Domingo, 05 Maio 2024 | Login

Dois anos depois das últimas eleições, os brasileiros têm mais um encontro marcado com as urnas eletrônicas no próximo domingo (2). Os 5 mil equipamentos que serão utilizados na capital baiana já estão lacrados e prontos para serem distribuídos nas seções eleitorais no sábado (1º). Nesta terça-feira (27), os últimos preparativos foram realizados em Salvador, e as 34 mil urnas que serão espalhadas pelo resto do estado devem ficar prontas até quinta-feira (29).

Mas, afinal, no que consiste a preparação das urnas eletrônicas? É neste momento da pré-votação que ocorre a inseminação de dados e a testagem. “Nós estamos na reta final. As urnas foram inseminadas com dados dos eleitores e candidatos e também foram lacradas com os lacres produzidos pela Casa da Moeda. A partir de agora, elas podem ser direcionadas aos locais de votação que também estão sendo preparados”, explica Jaime Barreiros, analista judiciário do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE).

Este procedimento acontece no Centro de Apoio Técnico do TRE-BA, em Salvador, e no interior é feito em cartórios eleitorais, polos de informática ou em outros locais, a depender da determinação dos juízes eleitorais. A preparação pode ser acompanhada por partidos, instituições e entidades fiscalizadoras.

Enquanto as urnas são distribuídas, alguns elementos de segurança protegem os equipamentos. Por exemplo, elas possuem um sistema que só permite que sejam utilizadas no momento programado para a votação. Além disso, em nenhum momento as urnas são conectadas a redes de comunicação externa, o que as protege de ataques hackers.

Uma novidade que será colocada em prática neste ano é a escolha de 33 urnas que passarão por uma auditoria no momento da eleição. Até 2020, apenas quatro urnas passavam por esse processo. Jaime Barreiros afirma que essa etapa é mais uma das que provam a confiabilidade do processo eleitoral brasileiro.

“No sábado, 33 urnas serão escolhidas no estado por associações que desejarem testar a confiabilidade, para passarem por uma auditoria. O processo é chamado de votação paralela, e as urnas serão trazidas para a sede do TRE em Salvador. No domingo, será feita uma votação simulada para ser demonstrado os procedimentos de votação e apuração”, explica o analista. Os equipamentos que forem retirados das suas seções eleitorais serão substituídos.

Diferentemente do que vem sendo propagado em redes sociais, as urnas eletrônicas são auditáveis e a auditoria pode ser feita em oito processos diferentes. Entre eles estão a reimpressão do boletim de urna e a verificação de assinatura digital, uma técnica criptográfica.

“As eleições são claras, auditáveis e seguras. São 26 anos de tradição e o processo é um exemplo para o mundo”, defende Jaime Barreiros.

Uso do celular
Desde as eleições de 2010, o uso de celulares dentro das cabines eleitorais é proibido. Mas neste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) regulamentou o uso do aparelho eletrônico e, se antes era possível deixá-lo no bolso no momento da votação, agora o eleitor deverá entregá-lo ao mesário.

Quem for votar, no entanto, pode ficar livre para usar o celular nos espaços da sua seção eleitoral e só no momento do voto será proibido de ficar com o aparelho. Até a finalização desta reportagem, o Tribunal Regional Eleitoral não havia determinado se vai existir um local específico para o celular ser colocado ou se será entregue aos mesários.

Entre a eleição de 2018 e a deste ano, houve um incremento de 7,5% de mesários na Bahia. No domingo, serão cerca de 136 mil pessoas trabalhando nos locais de votação espalhados pelo estado.

Segundo dados disponibilizados pelo TSE, 27% dos mesários são voluntários. O número é pequeno se comparado com o estado mais populoso do Brasil, São Paulo, onde 63% se voluntariaram. Na Bahia, 69% dos mesários são mulheres e a maior parte tem entre 35 e 49 anos.

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Esse ano, os cidadãos terão a oportunidade de escolher os seus representantes em quatro cargos públicos. Para você que é baiano e ainda não sabe em quem vai votar nas eleições 2022, ou até já sabe, mas não conhece os números de cada um deles, confira as funções e partidos dos candidatos disponíveis.

