Sexta, 03 Maio 2024 | Login

As irmãs gêmeas Samyra e Sarah Aramuni, moradoras de Teixeira de Freitas, no sul da Bahia, conseguiram uma façanha que surpreendeu muita gente, exceto elas próprias, que após terem um desempenho abaixo do esperado no Enem do ano passado, estabeleceram uma rotina de estudo de mais de 10 horas por dia.

Beirando o exagero para superar a decepção do primeiro Enem após deixar o ensino médios, ambas acabaram recebendo a recompensa agora, com a aprovação para cursar Medicina em mais de 30 faculdades públicas do Brasil.

As jovens de 19 anos concluíram o ensino médio numa escola pública de Teixeira de Freitas, e agora são orgulhos da cidade com o desempenho extraordinário no Enem: enquanto Samyra passou em segundo lugar, Sarah foi terceira colocada no exame, permitindo que escolhessem algumas das faculdades mais importantes do país.

Segundo contaram à Rede Bahia, a escolha está feita, e as duas estão de mudança para o sudeste do país, já que optaram por cursar Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das mais prestigiadas do Brasil.

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A Universidade do Estado da Bahia (Uneb) informou nesta semana que terá uma retomada gradual das atividades presenciais em 2022 em todos seus campi. A previsão é de manter 40% da oferta dos colegiados on-line.

O semestre tem previsão de começar no dia 7 de março, com uma semana de intengração. As aulas presenciais começam no dia 14 do mesmo mês.


A resolução do Conselho Universitário da instituição prevê manutenção das atividades acadêmicas "com mediação tecnológica" de até 40% da oferta do colegiado dos cursos de graduação e pós, além de ações de extensão.

Uma instrução normativa será submetida ao Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) ainda esse mês, para servir de norte para a metodologia que será usada nesse período.

“A universidade está se organizando para cumprir com as exigências e os protocolos de convivência, orientados pelo Comitê de Biossegurança (COBIO). Baseada sempre na máxima de preservação da vida e confiança na ciência. Caso seja necessário, convocaremos o Consu para discussão e nova decisão coletiva”, destaca a professora Adriana Marmori.

Medidas sanitárias
Nessa volta às aulas, será obrigatório usar máscara e ter temperatura aferida antes de entrar nos campi. Também será preciso comprovar vacinação, em alinhamento com o calendário do município em questão.

A Uneb vai disponibilizar equipamentos com álcool em gel nas áreas de circulação. Pias foram instaladas nas unidades para facilitar a higienização.

Sinalização no chão e paredes vai ajudar a manter distanciamento. Também deve-se observar o limite de pessoas por sala.

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O Conselho Acadêmico (CONAC) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) aprovou o retorno das atividades acadêmicas presenciais de graduação no semestre 2021.2, marcado para iniciar em 11 de abril de 2022. De acordo com a Resolução CONAC/UFRB Nº 40/2021, o semestre 2021.2 inicia em 11 de abril e termina em 6 de agosto de 2022. Já o semestre 2022.1 tem início em 29 de agosto e término em 24 de dezembro de 2022.

A Pró-Reitora de Graduação, professora Karina Cordeiro, apresentou a proposta de retomada das atividades acadêmicas presenciais, aprovação e regulamentação do Calendário Acadêmico de Graduação 2021.2 e 2022.1 elaborada de forma coletiva com a Superintendência de Regulação e Registros Acadêmicos (SURRAC), Coordenadoria de Tecnologia da Informação (COTEC) e Centros de Ensino. A proposta levou em consideração as Diretrizes Institucionais de Medidas de Biossegurança de Enfrentamento à COVID-19.

Servidores e estudantes que apresentam condições ou fatores de risco, conforme Artigo 3º da Resolução CONSUNI/UFRB Nº 07/2021, são preservados da presencialidade. Os servidores que se enquadram em uma das situações poderão executar suas atividades de forma remota e os estudantes terão direito ao regime de exercícios domiciliares.

A Resolução CONAC/UFRB Nº 36/2021 regulamenta ainda a retomada das atividades acadêmicas presenciais dos cursos de pós-graduação. O semestre 2022.1 começa em 21 de março de 2022 e encerra em 23 de julho. Já o semestre 2022.2 inicia em 22 de agosto e termina em 20 de dezembro.

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Uso obrigatório de máscara e atividades presenciais realizadas somente por pessoas que completaram o esquema vacinal. Essas são algumas das medidas que a Administração Central da Universidade Federal da Bahia (Ufba) vai apresentar ao Conselho Universitário (Consuni), em uma reunião virtual realizada nesta sexta-feira (12).

A proposta da universidade é que as aulas presenciais tenham início em março do ano que vem, mas as aulas online podem continuar para alguns estudantes da Ufba. Isso porque, ficará a encargo das Unidades Universitárias oferecer ou não componentes curriculares de maneira remota, a decisão dependerá do colegiado de cada curso. As eventuais matérias cursadas online serão aproveitadas e vão integrar o currículo do aluno.

