Sábado, 04 Maio 2024 | Login

A vigilância genômica do vírus Sars-CoV-2, causador da covid-19, na cidade do Rio de Janeiro aponta que a variante Delta (B.1 617.2), surgida na Índia, já é responsável por 56,6% dos casos da doença no município.

O anúncio foi feito pelo secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, em sua conta no Twitter.

Na sexta-feira (13), a prefeitura já havia anunciado que a cidade é o epicentro da variante Delta no Brasil. A análise genômica, que identifica as variantes do novo coronavírus, é feita por amostragem.

Apesar do apelo do secretário para que as pessoas evitem aglomerações e exposições desnecessárias, já que a variante Delta é mais transmissível que as outras, no fim de semana a Secretaria de Ordem Pública interditou duas festas clandestinas, uma com 2 mil pessoas e outra com 600.

Vacinação
Nesta semana, a prefeitura do Rio de Janeiro pretende concluir a aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 na população adulta do município. Após o atraso na entrega de doses na semana passada, que fez com que a imunização inicial fosse suspensa por dois dias, hoje (16) receberão a primeira dose as pessoas de 22 anos.

Seguindo a lógica de imunizar uma idade por dia, a previsão é de que na sexta-feira (20) seja a vez das pessoas com 18 anos. Mulheres devem comparecer aos postos pela manhã e os homens na parte da tarde.

A repescagem será feita todos os dias para pessoas com 30 anos ou mais, pessoas com deficiência e gestantes, puérperas e lactantes com 18 anos ou mais. A prefeitura orienta que quem estiver fora do dia previsto no calendário por idade, se vacine na parte da tarde.

O Ministério da Saúde informou que fará uma “compensação gradual dos quantitativos de vacinas enviados de modo complementar”, para que todos os estados finalizem a imunização “sem que haja benefícios ou prejuízos a suas respectivas populações”.

Segundo a pasta, na semana passada foram entregues 576,1 mil doses ao estado do Rio de Janeiro e no fim de semana mais 308,8 mil. “Desde o começo da campanha contra a covid-19, foram entregues 17,3 milhões de doses ao estado do Rio de Janeiro”, informou o ministério.

A cidade abriu hoje um novo posto de vacinação, no Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara Municipal, localizado na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, para reforçar a estrutura da saúde nesse momento com grande público por idades, na faixa dos 22 aos 18 anos.

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É como se Maetinga, Catolândia, Lafaiete Coutinho, Lajedinho e quase toda Lajedão deixassem de existir em um ano. Esse é o trágico efeito da covid-19, doença fatal para 17.303 baianos, segundo os dados do boletim epidemiológico de domingo (18) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A quantidade de mortes é quase igual a população dessas cinco cidades baianas que, no total, possuem 17.789 habitantes, de acordo com a projeção mais atualizada do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os cinco municípios citados estão espalhados em quatro regiões diferentes da Bahia: Maetinga e Lafaiete Coutinho ficam no centro-sul, enquanto Catolândia está no centro-oeste, Lajedinho no centro-norte e Lajedão no extremo sul. Ambas possuem como característica em comum o fato de serem cidades pequenas, que não chegam a 4 mil habitantes. Juntas elas possuem 1,3 mil casos de covid-19 registrados e 17 mortes.

“Essa comparação serve para chamar atenção ao tema. Uma grande proporção desses 17 mil óbitos no estado, assim como das quase 380 mil mortes do Brasil, teria sido evitada caso a forma de se lidar com a pandemia tivesse levado em consideração uma estratégia distinta da que tem sido feita atualmente”, critica o epidemiologista e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Naomar Almeida Filho.

Para o especialista, as ações adotadas atualmente não visam controlar a pandemia e sim reduzir danos. “As medidas são feitas para que consigamos atender os casos de graves. É daí que se pensa tanto na disponibilidade de leitos e insumos farmacêuticos, como se a pandemia não fosse um problema epidemiológico. Temos que ter uma estratégia eficaz que reduza a transmissão do vírus e estamos longe disso. Não é só um problema da Bahia é o Brasil todo que está nesse caminho”, diz.