Na Bahia, seis senadores concorrem pela vaga, que tem a competência de fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo. O atual mandatário está disponível para reeleição, Otto Alencar (PSD), com o apoio do PT.

Segundo as pesquisas de intenção de voto, Cacá Leão (PP), filho do vice-governador do estado, e a médica Raíssa Soares (PL), são seus maiores concorrentes.

Cacá Leão (PP) - 111

O deputado federal e vice-líder do PP na Câmara é filho do vice-governador João Leão (PP). Ele foi indicado para ser candidato a senador pela Bahia (BA) nas eleições 2022 depois da desistência do pai.

Leão tem 42 anos e é formado em gestão pública. Em 2010, venceu a eleição para deputado estadual. No pleito seguinte, foi eleito deputado federal, e conseguiu a reeleição em 2018.

Otto Alencar (PSD) - 555

Natural de Ruy Barbosa, Otto Alencar é médico especializado em Saúde do Trabalho. Candidato à reeleição, foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 1986. Também foi vice-governador da Bahia em 2002.

Em 2014, Alencar se elegeu senador, quando integrou a CPI da Pandemia. Já passou pelo PTB, PL e PSD. Agora Otto Alencar é novamente candidato ao Senado pela Bahia (BA) nas eleições 2022.

Raíssa Soares (PL) - 222

A candidata pelo PL é médica intensivista e ficou conhecida durante a pandemia como doutora cloroquina, por defender a prescrição do medicamento comprovadamente ineficaz para tratar a covid-19. Em novembro do ano passado, deixou a pasta de Saúde de Porto Seguro para ingressar na política.

Tâmara Azevedo (Psol) - 500

Socióloga, especialista em políticas públicas e agente de turismo, Azevedo faz parte do Coletivo de Entidades Negras (CEN) e do Conselho Gestor da Salvaguarda da Capoeira na Bahia

É candidata a senadora em uma chapa coletiva que conta com os candidatos a ‘co-senador’ Professor Max (PSOL) e Zem Costa (PSOL).

Cícero Araújo (PCO) - 290

Também nascido em Rui Barbosa, o funcionário público aposentado concorreu pela primeira vez em 2010, quando foi suplente de senador pelo PSOL.

Marcelo Barreto (PMN) - 333

Marcelo Barreto mora em Porto Seguro e é presidente municipal do PMN. Começou sua militância política no movimento estudantil e sindical e atuou durante mais de 30 anos na área de serviço público com fornecimento de energia. Também foi membro do Comitê Gestor estadual do ‘Programa Luz Para Todos’, destinado a levar energia à zona rural baiana.

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Aos 100 anos, a aposentada Elza Maria dos Santos, promete: “enquanto eu estiver lúcida continuarei votando”. A origem dessa disposição? Está em 1932, quando ela tinha 10 anos e testemunhou a caminhada das mulheres aos locais de votação pela primeira vez na história do país. Agora, nove décadas depois que todos possuem os mesmos direitos eleitorais, ela não abre mão de exercê-los, mesmo não sendo mais obrigada.

O título eleitoral e o número dos candidatos separados com antecedência são provas disso. Os dois já estão guardados na bolsa que ela usará no dia 2 de outubro. A neta que a levará até o local de votação também já está avisada. "Eu já juntei tudo para não faltar nada no dia da eleição. Quando chegar a hora, já estarei pronta", afirma a eleitora centenária.

Sua dedicação ao momento do voto é uma atração à parte. Há duas eleições, Elza caminhou até a urna cantando o hino nacional. O orgulho do papel que exercia sem obrigatoriedade emocionou os mesários e eleitores que estavam lá, e todos a aplaudiram. “Todo mundo levantou para e bateu palmas quando eu cheguei na mesa de votação. Agora, eu vou de novo e com mais esperança de que tudo vai dar certo”, garante Elza.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na Bahia, além de Elza, há outros 1.043.182 eleitores aptos acima de 70 anos. A costureira Vandelice Caldas, de 98 anos, é uma delas. Ela votou pela primeira vez aos 18 anos, na esteira do início do voto feminino, e não parou mais. “Eu sempre gostei muito de votar. Naquela época foi bom, porque nós mulheres já estávamos preparadas para isso”, lembra ela.