No documento que será apresentado ao Consuni, que pode aprovar ou não a proposta, a Ufba propõe que só alunos que estiverem em condições de risco devem ter direito ao regime de aulas online. As situações especiais que possibilitariam os estudantes a não realizarem as atividades presenciais são: ter alguma doença grave, contra-indicação que impeça a vacinação contra a covid-19, ter filho em idade escolar que esteja apenas com aulas online, estar encarregado de cuidado de alguém que necessite atenção especial e estar em período de gestação ou lactação.

O presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub), Emanuel Lins, no entanto, afirma que as aulas online serão exceção e que essa dinâmica estará sujeita à disponibilidade dos professores. Os docentes também podem optar pelas aulas remotas caso se enquadrem nas situações listadas acima.

O semestre presencial, que deverá ser anunciado após um ano e sete meses da universidade com as portas fechadas, vai trazer outras novidades para os alunos. Diferentemente do que aconteceu no semestre suplementar em 2020, em que o aluno poderia trancar a matéria em qualquer momento do curso, em 2022 só será possível pedir o trancamento de um componente curricular até, no máximo, serem completados dois terços do semestre, ou seja, até junho.

Também em caráter excepcional, no semestre de retomada presencial, será permitido que os alunos ultrapassem o limite de 20% da carga horária total do curso em atividades não presenciais. No documento, a Ufba reitera que o ensino presencial é imprescindível para a formação de estudantes da graduação e da pós.

“A nossa perspectiva não é voltar como se estivéssemos em condições normais, voltaremos em caráter especial. Estabelecer regras sanitárias como uso de máscaras, distanciamento social e, especialmente, passaporte de vacina é essencial', defende Lins.

A proposta é apresentada no momento em que a pandemia desacelera em todo o Brasil, inclusive na Bahia. De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 485 novos casos de covid-19 e cinco mortes foram registrados nas últimas 24 horas. O estado possui atualmente 215 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados por pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.

Os alunos não serão os primeiros a retomarem as atividades na universidade. Desde o início deste mês, 1.295 servidores administrativos da Ufba estão voltando ao trabalho. O uso de máscaras e o distanciamento social são obrigatórios, além disso, os funcionários devem ter tomado as duas doses ou a dose única da vacina contra a covid-19. Segundo o Comitê de Assessoramento do Coronavírus da Ufba, as atividades estão sendo retomadas de maneira gradual.

A reportagem procurou a Reitoria da Universidade Federal da Bahia para comentar a proposta que será apresentada na reunião, mas não obteve retorno. A Pró-Reitoria e a assessoria de comunicação da Ufba informaram que não iriam comentar o teor do documento antes que ele fosse aprovado pelo Conselho Universitário. A reportagem também tentou contatar o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Universidades Públicas Federais no Estado da Bahia (Assufba), mas não obteve resposta.

Animação e incertezas
A possibilidade do retorno das aulas presenciais na Ufba, seguindo protocolos sanitários, tem sido recebida com animação, mas também com receio pelos estudantes. Laisa Gama é estudante do quarto semestre de jornalismo da Ufba. Para ela, que está morando em Irecê, no interior do estado, desde que a pandemia começou, a volta às aulas é um alívio.

“Eu gostei muito da ideia de voltarmos, sinto falta da vivência universitária. É muito diferente assistir às aulas pelo computador do que ir até a universidade, abrir o caderno e prestar atenção de fato”, afirma.

Laisa Gama é uma das estudantes que se sente segura em retornar para as atividades presenciais por conta do avanço da vacinação: “Se todo mundo tiver respeitando as normas, usando máscara e fazendo o distanciamento, acho que pode sim ser seguro”.

Já Suelen Melis, estudante do oitavo semestre de fonoaudiologia da Ufba, mesmo depois de já ter completado o ciclo de imunização, tem medo de como será a dinâmica quando os estudantes voltarem ao campus. “Eu ainda não me sinto 100% segura para voltar. Apesar de sentir muita falta das aulas presenciais, eu tenho receio se os protocolos vão ser seguidos pela instituição e por todos os alunos”, revela.

Sobre as aulas remotas em um curso de saúde, Suelen Melis conta que se acostumou com as aulas online: “Apesar de ter me adaptado ao ensino remoto e achar eficiente até certo ponto, devido ao fato do meu curso ser da área de saúde, eu compreendo a necessidade de voltar a ter aulas presenciais, principalmente as aulas práticas que fazem diferença na formação”.

Veja os principais pontos da proposta da Ufba para o retorno das aulas presenciais:

- O semestre deve ser presencial e não híbrido;
- Aulas remotas serão a exceção para alunos e professores que estiverem em situações especiais;
- Quem decide quais matérias serão oferecidas online são os colegiados de cada curso;
- Pessoas que apresentarem sintomas de covid=19 devem informar à direção e ficar em casa, cumprindo o isolamento;
- Será permitido ultrapassar o limite de 20% da carga horária total em atividades remotas;
- Componentes curriculares poderão ser trancadas até dois terços do semestre.

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O Colégio Antônio Vieira lançou nesta semana o edital que vai selecionar alunos para estudar de graça no turno noturno do Ensino Médio da escola a partir de 2022. As inscrições acontecem de 5 a 9 de novembro, pelo site do colégio.