O número de mortos por covid-19 na Bahia também é superior à população individual de 215 cidades do estado. Mesmo assim, a taxa estadual de letalidade da doença é de apenas 2,01%, uma das menores do país. “Letalidade é a proporção de óbitos em relação ao número de pessoas que têm a doença. É um dado importante, pois mede a capacidade do sistema em tratar corretamente a doença e evitar mortes”, explica o professor Naomar.

A Bahia é o sétimo estado com menor letalidade do país, que tem 2,7% no total. Na outra ponta da lista está o Rio de Janeiro, com 5,9%, índice muito acima do considerado normal. “A letalidade da covid no mundo é menor que 1. A Bahia ainda está acima do padrão mundial, mas comparando com os piores cenários dentro do nosso país, estamos realmente numa posição boa”, argumenta o cientista.

Social
Das 17.303 mortes na Bahia por covid, 55% eram homens e 45% mulheres. A imensa maioria das vítimas tinham cor parda (55%), seguidos pelos brancos (22%) e pretos (15%). Outros 0,13% dos óbitos foram de indígenas e no restante não havia informação de cor. O percentual de óbitos com comorbidade foi de 65,60%, sendo as doenças cardíacas e crônicas as mais presentes. Para o professor Naomar, esses números mostram que há uma questão social atrelada à letalidade da covid.

“Não é só a questão do cuidado e sim a condição em que as pessoas chegam no sistema de saúde e se o próprio sistema consegue aplicar todas as medidas para evitar o óbito. É algo complexo, pois nosso sistema tem diferenças entre si. Hospitais privados são diferentes dos públicos. Pessoas negras e pobres são as que mais morrem. Tem a condição socioeconômica ligada a isso”, argumenta.

Nesse cenário, a Bahia vive atualmente uma fase de registros diários de grande quantidade de óbitos. No dia 25 de fevereiro, por exemplo, o estado atingiu pela primeira vez a marca de 100 mortes por dia de covid-19. De lá para cá, 52 dias se passaram. Desses, em 36 vezes houve registros iguais ou superiores ao de 100 mortes diárias, inclusive na última sexta-feira (16), quando 134 óbitos foram registrados.

Essa quantidade de mortes tem reduzido a proporção de nascimentos e óbitos no estado. Segundo dados da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen-BA), enquanto em março de 2019, para cada 100 nascimentos ocorreram 40 mortes, em 2021, a proporção para o mesmo período foi de 100 nascimentos para 60 óbitos, um recorde na série histórica, que começou a ser calculada em 2003. Em locais como Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro já foram registradas mais mortes do que nascimentos, de acordo com reportagem do Estadão.

Médica infectologista, Adielma Nizarala chama atenção ao fato de que esses números são vidas humanas perdidas que poderiam ter sido evitadas. Para isso, a população também precisa colaborar. “A gente só consegue frear o avanço do vírus com medidas de controles. As pessoas precisam entender que não tem outra solução. Infelizmente, nós vamos continuar vivendo com a pandemia. Incertezas continuam, mas já temos certezas: vacinação, medidas de higiene e distanciamento social funcionam”, defende.

Ainda para a especialista, uma medida mais radical, como o lockdown, para frear o número de casos, teria que ser feito com a coordenação do governo federal.

“Não podemos nem fechar completamente, pois essa é uma posição que precisa ser tomada a niiel nacional. Ser uma coisa unificada e para todos. Então, vamos ter que conviver com as medidas. Se eu fico distanciada das pessoas, uso máscara e higienizo minhas mãos, consigo frear a multiplicação de vírus e casos graves. Quanto mais cuidados, mais haverá diminuição de transmissão”, diz.

