FM.

Ela falou também do momento complicado que vive o sistema de saúde do estado, com casos de covid e H3N2, além do flurona, quando a pessoa tem a infecção simultânea dos dois vírus.

“É um momento jamais imaginado, porque ainda estamos no curso de uma pandemia, ainda tentando vacinar por completo a população contra a covid e para completar uma sazonalidade antecipada de gripe, que deveria vir em março, após o Carnaval. A gente associa esse novo surto a um desastre ambiental terrível, que são as enchentes”, disse.

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O gerente de Incidentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), Abdi Mahamud, afirmou que a nova variante do coronavírus encontrada na França está sendo monitorada "de perto" pela entidade.

"Esse vírus teve altas chances de infectar desde novembro, quando foi identificado", disse o gerente em uma coletiva de imprensa em Genebra (Suíça). Dessa forma, segundo Mahamud, até agora, a cepa ainda não representou uma grande ameaça.


Quanto à ômicron, Mahamud destacou que a variante continua se espalhando rapidamente, sendo que a maioria dos países está vendo um alto número de casos e poucas mortes. De acordo com ele, a vacinação continua sendo essencial principalmente para as populações vulneráveis.

 

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A variante Ômicron do SARS-CoV-2 pode já ser o vírus de mais rápida propagação de toda a história. A informação foi dada pelo médico infectologista norte-americano, Roby Bhattacharyya, do Hospital Geral de Massachusetts. A nova cepa é dominante em várias nações do mundo e está levando à explosão do número de casos de covid-19.

O médico e pesquisador fez um cálculo entre a Ômicron e o sarampo, um dos vírus mais contagiosos. Ele concluiu que, num cenário de ausência de vacinação, um caso de sarampo daria origem a mais 15 casos em apenas 12 dias. Já um caso de Ômicron daria origem a 216 casos no mesmo período. A estimativa significa que, em 35 dias, a Ômicron poderia atingir 280 mil pessoas, enquanto o sarampo afetaria 2.700.

No entanto, num cenário em que a maioria da população está vacinada ou já teve covid-19, o especialista estima que um caso de Ômicron dê origem a apenas mais três casos, número semelhante ao do vírus original, ausente de mutações.

Essa previsão continua, mesmo assim, preocupante, podendo ser comparada à transmissibilidade do SARS-CoV-2 quando apareceu inicialmente e começou a propagar-se, num momento em que não havia vacinas e poucas eram as medidas de contenção.

“Nas condições atuais”, com vacinação e restrições, “um modelo simples de crescimento exponencial revelaria 14 milhões de pessoas infectadas com Ômicron a partir de um único caso, em comparação com as 760 mil infectadas com sarampo numa população sem defesas específicas”, adiantou o médico.

Ômicron

“É o vírus mais explosivo e de mais rápida difusão de toda a história”, alertou também o médico Anton Erkoreka, que investiga epidemias passadas.

Ele comparou o SARS-CoV-2 à gripe russa de 1889: ambos os vírus levaram apenas três meses para se propagar em todo o planeta. Agora, “a variante Ômicron bateu o recorde de propagação”, afirmou.

Se, por um lado, a nova cepa consegue infectar até pessoas já vacinadas, por outro essas vacinas impedem, na maioria dos casos, a doença grave. O menor risco individual é a razão pela qual, neste momento, o número de contágios dispara, mas o número de pessoas hospitalizadas se mantém estável.

Em pessoas não vacinadas, a Ômicron é apenas cerca de 25% menos grave do que a variante Delta, a versão do vírus que até há pouco tempo era dominante, afirmou o infectologista Roby Bhattacharyya.

Até agora, seis estudos em fase preliminar sugeriram que a Ômicron tem maior facilidade de invadir as vias respiratórias altas, mas menor capacidade de infectar os pulmões, o que pode explicar a sua maior capacidade de infecção e menor letalidade.

A equipe do pesquisador Michael Chan, da Universidade de Hong Kong, foi a primeira a calcular em laboratório que a nova estirpe se multiplica 70 vezes mais rápido nos brônquios do que a variante Delta. No entanto, aparenta ser dez vezes menos eficiente nos pulmões.