Apesar de ter nascido em Itabuna, já vota em Salvador há meio século. Foi a vontade de dar uma educação melhor aos seis filhos que a trouxe para a capital. Agora, ela inspira toda a família a seguir os seus passos eleitorais. No ano passado, a tecnologia quase quebrou essa tradição, mas ela insistiu e o voto foi computado.

“A biometria não queria funcionar, porque a minha digital não é tão forte quanto antes, mas eu não saí de lá até conseguir. Esse ano, mais do que nunca eu quero estar na urna, porque gosto, para incentivar as pessoas e, principalmente, para melhor a cenário atual”, deseja Vandelice.

Maria da Glória Alves, de 86 anos, também integra a lista. E para garantir que a escolha do novo presidente da República, governador, deputado federal, estadual e senador - cargos elegíveis deste ano -, seja bem feita, ela analisa as propostas de cada um e acompanha diariamente os noticiários. “Essa é única maneira de sabermos quem vai tomar conta do nosso país e estado, por isso eu voto desde os 18 anos, e pretendo fazer até quando aguentar”, afirma a eleitora.

Para pessoas com idades acima de 70 anos, jovens de 16 e 17 anos e analfabetos, o voto é facultativo. Sendo assim, é comum que quem pode escolher se deseja ou não votar acabe optando por não participar das decisões políticas. Mas sabendo dessa realidade, Solange Maria de Oliveira, 85 anos, afirma querer estar na lista dos 11 milhões de baianos e baianas que comparecerão às urnas no dia 2 de outubro, conforme estimativa do TSE. “É uma obrigação de cidadã, mas para mim é mais do que isso. É a minha oportunidade de fazer algum bem para o país”, declara, orgulhosa.

Natural de Nazaré das Farinhas, município localizado no Recôncavo Baiano, o aposentado Antônio Moreira, 70, conta que sempre fez de tudo para votar. Ele lembra que nem mesmo a distância conseguiu impedir o exercício da sua cidadania. “Já votei muito em trânsito quando estava viajando. Quando me mudei para Salvador, eu saí daqui para votar em Nazaré. Só não votei quando não houve condições”.

Entre os motivos que fizeram com que decidisse participar das eleições de outubro, Antônio destaca a importância de encontrar políticos melhores para o Brasil. Esse desejo, contudo, não é só dele. Iraci Libório, 71, mesmo sendo chamada de teimosa por um de seus filhos, está determinada a votar em busca de novos representantes. “Eu desejo que as pessoas escolham um bom governador e um deputado consciente. Eu quero saber de segurança, educação, saúde e emprego”, diz Iraci.

Esperança
Para Marlene Brito, 70, o voto sempre representou esperança. Quando se mudou para Salvador no início da década de 70, ela deixou o município baiano de Castro Alves para trás com o objetivo de emitir uma carteira de identidade e seu título de eleitor. Esses documentos eram, para ela, o passaporte para uma vida próspera que desejou que fosse construída na capital através dos estudos. No entanto, a aposentada relata que, no lugar de um sonho, enfrentou um período sombrio.

“As condições na época eram bem precárias. Sofri muito com a ditadura militar. Eu me informava através do rádio e ficava muito apreensiva”, conta Marlene.

Durante o período em que vigorou, entre os anos de 1964 e 1985, o regime militar foi marcado pela perda de direitos civis em ampla escala, incluindo restrições ao voto direto. Em comparação a esse passado, Marlene reconhece que o Brasil já avançou muito. Ela ressalta os avanços na luta pelos direitos das mulheres e pelos direitos civis como motivação para outras mulheres acima dos 70 votarem, mas divide com a juventude a expectativa de garantir e promover novas mudanças.