Já o professor Naomar, crítico da forma como o país tem lidado com a pandemia, não acredita que os números vão melhorar nos próximos dias. “Na primeira onda, os números se estabilizam em níveis altos e caíram de forma devagar. O que me parece é que, nessa segunda onda, ao invés da gente reduzir rapidamente os números, como aconteceu em outros países, nós estamos atingindo um novo cenário de estabilidade, só que com só números lá em cima. Meu receio é que essa segunda onda seja semelhante a primeira, o que nos coloca no risco de vivermos uma terceira onda, pois se o vírus circula, ele varia. E aí tem a reinfecção”, lembra.

Para superar o problema, o especialista só vê duas alternativas: ou adoção de políticas que reduzam drasticamente os níveis de transmissão, casos e mortes ocasionados pela doença ou a vacinação massiva e acelerada da população. “Não essa que está sendo feita. Tem que aumentar o número de doses aplicadas em todos”, diz.

O CORREIO tentou repercutir o assunto com a Rede CoVida, mas não teve retorno.

Cidades
Embora o estado tenha taxa de letalidade considerada baixa para os padrões nacionais, com apenas 2,01%, algumas cidades baianas chamam a atenção pela quantidade de mortes. Nove delas chegam a ter letalidade acima de 5%, segundo os dados da Sesab. É o caso de Canavieiras, Igaporã, Santana, Malhada, Água Fria, Brejolândia, Rio do Pires, Chorrochó e Paramirim.

Nessa última, localizada no centro-sul baiano, 14 óbitos e 199 casos foram registrados, de acordo com o boletim estadual de sábado (17), o que dá uma taxa de letalidade de 7,04% na cidade de população de 21 mil habitantes. Para o professor, esses números são sinais da desigualdade ao acesso a saúde que existe dentro do estado.

“Em geral, cidades menores e distantes tem menos acesso ao sistema de saúde. Os casos que estão aparecendo lá não estão chegando aos hospitais ao ponto de conseguir manter as pessoas vidas. Quando isso ocorre, é preciso fazer um tratamento especial para esses locais, o que está distante do que temos oferecido no Brasil”, lamenta.

Mesmo com a alta taxa de letalidade, o professor explica que, caso o problema dessas cidades fosse resolvido, não haveria um impacto significativo nos dados do estado, por os municípios pequenos não terem grande expressão nos dados. “O padrão da Bahia é mais determinado pelos municípios de maior população, onde tem mais transmissão, casos e óbitos, mas também mais rede hospitalar”, explica.

Atualmente, a Bahia possui apenas uma cidade que não registrou mortes por covid-19. Trata-se de Cravolândia, localizada no centro-sul do estado, na região do Vale do Jiquiriça. Em 2021, segundo a Sesab, das 417 cidades baianas, apenas 11 não registraram mortes por covid. No entanto, os nomes desses municípios não foram divulgados.

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A Bahia registrou 115 mortes e 3.451 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta sexta (9). No mesmo período, 3.641 pacientes foram considerados curados da doença (+0,5%).

Apesar das 115 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta sexta. 114 delas ocorreram em 2021, sendo 92 nos nove primeiros dias do mês de abril.

De acordo com a Sesab, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se à sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 16.347, representando uma letalidade de 1.96%. Dos 823.749 casos confirmados desde o início da pandemia, 801.938 já são considerados recuperados, 14.464 encontram-se ativos. Na Bahia, 46.037 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Situação da regulação de Covid-19
Às 15h desta sexta-feira, 76 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 38 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

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A Bahia manteve a alta no número de mortes por covid-19, que vem ocorrendo desde o final de fevereiro, e registrou 153 óbitos nesta quinta (18). Esse é o maior número de mortes registrado na Bahia desde o começo da pandemia, superando os 137 mortos registrados em 26 de fevereiro.

Nesta semana o estado já havia registrado altos números de mortes. 130 na quarta (17) e 118 na terça (16), terceiro e quarto maiores números de mortes da pandemia no estado.

Além disso, o estado registrou 4.584 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%), em 24h, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), no final da tarde desta quinta. No mesmo período, 4.202 pacientes foram considerados curados da doença (+0,6%).

