Terça, 07 Maio 2024 | Login

Publicado na revista científica Plos One, um estudo realizado por pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e da Universidade da Califórnia San Diego mostrou que, entre 1990 e 2019, a mortalidade por câncer colorretal na América Latina cresceu 20,5%.

Na maioria dos países da região, incluindo o Brasil, a tendência é de aumento. Segundo a Fiocruz, o crescimento da mortalidade por câncer colorretal na América Latina vai no sentido oposto da tendência global, que tem sido de queda da taxa, resultado influenciado pelos países de alta renda.

Além de descrever tendências na mortalidade pela doença na América Latina, a pesquisa relacionou os dados ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos países. O aumento da mortalidade na região, a mais desigual do planeta, foi observado de forma heterogênea. A pesquisa confirmou que existe uma ligação entre as tendências de mortalidade por câncer colorretal e o desenvolvimento socioeconômico dos países latino-americanos. No entanto, essa relação não é linear.

Países com baixo IDH têm menor mortalidade por câncer colorretal. Os fatores que influenciam essa relação são, principalmente, o subdiagnóstico e o menor acesso a fatores de risco conhecidos, como o consumo de alimentos ultraprocessados e de carne vermelha.

“É interessante observar que a desigualdade entre os países é tão gritante, que, há alguns, como o Uruguai e a Argentina, caminhando para um declínio da mortalidade por câncer colorretal. Apesar do alto consumo de carne vermelha, eles conseguem diagnosticar e tratar num tempo oportuno, evitando mortes. Nos países da América Central, o cenário é diferente: a alimentação tem menos risco, mas há subdiagnóstico e pouco acesso a tratamento”, diz, em nota, um dos autores do estudo, Raphael Guimarães, do Departamento de Ciências Sociais da Ensp/Fiocruz.

Publicado em Saúde

O Brasil tem as mais altas taxas de depressão em toda a América Latina. Atualmente, é o país com o maior número de pessoas diagnosticadas com a doença na região, onde mais indivíduos receberam o diagnóstico no último ano e mais pessoas irão desenvolver ao longo de suas vidas. Esses dados são provenientes de uma revisão de estudos que mapeou a prevalência da doença no continente, conduzida por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Chile e publicada no The Lancet.

Em média, cerca de 12% das pessoas na América Latina apresentarão a doença ao longo da vida, enquanto no Brasil esse número chega a 17%. A taxa de diagnóstico nos últimos 30 dias é de 5,48% no Brasil e, no continente, de 3,12%. Nos últimos 12 meses, 8,11% dos brasileiros preencheram os critérios diagnósticos para a depressão, em comparação com 5,3% na América Latina. O número de brasileiros que atualmente sofrem com a doença está acima das estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que apontam para cerca de 5% dos adultos do mundo.

Segundo os autores, o cenário da depressão é bem conhecido em países desenvolvidos e de renda mais alta, mas faltam dados sobre a realidade dos países de renda média ou baixa. Para suprir essa lacuna, eles fizeram uma análise de todas as pesquisas realizadas no continente publicadas em diversas bases de dados nos últimos 30 anos.

Uma das explicações para a grande discrepância entre os países é a dificuldade de encontrar um padrão de qualidade e homogeneidade entre os estudos avaliados, pois nem todos seguem os mesmos requisitos para estabelecer o diagnóstico, nem a mesma metodologia. Tanto que os autores só conseguiram avaliar estudos de sete países, totalizando 40 pesquisas que englobam quase 80% da população da região.

“Embora tenhamos cuidado muito da metodologia, avaliando apenas estudos populacionais com mais de mil pacientes, baseados em diagnósticos clínicos de acordo com os sistemas de classificação e não em sintomas relatados, há muita diferença entre os estudos e entre os países”, ressalva Antonia Errázuriz, professora do departamento de Psiquiatria da Pontifícia Universidade Católica do Chile e uma das líderes do trabalho, em entrevista à Agência Einstein.

No Brasil, segundo ela, a enorme maioria das pesquisas analisadas foi feita em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, com uma população essencialmente urbana, onde a prevalência da doença é geralmente maior. Já na Guatemala, por exemplo, há menos estudos, mas englobando também populações rurais, onde a incidência é menor. Na Argentina, foi avaliado apenas um trabalho, que levou em conta pacientes da Grande Buenos Aires. “Apesar disso, observamos que, no Brasil, especialmente nos grandes centros, há uma taxa mais elevada da doença do que no resto do continente”, diz a autora.

