Sábado, 04 Maio 2024 | Login

O Sindipetro Bahia divulgou nessa sexta-feira (4) que recebeu denúncias a respeito de um surto de covid na Refinaria Landulpho Alves - hoje privatizada e administrada pela Acelen - e que não estaria sendo notificado e nem tratado com transparência. De acordo com os próprios trabalhadores do contrato Petrobras na Acelen, diversas turmas estão operando com grande desfalque devido aos afastamentos dos funcionários acometidos pela doença.

Eles citam como exemplo o setor de manutenção, onde nos últimos dias, 10 funcionários testaram positivo para covid. Outro exemplo é o Setor de Elétrica e Instrumentação, onde foram computados seis casos, com afastamento. Em relação aos trabalhadores terceirizados, que são a maioria, a situação é ainda mais complicada, pois o sindicato não tem nenhum acesso às informações referentes ao número de contaminados.

Os trabalhadores se dizem exaustos pelas reiteradas cobranças que vêm fazendo para que a gerência da refinaria adote outra postura visando mais controle sobre os casos, mas segundo eles “não há respostas concretas e nem ações efetivas para redução dos riscos e, consequentemente, dos casos da doença. Nem o controle dos contactantes diretos está havendo”, denunciam.

Com o aumento dos casos da variante ômicron, cujo pico de contaminação, segundo especialistas, deve acontecer no mês de fevereiro, o Sindipetro Bahia chama a atenção da gerência da refinaria para a necessidade de ações mais efetivas para inibir a propagação da doença. “Estamos falando de uma delicada área industrial que não pode parar e nem operar com número reduzido de trabalhadores porque pode acontecer acidentes de grandes proporções”, alerta o Coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e diretor do Sindipetro, Deyvid Bacelar.

O Sindipetro cobra da Acelen e da Petrobras que reportem à entidade sindical os dados atualizados sobre o número de trabalhadores próprios e terceirizados infectados com a covid na RLAM (Acelen) e se há casos graves. O sindicato também reivindica que as empresas emitam a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para os trabalhadores que contraíram a doença no ambiente de trabalho.

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Após o aumento do índice de população vacinada e com o avanço da variante Ômicron, conhecida pela alta transmissibilidade e sintomas mais leves, aumentaram também as chances de vítimas do covid nem saberem que carregaram a doença.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), entretanto, o paciente assintomático ainda pode ser um transmissor em potencial do vírus. Para identificar sinais menos comuns da doença, especialistas apontam algumas dicas. Confira:

Apresentou sintomas de gripe e se recuperou sem ter feito teste

Há evidências de que a cepa Ômicron, ao contrário das versões anteriores do vírus, causa sintomas cada vez mais parecidos com os da gripe. Dor de garganta e coriza são alguns. Se você não se sentiu doente o suficiente para fazer o teste, pode ter tido Covid-19 e se recuperado sem saber.

Queda de cabelo maior do que o normal
Uma queda de cabelo incomum pode estar associada ao coronavírus. Um estudo publicado na revista científica The Lancet há cerca de um ano descobriu que 22% dos pacientes sofrem de perda de cabelo nos seis meses após a infecção, principalmente mulheres. De acordo com o levantamento, esse é um sintoma primário da Covid-19 a longo prazo.

Contato com familiares que pegaram Covid-19
Se todos em sua família se contaminaram, exceto você, pode ser que tenha sido infectado e não soube. Com o avanço da vacinação, muitas pessoas contaminadas apresentam sintomas leves ou nenhum sintoma.

Problemas estomacais
Há relatos de pacientes que tiveram diarreia, náusea, vômito e desconforto abdominal, para além dos sintomas respiratórios. Um estudo publicado na revista Gastroenterology, aponta que a diarreia pode ser o primeiro e único sinal de infecção.

Erupção cutânea ou infecção nos dedos dos pés
Alterações na pele parecidas com ressecamento e alergia podem indicar contaminação com a Ômicron, de acordo com pesquisadores. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, revela que palidez na pele, erupções cutâneas, brotoejas, ressecamento da pele e "dedos de Covid" – caracterizados por descamação, vermelhidão, bolhas e inchaços nos pés – também são sinais da doença. Em alguns casos, a erupção cutânea aparece mesmo na ausência de qualquer outro sintoma.

Para ter certeza de um contato anterior com o vírus, entretanto, o ideal é realizar dois tipos de exames. O RT-PCR é capaz de detectar o RNA do vírus. Além desse, outros testes de biologia molecular são geralmente realizados em amostras do trato respiratório superior para saber se o vírus já esteve presente no organismo. Existem também os testes sorológicos, que detectam anticorpos produzidos pelo organismo como resposta à infecção.

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O terceiro ano da covid-19 começou sem trégua: a Bahia registrou a maior taxa de transmissão da doença desde o início da pandemia. No dia 19 de janeiro, esse indicador, chamado de fator RT, ficou em 4,36. Nesta segunda-feira (24), ele estava em 2,22. Isso significa que cada 100 infectados passarão o vírus para outras 222 pessoas. Embora tenha caído no período de cinco dias, o número é o maior já registrado após o novo coronavírus atingir o auge no estado, em meados de 2020.