Apesar das 153 mortes terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro foram contabilizados nesta quinta. E demonstram o crescimento de casos graves, o que tem ampliado a taxa de ocupação nas UTIs. Na começo da noite desta quinta, a taxa de ocupação de leitos de UTIs para adultos é de 87%. Das 153 mortes, 148 ocorreram em 2021.


Se analisados apenas os boletins divulgados nesta semana, entre segunda-feira (15) e esta quinta (18), é possível afirmar que pelo menos 123 morreram nas últimas 96h na Bahia por covid, número que tende a aumentar com as atualizações dos dados da Sesab.

De acordo com o órgão estadual, a existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se à sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 13.742, representando uma letalidade de 1,81%. Dos 758.168 casos confirmados desde o início da pandemia, 726.504 já são considerados recuperados e 17.922 encontram-se ativos. Na Bahia, 44.629 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

Situação da regulação de Covid-19
Às 15h desta quinta-feira, 446 solicitações de internação em UTI Adulto Covid-19 constavam no sistema da Central Estadual de Regulação. Outros 177 pedidos para internação em leitos clínicos adultos Covid-19 estavam no sistema. Este número é dinâmico, uma vez que transferências e novas solicitações são feitas ao longo do dia.

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Já são seis dias consecutivos de aumento na média móvel dos casos de coronavírus na Bahia. Na crescente iniciada na última quarta-feira (6), o índice passou de 1.771,43, no primeiro dia, para 2.419, na segunda (11), segundo dados do MonitoraCovid-19, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), da Fiocruz. De acordo com o Secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, a alta era esperada devido à retomada das notificações e ao aumento das contaminações com o Natal e o Réveillon.

“Houve uma redução da notificação no período das festas de Natal e Réveillon e, no começo do ano, ocorreu a subnotificação em função das mudanças das equipes das secretarias de saúde municipais. Agora, temos a retomada das notificações e o aumento fruto dos festejos de final de ano”, afirma o gestor da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Ainda de acordo com Vilas-Boas, a expectativa é do crescimento do número de casos e da média móvel nos próximos dias.

A médica infectologista Clarissa Cerqueira aponta que os dados já começaram a sofrer o impacto das aglomerações de Natal e Réveillon, mas o cenário deve ganhar gravidade mais para frente.

“Fazendo uma análise da incubação da doença e o número de pessoas que podem transmitir o vírus, a expectativa é que o número de casos aumente bastante para o final de janeiro e começo de fevereiro. A redução só ocorre mesmo com a vacina, que é a melhor forma de proteção. Isso só aumenta a importância da vacinação para a população”, explica a médica.

Na última terça-feira (5), a média móvel dos casos da Covid-19 no estado atingiu uma baixa de 1.744,14. Depois da queda, o índice retomou o crescimento na quarta-feira (6), quando chegou a 1.771,43, desde a data, a taxa passou por 1.788,29, em 7 de janeiro; 2.001,57, no dia 8; 2.272,29, no último sábado (9); 2.404,71, no domingo (10); até chegar a 2.419 na segunda (11) - único índice calculado pelo CORREIO por ainda não constar na atualização do MonitoraCovid-19.

Cerqueira conta que o número de novos casos varia dia a dia, por isso, a média móvel é uma ferramenta melhor de análise. Entretanto, também é necessário acompanhar a incidência da doença no longo prazo.

“Esse número [da média móvel] nos permite observar um aumento no número de casos. Os médicos tinham essa expectativa com a reabertura progressiva, que aumentou o contato das pessoas. No Brasil, dado as aglomerações que ocorreram, devemos ter um aumento progressivo no número de casos”, afirma a infectologista.

Já a média móvel de mortes está estável. Desde 24 de dezembro, a taxa relacionada aos óbitos causados pelo vírus está na casa dos 29, estando em 29,57 na segunda. Para chegar aos índices, é calculada a média das mortes - ou casos confirmados da doença - dos últimos sete dias.