São disponibilizadas 40 vagas exclusivas para ingresso na 1ª série do Ensino Médio. Os alunos poderão continuar nos três anos previstos para concluir a etapa escolar, desde que cumprindo os critérios exigidos, como regularidades na aulas e renda familiar de até um salário mínimo e meio.

Também é necessário que o aluno seja residente no município de Salvador ou região Metropolitana. A Bolsa de Estudo é anual, individual, pessoal e intransferível, não sendo renovada automaticamente para o ano letivo subsequente. Para que isso ocorra, o aluno contemplado deve passar por um novo processo de avaliação socioeconômica anualmente.

O Vieira destaca a qualidade do curso, que conta com profissionais que participam dos processos de formação de docentes oferecidos anualmente pela instituição à toda equipe pedagógica.

 

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No primeiro dia do projeto piloto de testagem contra a covid-19 nas escolas públicas de Salvador, 530 alunos e funcionários das redes estadual e municipal foram testados. No total, serão 180 mil pessoas a terem amostras coletadas nos colégios baianos, nos próximos três meses. Até agora, 240 dos 417 municípios da Bahia aderiram à campanha, fruto do projeto Partiu! #Testagem nas Escolas, coordenado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde da Salvador (SMS).

Foi no Colégio Estadual Eduardo Bahiana, no bairro de Fazenda Grande II, que a coleta começou, nesta segunda-feira (18). Segundo a diretora, Ivani Almeida, 215 pessoas foram testadas na escola nesta segunda, pela manhã, e outras 315 pela tarde. A merendeira Gersonita Melo, 57, foi uma delas. “Nunca peguei covid. Já teve até meu amigo, que teve lá em casa, que pegou, mas, toda vez que faço o teste, dá negativo. Fé em Deus vai dar negativo dessa vez, de novo”, relata Gersonita, que trabalha no colégio há 11 anos.

Durante o período em que o amigo dela se infectou, ela ficou 14 dias afastada do trabalho. Esse também é o protocolo a ser adotado nesse projeto. Segundo a SMS, além do afastamento dos casos positivos, haverá um monitoramento dos contactantes diretos. As escolas ainda devem coletar dados da comunidade, diariamente, a partir da checagem de uma lista de sintomas. Nenhuma família deve levar o aluno à escola com sintomas gripais.

CIRCULAÇÃO VIRAL

Não é preciso ter sintomas para fazer a coleta, pois o objetivo é medir a circulação da carga viral da covid-19, segundo o secretário municipal da saúde de Salvador, Leo Prates. “Houve uma preocupação das mães e pais com o volume de pessoas que estão dentro das unidades escolares. Por isso, é importante fazer o acompanhamento da circulação viral, por amostragem. É um estudo parecido com o inquérito epidemiológico que fizemos”, explica Prates.

A orientação das secretarias da saúde para o resto do público ainda é testar somente se houver sintomas. “Faremos esse trabalho somente nas escolas, que vivem um momento diferenciado em relação à cidade, porque, agora, a rede estadual também volta de forma 100% presencial”, esclarece o secretário. “Nosso objetivo é garantir a segurança dos alunos e trabalhadores da educação, tranquilizando os pais”, declara Leo Prates.

Inicialmente, somente os alunos acima de 13 anos serão testados, além dos funcionários. Até a próxima sexta-feira (22), os estudantes menores de 12 anos também serão contemplados. A amostra é aleatória. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), amostras de cerca de 20% da comunidade escolar serão coletadas. Ao todo, são 32.235 professores na rede estadual de ensino, na Bahia, além de 900 mil alunos. Na rede municipal de Salvador, são 163 mil estudantes e 7.600 professores.

O tipo de teste usado é o antígeno ou RT-PCR. Caso alguém teste positivo, um novo exame será feito para contraprova. Eles serão analisados pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA). As equipes de epidemiologistas e sanitaristas visitarão uma escola pública diferente a cada dia. O roteiro é definido semanalmente. A próxima escola será no Distrito Sanitário de Brotas, na Escola Municipal Visconde de Cairu.

Roteiro completo:

18/10 - Colégio Estadual Eduardo Bahiana - DS Cajazeiras
19/10 - Escola Municipal Visconde de Cairu - DS Brotas
20/10 - Escola Municipal Iacy Vaz Fagundes - DS Barra/Rio Vermelho
21/10 - Colégio Estadual Luiz Fernando Macedo Costa - DS Cajazeiras
22/10 - Escola Municipal Maria Constância - DS Cabula/Beiru
Quase 43 mil adolescentes não tomaram 1ª dose

Além do #Partiu! Testagem nas Escolas, a secretaria municipal da saúde faz outra ação no ambiente escolar: a busca ativa dos alunos faltosos da vacinação contra a covid-19. De acordo com a SMS, são 42.639 adolescentes entre 12 e 17 anos que estão habilitados a se imunizar na capital baiana, mas que ainda não foram aos postos de saúde. Por isso, a secretaria está indo até eles.