Para que a pandemia fique controlada e haja redução da curva de contágio, ele precisa estar abaixo de 1. No dia 1º de janeiro, esse índice estava em 0,42. Em comparação com o balanço mais recente, o aumento foi 423,8% na taxa de transmissão do estado, que também está acima da média nacional, fixada em 1,64. Ou seja, os pacientes da Bahia transmitem o vírus para mais gente do que a soma geral de todo Brasil.

Os dados foram fornecidos ao CORREIO pela pesquisadora Juliane Fonseca, do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fiocruz. Ela é doutora em matemática e desenvolve modelos para avaliar a evolução dos números da pandemia. “Tivemos um boom no número de casos, que levou a um aumento drástico no RT. Ele já começa a se estabilizar, mas a média na Bahia é de 3, ainda sim, um RT alto”, avalia Juliane.

Ela explica que a tendência de aumento do número de casos hoje é maior que no início da pandemia, quando um outro fator era utilizado: o R0. “No início da pandemia, o fator de transmissão é muito instável, porque ele está pegando os primeiros dados. Por isso que calculamos por uma outra métrica, o R0, correspondente ao RT. Mas há um crescimento muito maior de notificação diária de casos se se comparar com outros períodos, outras ondas. Isso mostra que a ômicron acelera a transmissão”, constata a pesquisadora.

Juliane ainda esclarece que considera também as subnotificações no cálculo da taxa. “Sabemos que existe o quesito subnotificação e os assintomáticos, que são pessoas que podem transmitir a doença sem sequer apresentar sintomas. Então, incluímos na métrica a hipótese otimista de que a transmissão da doença pelos assintomáticos ou casos não detectados é uma transmissão um pouco menor do que a transmissão daqueles que apresentam sintomas”, esclarece. Ela pontua ainda que o apagão de dados do Ministério da Saúde pode ter influenciado no cálculo.

Sobrecarga no Lacen
Essa grande quantidade de infectados pode ser observada pelos resultados do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Um a cada dois testes analisados dá positivo. No dia 1º de janeiro, esse número era menor que sete - um aumento de 723% de amostras positivas para a doença, em três semanas. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o laboratório passou a receber mais que o dobro de testes por dia neste período.

Antes, eram menos de dois mil testes recebidos. Agora, passa de quatro mil. Para dar conta, o tempo de processamento teve que aumentar de 48 para 72 horas. “O Lacen trabalha 24 horas por dia para dar vazão ao número de amostras e não atrasar tanto o prazo de entrega do exame, mas teve aumento na entrega dos resultados”, comenta o técnico da vigilância epidemiológica do estado, Ramon Saavedra.

A ômicron, considerada mais transmissível por especialistas, também é a culpada pela alta no número de casos ativos, que saltou de 1.830 para 19.995, nos primeiros 24 dias de janeiro. Isso significa um aumento de 992,6% na circulação do vírus. A nova cepa, detectada no estado somente no dia 10, também já representa 76,5% das infecções no território baiano.

O número mais preocupante, hoje, é justamente essa quantidade de casos ativos. “São as pessoas que estão cursando a doença e são potenciais transmissores do vírus. Vínhamos numa situação de controle da situação epidemiológica, mas o aumento que tivemos do dia 1º de janeiro para cá é gritante, uma progressão exponencial”, alerta Saavedra.

Por isso que, segundo ele, é preciso manter as medidas restritivas. “Se esses casos ativos, que são pessoas que têm potencial de transmissão do vírus, estiverem circulando no território, pode aumentar a transmissão na comunidade. Até porque elas vão estar se recuperando de suas residências e, por achar que já estão boas, podem sair antes da hora. Por isso, é preciso a manutenção das medidas de proteção e de distanciamento social”, orienta Saavedra.

Os locais de maior alerta para a transmissão do vírus são Salvador e Região Metropolitana, pela densidade populacional. “É essa grande circulação de pessoas que o vírus precisa para estar se perpetuando”, esclarece. O número de mortes e internamentos não cresce na mesma proporção que o aumento de casos, segundo ele, o que indica sintomas mais leves.

A contaminação desenfreada faz o governo do estado retroagir em algumas medidas, como diminuição do público em festas de 3.000 para 1.500 pessoas e suspensão de visitas nas unidades de internação. O atendimento presencial também foi suspenso na Câmara Municipal de Salvador (CMS), até a próxima segunda-feira (31).

Ômicron é 10 vezes mais transmissível
Segundo Andréa Mendonça Gusmão, doutora em Virologia pela Unicamp e professora de Virologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e UNIFTC, já era esperado um aumento de casos após as festas de final de ano. Isso porque a ômicron é mais transmissível do que todas as outras cepas do novo coronavírus que já circularam.