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O surto de gripe em Salvador começou a lotar as emergências dos hospitais privados. Mesmo com plano de saúde, a demora por atendimento pode chegar até quatro horas, a depender da gravidade do quadro, de acordo com o presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Asheb), Mauro Adan. Segundo ele, o volume de pacientes dobrou nas últimas duas semanas na capital baiana.

No Hospital Aeroporto, esse aumento foi mais de 500%. No Hospital da Bahia, chegou a quadruplicar, e, no Cárdio Pulmonar, da Rede D’or, cresceu 70%, só de pacientes com síndrome respiratória grave. Por conta disso, a unidade criou uma ala específica para tratar pacientes com influenza, como fizeram com a covid-19. Além disso, as unidades particulares tiveram que remanejar equipes para o setor de urgência e emergência e contratar mais médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem a fim de suprir a demanda.

A emergência do Santa Izabel, que atende, diariamente, em torno de 140 a 150 pacientes, recebeu 279 por dia na última semana - um aumento de mais de 80%. No Hospital da Bahia, até a primeira semana dezembro, havia uma média de 35 fichas abertas no setor de fluxo respiratório e 110 fichas no total, na emergência. A partir da semana passada, esses números passaram a ser entre 100 e 140, e 200 a 250. Para se adequar à demanda, houve um aumento não só da equipe médica, mas também na recepção, segurança e logística operacional.

A advogada Ylissa Morais, 32, e o noivo, o médico veterinário João Gabriel Mascarenhas, 34, que estava com sintomas gripais, tiveram que rodar três hospitais privados de Salvador na terça-feira (14). O casal foi, primeiro no Jorge Valente, na Garibaldi. “Estava tão cheio que tinha gente do lado de fora, em pé, na rampa”, conta Mascarenhas. Depois, eles seguiram para o Hospital Português, na Graça. Foram 40 minutos só para achar uma vaga de estacionamento e descobrir que a unidade não aceitava mais o plano de saúde dele, o Sul America.

Cenário de guerra
Por fim, eles seguiram para o Hospital da Bahia, na Pituba. Só que, a fila estava tão grande, que eles desistiram de esperar e voltaram para casa sem atendimento. “A emergência estava um caos, tinham mais de 50 pessoas esperando. Muita gente idosa, gente de cadeira de rodas, mulher desmaiada, muita gente em pé, sem ter onde sentar. Foi uma cena de guerra”, relata a Ylissa.

Depois de uma hora só para passar pela recepção, a própria atendente foi sincera. “Ela estava com aspecto de cansada e que ia atender gente que tinha chegado 5h, 6h da manhã. E isso era mais de 11h”, completa João Gabriel. De casa, o veterinário agendou uma teleconsulta para o dia seguinte. Com exame de covid-19 negativo, ele ficou melhor dos sintomas com antibiótico e dipirona. O veterinário tinha tomou vacina contra gripe neste ano. O casal também relatou que mais seis amigos apareceram gripados, nos últimos dias.

Um homem que não quis se identificar, com quadro de febre, relatou alta demanda também no Hospital São Rafael. “Liguei para perguntar se eles aceitavam o plano e eles disseram que tinha muita gente na emergência, 150 pessoas na minha frente. Então, acabei desistindo e comprei paracetamol na farmácia”, relata. O episódio ocorreu na quarta-feira (15).

Em nota, o São Rafael disse que “tem registrado um aumento significativo no fluxo de atendimento na emergência, com incremento de casos com sintomas gripais, como febre, tosse e dor no corpo”. Por isso, a unidade alegou que a demora está maior para os pacientes. Segundo o hospital, estão sendo adotadas providências para minimizar os impactos da demora e garantir o fluxo de atendimento, de acordo com critérios de gravidade. O mesmo foi dito pelo Hospital Aliança.