“Os jovens precisam entrar na política e investir em pessoas para que a submissão feminina acabe. As pessoas precisam ter dignidade, esperança e um Brasil novo. Eu espero que os jovens de hoje tenham um futuro melhor, porque o Brasil tem tudo para ser maravilhoso”, diz Marlene.

Motivada, ela conta que seu engajamento político aos 70 inspirou seus filhos e incentiva outras pessoas acima dos 70 anos a votar “Votem para as coisas melhorarem. Às vezes não é mais pela gente, mas é pelos nossos filhos, pelos netos. Não importa se tem 70, 80 ou 90. Enquanto estivermos aqui, temos uma missão, que é garantir o melhor para o Brasil.”, enfatizou.

Voto facultativo pode decidir a eleição presidencial

De acordo com os dados do TSE, atualmente, cerca de 23 milhões de pessoas têm a opção de voto facultativo no Brasil. Para o cientista político, João Lucas Pires, “o potencial existente nesse grupo para decidir a eleição é imenso”. Ele lembra que, nas últimas eleições presidenciais, Bolsonaro venceu o candidato petista Fernando Haddad por 10 milhões de votos no pleito de 2018.

“No atual período eleitoral, artistas, influenciadores e o próprio TSE realizaram campanhas para que jovens de 16 a 18 anos tirassem o seu título eleitoral. Isso aumentou ainda mais o contingente de pessoas votantes. Nas eleições de 2018, segundo dados do TSE, eram 20 milhões de pessoas na casa do voto facultativo. O que observamos agora é a entrada de 3 milhões de pessoas nessa categoria. Para além dos que ultrapassaram 70 anos, foi observado um aumento de jovens emitindo títulos”, diz Pires.

O cientista político explica que, entre outros fatores, o clima de politização existente no país, a insatisfação das pessoas com a crescente pobreza e o decrescente acesso à educação superior podem ter levado os jovens a decidirem participar das eleições deste ano. “O desejo de mudança dessa faixa etária e a própria ‘ânsia’ que existe no jovem de mudar o mundo está relacionado com o aumento da emissão de títulos eleitorais, além das campanhas de artistas, influenciadores e do próprio TSE”, avalia.

Com maior participação de jovens entre 16 e 17 anos, além de idosos acima de 70 anos, Pires ressalta a importância de cada voto. “Com a atual legislação eleitoral, o sistema de coeficiente barrou quatro possíveis deputados federais do PSL, em São Paulo, em 2018, por não atingirem o mínimo do coeficiente”, relembra. “Então cada voto hoje conta e muito”, enfatiza.

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O candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT) garantiu que irá atuar para que a Bahia avance na Educação em parceria com a criação de empregos para os jovens, para que possam se desenvolver e garantir a inserção no mercado de trabalho. Nesta terça-feira (20), o petista ressaltou seus planos para a área: a universalização da oferta do ensino em tempo integral; oferta do ensino profissionalizante; e uma política de valorização dos professores.

"Eu acredito, como professor, que o avanço da Bahia e do Brasil está ligado a um avanço na Educação. Aqui na Bahia, nós iremos cercar o estudante de oportunidades e programas que facilitem o seu desenvolvimento. Nós daremos oportunidades com o ensino profissionalizante, vamos ampliar os programas Partiu Estágio e o Mais Futuro. Iremos associar o avanço na educação com a criação de oportunidades e empregos. Nossa política de assistência estudantil também será ampliada, com o bolsa-presença, sistema de monitoria e o programa de dignidade menstrual", afirmou Jerônimo.

O candidato do Time de Lula destacou que irá seguir com investimentos em infraestrutura para a educação baiana, com reforma e construção de novas escolas. O petista destacou ainda a necessidade de uma atuação coordenada e integrada para garantir o avanço da Educação na Bahia.