“A ômicron é 10 vezes mais transmissível que a delta, que já era uma variante com maior transmissibilidade, quando comparado com a alfa e beta. Então ela pode ser considerada uma variante supertransmissível. A capacidade de transmissão de uma pessoa infectada é de cerca de 10 a 20 pessoas. Somado ao relaxamento e as festas que aconteceram final do ano, resultou na explosão de casos que estamos vivendo”, detalha Andrea Gusmão.

Ela também cita estudos sobre o tema que indicam uma melhor adaptabilidade do vírus na população. “Estamos observando que é uma variante menos invasiva, menos virulenta que as anteriores, como a de Wuhan, na China. Ela tem maior afinidade pelas células do trato respiratório superior, por isso que os sintomas são mais dor de cabeça, dor de garganta e coriza, e não síndromes respiratórias graves”, afirma.

Por se ligar mais às células respiratórias da parte de cima do corpo, ela se torna também mais transmissível. “Ela termina sendo transmitida com mais facilidade, quando a pessoa fala ou espirra, por exemplo”, conta Andrea. Sobre as pessoas infectadas após tomarem até três doses da vacina, ela explica que se deve à mutação do vírus. “A variante mudou tanto que a imunidade desencadeada pelas cepas iniciais reduziu e a vacina perdeu eficácia. Ela protege contra o risco de óbito, mas não protege contra a infecção pela variante”, conclui.

Sintomas mais leves
A estudante de fisioterapia Vanessa Fernandes, 22, foi uma das que se contaminou com a nova variante. O teste dela deu positivo na última sexta-feira (20), mas os sintomas começaram na terça (18). Ela acredita ter se contaminado após viajar com a família para a Ilha de Itaparica. “Fiz o teste antes de ir para a ilha e deu negativo. Só que tive contato com a família e a maioria das pessoas que voltou para casa já começou a sentir os sintomas”, conta Vanessa.

Das 22 pessoas que frequentaram a casa, pelo menos oito testaram positivo. Vanessa nunca tinha pego covid-19 desde o início da pandemia e está vacinada com três doses. Todos os infectados, porém, só tiveram sintomas leves, como dor de cabeça, moleza no corpo, tosse e febre baixa. “Desde sexta que não sinto mais nada, só um pigarro chato na garganta”, relata.

A empresária Rita Avoletta, 58, teve sintomas ainda mais leves. “Tive dor de garganta por um dia e fiquei rouca por uns quatro dias. Só fui fazer o exame porque tinha pego gripe forte em dezembro, tinha feito o exame e tinha dado negativo. E, quando foi agora em janeiro, fiquei rouca e com coriza, só que deu positivo”, narra Rita. Ela testou positivo na última terça-feira (18) e também tomou as três doses da vacina contra a covid-19.

Cidades com maior número de casos ativos

Salvador - 5.364
Guanambi - 612
Feira de Santana - 576
Camaçari - 494
Porto Seguro - 476
Jequié - 439
Barreiras - 421
Lauro de Freitas - 420
Itabuna - 358
Vitória da Conquista - 314

Fonte: Sesab

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A estreia do Bahia no Campeonato Baiano vai acontecer neste sábado (15), mas o técnico Guto Ferreira mostrou preocupação em relação aos jogadores que estão disponíveis para enfrentar o Bahia de Feira, às 16h, na Arena Cajueiro.

Com o surto de covid-19 no elenco, o treinador explica que atualmente apenas 12 jogadores estão em condições plenas de entrar em campo. São os atletas que iniciaram a preparação para o estadual ainda em dezembro, antes do grupo principal. Por isso, algumas peças do chamado “time de cima” devem ser requisitadas para a estreia.

"No aspecto tático, você deixa de trabalhar a equipe como um todo. Você perde peças importantes. Às vezes, você fica impossibilitado de fazer trabalhos de ajuste, conjunto, de campo aberto, no qual os atletas preparam musculatura. Os trabalhos viáveis são de campo reduzido. Nesse momento, estamos trabalhando com 12 jogadores em condições de ir para o jogo de sábado e mais alguns que voltaram agora das férias. Isso fica muito difícil porque eles não fazem o mesmo trabalho. Se for para o mesmo, correm o risco de lesão", explicou o treinador.

Guto não vai estar na beira do campo na Arena Cajueiro. Como o Bahia vai jogar as três primeiras partidas do Baianão com um time alternativo, o treinador será o auxiliar fixo Bruno Lopes. Porém, português também está isolado por conta da covid. Assim, o auxiliar Vinicius Rovaris será o comandante na estreia.

Além do jogo contra o Bahia de Feira, Guto se preocupa com a preparação dos jogadores para a temporada. Afastados das atividades, os atletas perdem dias preciosos da pré-temporada.

"Impacta demais, né? A questão do Covid-19 acaba por afastar os jogadores. E aí eles vão perdendo treinamento. Quanto mais tempo ficarem preparados...Eles já vêm de uma situação parada que nem ficaram 30 dias parados para poder entrar em boa condição para os campeonatos. Mas com o Covid-19 eles não podem treinar, ficam impossibilitados de trabalhar. O acúmulo deixa de ser de 25, 26 dias, e passa a ser de 40 dias, 37, 38 dias. Isso vai um bom tempo para recolocá-los em boas condições", disse Guto.