O secretário de saúde explica que a expectativa é que o número de mortes comece a aumentar em 30 dias após o eventual crescimento dos casos de baianos com a doença.

“A média móvel de mortes não depende da notificação dos infectados, o número de casos sim. O fato de ter havido uma queda no número de casos não significa uma redução na quantidade de pessoas infectadas. Essa estabilidade da média móvel de mortes é um bom dado”, afirma Vilas-Boas.

Com 10 meses do coronavírus na Bahia, existe um manejo melhor do paciente, inclusive na terapia intensiva, que é capaz de reduzir o número de mortes. “A gente observa uma mortalidade menor da doença. Existem mais pessoas com Covid-19, mas a mortalidade é menor pela experiência adquirida com os casos’’, explica Cerqueira.

Boletim epidemiológico publicado na segunda-feira, pela Sesab, informa que foram registrados 915 casos de Covid-19, nas últimas 24h, uma taxa de crescimento de 0,2%. No mesmo período, 1.193 pacientes se recuperaram da doença (+0,2%)

Segundo o boletim, dos 513.756 casos confirmados desde o início da pandemia, 497.735 já são considerados recuperados e 6.568 encontram-se ativos. O documento ainda contabiliza 898.105 casos descartados e 123.632 em investigação. Foram 29 mortes registradas, elevando a 9.453 o total de óbitos na Bahia

Taxa de internação
O secretário também aponta que a taxa de internação está estável na Bahia há mais de três semanas. Na segunda, segundo a Central Integrada de Comando e Controle da Saúde da Sesab, a taxa de ocupação geral de leitos covid-19 no estado está em 63%. Tanto na UTI adulto quanto na pediátrica, 73% dos leitos estão preenchidos atualmente.

“Temos estabilidade no número de pessoas sendo internadas. Estamos com cerca de 70% de ocupação dos leitos de UTI, o que é muito bom”, comentou Vilas-Boas.

Caso necessário, existe a possibilidade de abertura de mais 30 leitos para Covid-19 no Hospital Espanhol, em Salvador, informa o secretário.

Nas próximas duas semanas, o Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Moniz (Lacen-Ba) vai ganhar celeridade e dar o resultado dos testes de coronavírus em 24h com a chegada de novos equipamentos. De acordo com Vilas-Boas, atualmente, o estabelecimento realiza cerca de 5 mil a 6 mil exames por dia, com uma espera de 72h para o resultado.

Vacina
Vilas-Boas mantêm conversas com secretários de saúde de outros estados para pressionar a aprovação emergencial de vacinas contra a covid-19 pela Anvisa. O grupo discute o texto de uma carta a ser enviada para a agência brasileira.

“Estamos discutindo o tema [da vacinação] por telefone, é algo contínuo. Existe uma discussão interna sobre a carta para a Anvisa pedindo mais celeridade na aprovação das vacinas, mas ela ainda não foi enviada e não sabemos quando o envio deve acontecer”, relata o secretário de saúde da Bahia.

O gestor da Sesab calcula que as vacinas devem ser disponibilizadas pelo Ministério da Saúde para a Bahia em 3 a 5 dias da aprovação do imunizante pela Anvisa. Vilas-Boas ressaltou que o Ministério possui um contrato com o Instituto Butantã para a aquisição de doses da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com a instituição. Ainda não se sabe quantas doses seriam destinadas à Bahia.

Sobre a vacina Russa, a Sputnik V, Vilas-Boas confirmou que a União Química Farmacêutica vai começar a produzir os insumos para o imunizante na próxima sexta-feira (15). Um acordo entre os governos baiano e russo prevê acesso preferencial da Sputnik V.

De acordo com o Secretário de Saúde, a Bahia chegou a oferecer o Instituto Couto Maia e as Obras Sociais Irmã Dulce para realizar testes da vacina no estado e acelerar a aprovação na Anvisa, mas o estudo não foi autorizado pela agência brasileira.