“Estamos indo nas escolas, com algumas equipes volantes, vacinando os alunos que estão autorizados a vacinar pelo Ministério da Saúde. São quase 43 mil, em Salvador, entre 12 e 17 anos. Continuamos nessa busca ativa para garantir a segurança do ambiente escolar”, completa Leo Prates. Além dele, estiveram no início da mobilização, no colégio Eduardo Bahiana, a secretária da Saúde do Estado da Bahia, Tereza Paim, e o superintendente da Secretaria de Educação do Estado, Manoel Calazans.

Segundo o vacinômetro da SMS, são 2.127.887 soteropolitanos que tomaram uma dose ou a dose única na cidade. Isso corresponde a 73,3% dos habitantes. Já em relação a segunda dose, são 1.389.660 imunizados, ou seja, 50% da população. Os que tomaram a terceira dose, como idosos e trabalhadores da saúde, somam 122.465 pessoas.

 

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A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em parceria com os municípios, fará a testagem de até 180 mil funcionários e estudantes com idade superior a 13 anos da rede pública municipal e estadual, desde que estejam assintomáticos e participando das atividades presenciais. O projeto Partiu! #Testagem nas Escolas tem a duração de três meses e, nesta segunda-feira (18), foi realizada a primeira coleta no Colégio Estadual Eduardo Bahiana, em Salvador, com as presenças da secretária da Saúde do Estado da Bahia, Tereza Paim, do secretário da Saúde de Salvador, Léo Prates, e do superintendente da Secretaria de Educação do Estado, Manoel Calazans.

A medida tem como objetivo identificar, monitorar e isolar casos da Covid-19 na comunidade escolar. De acordo com a titular da pasta estadual da Saúde, “estima-se que essa amostragem aleatória entre os indivíduos assintomáticos cubra até 20% da comunidade escolar. As amostras coletadas nas escolas pelas equipes municipais serão enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA)”, detalha Tereza Paim.

A secretária pontua ainda que os casos sintomáticos serão submetidos ao teste rápido de antígeno. “Mais rápido e com precisão similar ao teste molecular do tipo RT-PCR, que é o padrão ouro na detecção do coronavírus, ele tem como vantagem a detecção da doença em sua fase aguda, além da velocidade para obtenção do resultado, estimada em 20 minutos. A contraprova será obrigatória e utilizará o RT-PCR”, explica Paim.

Na eventualidade de resultados positivos para a Covid-19, os protocolos sanitários serão implementados de forma integrada entre o setor da saúde e educação, a exemplo de medidas de isolamento e monitoramento dos estudantes ou funcionários, bem como o rastreamento e quarentena dos contactantes diretos. “O projeto representa agenda intersetorial positiva, entendida como garantia adicional de que as escolas devem reabrir e permanecer abertas, com segurança para toda a comunidade escolar. Assim vamos mitigar o risco de casos e surtos”, avalia a secretária da Saúde do Estado da Bahia.
A superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde da Sesab, Rivia Barros, ressalta que os insumos necessários para a coleta e análise laboratorial já estão disponíveis para este projeto piloto, que já conta com a adesão de 240 municípios.

Para a diretora da Colégio Estadual Eduardo Bahaiana, Ivani Almeida, a ação traz uma maior tranquilidade para a comunidade escolar, principalmente neste momento de retorno às aulas 100% presenciais. “Com esta iniciativa podemos ter mais segurança na volta às atividades”, afirma a diretora ressaltando o trabalho que vem sendo feito para atender as medidas necessárias de controle da Covid-19.

Para além do rastreamento dos casos assintomáticos, cada escola deve implementar uma estratégia padrão de rastreamento diário a partir de uma lista de sintomas, embasadas nos critérios clínicos. O engajamento das famílias é fundamental, pois devem se comprometer a não levar o estudante para a escola caso se apresente com sintomas gripais, além de procurar atendimento em unidade de saúde. O uso de máscaras, o distanciamento social e a higiene frequente das mãos são as medidas básicas para evitar a disseminação da Covid-19 na comunidade escolar.

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O orçamento milionário de quase R$ 700 milhões da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) estará em novas mãos a partir do próximo ano. E as chances de ser uma mulher no comando da reitoria são altas: pela primeira vez na história do processo eleitoral da Uneb, mais de 80% das candidaturas para os cargos de reitor e vice-reitor são femininas - e 66% das candidatas à reitora. A campanha começou no dia 17 de agosto e as eleições serão nesta terça-feira (5), de forma online, pelo site, das 8h às 21h.

Os desafios para os novos gestores são muitos. Desde o início da pandemia da covid-19, a Uneb está em ensino remoto, para atender mais de 33 mil alunos de 30 departamentos, divididos em 26 campi, em 24 cidades da Bahia. Para a Coordenadora Geral da Associação dos Docentes da Uneb (ADUNEB), Ronalda Barreto, no entanto, o principal obstáculo será um melhor diálogo com o governador do estado, Rui Costa (PT). “Tem sido uma relação desgastada e, quem perde, é o povo baiano”, expõe Ronalda.

Uma pesquisa feita pela Aduneb ressaltou outra demanda da universidade: maior autonomia. “Desde 2015, a autorização de despesas, de serviços e pessoal, é realizada de forma centralizada, pela Secretaria da Administração do Governo do Estado da Bahia (Saeb). Hoje, todos os gastos passam pela autorização de pessoas que não entendem nada da vida universitária. Isso traz um prejuízo imenso do ponto de vista pedagógico e político”, critica a coordenadora-geral da Aduneb.