Durante a madrugada, o Jorge Valente apresentou movimento além do normal, segundo uma paciente. “Tinha lugar para todo mundo sentar e não tive nenhum transtorno, mas, pelo horário, estava mais cheio que o normal”, conta uma estudante, que também não quis se identificar. Por estar com quadro grave, vomitando, ela foi atendida em menos de 30 minutos. O hospital não enviou posicionamento até o fechamento desta matéria.

Ala específica
O Cárdio Pulmonar abriu uma ala específica para pacientes com sintomas respiratórios, devido ao aumento de 70% nos atendimentos da emergência. “Quase todo esse aumento veio de pacientes com sintomas respiratórios. Aumentou abruptamente nas últimas duas semanas e fizemos as adaptações, para conseguir atender os pacientes com mais rapidez”, constata o diretor-geral do hospital, Eduardo Darze.

Por dia, são cerca de 90 a 100 pessoas atendidas na unidade, só com quadro gripal. Antes da epidemia, o atendimento total da emergência era, no máximo, 80 pessoas. A maior parte dos casos, no entanto, é de baixa gravidade. “Os pacientes estão com sintomas mais leves, bate na emergência e volta para casa. Uma pequena parcela que precisa de hospitalização. A maioria quer um alívio sintomático e não precisa de muito tempo de observação”, afirma Darze.

Segundo ele, a população está mais alerta e temerosa, por conta da semelhança dos sintomas da influenza com o novo coronavírus. “A população que está com sintoma gripal está com resquício de medo e insegurança relativa à covid, então ela tem ido mais frequentemente para a emergência, mas a influenza é uma doença menos grave, caracterizada por um início mais abrupto. Já a covid tem o início dos sintomas de forma mais gradual”, avalia o diretor-geral do Cárdio Pulmonar. Até a terça-feira (21), duas mortes por influenza foram confirmadas na Bahia, as duas de Salvador, e outros dois óbitos estão em investigação.

8% dos casos são covid
No Hospital Aeroporto, a quantidade de testes para covid-19 feitos por dia cresceu de 9 para 55 nos últimos dias. “A urgência e emergência tiveram um aumento enorme, de cinco vezes o número de atendimento e as pessoas estão chegando com quadros gripais. Em uma semana, das 180 coletas feitas, somente 8% deram positivas para covid. Ou seja, o restante, provavelmente, deve ter sido a influenza H3N2”, revela o infectologista Antônio Bandeira, coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do hospital.

Para adaptar-se à demanda, a unidade tem remanejado as equipes e aumentado a carga horária dos funcionários dos laboratórios. Ele alerta que, como a vacina contra gripe disponível na campanha de imunização deste ano não protege contra a nova cepa, é preciso manter o cuidado. “As pessoas precisam entender que a vacina não impede que você não pegue a influenza, porque a atual cepa que está circulando é a Darwin. Por isso, é preciso continuar usando máscara, mantendo o distanciamento e higienizando as mãos”, orienta Bandeira.

No Teresa de Lisieux, administrado pela Hapvida, houve uma leve queda no número de atendimentos nas unidades de urgência e emergência, desde segunda-feira (20). No entanto, houve aumento ao longo de todo o ano. De acordo com a diretora médica regional, Talita Freire, o sistema de saúde tem investido na estrutura e na contratação de novos profissionais em toda a rede da capital e, que, apesar da alta demanda de pacientes com sintomas gripais, a maioria dos casos têm se mostrado leves, não refletindo em igual número de internações.

Os hospitais Português e Jorge Valente não responderam à reportagem até o fechamento desta matéria.

Qual o melhor momento para ir à emergência?
O presidente da Asheb – que, ironicamente, se recupera de uma gripe – alerta que mais da metade dos casos nas emergências dos hospitais particulares são de síndromes gripais. Contudo, a maioria deles é com sintoma leve e poderia ser atendido em consultório.