"Nós vamos atuar fortalecendo a Bahia. Trataremos questões de emprego, geração de renda, dinamização da economia em parceria com o nosso avanço na área social, com justiça e inclusão", declarou. "Aqui no Recôncavo nós temos a ponte Salvador-Itaparica, que nós vamos entregar, e irá gerar vários benefícios para a região: geração de 7 a 8 mil empregos diretos, benefícios para o turismo, transporte e para todos os municípios da região. As grandes obras de infraestrutura serão o primeiro pilar do nosso fortalecimento da economia. O segundo pilar é a parceria com o presidente Lula. A ponte Salvador-Itaparica, a retomada do Minha Casa, Minha Vida, da indústria naval, das ferrovias Oeste-Leste (FIOL) e Centro-Atlântica (FCA), além do Porto Sul. Por fim, vou lançar um plano de reindustrialização da Bahia para atrair novas indústrias a partir de bases tecnológicas e ambientais. Em diálogo permanente com os empresários, vamos estimular à construção civil, a economia criativa, economia verde, a energia eólica e solar, além do hidrogênio verde”, complementou o petista.

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Pesquisa do Instituto FSB para presidente da República encomendada pelo banco BTG Pactual, divulgada nesta segunda-feira, 5, aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança com 42% das intenções de voto, seguido pelo atual chefe do Executivo e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), com 34%.

Com relação à pesquisa anterior, de 29 de agosto, Lula recuou 1 ponto porcentual (pp) dos 43% e, no mesmo intervalo de uma semana, Bolsonaro caiu 2 pp, pois tinha 36%. Ciro Gomes foi a 8%, 1 pp a menos que os 9% da pesquisa da semana passada, e Simone Tebet (MDB) registrou 6%, 2 pp a mais do que os 4% na amostra anterior.

Soraya Thronicke (União Brasil) pontuou pela primeira vez, com 1%, mesmo porcentual de Vera Lúcia (PSTU) e Pablo Marçal (PROS), cuja candidatura foi retirada pelo seu partido. Os demais candidatos não pontuaram. Brancos e nulos somaram 1%, não sabem ou não responderam foram 3%.

O crescimento de Simone Tebet, que empata tecnicamente com Ciro Gomes no limite de margem de erro de 2 pp, e a pontuação de Soraya ocorrem na semana seguinte ao debate presidencial organizado pela Band, em que ambas se destacaram, e ao início da propaganda eleitoral gratuita.

Segundo turno
Na simulação de segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 53% a 40%, ante 52% a 39% na pesquisa de 29 de agosto. Lula venceria Ciro por 46% a 35% e Simone por 48% a 32%. Ciro bateria Bolsonaro por 49% a 39%. Em um eventual segundo turno entre Bolsonaro e Simone a senadora venceria por 46% a 40%.

Avaliação do governo

Na pesquisa, o governo Bolsonaro foi considerado ruim ou péssimo por 46% dos entrevistados, ante 45% na anterior, ótimo ou bom por 33% (34% na anterior) e regular por 19% (20% na pesquisa passada) A forma de governar de Bolsonaro é desaprovada por 57%, ante 55% na anterior, e aprovada por 38%, (40% na passada). A pesquisa foi feita entre sexta-feira, 2, e domingo, 4, com 2 mil eleitores, intervalo de confiança de 95%, margem de erro de 2 pp e está registrada no TSE sob o número BR-01786/2022.

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O candidato a governador ACM Neto (União Brasil) ultrapassou o número de 250 cidades percorridas na Bahia desde o início da sua pré-campanha. Ao lado dos candidatos a vice-governadora Ana Coelho (Republicanos) e a senador Cacá Leão (PP), ele participa de carreatas em oito municípios do Baixo Sul e do Médio Rio de Contas.

Neste domingo (28), as cinco primeiras cidades visitadas pela manhã e início da tarde foram Apuarema, Itamari, Nova Ibiá, Piraí do Norte e Presidente Tancredo Neves. Em todas, a comitiva da coligação Pra Mudar a Bahia foi recebida por lideranças locais e sentiu o carinho da população.

"Esse domingo é um dia muito especial para a nossa campanha, pois estamos visitando num só dia oito municípios. Sendo que, quando pisei os pés aqui em Presidente Tancredo Neves, completei a marca de 250 municípios percorridos pela Bahia", discursou na cidade do Baixo Sul.