Leitos lotados
Em Jequié, a taxa de ocupação geral dos leitos de UTI Adulto é de 100% desde o último sábado (9), informou a prefeitura local com base em dados repassados pelo Hospital Geral Prado Valadares (HGPV) e pelo Hospital São Vicente. Dos leitos, 14 estão ocupados por residentes do município e 15 por pessoas de outras localidades.

Segundo boletim epidemiológico publicado na segunda, Jequié registrou 46 novos casos de coronavírus nas últimas 24h, somando um total de 8.471 pessoas confirmadas com a doença, até o momento. Estão recuperados 7.437 pacientes.

O Secretário de Saúde da Bahia afirma que a pasta trabalha com remanejamento de pacientes para garantir um leito para todos os contaminados pela covid-19. “Trabalhamos os leitos em função das regiões de saúde. Em uma cidade saturada, remanejamos o paciente para outra região de saúde ou outro hospital”, explica Vilas-Boas.

Jequié fica na Macrorregião Sul, que possui uma taxa de ocupação geral de leitos para Covid-19 de 72%. Já os leitos de UTI Adulto para a doença da região estão 87% ocupados. As unidades de terapia intensiva pediátricas possuem lotação de 86% no local. Os dados foram retirados da Central Integrada de Comando e Controle da Saúde da Sesab na segunda.

No Centro-Leste da Bahia, a ocupação geral dos leitos para covid-19 é de 59% geral. Na UTI Adulto, o índice é de 78%. Na unidade pediátrica, a taxa cai para 74%.

O Centro-Norte baiano possui a menor taxa de ocupação geral de leitos para coronavírus, de apenas 17%. Tanto as UTIs Adulto quanto as pediátricas estão 45% ocupadas na região. Na Macrorregião Extremo Sul, a ocupação das unidades de terapia intensiva adulto e pediátrica está em 76%. Já a lotação geral de leitos para covid-19 é de 57%.

Tanto na Macrorregião Norte quanto na Oeste, a taxa de ocupação de leitos para coronavírus é de 42%. A lotação das UTIs pediátrica e adulto é de 70% e 55%, respectivamente.

No Leste do estado, 70% dos leitos para covid-19 estão ocupados. Já as UTIs Adulto e pediátrica registram ocupação de 72%. A Macrorregião Nordeste possui lotação geral dos leitos para a doença de 33%. Nas unidades de terapia intensiva Adulto e pediátrica, a taxa é de 50%. Já no Sudoeste baiano, 60% dos leitos destinados para os infectados pelo vírus estão cheios. As UTIs Adulto e pediátrica possuem ocupação de 77%.

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A Bahia recebeu 120 novos respiradores nesta segunda-feira (21). Os equipamentos, enviados pelo Ministério da Saúde, possibilitarão a abertura de novos leitos de UTI para o tratamento de pacientes com covid-19.

Dos 120 aparelhos, 60 foram entregues no Hospital Espanhol. Os demais serão distribuídos para a rede estadual na capital e interior: 30 para o Hospital Geral Ernesto Simões Filho, em Salvador; 10 para o Hospital Regional da Chapada, em Seabra; 10 para o Hospital Regional de Juazeiro e 10 para o Hospital Geral de Vitória da Conquista.

“Esta é uma demonstração de como, juntos, nós podemos fazer mais e ter melhores resultados. É um exemplo para que possamos enfrentar a segunda onda da Covid-19”, afirmou o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas.

Presente na entrega, o ministro da Saúde na Bahia, Glauber Almeida do Nascimento Silva, avaliou que os 120 respiradores permitirão "um planejamento para dar conta da 2ª onda e vamos dar, cumprindo a missão de cuidar das vidas da população brasileira”.

Só neste mês de dezembro, mais 20 leitos de UTI foram abertos no Hospital Espanhol. Com a chegada destes novos equipamentos, mais 20 serão abertos de forma imediata.