“Existe uma visão, às vezes, equivocada de quando procurar emergência. A pessoa que está com estado de gripe leve, sem sintomas graves, sem falta de ar, sem febre e sem dor de cabeça intensa, pode ir para um clínico ou uma instituição de saúde de confiança e fazer uma consulta. O médico vai receitar e passar exame laboratorial na medida do que for necessário. Não precisa, necessariamente, ir para emergência”, orienta Mauro Adan.

Ele cita algumas exceções. “Se for algum horário fora do comum, como a noite, e a pessoa estiver com um quadro mais grave, aí sim, devem procurar as emergências, que vão atendê-las por grau de risco, de acordo com o protocolo de Manchester [veja abaixo]. O importante é não ficar sem se medicar ou fazer diagnóstico e tomar remédio aleatoriamente. A palavra de ordem é prevenção e, o que temos controle, temos que buscar controlar”, aconselha o presidente da Ahseb.

Já o infectologista Antônio Bandeira pondera que, nem sempre, é possível agendar consultas ou atendimentos para o mesmo dia. Nesses casos, e para pessoas com doenças de base, idosos e crianças, que têm sistema imune mais frágil para influenza, deve-se ir logo às emergências. “A pessoa precisa ir logo quando tiver os primeiros sintomas, porque precisamos afastar a ideia de que é covid e confirmar a influenza, que é uma das poucas doenças virais que têm tratamento. E a única forma de diferenciar as duas doenças é fazendo um teste de covid ou de influenza”, completa.

"Pior momento para o sistema de saúde em dois anos e meio”, diz Prates

O secretário municipal de saúde de Salvador, Leo Prates, alertou que o sistema público vive o pior momento dos últimos dois anos e meio. “Vamos fazer um apelo e implorar às pessoas para evitar as doenças que a gente pode evitar, porque, realmente, esse é o pior momento do sistema de saúde nos meus dois anos e meio. Amanhecemos com 45 pacientes não covid, ou seja, temos também outras doenças, especialmente câncer, AVC e infarto”, apelou Prates, em entrevista ao Jornal da Manhã, na terça-feira (21). O CORREIO pediu para falar com o secretário para obter mais detalhes dessa declaração, mas, segundo a assessoria da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS), não havia agenda.

O titular da SMS ainda apontou que o tempo de regulação tem aumentado. “Temos poucos óbitos, mas, se uma pessoa fica dois dias internada no meu sistema de saúde, são dois dias que perco para uma pessoa com risco de morte. Temos o dobro de UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] do que preconiza o Ministério da Saúde e elas não estão dando conta”, adverte Leo Prates.

Confira os graus de risco do protocolo de Manchester:
Vermelho (emergência): O paciente necessita de atendimento imediato. É o caso de vítimas de projétil de arma de fogo pacientes em insuficiência respiratória.

Laranja (muito urgente): O paciente necessita de atendimento praticamente imediato, em cerca de 10 minutos. Hemorragias de difícil controle, fraturas e perda de consciência costumam receber essa classificação.

Amarelo (urgente): O paciente necessita de atendimento rápido, mas pode aguardar por até 50 minutos, como é o caso de quadros de pequenas hemorragias ou desidratação.

Verde (pouco urgente): O paciente pode aguardar atendimento por até 2 horas ou ser encaminhado para outros serviços de saúde. São pessoas com quadros que podem ser resolvidos em outros tipos de serviço de saúde, como dor de garganta, febre, tosse etc.

Azul (não urgente): O paciente pode aguardar atendimento por até 4 horas ou ser encaminhado para outros serviços de saúde. Da mesma forma que a classificação verde, essas pessoas possuem sintomas mais comuns, apresentando doenças que podem ser resolvidas em outros locais.

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Pelo menos 579 pessoas buscaram o gripário do Pau Miúdo para serem atendidas desde a reabertura do local na última sexta-feira (17). Os números mostram que houve uma média de quase 200 pacientes por dia. Administrada pela Fundação ABM de Pesquisa e Extensão na Área da Saúde (Fabamed), a unidade tem a capacidade para admitir 300 pacientes por dia com resolutividade eficaz nos atendimentos. O local funciona em regime 24 horas, sete dias na semana, com 10 leitos de observação e 02 de estabilização para o trato de síndromes gripais como H1N1, H3N2, Covid-19 e outros vírus.