Ela defende mais independência aos campi, que têm contextos e realidades diferentes, além de fortalecer a presença da Uneb no interior da Bahia. Esses dois pontos foram os mais abordados nas propostas dos três candidatos. As chapas são as seguintes: Carla Liane Nascimento e Amérlia Maraux; Marcelo Ávila e Sofia Silva e Adriana Marmori e Dayse Lago..

A comunidade discente traz outras pautas. Para o estudante de direito do campus de Valença, no sul da Bahia, João Henrique Carvalho, 28, é preciso melhorar as residências estudantis no interior do estado, além de construir novos prédios. Ele, que usufruiu da residência em Gandu, conta que só concluiu a faculdade por conta desse apoio.

"Usufrui dessa política de assistência estudantil e sei como muitas vidas foram mudadas, várias pessoas puderam terminar a graduação por conta disso. Mas é preciso que elas sejam prioridade, que a Uneb dê mais apoio e estrutura de acolhimento ao estudante, com uma readequação dos espaços, porque não temos muito conforto", pontua.

Carla Liane Nascimento e Amélia Maraux: Uneb é resistência

Com o slogan “Uneb é resistência”, a chapa de Carla e Amérlia defende uma revisão das grades curriculares dos cursos. “Queremos currículos mais inovadores, praticando a justiça curricular, trazendo elementos do cotidiano. A ideia é atualizar, buscando diversidade cultural não só para as ementas, mas para as referências bibliográficas”, acredita Carla.

 


Carla e Amélia formam a chapa Uneb é resistência, para ocupar a reitoria entre 2022 e 2025                      (Foto: Divulgação)

Na reforma, ela buscará incluir autores e assuntos de grupos tradicionais, como os ribeirinhos, afrodescendentes, indígenas e quilombolas. “É preciso um currículo mais interdicisplinar e decolonial, além de incorporar a inclusão digital, o grande desafio do momento”, acrescenta.

Ela também defende outros dois eixos: a permanência do estudante e o fortalecimento da atividade de pesquisa. Ela ainda quer rever os critérios de distribuição das bolsas, para a quantidade ser igualitária entre os departamentos. Outra proposta é a criação de um centro de línguas, que ofereça cursos para um segundo idioma de forma gratuita aos alunos, técnicos e professores.

Carla Nascimento tem 20 anos na Uneb, é doutora em Ciências Sociais e professora de pós-graduação. Já atuou na Pró Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e na de Planejamento (PROPLAN) e é a segunda vez que ela se candidata à reitoria. Sua colega de chapa é Amélia Maraux, pesquisadora em educação, ex-diretora de departamento do campus de Conceição de Coité e vice-reitora por dois mandatos.

Marcelo Ávila e Sofia Silva: A Universidade precisa voltar a sorrir

Marcelo Ávila é o que mais tem experiência em gestão. Ele é o atual vice-reitor da Uneb, foi reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), pró-reitor de administração duas vezes – Uneb e Uefs - e pró-reitor de gestão e desenvolvimento de pessoas na Uneb. É mestre em filosofia e história das ciências e atua como professor há 35 anos no campus de Salvador.

Atual vice-reitor, Marcelo Ávila se candidata a reitor para quadriênio de 2022-2025                         (Foto: Divulgação)

Segundo ele, serão três princípios básicos da gestão, se eleito: valorização e acolhimento da comunidade acadêmica e fortalecimento dos cursos de graduação e pós-graduação. “É preciso voltar a conversar com sindicatos, associação, implantar uma política de assistência estudantil e humanizar mais a universidade, valorizar os servidores. As pessoas são nosso maior patrimônio e precisamos investir nisso”, argumenta.

Ele também busca adquirir mais equipamentos para os laboratórios e alocar novos recursos de pesquisas. Pretende também ampliar as bolsas, construir mais residências estudantis no interior da Bahia e implantar um atendimento gratuito de saúde mental para servidores e alunos. Ele ainda pensa em abrir mais concursos, para ampliar o quadro de funcionários.

“A universidade precisa voltar a sorrir. Queremos dar esperança às pessoas. Acreditamos que é possível tornar a Uneb mais moderna, dinâmica e, essencialmente, mais democrática, com a participação de toda a comunidade”, conclui Ávila. A chapa do então vice-reitor é composta pela professora Sofia Silva, doutora em administração e coordenadora do curso de turismo e hotelaria.

Adriana Marmori e Dayse Lago: Força no interior

A pedagoga Adriana Marmori é candidata ao cargo de reitora da Uneb pela segunda vez. Ela é doutora em Difusão do Conhecimento e foi diretora da Uneb de Barreiras, no Oeste baiano, além de chefe de gabinete na Secretaria de Políticas para Mulheres da Bahia (SPM). Como mulher e negra, ela acredita que o diferencial é investir no interior da Bahia.