O plano é que, no início de janeiro de 2021, com a conclusão das obras de ampliação da rede de gases e contratação de novos profissionais, a unidade de saúde chegue a sua capacidade máxima, com 253 leitos, sendo 159 de UTI e 94 de enfermaria.

“Na véspera de completarmos oito meses de funcionamento do Hospital Espanhol e atingirmos 1.500 altas, somos gratos ao Ministério da Saúde pela doação dos respiradores que serão de suma importância nesta fase de abertura de 80 novos leitos de UTI”, avaliou a Diretora Geral do Hospital Espanhol, Thayse Barreto.

 

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quinta-feira (10) de maneira temporária o uso emegencial, de caráter experimental, de vacinas contra a covid-19 no Brasil.

Diretora da Anvisa, Alessandra Bastos Soares afirmou ao G1 que a agência ainda não recebeu nenhum pedido de uso emergencial ou registro de nenhum imunizante até agora. Cabe às empresas que trabalham desenvolvendo a vacina fazer essa solicitação.

“Qualquer autorização concedida pela Anvisa, qualquer anuência, só será feita diante de um pleito. A vacina só terá autorização de uso emergencial e experimental se houver o pleito realizado por alguma empresa”, explicou.

Ela explicou que essa autorização de emergência vai analisar requisitos mínimos de segurança. "A autorização de uso emergencial é um mecanismo que pode facilitar a disponibilização e o uso das vacinas contra covid-19, ainda que não tenham sido avaliadas sob o crivo do registro, desde que cumpram com os requisitos mínimos de segurança, qualidade e eficácia"

A autorização temporária pode ser modificada, suspensa ou até cancelada pela Anvisa a qualquer momento, tendo como base elementos científicos.

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A Bahia registrou 28 mortes e 3.752 novos casos de covid-19 (taxa de crescimento de +0,9%) em 24h, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) no final da tarde desta quarta-feira (9). No mesmo período, 3.218 pacientes foram considerados curados da doença (+0,8%).

Ao todo, 8.502 baianos já perderam a luta contra a doença. Dos 431.786 casos confirmados desde o início da pandemia, 412.055 já são considerados recuperados, 11.229 encontram-se ativos.

Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.

Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (23,83%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram Ibirataia (9.698,28), Itabuna (7.079,44), Aiquara (7.040,04), Almadina (6.936,31), Madre de Deus (6.921,73).

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 825.668 casos descartados e 118.255 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta quarta-feira (09/12).

Na Bahia, 33.578 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 28 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo. A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da covid-19.

Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.

O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 8.502, representando uma letalidade de 1,97%.

Perfis
Dentre os óbitos, 56,33% ocorreram no sexo masculino e 43,67% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 54,61% corresponderam a parda, seguidos por branca com 18,38%, preta com 14,89%, amarela com 0,69%, indígena com 0,13% e não há informação em 11,29% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 71,54%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,81%).

A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.

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Ao menos 16 milhões de brasileiros que tiveram diagnóstico suspeito ou confirmado de covid-19 ficaram com seus dados pessoais e médicos expostos na internet durante quase um mês por causa de um vazamento de senhas de sistemas do Ministério da Saúde. Entre as pessoas que tiveram a privacidade violada, com exposição de informações como CPF, endereço, telefone e doenças pré-existentes, estão o presidente Jair Bolsonaro e familiares; o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello; outros seis titulares de ministérios, como Onyx Lorenzoni e Damares Alves; o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e mais 16 governadores, além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

A exposição de dados não foi causada por ataque hacker nem por falha de segurança do sistema. Eles ficaram abertos para consulta após um funcionário do Hospital Albert Einstein divulgar uma lista com usuários e senhas que davam acesso aos bancos de dados de pessoas testadas, diagnosticadas e internadas por covid nos 27 Estados.

Conforme o Einstein, o hospital tem acesso aos dados porque está trabalhando em um projeto com o ministério.