ACM Neto lembrou que trata-se de um feito inédito na política baiana. "Nunca um candidato a governador do estado andou tanto pela Bahia como eu andei. Nunca um candidato teve um contato assim tão próximo com as pessoas como eu tive. Nunca um candidato teve o respeito de ouvir tantos baianos e ver de perto os problemas e, sobretudo, enxergar quais são os desejos e sonhos do nosso povo", completou.

Em Apuarema, a cidade parou para ver a comitiva passar em carro aberto. Em praticamente todas as casas, o povo saiu na calçada ou abriu as janelas para saudar Neto, Cacá e Ana ao som do jingle: "ACM agora é 44". Uma multidão a pé também seguiu o percurso de 2,5 km pelas ruas.

Em Itamari, nem os chuviscos atrapalharam a carreata. Bem na véspera do almoço, o povo deu um tempinho na cerveja para aparecer na frente das casas a fim de saudar a comitiva. O percurso de 2 km percorreu os bairros mais pobres e o centro da cidade.

Em Nova Ibiá, Piraí do Norte e Presidente Tancredo Neves não foi diferente. As pessoas reunidas em casa no domingo receberam as carreatas como um grande evento familiar. Foram para as calçadas em cheio, pedindo o adesivo do 44 e declarando seu voto nas eleições de outubro.

Ainda neste domingo, o candidato do União Brasil realiza carreatas em Teolândia, Wenceslau Guimarães e Gandu. Só na atual agenda pelo interior do estado, que começou na quarta-feira (24) foram 22 cidades visitadas em cinco dias.

Ainda como pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto chegou à convenção do União Brasil, no dia 5 de agosto, com quase 200 municípios diferentes visitados. Ele começou a percorrer o estado ainda em 2021, dialogando com lideranças de todas as regiões e ouvindo a população.

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Termina nesta quinta-feira (18) o prazo para os eleitores que não estiverem no seu domicílio eleitoral no dia da votação, no primeiro turno, em 2 de outubro; e, em caso de segundo turno, no dia 30 de outubro, solicitarem o voto em trânsito.

O requerimento para votar em trânsito precisa ser feito presencialmente, em qualquer cartório eleitoral, sem necessidade de agendamento. É possível solicitar o voto em trânsito para o primeiro, o segundo ou ambos os turnos.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o voto em trânsito vale apenas para o cargo de presidente da República, quando a eleitora ou eleitor indicar uma cidade localizada em outra unidade da Federação diferente da do município do seu domicílio eleitoral.

“Podem votar nos cargos de deputado federal, deputado estadual, senador, governador e presidente da República apenas eleitoras e eleitores que indicarem para o voto em trânsito um município que esteja localizado na mesma unidade da Federação do seu domicílio eleitoral”, diz ainda o TSE.

O pedido para votar em trânsito só pode ser feito para as capitais e cidades com eleitorado igual ou superior a 100 mil pessoas. É possível consultar os locais habilitados a receber o voto em trânsito no site do TSE. Não é possível indicar municípios em outros países para o voto em trânsito.

Eleitores, com o título de eleitor cadastrado no exterior, poderão votar em trânsito se estiverem em viagem ao Brasil. Para isso, devem indicar o município onde estarão no dia da votação. Nesses casos, só poderão votar exclusivamente em candidatas e candidatos a presidente da República.

“O voto em trânsito funciona como uma transferência temporária de domicílio eleitoral. A habilitação para votar em trânsito não transfere ou altera quaisquer dados da inscrição eleitoral. Após as eleições, a vinculação do eleitor com a seção de origem é restabelecida automaticamente”, informa o TSE.

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Entre os mais de 11 milhões de eleitores aptos para votarem nas eleições de novembro deste ano, a Bahia tem menos de um milhão destes com filiação partidária, de acordo com dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral. O estado conta com 966.736 pessoas que integram oficialmente partidos políticos nas eleições deste ano.

O número é maior do que os da eleição de 2018, quando o estado tinha 945.963 filiados, mas é menor do que em 2020, quando 990.003 pessoas estavam filiadas. Uma redução de 23.267.