 

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O ano nem bem começou e janeiro já registra um aumento significativo na busca por testes de detecção da covid-19. De acordo com o laboratório Sabin, houve um aumento de 300% na procura por esse tipo de exame nos quatro primeiros dias do mês na Bahia, em comparação com o mesmo período do ano passado. Com o aumento da demanda tanto para testagem da covid-19 quanto da gripe, os fornecedores já sentem a pressão para atender os pedidos. Na saúde pública também há uma busca maior por interessados em confirmar o diagnóstico. No Bonfim, nesta quinta-feira (06), 83 pessoas testaram positivo (veja abaixo).

A diretora-médica do Laboratório LPC, Daniela Lima, observou um aumento de 77% na procura pelos testes para a covid-19 ainda em dezembro de 2021, em relação ao mesmo período de novembro. Já nos primeiros dias desse ano, o aumento chegou a 100%. "Os primeiros cinco dias de janeiro foram bem intensos, estamos realizando diariamente o dobro dos testes que fizemos por dia em dezembro”, acrescenta.

Em meio ao avanço da variante ômicron do coronavírus e da cepa H3N2 do influenza, apenas na rede Drogaria São Paulo, em Salvador, entre o primeiro e o quarto dia de janeiro, foi registrado um aumento de 191% na procura por testes nas unidades da farmácia. Já nas vendas, o aumento foi de 293%. Em dezembro, enquanto muitas pessoas se preparavam para passar as festas de final de ano com familiares e amigos, nos meses de novembro e dezembro, o aumento foi de 11%, ainda segundo dados da rede.

Dois em um

Na Drogaria Pague Menos, em Itapuã, a realização de testes de covid foi 100% maior nos seis primeiros dias desse mês, se comparado com todo o mês de dezembro de 2021. Segundo a farmacêutica da unidade, Beatrice Almeida, “a procura estava sendo frequente e teve uma queda. Agora, com esse novo aumento, o que tem sido muito visível é a diferença nos sintomas. As pessoas vêm com sintomas de gripe, mas não sabem se é covid ou influenza, então a gente realiza o teste que identifica os dois vírus em uma única amostra, porque a demanda aumentou muito”, explica Beatrice.

Nesta quinta-feira (06), a farmacêutica contou que realizou 15 testes duplos até às 17h, dos quais 11 deram positivo para a Influenza. Diferente de alguns dias de dezembro que, como ela conta, não houve nenhuma procura. Enquanto a reportagem estava no local, mais duas pessoas entraram na farmácia procurando por um teste de covid, mas o horário de atendimento para a realização do exame já havia sido encerrado. Quanto à idade dos que buscam pelo teste, Beatrice contou que a maioria dos exames realizados por ela nesses primeiros seis dias de janeiro de 2022, corresponderam a faixa etária de 20 a 35 anos.

Apesar de não apresentar sintomas, Guilherme Hohenfeld teve contato com pessoas que testaram positivo para a covid-19. Na quarta-feira (5), ele foi em busca de farmácias que realizassem o teste, mas enfrentou dificuldades. Morador do Imbuí, só conseguiu marcar um exame em uma unidade da Pague Menos em Itapuã.

“Fui numa farmácia aqui do meu bairro primeiro, porque eles não estavam atendendo o telefone. Disseram que estava cheio e que só poderia marcar para amanhã [hoje] e pelo site. Voltei para casa para tentar outra unidade que fizesse o teste ainda hoje [ontem]. Na Drogasil não achei nenhum dia para fazer o teste e, na Pague Menos, a mais perto foi em Itapuã e só pela tarde”, conta o jovem.

Para piorar a situação, quando Guilherme chegou no horário marcado, às 13:30, para realizar o teste, foi informado de que a testagem só começaria às 15 horas.
Em janeiro do ano passado, a prefeitura de Salvador anunciou que 21 farmácias estavam autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a realizar os testes em Salvador. Se antes, os exames poderiam ser feitos em três farmácias da Drogasil, hoje somente a unidade da Graça realiza o exame, por ordem de chegada. Segundo a Drogaria São Paulo, sete unidades realizam o exame, mas é necessário fazer um agendamento no site.

Luís Mocellin, 23, passou a virada do ano em Itacaré, no sul do Estado, e conta que teve contato com muitas pessoas durante a viagem: “Estava muito movimentado, a vila de noite ficava muito cheia e todo mundo sem usar máscara”. No domingo (2), à noite, o engenheiro começou a apresentar sintomas gripais, como dor de garganta e febre.

Na dúvida se estava infectado com covid-19 ou não, o rapaz marcou para fazer o teste na farmácia Pague Menos, na Avenida Paralela, por volta de 21 horas. Luís afirma que, no site da própria farmácia é indicado que os doentes façam o teste de antígeno oral quando estão entre o primeiro e o sétimo dia de sintomas.