A professora Sofia integra a chapa Somar com o professor Marcelo Ávila                    (Foto: Divulgação)

 

“Conheço todos os departamentos, de todas as cidades, de perto, a realidade de cada um. A gente precisa dar visibilidade às nossas instituições com uma política de comunicação forte, porque muita gente não conhece o que a universidade tem de potencial. Precisamos mostrar a Uneb pelo que ela é, multicampi, presente em todos os territórios da Bahia”, afirma.

A candidata a vice-reitora na chapa, Dayse Lago, já foi diretora da Uneb de Irecê. Dayse é pedagoga, doutorada em educação e contemporaneidade. Outras propostas da chapa são rever o estatuto da universidade, que, segundo Adriana, é muito antigo. Para isso, pretende dialogar com o governo do estado e refazer a lei de encargos e salários dos técnicos e docentes. Por fim, ela defende a inclusão de mais cursos de cultura e esporte, para humanizar e formar mais cidadãos individualizados.

Outros reitores da Uneb:
1983–1984: Edivaldo Boaventura
1984–1985: Fábio Dantas
1986–1989: Edelzuíto Soares
1990–1993: Joaquim Mendes
1994–1997: Mons. Antonio Raimundo
1998–2005: Ivete Sacramento
2006–2013: Lourisvaldo Valentim da Silva
2014: José Bites de Carvalho (Atual)

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O engenheiro civil Rafael Lordelo, 27 anos, é especialista em Estrutura de Concretos e Fundações, área pela qual é apaixonado, mas atualmente atua no departamento de qualidade de uma construtora em Salvador. O emprego foi um desdobramento do estágio que ele iniciou em 2015 e resultado de muito esforço. Apesar de não estar desempenhando exatamente a atividade para qual é especializado Rafael pode se considerar um privilegiado por estar atuando na área em que é formado.

Uma pesquisa nacional divulgada, nesta quarta-feira (29), pela Federação da Indústria do Estado do Ceará (Fiec) com apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), revelou que a Bahia passou de 6ª para a 13ª posição na inserção de pessoas com pós-graduação no mercado de trabalho, na comparação com o último levantamento da instituição, realizado no ano passado.

Confira a pesquisa

O Índice de Inovação dos Estados está na terceira edição e apontou algo que Rafael já sabia: que está cada vez mais difícil conseguir uma colocação no mercado, mesmo para quem tem mestrado ou doutorado.

“Fiz essa especialização porque é uma coisa que eu gosto. E se um dia eu quiser trabalhar como autônomo será nessa área. Ingressei como estagiário e estou na área até hoje, mas está bem difícil para quem é de fora, para quem não ingressou no mercado na época da faculdade, e para quem não tem experiência. As empresas não estão comportando mais profissionais e as pessoas estão tendo que ser autônomas. O mercado está saturado”, disse.

A pesquisa divulgada ano passado apontava a Bahia como primeira colocada entre os estados do Nordeste na contratação de pessoas com pós-graduação, com destaque para o número de mestres e doutores atuando na indústria de Construção Civil. Mas o jogo virou. O gerente de Produtos de Inteligência Competitiva Elton Freitas, um dos responsáveis pela pesquisa, explicou que o indicador avalia apenas mestres e doutores empregados na indústria e em atividades de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs).

“Um dos principais gargalos no país é justamente a pouca participação desse perfil profissional no setor produtivo, geralmente eles estão na academia. Ter profissionais com pós-graduação no mercado é fundamental para que o conhecimento, muitas vezes preso na academia, transborde para o setor privado”, disse.

Na Bahia, os setores dentro da indústria que possuem maior participação de mestres e doutores são: extração de petróleo e gás natural (4,4%), fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,0%) e produtos químicos (0,7%). Em geral, a Bahia avançou duas casas em inovação no último ano, sendo o 14º entres os mais inovadores.

O estudo apontou que em termos de formação de mão de obra houve melhora no estado. O capital humano, que é a avaliação da quantidade e da qualidade de profissionais nas áreas tecnológicas, avançou da 17ª para a 13ª colocação. Porém, o mercado de trabalho não conseguiu acompanhar essa mudança.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-BA), Wladimir Martins, algumas mudanças recentes no mercado contribuíram, no que diz respeito às exigências em termos de escolaridade. "Eu diria que houve uma flexibilização e priorização de mão de obra técnica em alguns setores, com abertura do mercado para os que tem curso técnico, então o perfil de busca foi alterado".

Para ele, o "pós-cenário de pandemia" também levou ao achatamento de salários, devido à maior quantidade de mão de obra disponível. A redução de postos de trabalho e a redistribuição estrutural em termos de posições também se adequaram aos custos que as empresas podem ter no momento.

"O cenário trouxe uma situação complexa, um período grande sem produção, o que onerou os custos e obrigou ambientes organizacionais a fazerem uma reestruturação em termos de posições. As posições se reduziram e agora, em muitos casos, tem uma pessoa fazendo a função de duas, por exemplo".

Impacto
Para o pró-reitor de Ensino de Pós-Graduação (Propg) e de Pesquisa, Criação e Inovação (Propci) da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Sérgio Ferreira, dois fatores pesaram nessa equação: a pandemia e o fechamento da Ford. A montadora era responsável por 12 mil empregos diretos e mais 60 mil postos de trabalho indiretos no estado, e entre os profissionais que atuavam na empresa estavam mestres e doutores de diversos campos da indústria.