“É interessante esse olhar mais regional, mas, por outro lado, vemos a carência de dados e de bons estudos na região”, diz o psiquiatra Elton Kanomata, do Hospital Israelita Albert Einstein. Isso ocorre por várias dificuldades, desde o acesso ao sistema de saúde pela população - o que impacta a coleta de dados - até o desenvolvimento das pesquisas. “Por isso, pode haver uma subnotificação muito grande”, avalia.

Além de estabelecer a prevalência na América Latina, os autores também correlacionaram o diagnóstico com fatores socioeconômicos como Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), desigualdade de renda e de gênero, além da taxa de criminalidade, mostrando uma associação entre esses indicadores e as taxas de depressão. “Esses fatores são estressores bem conhecidos associados às doenças mentais”, diz o psiquiatra do Einstein.

“Nosso achado sugere também que, na América Latina, melhorar o nível de desenvolvimento humano, reduzir as desigualdades, como de gênero e renda, e a violência são fatores que acompanham a redução da prevalência da depressão”, conclui Errázuriz.

Fique atento aos sintomas da depressão

Os especialistas explicam que depressão não é sinônimo de tristeza, nem das flutuações naturais de humor. Vale prestar atenção se os sintomas costumam durar a maior parte do dia, quase diariamente e por algumas semanas. A doença afeta todos os aspectos da vida e pode ser classificada como leve, moderada ou severa.

Confira alguns dos sintomas, segundo a OMS:
Sentimento de tristeza, irritabilidade, falta de prazer ou interesse nas atividades;
Falta de concentração;
Sentimento de culpa, falta de esperança no futuro;
Pensamentos sobre morte e suicídio;
Mudanças de peso e apetite;
Falta de energia e cansaço;
Prejuízos no sono.

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Sete entre as 10 melhores instituições de ensino de graduação e pós-graduação são brasileiras, segundo a revista britânica Times Higher Education (THE), que divulga notícias referentes à educação superior. O primeiro lugar ficou por conta da Pontifícia Universidade Católica do Chile, seguida da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com segundo e terceiro lugar, respectivamente.

A lista contempla ainda 17 universidades do Brasil entre as 30 primeiras colocadas. O levantamento desse ano inclui 197 instituições em 13 países da região da América Latina e Caribe. Na edição de 2021 foram listadas 177 instituições. Os países com as instituições mais bem classificadas são o Brasil, com 72 universidades, seguido pelo Chile (30), Colômbia (29), México (26), Equador (13) e Peru (10).

Para classificação das instituições foi levada em consideração a avaliação das seguintes áreas: citações (20%), receita da indústria (2,5%), impacto internacional (7,5%), pesquisa (34%) e ensino (36%). Com base na revista, as brasileiras são as faculdades com melhor desempenho na América Latina, principalmente considerando os fatores ensino e pesquisa.

Confira as 10 melhores instituições de ensino da América Latina

1º Pontifícia Universidade Católica do Chile | Chile

2º- Universidade de São Paulo (USP) | Brasil;

3º- Universidade de Campinas (Unicamp) | Brasil;

4º- Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) | Brasil;

5º- Instituto de Tecnologia de Monterrey | México;

6º- Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | Brasil;

7º- Universidade do Chile | Chile

8º- Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) | Brasil;

9º- Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) | Brasil;

10º- Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) | Brasil;

 

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

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O Ministério da Saúde da Argentina confirmou, nesta sexta-feira (27), o primeiro caso da varíola dos macacos no país. Esse também é o primeiro caso confirmado da América Latina. A informação é jornal argentino Clarín.

Está em análise um segundo caso suspeito no país, sem relação com esse primeiro. Seria um residente da Espanha que está de visita na província de Buenos Aires.

O paciente confirmado com a doença também veio do país espanhol. Ele voltou de uma viagem no último dia 16 de maio e procurou atendimento em um hospital de Buenos Aires no domingo (22), com lesões pelo corpo e febre.

Ambos estão em bom estado de saúde e em tratamento, segundo o jornal.

Nesta sexta, a chefe da Divisão Global de Preparação para Riscos Infecciosos da Organização Mundial da Saúde (OMS), Sylvie Briand, pediu que as autoridades internacionais reajam rapidamente para conter a propagação da varíola dos macacos.

Cerca de 22 países confirmaram 300 casos desde 7 de maio, quando o primeiro paciente foi diagnosticado com a doença no Reino Unido.

O governo argentino aguarda os resultados dos testes de sequenciamento do vírus para ter mais detalhes sobre o tipo de varíola dos macacos que causou a infecção.