“Quando eu cheguei lá o teste tinha acabado e eles não tinham previsão de quando voltariam a ter. Como eu ainda não estava no terceiro dia de sintomas, não achei ideal fazer o nasal, então não fiz”. Sem saber com o que estava, o jovem voltou para a casa dos pais onde mora, onde tentou se manter isolado.

Na quarta-feira (05), quando completaram-se três dias de sintomas, Luís voltou na mesma farmácia e fez o teste de antígeno nasal. O outro, indicado para os dias iniciais de sintomas, ainda estava em falta. O resultado? Positivo. “Agora vou voltar a me isolar, beber bastante água e me cuidar”, diz ele, que acredita que tenha se contaminado na viagem de final de ano.

Quem também procurou uma farmácia para descobrir se estava com covid-19 ou gripe foi Ana Carolina Mattos. Ela passou o réveillon no sul da Bahia e agora está com sintomas. Quando foi até uma unidade da Pague Menos, em Lauro de Freitas, às 19 horas da terça-feira (04), foi informada de que os testes tinham acabado, apesar do estabelecimento funcionar até às 20 horas. Na quarta-feira (05), Ana Carolina desistiu de fazer o teste em farmácias e procurou um laboratório para fazer o exame RT-PCR.

Aumento da procura

Com a procura maior, fornecedores dos testes de covid e gripe se desdobram para atender aos pedidos. José Arthur Moreira é diretor comercial da Eco Diagnóstica, fabricante de testes e que fornece os exames para a Bahia, e afirma que a empresa está aumentando a produção de 40 mil para 100 mil testes diários. Ele explica que com a diminuição dos casos de contaminação, a fornecedora chegou a ter queda na produção, que volta agora com todo vapor.

“Fornecemos para hospitais, clínicas e laboratórios. Inclusive, a prefeitura de Salvador vai receber, nesta semana, sete mil testes de covid e influenza juntos”, afirma o diretor.

A fornecedora MedLevensohn também registrou um aumento de 10% na demanda de testes de covid-19 após as festas de final de ano. Ainda segundo a empresa, houve um crescimento de 11,5% na procura por testes para influenza A+Bm que detectam a variante H3N2, em comparação a novembro e dezembro de 2020. A fornecedora já comercializou cerca de sete milhões de testes desde o início da pandemia, No pico das infecções, chegou a vender 200 mil exames mensais.

O que diz a especialista

Ter contato com pessoas infectadas ou sentir algum sintoma de covid-19, são motivos que levam as pessoas a procurarem pelo diagnóstico, mas no cenário atual, outros fatores podem motivar a busca.

“O aumento na procura pelo teste de covid está ligado a dois fatores. Primeiro à questão dos sintomas. Estamos tendo mais pacientes com sintomas gripais, principalmente por conta da gripe [H3N2] que está assolando. O segundo ponto são as festas. Não é o ideal, mas muita gente associa que o teste negativo é um passe livre para se encontrar. Então, por causa das festas e aglomerações de fim de ano, muitos podem ter procurado fazer testes por esse motivo”, explica a infectologista Clarissa Cerqueira.

A circulação dos vírus da covid-19 e da gripe H3N2, além de aumentar as chances de contaminação, pode causar uma dupla infecção e mascarar os sintomas uma da outra. Laís Guilherme Pita, 35, que trabalha como copeira em um hospital particular de Salvador, já está bem familiarizada com os sintomas da covid. Ela se infectou duas vezes e sentiu novamente os sinais da doença, no final de novembro do ano passado, mas, após consultar o seu médico, foi diagnosticada com gripe, e por isso, não pôde realizar o teste para Covid no local.

“Na minha terceira infecção, os sintomas foram iguais, só um pouco mais fortes, tive febre, tremi, vomitei, e perdi o paladar, apesar de já estar vacinada, inclusive contra a gripe. Levou 20 dias para eu me recuperar. Mesmo não tendo conseguido fazer o teste naquele dia, e ter desistido de tentar novamente, porque a espera estava enorme, até na rede particular, não tenho dúvidas de que foi covid, porque os sintomas foram os mesmos que os das duas últimas vezes”, explica Laís.

A infectologista Clarissa Cerqueira acrescenta que ainda não há nenhuma certeza se as pessoas que já tiveram covid têm mais ou menos chances de se contaminarem com o H3N2, por isso, os cuidados devem ser os mesmos contra as duas doenças, já que a infecção se dá de maneira igual.

“As medidas de prevenção da influenza e da covid são as mesmas, apesar de serem vírus diferentes. É o uso das máscaras, a manutenção do distanciamento e continuar com boas práticas de higiene das mãos”, explica Clarissa.

Testes no Bonfim

O terceiro dia de realização de testes gratuitos anticovid no bairro do Bonfim, na Cidade Baixa, revelou a surpreendente marca de 83 pessoas diagnosticadas com a infecção provocada pelo Sars-CoV-2. O número representa 26% dos 318 testes realizados nesta quinta-feira (06). O exame de antígeno apresenta o resultado em até 30 minutos.