A instalação fica em anexo ao Centro de Saúde Maria Conceição, foi a mais procurada pela população de Salvador nos picos da pandemia da Covid-19 com mais de 35 mil atendimentos. Os gripários, com estruturas semelhantes às unidades de saúde temporárias que funcionam no Carnaval, foram montadas exclusivamente para atendimento a pacientes com síndrome gripal.

De acordo com o coordenador do gripário e médico, Elmar Dourado, os gripários têm um papel importante no enfrentamento a síndromes gripais. “O público que é acolhido pelo Sistema Único de Saúde, além de ter acesso ao pronto-atendimentos e as UPAs, que sempre têm grande volume de pessoas, contam também com gripários aumentam a capacidade de atendimento das UPAs e sem falar que as unidades possibilitam a separação das pessoas com viroses, influenza e H1N1 dos casos de Covid-19”, explicou.

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira que submeterá a vacinação de crianças de cinco a 11 anos contra a covid-19 a consulta pública. A imunização dessa faixa etária com doses pediátricas da Pfizer já foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda não tem data para começar no Brasil.

"Colocaremos em consulta pública esse assunto para que a sociedade tome conhecimento e registre sua opinião. Não é eleição para saber quem quer e quem não quer, é ouvir a sociedade", afirmou Queiroga na chegada ao ministério nesta segunda.

De acordo com Queiroga, a vacinação de crianças - criticada pelo presidente Jair Bolsonaro - precisa ser discutida profundamente e "sem açodamento". "Depois (da consulta pública) as contribuições serão discutidas pela área técnica. Se faz audiência pública onde se discutirá aprofundadamente esse assunto. Depois o Ministério da Saúde fará suas considerações ou recomendações", disse o chefe da Saúde. "Minha preocupação hoje é ampliar a segunda dose e a dose de reforço", acrescentou.

O ministro ainda se irritou ao ser cobrado por jornalistas sobre um prazo para o início da vacinação de crianças. "A pressa é inimiga da perfeição. O principal é a segurança. Você tem filho? Quando você tiver um filho de cinco a 11 anos, você vai entender o porquê eu estou fazendo isso", disse a um repórter. "Cronograma acontece no âmbito do Ministério da Saúde. Eu não abro mão de nenhuma prerrogativa aqui", completou, deixando claro que as análises da pasta e da Anvisa são "distintas".

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A inclusão de crianças de 5 a 11 anos na bula da vacina da Pfizer contra a covid-19 foi liberada ontem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas o Ministério da Saúde ainda não deu prazo para começar a imunização dessa faixa etária. O tema enfrenta a resistência do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas tem apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e de outros especialistas.

O Brasil ainda não tem em solo nacional as chamadas doses pediátricas da vacina da Pfizer. O início da aplicação está condicionado à chegada das doses adaptadas, o que pode fazer com que esse público comece a ser imunizado só em 2022. Segundo a Pfizer, o acordo assinado com o Ministério da Saúde em novembro "inclui a possibilidade de fornecimento de versões modificadas do imunizante para variantes (como a Ômicron), que poderão ser eventualmente desenvolvidas caso necessário, e versões para diferentes faixas etárias". O fornecimento depende da solicitação pelo governo.

O Estadão apurou que o Ministério da Saúde deve discutir a vacinação das crianças em reunião semanal da Secretaria de Enfrentamento à Covid (Secovid) com a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) contra a doença na tarde desta sexta-feira. O governo começou a se preparar para a vacinação de crianças em novembro, antes da autorização da Anvisa. A pasta decidiu se antecipar e negociou com a Pfizer 40 milhões de doses para imunizar a faixa etária de 5 a 11 anos. A entrega dos imunizantes estava condicionada ao aval do órgão.