Os partidos com mais filiados na Bahia, segundo o TSE, são União Brasil e PT. Criado em fevereiro deste ano após fusão dos partidos DEM e PSL, o União tem 86.676 filiados. Já o Partido dos Trabalhadores conta com 86.087 filiados no estado.

MDB com 78.376, PP com 72.597 e PSDB com 58.069 fecham o top cinco dos partidos com mais filiados na Bahia. O PL é o oitavo com 50.384 e o PDT é o nono com 46.156. PTB e Republicanos estão à frente em sexto e sétimo, respectivamente. O PCdoB é o 10º.Entre o grupo de filiados, os homens são maioria com 55% do grupo, contra 45% de mulheres. Eles são 528.798 e elas 437.832. Também são maioria o grupo de solteiros, com 49%. Os casados são 42%, enquanto 5% são divorciados e 4% viúvos.

Os dados do TSE também detalha o grau de instrução entre os filiados. A maior fatia é de pessoas com ensino médio completo. Eles representam 29,24% do grupo. Em seguida, com 21,13% estão as pessoas com ensino fundamental incompleto. Os filiados com nível superior representam 12,44% do grupo, enquanto 3,38% são de analfabetos.

Ainda entre os filiados, o grupo etário mais representado é o de pessoas entre 45 e 59 anos. Eles são mais de 155 mil entre mulheres e mais de 190 mil entre homens. O segundo maior grupo etário na Bahia é entre 35 e 44 anos, com mais de 91 mil mulheres e mais de 110 mil homens.

As estatísticas de filiação partidária na Bahia ainda apontam que dos mais de 900 mil filiados, 601.876 integram bases partidárias há mais de 10 anos. Enquanto 203.581 são filiados entre 5 e 10 nos, e 152.250 são filiados entre 1 e 5 anos. Por fim, 9.029 são filiados há menos de um ano.

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20% dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL) consideram votar em Lula (PT) como segunda opção, revelou a pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (26) pelo jornal Folha de S. Paulo. No caso dos petistas, 16% escolheriam Bolsonaro como segunda opção.

Os dados mostram que a convicção entre os dois eleitorados é mais ou menos a mesma. 78% dos que desejam votar em Lula não pensam em mudar de candidato até outubro. Entre os eleitores de Bolsonaro, o percentual é de 75%.

No caso dos eleitores de Lula, Bolsonaro não é o pré-candidato mais apontado como opção caso a pessoa não for votar no petista. Em primeiro aparece Ciro Gomes (PDT), com 31%. Em seguida vem Bolsonaro (16%) e Joao Doria, do PSDB, com 10%. Apesar de ser citado, Doria já desistiu da candidatura.

Entre os eleitores que declaram voto em Bolsonaro, a situação é parecida. Ciro Gomes aparece à frente como segunda opção, com 21%. Lula vem em seguida, com 20%, João Doria tem 12% e o General Santos Cruz (Podemos), surge com 7%.

O Datafolha ouviu 2.556 pessoas com 16 anos ou mais nos dias 25 e 26 de maio. As entrevistas foram feitas pessoalmente, em pontos de fluxo populacional de 181 cidades do país, nos 25 estados e no DF. A margem de erro é de até 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%.

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Quando as sedes do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) em todo o estado fecharam as portas e encerraram o expediente às 18h desta quarta-feira (4), fechou-se também a possibilidade dos baianos regularizarem o título de eleitor no prazo final de fechamento do cadastro. Quem perdeu o prazo, não tirou a 1ª via do título ou continuou com o documento cancelado, não poderá votar nas Eleições de 2022, marcadas para o dia 2 de outubro, como explica Vitor Mesquita, secretário de eleições do TRE-BA

"A primeira de todas consequências é não poder votar, é não poder expressar nas urnas a sua vontade quando chegar a hora. O que a gente faz aqui [viabilizando a regularização dos títulos] é uma defesa da cidadania e da democracia", afirma Vitor, destacando que não é mais possível que o cidadão tenha direito ao voto nas eleições deste ano com outro processo.