Durante os três dias da estratégia de prevenção no local, foram realizados 717 testes rápidos, sendo que 162 apresentaram resultado positivo. Os pacientes com o diagnóstico positivo foram orientados a permanecer em isolamento domiciliar e a procurar os serviços de saúde da rede municipal, em caso de agravamento do quadro clínico.

Na terça (04), foram feitos 213 testes, com 30 positivos. Na quarta (05), foram realizados 199 testes, com 49 positivos. Ontem foi o dia com maior número de casos positivos. Devido a alta procura, o serviço ficará disponível até a próxima semana e os atendimentos acontecerão por ordem de chegada, das 08h às 11h30, durante a manhã, e das 13h30 às 16h, durante a tarde.

A iniciativa visa a detecção precoce do vírus para conter a disseminação da doença em Salvador. Nos próximos dias, ela deverá ser ampliada para o bairro de Brotas. “Esperamos com a estratégia identificar pacientes e reduzir a circulação viral na cidade”, explicou Léo Prates, titular da SMS.

Onde testar de graça?

A prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), vai ampliar, a partir de hoje, de 48 para 50, o número de postos de saúde que oferecem os testes para a detecção da covid-19. As unidades de saúde oferecem o teste de antígeno, que possui mais de 93% de sensibilidade para o diagnóstico da covid-19. O serviço de testagem também realiza triagem com profissionais de saúde para facilitar o encaminhamento dos pacientes para o isolamento domiciliar ou para o acompanhamento médico, a depender da situação.

Os postos estão espalhados por 11 bairros da cidade (veja a lista abaixo) e o atendimento acontece de segunda à sexta-feira, das 08h às 16h:

Centro Histórico

UBS 19º Centro de Saúde do Pelourinho;
UBS Santo Antônio;

Itapagipe

USF Joanes Leste;
USF São José de Baixo;
UBS Ministro Alkimin;

São Caetano/Valéria

USF San Martin II;
USF Boa Vista do Lobato;
USF Lagoa da Paixão;
USF Boa Vista São Caetano;

Liberdade

USF Santa Mônica;
USF IAPI;

Brotas

USF do Candeal Pequeno;
USF Mário Andréa;

Barra/Rio Vermelho

USF Ivone Silveira – Calabar;
USF Professor Sabino Silva;

Boca do Rio

UBS César de Araújo;

Itapuã

USF São Cristóvão;
USF Km 17;
USF Vila Verde;
USF CEASA i e II;

Subúrbio Ferroviário

USF Vila Fraternidade;
USF Itacaranha;
USF São João do Cabrito;
USF Rio Sena;

Cajazeiras

USF Yolanda Pires;
USF Boca da Mata;
USF Cajazeiras – Jaguaribe I;

Outros bairros

USF das Barreiras
USF Colinas de Periperi

 

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A artista Margareth Menezes testou positivo para covid-19 nesta quinta-feira (6). De acordo com sua assessoria de imprensa, a cantora apresenta sintomas gripais leves, mas está bem e em isolamento, se recuperando em casa, em Salvador.

Por conta da doença, a participação que Margareth faria no show “Meu caso é Caraíva”, de Mariana Aydar, neste sábado (8), em Caraíva, foi cancelada.


“Estou bem e atribuo isso, principalmente, ao fato de estar vacinada! O vírus ainda é uma realidade, por isso, cuidem-se e completem seu esquema vacinal! Aplausos aos cientistas, aos médicos e profissionais da saúde e ao S.U.S. Vacina para as crianças já!”, reforçou.

Publicado em Famosos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota na noite deste domingo (2) em que "contraindica o embarque de passageiros que possuem viagens programadas em navios de cruzeiro para os próximos dias". A nota é divulgada após a agência pedir ao Ministério da Saúde a interrupção da atual temporada de cruzeiros. Já são 174 casos confirmados de covid-19 desde a semana passada em navios. A Anvisa também impediu, neste domingo, o embarque de 3 mil passageiros no navio MSC Splendida.

De acordo com a Anvisa, o impedimento ocorre "devido ao reconhecimento pelas autoridades locais de saúde e pela Anvisa, da existência de transmissão sustentada de covid entre tripulantes". A notificação, segundo a agência, ocorreu no sábado (1º).

Na mesma nota, a agência reafirmou a necessidade de suspender a temporada de cruzeiros. A medida deve ser tomada pelo Ministério da Saúde, que afirmou até o momento que avalia medidas cabíveis. "Em razão do grave risco à saúde da população, a Anvisa já recomendou ao Ministério da Saúde, desde o dia 31/12, que revisitasse a posição sobre a temporada de navios de cruzeiros".

A MSC Cruzeiros, responsável pela operação do navio MSC Splendida, também divulgou nota na noite deste domingo em que confirma não ter recebido autorização para realizar o embarque de hóspedes no porto de Santos, onde o navio estava atracado. A companhia não divulgou o número de passageiros que embarcariam neste domingo.