“Muitos de nossos alunos de mestrado e doutorado atuavam na Ford e nas diversas empresas que estavam ligadas a ela e foram impactados pelo fechamento. Além disso, a recessão financeira provocada pela pandemia atingiu as faculdades privadas e muitos alunos das engenharias, química, física, matemática, saúde e outras mais que eram absorvidos por essas instituições perderam os empregos”, disse.

A pesquisa da Fiec ainda não avaliou os efeitos da pandemia no setor, e não contabiliza as atividades de docência. Outro fator apontado por especialistas foi a redução das atividades da Petrobrás que está fechando postos em diversas cidades baianas.

Procurada, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) não comentou a pesquisa.

Crise acontece também em outras áreas
A pesquisa do Observatório da Indústria se debruçou sobre as profissões voltadas para esse segmento, mas estudantes de outras áreas também relataram dificuldades para se inserir no mercado baiano.

Em 2020, eram 2.916 bolsistas de pós-graduação na Bahia, segundo os dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O levantamento mais recente da instituição sobre as titulações é de 2019 e aponta que 2.756 estudantes de diversas áreas se tornaram mestres e outros 780 doutores naquele ano.

A pesquisa da Fiec é desenvolvida por economistas, cientista de dados e engenheiros, utiliza dados públicos para a análise de dois indicadores. Na dimensão Capacidades, são observados Investimento Público em C&T, Capital Humano (Graduação e Pós-Graduação); Inserção de mestres e doutores na Indústria, Instituições, Infraestrutura e Cooperação.

Já na dimensão resultados, são analisados a competitividade global do estado, o nível de intensidade tecnológica da produção, a propriedade intelectual, produção científica e empreendedorismo. O estudo será disponibilizado para gestores públicos e para a sociedade civil com o propósito de identificar os principais gargalos e oportunidades relacionados à inovação.

Publicado em Bahia

Onze meses depois da liberação da prefeitura para a realização de aulas semipresenciais, as faculdades particulares de Salvador ainda preferem se manter no ensino remoto. Apenas a Faculdade Baiana de Direito e Gestão, no Costa Azul, que tem carga horária 100% teórica, voltou a receber os alunos presencialmente nas salas de aula, desde 30 de agosto.

As outras, como Unime, UniFACS, UniFTC, Ucsal, e o Senai Cimatec rejeitam o modelo semipresencial. Ele só é adotado para as atividades práticas. As outras disciplinas, que não precisam de laboratório, continuam mediadas por tecnologia. Algumas universidades não têm sequer previsão de quando ocorrerá o retorno completo de todas as matérias, como a Faculdade 2 de Julho e a Unijorge.

Legalmente, as instituições de ensino superior da capital baiana já estão autorizadas desde outubro de 2020 a funcionarem na modalidade híbrida, desde que seguissem os protocolos sanitários exigidos pela prefeitura. Porém, caberia a cada uma definir quando e como ocorreria esse retorno. A maioria preferiu manter-se no on-line. Desde o início da pandemia, quase 200 professores foram demitidos, as reclamações cresceram mais de 1300% no Ministério Público da Bahia (MP-BA) e os salários reduziram até 90%.

Segundo o sindicato, as instituições de ensino privadas só não retornaram por resistência dos alunos. “As instituições já estão autorizadas há muito tempo, mas o que está havendo é resistência dos estudantes em terem aula presencial. A probabilidade de voltar ao ensino presencial como antes da pandemia é remotíssima, porque 65% dos alunos não têm mais interesse no modelo anterior”, declara o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior da Bahia (Semesb), Carlos Joel, citando uma pesquisa nacional, feita pela Associação Brasileiras de Mantenedores de Ensino Superior (ABMES).

Segundo Joel, a probabilidade é que o modelo híbrido se mantenha mesmo após a pandemia do novo coronavírus, a partir da lógica de as aulas teóricas serem de forma remota e as práticas de maneira presencial. “Ninguém tem resposta definitiva, mas estamos estudando novas metodologias para que o ensino seja mais interativo e não tenha necessidade de as pessoas estarem se deslocando”, argumenta Joel.

Ele ainda diz que o curso de Direito, por exemplo, não precisa mais ser presencial, visto que até as audiências judiciais são feitas remotamente.

“Não há lógica de trabalhar esse modelo e ter um aglomerado de pessoas na sala de aula, porque a vacinação não está demonstrando que é suficiente para inibir as pessoas que tenham covid. Então não queremos trazer para gente a responsabilidade de algum aluno ser contaminado e termos problema”, justifica.

Alunos prejudicados
Ao contrário do que diz o Semesb, os estudantes ouvidos pelo CORREIO querem retorno das aulas. Eles se sentem prejudicados pelos estudos remotos. Morador do Bairro da Paz, Alonso Andrade, 20, está no 1º semestre de enfermagem na Unime.

“Gostaria muito de ter o presencial, porque o ensino virtual é mais complicado, tem zoada em casa e a internet às vezes não pega bem”, relata.