Além, é claro, de perder o direito de votar nos seus candidatos a deputado, senador, governador e presidente, o baiano com título não regularizado ganha dores de cabeças que poderiam ser evitadas. Isso porque processos simples se tornam inviáveis com desregularização.

"Existem também outras consequências civis. Dificuldades na inscrição em instituições de ensino, na obtenção de empréstimo em instituições públicas e inviabilidade na hora de tirar passaporte, por exemplo, são alguns dos problemas que podem ser enfrentados pelos baianos que perderam o prazo", cita Mesquita.

Segundo o TRE-BA, mais do que os problemas citados pelo secretário, os não regularizados não poderão obter carteira de identidade e receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal. Inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, e neles ser investido ou empossado também não é possível.

Outro problema é que quem perdeu o prazo também fica impossibilitado de participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos estados, dos territórios, do Distrito Federal, dos municípios ou das respectivas autarquias.

Para votar, não tem mais jeito. Porém, no caso de obter outros documentos, é possível tentar um outro processo. "Pode nos procurar ao longo do ano para conseguir uma certidão circunstanciada. É um documento que informa que o cadastro está fechado e não dá para mudar, mas comprova que o cidadão tentou regularizar. Em alguns casos, essa certidão é aceita, como geralmente acontece para tirar o passaporte", explica o secretário de eleições.

De última hora

Para evitar as limitações citadas, os soteropolitanos correram para o TRE-BA e até formaram uma grande fila no início da manhã. No entanto, a agonia durou pouco. Com toda a equipe do TRE-BA concentrada no atendimento presencial, a regularização foi ágil e já por volta das 9h o movimento estava tranquilo. Isso é o que conta a autônoma Roseane Lima, 28, que estava com o título cancelado e se assustou com a fila extensa no local, mas viu sua vez chegar rápido.

"Como não votei na última eleição, o título foi cancelado há dois anos e não tinha regularizado. Eu precisava ir presencialmente porque, nessa situação, só dá pra mudar lá. Cheguei lá, vi uma fila grande e até me preocupei, mas foi muito rápido. Cheguei às 9h e saí às 10h, tudo muito rápido", relata ela, que destaca também o bom atendimento dos servidores do TRE-BA.

Ao longo do dia, a espera pelo atendimento foi ficando mais curta. O estudante Victor Danilo Santos, 19, saiu da faculdade direto para o órgão e chegou por lá às 12h. Em 30 minutos, pôde ir embora. "Eu vim tirar meu título pela primeira vez. Estava há um mês tentando pelo site e não rolou. Hoje, achei que ia perder a tarde toda. Porém, não tem nem meia hora que cheguei aqui. A fila até estava grande, mas anda muito rápido", explica ele.

Nilton Santos, 61, que é autônomo, estava irregular por não ter cadastrado a biometria. Com o serviço de reconhecimento biométrico ainda suspenso, ele tirou a segunda via do título para votar. "Eu deixei de votar em 2018 justamente porque não fiz biometria. Tentei fazer nos últimos meses, mas ainda não voltaram. Tive que pegar esse documento que é a segunda via e me deixa votar. Agora, não demorou nem perto do que eu pensava. Fiquei aqui uns vinte minutos e estou indo embora", relata.

Motivação extra

Quem foi ao órgão mesmo com a previsão de ficar muito tempo na fila tinha motivos específicos para não perder o direito às urnas. Roseane Lima quis garantir que não deixaria de receber auxílio do Governo Federal. "Por conta do trabalho, deixei de ir logo. Toda vez que queria ir, apareciam coisas para resolver e não tinha condição de sair. No último dia, não tem jeito, deixei tudo para trás com o objetivo de resolver isso. Até porque acho que perderia direito ao Bolsa Família", conta.

Já a estudante Bianca Cardoso, 20, que tentou por um tempo pela internet e não teve sucesso na regularização, foi ao TRE–BA por não querer abrir mão do seu voto. "Precisei regularizar porque fiz em 2017 e acabei perdendo, precisava tirar um novo. Por conta de alguns compromissos, deixei para última hora. Mas não deixei de vir porque, nesse ano, não posso deixar de contribuir com meu voto", fala ela.

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