O MSC Splendida é um dos navios que registraram casos positivos de covid desde a semana passada - os outros dois são o Costa Diadema e o MSC Preziosa, de responsabilidade da mesma empresa. O Preziosa, deste domingo, chegou ao Rio de Janeiro com 28 casos confirmados do coronavírus - sendo dois tripulantes e 26 passageiros. Neste caso, a Anvisa autorizou o embarque de novos passageiros. Ao todo, até o momento, são 174 casos já notificados em navios atracados na costa brasileira durante a atual temporada.

A MSC Cruzeiros, ainda em nota, afirma que os passageiros que embarcariam neste domingo têm algumas opções a partir de agora. Solicitar uma carta de crédito no valor original do cruzeiro, a ser resgatada em qualquer outro cruzeiro até 31 de dezembro deste ano. A pessoa pode, ainda, pedir o reembolso dos pacotes.

"No fim dessa tarde, a Companhia recebeu a informação das autoridades de que, infelizmente, o MSC Splendida, que está atualmente em Santos operando cruzeiros somente no litoral brasileiro, não foi autorizado a realizar o embarque dos hóspedes para seu próximo cruzeiro, em razão dos limitados casos positivos identificados a bordo", afirmou a nota.

"A MSC Cruzeiros está operando desde agosto de 2020 e, até o momento, recebeu, com segurança e responsabilidade, mais de um milhão de hóspedes em seus navios em todo o mundo, graças a um protocolo de saúde e segurança que foi reconhecido como tendo estabelecido o padrão para a indústria em geral e outros setores", continuou o comunicado da empresa.

Publicado em Brasil

Sessenta e cinco das 417 cidades baianas estão sem registrar casos de Covid-19 há cerca de 30 dias, segundos dados divulgados pela Secretária de Saúde da Bahia (Sesab). Contendas do Sincorá, no sudoeste do estado, é o município que está há mais tempo sem contabilizar infectados (112 dias).

De acordo com os dados divulgados no último boletim, na quarta-feira (8), Marciolínio Souza é a segunda cidade com maior tempo sem registros de infectados pela doença (111 casos), seguido de Itaju da Colônia (102), Boninal (95) e Tapiramutá (92). [Veja a lista das cidades ao final da matéria]

Nas últimas 24 horas foram registrados 608 novos casos de Covid-19 na Bahia. O boletim ainda registrou seis óbitos causados pela doença. Desde o início da pandemia, dos 1.264.224 casos confirmados, 1.233.888 são considerados recuperados e 27.365 pessoas morreram. Ainda estão ativos 2.971 casos.

Segundo a Sesab, 1.650.396 casos foram descartados e 258.683 estão em investigação. No estado, 52.615 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19.

A Bahia tem 1.231 leitos ativos para tratamento da Covid-19. Desse total, 410 estão com pacientes internados, o que representa taxa de ocupação geral de 33%.

Desses leitos, 507 são de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e têm taxa de ocupação de 40% (201 leitos ocupados).

Nas UTIs pediátricas, 26 das 29 vagas estão com pacientes, o que representa taxa de ocupação de 90%. Os leitos clínicos para adultos estão com 23% de ocupação e os infantis com 57%.

Confira as cidades baianas que têm mais de 30 dias sem registrar casos de Covid-19:

Utinga – 38
Terra Nova – 31
Boninal – 95
Candeal – 62
Marcionílio Souza – 111
Itaeté – 32
Ibiquera – 81
Presidente Dutra – 39
Ibititá – 46
Barra do Mendes – 31
Tapiramutá - 92
Mulungu do Morro – 46
Gentio do Ouro – 77
Jucuruçu – 60
Jaguaripe – 92
São Félix – 50
Muniz Ferreira – 74
Olindina – 47
Fátima – 46
Banzaê – 70
Heliópolis – 69
Araçá – 60
Aramari – 40
Novo Triunfo – 62
Jandaíra – 48
Acajutiba – 46
Crisópolis – 61
Jeremoabo – 40
Santa Brigída – 40
Ibotirama – 64
Serra do Ramalho – 32
Jaborandi – 35
Tabocas do Velho Brejo – 31
Ipupiara – 84
Iguaí – 60
Ibiassucê – 52
Palmas de Monte Alto – 67
Piripá – 64
Pindaí – 69
Lagoa Real – 73
Urandi – 53
Candiba – 38
Encruzilhada – 63
Mirante – 75
Sebastião Larajeiras – 82
Matina – 70
Botuporã – 45
Licínio de Almeida – 62
Jussiape – 69
Caraíbas – 31
Érico Cardoso – 52
Contendas do Sincorá – 112
Maetinga – 102
Caturama – 124
Manoel Vitorino – 49
Santa Luzia – 32
Teolândia – 32
Itiriçu – 76
Igrapiúna - 31
Apuarema - 84
Gongogi - 38
Planaltino - 48
Nova Ibiá - 48
Cravolândia - 32
Itaju do Colônia - 102

Publicado em Saúde

O número de atrasados em tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19 só cresce em Salvador. Agora, são cerca de 200 mil pessoas que já poderiam ter concluído a imunização, mas ainda não o fizeram, segundo o prefeito Bruno Reis.