Nesta quinta-feira, 16, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, começou seu discurso de análise lembrando das ameaças que os integrantes da agência sofreram de pessoas contrárias à vacinação de crianças, no fim de outubro. Ele reforçou que as decisões do órgão são técnicas e "o governo federal é soberano (para incorporar ou não o imunizante)."

O presidente Jair Bolsonaro disse que vai conversar com a primeira-dama Michelle sobre a possibilidade de vacinar Laura, de 11 anos, filha do casal. E criticou a decisão da agência. "Anvisa diz que os pais sejam (sic) orientados a procurar médico se a criança apresentar dores repentinas no peito, falta de ar ou palpitações após a vacina", observou em sua live. "Você decida se compensa ou não."

Aplicação
Devem ser administradas duas doses, com intervalo de 21 dias, cada uma com 10 microgramas, para pessoas nessa faixa etária, conforme orientação da Anvisa. Os técnicos destacaram que a recomendação é baseada nas informações existentes até o momento e podem mudar conforme novos dados sejam apresentados. Por exemplo, ainda não está claro se será necessária dose de reforço nem em quanto tempo. Assim como a Anvisa, o presidente da SBIm Renato Kfouri considera benefícios maiores que riscos. "Só a covid mata mais do que todas as doenças do calendário vacinal infantil somadas."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Duas doses da Coronavac induziram níveis "inadequados" de proteção contra a variante Ômicron do coronavírus, indicaram resultados preliminares de um estudo conduzido pela Universidade de Hong Kong, na China. Os pesquisadores recomendaram que o público receba uma terceira dose da vacina produzida pela chinesa Sinovac, enquanto novos ensaios são realizados para verificar a eficácia do profilático.

Os testes avaliaram a produção de anticorpos em 25 indivíduos que receberam o imunizante e concluíram que nenhum deles obteve proteção suficiente para neutralizar a Ômicron.

Entre outras 25 pessoas que tomaram a vacina fabricada por Pfizer e BioNTech, apenas cinco desenvolveram atividade neutralizante capaz de conter a cepa, ainda de acordo com o estudo. Nesse caso, a eficácia do produto das duas farmacêuticas ocidentais ficou entre 20% e 24%, disseram os especialistas.

"A variante Ômicron do vírus foi capaz de reduzir a eficácia de duas doses da vacina contra a covid-19, particularmente a Coronavac. Portanto, os que receberam a vacina ou mesmo os pacientes recuperados da covid podem estar em maior risco de contrair a doença ou reinfecção", destacou o comunicado.

A pesquisa foi conduzida por pesquisadores do Departamento de Microbiologia da Universide de Hong Kong (HKU, na sigla em inglês) e teve publicação aceita na revista médica Clinical Infectious Diseases. O trabalho recebeu financiamento do governo de Hong Kong.

A Coronavac é um dos imunizantes contra o coronavírus mais utilizados no mundo, particularmente em países emergentes. No Brasil, o produto é fabricado em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.

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Sessenta e cinco das 417 cidades baianas estão sem registrar casos de Covid-19 há cerca de 30 dias, segundos dados divulgados pela Secretária de Saúde da Bahia (Sesab). Contendas do Sincorá, no sudoeste do estado, é o município que está há mais tempo sem contabilizar infectados (112 dias).

De acordo com os dados divulgados no último boletim, na quarta-feira (8), Marciolínio Souza é a segunda cidade com maior tempo sem registros de infectados pela doença (111 casos), seguido de Itaju da Colônia (102), Boninal (95) e Tapiramutá (92). [Veja a lista das cidades ao final da matéria]

Nas últimas 24 horas foram registrados 608 novos casos de Covid-19 na Bahia. O boletim ainda registrou seis óbitos causados pela doença. Desde o início da pandemia, dos 1.264.224 casos confirmados, 1.233.888 são considerados recuperados e 27.365 pessoas morreram. Ainda estão ativos 2.971 casos.

Segundo a Sesab, 1.650.396 casos foram descartados e 258.683 estão em investigação. No estado, 52.615 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

A Bahia tem 1.231 leitos ativos para tratamento da Covid-19. Desse total, 410 estão com pacientes internados, o que representa taxa de ocupação geral de 33%.