“Estamos aguardando o sequenciamento para poder saber se é um tipo leve, como os que circulam na Europa ou se é mais grave”, disse uma fonte oficial ao jornal argentino.

Origem do vírus

O surto de varíola de macaco que se espalhou pelo mundo pode ter origem em duas festas na Europa, segundo um especialista da Organização Mundial da Saúde (OMS). David Heymann, que costumava chefiar o departamento de emergências do órgão, revelou que essa é a principal teoria até o momento.

“Sabemos que a varíola dos macacos pode se espalhar quando há contato próximo com as lesões de alguém que está infectado, e parece que o contato sexual agora amplificou essa transmissão. É muito possível que alguém tenha se infectado, desenvolvido lesões nos genitais, nas mãos ou em outro lugar, e depois tenha espalhado para outras pessoas quando houve contato sexual ou físico próximo", explicou.

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Nesta quarta-feira (28) comemora-se o Dia Mundial da Educação. Em um período de adaptações às ferramentas digitais e escancaramento das desigualdades sociais no acesso ao conhecimento, a América Latina retrocedeu, no mínimo, oito anos durante a pandemia do novo coronavírus, segundo estimativas da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI).

Em uma escala de consequências, a educação de jovens de baixa renda sofreu os maiores impactos da pandemia, uma vez que muitas famílias perderam sua principal fonte de renda em decorrência do aumento no número de desempregos.

Com isso, o secretário-geral da OEI para Educação, Ciência e Cultura, Mariano Jabonero, estima que cerca de 17 milhões de alunos dos últimos anos do ensino médio e dos primeiros anos da graduação terão dificuldades para continuar estudando, na maioria dos casos, por terem que abandonar os estudos para auxiliar na renda familiar trabalhando.

Para Jabonero, “a América Latina precisa de uma escola mais inclusiva, mais equitativa, com maior qualidade e para todos, e que todos tenham acesso à educação a distância e presencial, essencial para a maturidade educacional e a interação social".

Para debater tendências digitais, conectividade e acesso ao ensino de qualidade, um evento on-line será realizado hoje (28), às 16h, no canal do Youtube do Canal Futura. A transmissão contará com participação de Tessa Jolls, pioneira na educação midiática nos EUA.

Avaliação negativa na aprendizagem brasileira

Nesta semana, o governo de São Paulo divulgou que o desempenho em Matemática dos estudantes no 5º ano do Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio despencou com a pandemia.

Contudo, anterior à pandemia, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2019, avaliação mais recente sobre a aprendizagem na educação, já apontava déficits no ensino-aprendizagem da educação básica brasileira.

Rondônia e Roraima, por exemplo, apresentaram uma variação negativa na proficiência média do 5º e do 9º ano, entre 2017 e 2019. Segundo a pesquisa, o desempenho do Amazonas em Matemática registrou queda de 0,3 ponto.

De acordo com o Saeb, o déficit na educação foi presenciado em 16 estados, e apenas nove unidades da Federação conseguiram alcançar as médias do Brasil em todas as disciplinas e etapas de ensino. Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul se destacaram na pesquisa.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

Publicado em Mundo

Entre as 10 melhores universidades da América Latina, três são brasileiras. O dado é do grupo QS Quacquarelli Symonds e mostra o ranking com instituições de ensino superior que se destacam em diferentes critérios avaliativos. Dentre as brasileiras, as melhores são a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para elencar as melhores instituições, o QS avalia a partir de critérios como: impacto e produtividade da pesquisa, compromisso docente, empregabilidade, impacto online e internacionalização.

A partir disso, são avaliados a reputação acadêmica, reputação para o empregador, proporção de professores por alunos, quantos professores têm pós-doutorado, colaboração com pesquisas internacionais, citações em artigos científicos, média de artigos científicos publicados por professor e impacto na internet.

Ao todo, foram analisadas 410 universidades, sendo a maioria do Brasil. Em seguida vem o México, com 66 instituições, Argentina (42), Chile (40), e Peru (20). A Pontifícia Universidade Católica, do Chile, conquistou o primeiro lugar do ranking. Na primeira lista, a UFRJ não apareceu entre as 10 melhores da região. Confira abaixo as 10 melhores universidades da América Latina.

Pontifícia Universidade Católica do Chile
Universidade de São Paulo
Tecnológico de Monterrey (ITESM)
Universidade do Chile
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Universidade de Los Andes Colômbia
Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM)
Universidade de Buenos Aires
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Universidade Nacional da Colômbia
Fonte: Agência Educa Mais Brasil

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