Por causa disso, ele avalia sancionar o projeto de lei que já foi aprovado pela Câmara Municipal e que obriga que os servidores municipais se vacinem. "Tem um projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal que obriga a vacinação dos servidores. Eu ainda estou avaliando o que irei fazer. Vocês conhecem a minha forma de trabalhar. A imposição é sempre a última medida", explicou o prefeito, nesta quarta-feira (27).

No entanto, a prefeitura está analisando outras possibilidades para estimular a vacinação na cidade. "Amanhã vamos lançar uma parceria com o comércio para estimular a vacinação da segunda dose em Salvador. Prefiro ir na linha de induzir, de estimular, para depois impor qualquer medida", completou.

O Arrastão da 2ª Dose, realizado na segunda (25) e terça (26) imunizou apenas 50 mil pessoas, abaixo do que era esperado. "Ontem poderíamos ter vacinado 100% dos adultos em nossa cidade e vacinamos 50 mil. Temos um universo de mais de 200 mil que não voltaram para a segunda dose".

Se este número não for reduzido, o prefeito analise impor medidas ao longo do mês de novembro. "Caso não haja adesão de forma espontânea, o senso de responsabilidade, eu não descarto sancionar esse projeto e adotar outras medidas para estimular a vacinação em nossa cidade".

Projeto de lei
O projeto de lei 280/2021 é de autoria do presidente da Casa, Geraldo Júnior (MDB), e foi aprovado no dia 14 de setembro. Segundo o projeto, o servidor ou agente que não comprovar a vacinação fica proibido de exercer função pública direta e indiretamente no município de Salvador por 8 anos.

A proposição determina que a obrigatoriedade da vacina estende-se à “servidores públicos efetivos, comissionados e temporários, de atividades essenciais e não essenciais lotados em órgãos da administração pública direta e indireta, empresas públicas, agências reguladoras, representações, entidades e instituições públicas”. E determina que os servidores e agentes privados deverão se imunizar cumprindo o calendário previsto no Plano Estadual de Vacinação.

O projeto estabelece que o cumprimento do processo de vacinação deve ser comprovado pelos trabalhadores a seus superiores hierárquicos, mediante a apresentação do cartão de vacinação devidamente preenchido. Os servidores ou terceirizados que não comprovarem a vacinação também pagarão uma multa que será estabelecida quando a Prefeitura de Salvador realizar a regulamentação da lei.

Publicado em Política

O Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) referente às semanas epidemiológicas 37 e 38 (de 12 a 25 de setembro) mostra que os avanços na vacinação vêm contribuindo para um cenário positivo. De acordo com a análise, há redução nos números absolutos de óbitos de 42,6% e de internações de 27,7%.

Segundo a Fiocruz, o quadro atual mostra que, uma vez que a população vem sendo beneficiada de forma mais homogênea com a vacinação, o grupo de idosos se consolida como mais representativo entre os casos graves e fatais, com 57% das internações e 79% dos óbitos. “Novamente, pela primeira vez desde o início da vacinação entre adultos, todos os indicadores (internações, internações em UTI e óbitos) passam a ter a média e a mediana acima de 60 anos”, dizem os cientistas.

Para os pesquisadores, apesar da queda dos indicadores, o momento ainda exige cuidado. A análise do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) observa que, mesmo com a redução de incidência nas semanas anteriores, a grande maioria dos estados encontra-se ainda em níveis altos ou muito altos, acima de um caso por 100 mil habitantes. Isso, na avaliação dos pesquisadores, evidencia a necessidade de atenção, com ações de vigilância em saúde para evitar estes casos graves, com sintomas que levam a hospitalização ou a óbito. A incidência da síndrome é um parâmetro de monitoramento da pandemia de covid-19, uma vez que o SARS-CoV-2 é responsável por 96,6% dos casos virais de SRAG registrados desde 2020.

Outro indicador estratégico, a taxa de ocupação de leitos covid-19 adulto mostra que 25 unidades da Federação estão fora da zona de alerta com taxas inferiores a 60%.

Passaporte vacinal
O Boletim também aponta o passaporte de vacinas como importante estratégia para estimular e ampliar a vacinação no Brasil. Ao defender a adoção dessa iniciativa em todo o território nacional, o documento destaca o princípio do ponto de vista da saúde pública de que “a proteção de uns depende da proteção de outros e de que não haverá saúde para alguns se não houver saúde para todos”.

Para os pesquisadores, é importante que sejam elaboradas diretrizes em nível nacional sobre o passaporte de vacinas para evitar a judicialização do tema, criando um cenário de instabilidade e comprometendo os ganhos que vêm sendo obtidos com a ampliação da vacinação. “Reforçamos, portanto, que esta estratégia é central na tentativa de controle de circulação de pessoas não vacinadas em espaços fechados e com maior concentração de pessoas, para reduzir a transmissão da covid-19, principalmente entre indivíduos que não possuem sintomas”, afirmam.

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