O mesmo acontece com Marisa Moreno, 24. Ela acha que seu desenvolvimento nas aulas tem caído, com o formato on-line. “A interação com os colegas e meu desenvolvimento caíram mais em algumas áreas. Não conseguia focar muito, desenvolver os trabalhos como queria e tirar todas as dúvidas”, relata a estudante, que cursa arquitetura e urbanismo na Unime, em Lauro de Freitas, e mora em Camaçari, ambos na Região Metropolitana de Salvador. Em parte, o ensino remoto foi positivo para ela, pois evitou deslocamento entre cidades.

Primeira a retornar com aulas teóricas semipresenciais
Na Baiana de Direito, as aulas acontecem de forma escalonada e com 50% da turma. Uma primeira metade frequenta a faculdade às segundas, quartas e sextas e, na semana seguinte, às terças e quintas. Na outra semana, isso se inverte, como nos protocolos da rede municipal e estadual de ensino.

De acordo com diretora acadêmica da Baiana, Ana Carolina Mascarenhas, a faculdade elaborou um plano de ação com protocolos rígidos para a prevenção da covid-19. “O protocolo contém medidas de prevenção, controle e diminuição dos riscos de transmissão no âmbito coletivo e individual, como ações para identificação precoce e afastamento de pessoas com sinais e sintomas, além de estratégias de afastamento, identificação e orientação para pessoas pertencentes a grupos de risco”, enumera Ana Carolina.

A Baiana é a primeira faculdade de Salvador a retornar com as aulas teóricas no formato semipresencial. Assim como o Senai, ela não obriga os alunos a voltarem, se não se sentirem preparados. Metade deles quis retornar.

“Com o avanço da vacinação e os números da pandemia reduzindo, percebemos que era o momento de voltar, seguindo todos os protocolos. Acreditamos que estar em ambiente de sala de aula é importante para a formação do aluno e era um desejo da nossa comunidade voltar”, acrescenta a diretora.

Todos os funcionários e professores receberam a duas doses da vacina contra covid-19.

Maior aceitação
No Senai Cimatec, poucos alunos optaram pelo ensino híbrido no início do semestre. Porém, esse cenário mudou após o início do semestre. “A gente percebe um povoamento maior de pessoas, porque os alunos se sentem mais seguros, até pelo aumento da vacinação entre os jovens. Quem não se sentir confortável, pode continuar assistindo às aulas remotamente, não vamos obrigar ninguém a retornar”, explica o pró-reitor de graduação, Rafael Bezerra, sem precisar qual percentual de alunos teria retornado.

As matérias de menor carga horária e/ou teóricas são as que permanecem com aulas virtuais. De acordo com Bezerra, os investimentos para adaptar as salas ao modelo híbrido foi alto. Dentre os novos aparelhos, estão as mesas de som, microfones, projetores interativos, mesas digitalizadoras e câmeras 4k.

“Tivemos que readequar nossas infraestruturas para respeitar o distanciamento e agora temos dois níveis de tratamento no sistema de ar condicionado, com infravermelho, que extermina os vírus da covid-19, além da implantação de equipamentos para transmissão simultânea das aulas”, conta o pró-reitor.

Retorno indefinido ou só em 2022
A Universidade Católica de Salvador (Ucsal) e o Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge) preferem continuar no ensino remoto até o final do ano. Segundo a Ucsal, foi feita uma pesquisa com a comunidade acadêmica, no final de julho, sobre o retorno presencial neste semestre e 74% optaram por manter as aulas remotas. Alguns cursos, no entanto, estão com reposições de disciplinas presenciais desde o início de 2021, assim como na Unijorge.

“No momento, estão sendo realizadas de forma presencial somente as aulas práticas para os cursos de graduação presencial e semipresencial e os estágios supervisionados. Estamos acompanhando a evolução do cenário da pandemia e a definições do MEC e do poder público, para definirmos quando será feito o retorno das aulas presenciais”, esclarece a Unijorge, por meio de nota.

A Faculdade Bahiana de Medicina e Saúde Pública retornou com as aulas, mas pela modalidade remota há cerca de um mês e meio. Não há previsão para o semipresencial, exceto algumas disciplinas que adotam esse modelo para atividades práticas, como as de internato. A 2 de Julho informou que o mais provável é que as aulas in loco voltem somente em 2022.

Na Universidade Salvador (Unifacs) e a UniFTC, o retorno ocorre de forma gradual, prioritariamente, para as disciplinas práticas e de estágio, que já ocorreram presencialmente desde 2020. “Conforme o semestre avançar - e a partir do acompanhamento dos índices epidemiológicos da cidade -, há possibilidade de retorno faseado também de disciplinas teóricas, respeitando as métricas de isolamento social definidas pelos protocolos de segurança vigentes”, respondeu a Unifacs, por meio de nota. Os alunos que desejaram prosseguir com o ensino remoto estão autorizados, segundo a Unifacs.
Procuradas, a Unime, Unopar, Pitágoras, Faculdade Batista Brasileira (FBB), UniRuy e Área 1, que tiveram mais duas semanas para enviar resposta, não se pronunciaram até o fechamento da matéria.

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