Desses leitos, 507 são de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e têm taxa de ocupação de 40% (201 leitos ocupados).

Nas UTIs pediátricas, 26 das 29 vagas estão com pacientes, o que representa taxa de ocupação de 90%. Os leitos clínicos para adultos estão com 23% de ocupação e os infantis com 57%.

Confira as cidades baianas que têm mais de 30 dias sem registrar casos de Covid-19:

Utinga – 38
Terra Nova – 31
Boninal – 95
Candeal – 62
Marcionílio Souza – 111
Itaeté – 32
Ibiquera – 81
Presidente Dutra – 39
Ibititá – 46
Barra do Mendes – 31
Tapiramutá - 92
Mulungu do Morro – 46
Gentio do Ouro – 77
Jucuruçu – 60
Jaguaripe – 92
São Félix – 50
Muniz Ferreira – 74
Olindina – 47
Fátima – 46
Banzaê – 70
Heliópolis – 69
Araçá – 60
Aramari – 40
Novo Triunfo – 62
Jandaíra – 48
Acajutiba – 46
Crisópolis – 61
Jeremoabo – 40
Santa Brigída – 40
Ibotirama – 64
Serra do Ramalho – 32
Jaborandi – 35
Tabocas do Velho Brejo – 31
Ipupiara – 84
Iguaí – 60
Ibiassucê – 52
Palmas de Monte Alto – 67
Piripá – 64
Pindaí – 69
Lagoa Real – 73
Urandi – 53
Candiba – 38
Encruzilhada – 63
Mirante – 75
Sebastião Larajeiras – 82
Matina – 70
Botuporã – 45
Licínio de Almeida – 62
Jussiape – 69
Caraíbas – 31
Érico Cardoso – 52
Contendas do Sincorá – 112
Maetinga – 102
Caturama – 124
Manoel Vitorino – 49
Santa Luzia – 32
Teolândia – 32
Itiriçu – 76
Igrapiúna - 31
Apuarema - 84
Gongogi - 38
Planaltino - 48
Nova Ibiá - 48
Cravolândia - 32
Itaju do Colônia - 102

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A ocupação dos leitos de UTI exclusivos para covid-19 em Salvador voltou a subir e acendeu um alerta na prefeitura. Além disso, o índice transmissão da doença na cidade também está subindo (fator RT).

As informações foram divulgadas pelo prefeito Bruno Reis, nesta segunda-feira (6), que fez mais um apelo para que as pessoas concluam o ciclo vacinal. "Não quero ter que voltar a abrir leitos de UTI. Hoje subiu para 40% o índice de ocupação, o fator RT tá aumentando, é preciso se vacinar. o prefeito tem muita fé, acredita na ciência e nas três doses de vacina", disse.

O índice transmissão da covid em Salvador teve um aumento de 10% e agora está em 0,97. Quando este número fica acima de 1, significa aceleração da pandemia.

O prefeito disse ainda que não quer ter que voltar a adotar medidas de isolamento social, e que está focado na retomada econômica da cidade, por isso que a vacinação é fundamental.

"Por enquanto eu tô só pedindo, só apelando, mas eu não descarto adotar medidas para induzir as pessoas a se vacinarem. O presidente da Câmara aprovou projeto de lei que obriga os servidores a se vacinarem, e eu posso sancionar esse projeto. Eu espero que as pessoas tenham consciência e responsabilidade. Da mesma forma, posso adotar medidas para exigir o cartão de vacinação em dia para entrar nos lugares", disse.

Ele ressaltou que o mutirão de vacinação no fim de semana teve baixa adesão. "Ontem foi um dia muito ruim de vacinação, a chuva atrapalhou muito, e dia de domingo as pessoas não estão indo se vacinar, mas espero que hoje a gente volte a vacinar como vínhamos fazendo. Ainda tem um universo de 350 mil pessoas que estão com a segunda dose ou dose de reforço em atraso, e é muito importante concluir o ciclo vacinal".

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