Com essas senhas, era possível acessar os registros de covid-19 lançados em dois sistemas federais: o E-SUS-VE, no qual são notificados casos suspeitos e confirmados da doença quando o paciente tem quadro leve ou moderado, e o Sivep-Gripe, em que são registradas todas as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), ou seja, os pacientes mais graves.

A exposição dos dados foi descoberta pelo jornal O Estado de S. Paulo após uma denúncia recebida pela reportagem com o link para a página onde as senhas dos sistemas estavam disponíveis. A planilha com as informações foi publicada em 28 de outubro no perfil pessoal de Wagner Santos, cientista de dados do Einstein, na plataforma github, usada por programadores para hospedar códigos e arquivos.

A reportagem acessou o sistema para checar a veracidade dos dados. Ao verificar que as senhas eram válidas, buscou registros de autoridades que já haviam divulgado publicamente diagnóstico ou suspeita de covid e confirmou que os dados estavam corretos.

Os bancos de dados do ministério trazem, além das informações pessoais dos pacientes, detalhes considerados confidenciais sobre o histórico clínico, como a existência de doenças ou condições pré-existentes, entre elas diabete, problemas cardíacos, câncer e HIV.

Alguns registros de pacientes internados traziam até informações do prontuário, como quais medicamentos foram administrados durante a hospitalização. No registro de Pazuello, por exemplo, era possível saber em qual andar do Hospital das Forças Armadas ele ficou internado e qual profissional deu baixa em sua internação.

Tanto pacientes da rede pública quanto da privada tiveram seus dados expostos. Isso porque a notificação de casos suspeitos ou confirmados de covid ao Ministério da Saúde é obrigatória a todos os hospitais.

Para o advogado Juliano Madalena, professor de Direito Digital e fundador do fórum direitodigital.io, o vazamento das senhas e exposição dos dados que deveriam ser resguardados pelo poder público é preocupante. De acordo com o especialista, as informações podem ser usadas para fins comerciais por diferentes empresas. "Dados de saúde podem ser usados por empresas do ramo que queiram criar produtos específicos voltados para um público, por empresas de seguro de vida ou planos de saúde de forma indevida, muitas vezes até com aspecto discriminatório, pois você tem as informações sobre o histórico de saúde da pessoa", diz.

O advogado diz que, considerando a Lei Geral de Proteção de Dados, é dever de quem controla e acessa os dados adotar medidas que evitem vazamentos. Nesse caso, tanto o Einstein e seu funcionário quanto o Ministério da Saúde podem ser responsabilizados por dano coletivo por terem exposto informações de milhões de pessoas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Publicado em Brasil

A vacina experimental Pfizer tem mais de 90% de eficácia, afirma um estudo preliminar divulgado pela empresa nesta segunda-feira (9). A vacina está na fase 3 e é desenvolvida em parceira com a alemã BioNTech.

Segundo a Pfizer, a análise provisória foi conduzida após 94 participantes do estudo desenvolverem a Covid-19 e examinar quantos deles receberam a vacina em comparação com o placebo. Para confirmar a taxa de eficácia, a empresa vai continuar o estudo até que haja 164 casos de covid-19 entre os participantes.

De acordo com Bill Gruber, que acompanha os estudos, esse número pode ser alcançado no início de dezembro. "Estou quase em êxtase", afirmou Gruber. "Este é um grande dia para a saúde pública e para o potencial de nos tirar a todos das circunstâncias em que estamos agora."

As farmacêuticas que estão desenvolvendo a vacina informaram que até o momento não encontraram nenhuma preocupação séria de segurança e esperam obter autorização de uso emergencial nos EUA ainda neste mês. "Hoje é um grande dia para a ciência e a humanidade", afirmou Albert Bourla, CEO da Pfizer, em um comunicado oficial da empresa.

"Estamos alcançando esse marco crítico de desenvolvimento do nosso programa de vacina no momento em que o mundo mais precisa, com taxas de infecção atingindo novos recordes, hospitais quase excedendo a capacidade e as economias lutando para reabrir", afirmou Bourla.

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