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Prefeitura volta a negociar compra da vacina diretamente com laboratórios

Prefeitura volta a negociar compra da vacina diretamente com laboratórios

A Prefeitura de Salvador retomou as negociações para comprar a vacina contra o novo coronavírus diretamente dos fabricantes. As conversas foram paralisadas no ano passado depois que o Ministério da Saúde tomou à frente dos debates, mas o Governo Federal voltou atrás e sancionou, nesta quarta-feira (10), o Projeto de Lei 534/2021 que autoriza estados e municípios a fazerem a negociação direta com os fornecedores.

Durante a inauguração de uma nova estrutura de saúde, nesta quinta-feira (11), o prefeito Bruno Reis, comentou a decisão. Ele afirmou que, logo após a União autorizar as negociações, entrou em contato com o representante de vendas da vacina de Oxford no Brasil para reafirmar o interesse de Salvador em adquirir as doses.

Existe também uma expectativa para que o consórcio formado por prefeitos de cidades baianas esteja apto para comprar as vacinas a partir do dia 22 de março, o que deve facilitar o processo de aquisição dos imunizantes. “Fizemos contato com o representante da vacina de Oxford/ AstraZenica e ele disse que vai verificar com a empresa e nos dará uma resposta. No caso da Moderna, por exemplo, eles tinham colocado como exigência vender 6 milhões de doses de uma vez. Salvador não tem condições de comprar sozinha as 6 milhões de dose, mas se outros prefeitos do consórcio puderem adquirir essa doses essa negociação pode ocorrer”, afirmou o prefeito.

Nesta quinta-feira, a cidade bateu um novo recorde, amanheceu com 129 pessoas aguardando nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) por uma transferência para leitos clínicos ou de UTI. A taxa de ocupação dessas acomodações está em 86% na capital. Em todo o estado 88% dos leitos de UTI já estão com pacientes.

Setor privado
O PL sancionado na quarta-feira permite também que o setor privado possa comprar as vacinas diretamente das farmacêuticas. A liberação vale apenas para os imunizantes com registro ou autorização temporária no Brasil.

O texto é de autoria do deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e determina que enquanto o processo de vacinação estiver em fase de grupos prioritários todos os imunizantes comprados pelo setor privado deverão ser doado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O Ministério da Saúde dividiu a população em quatro grandes grupos prioritários, e ainda está no primeiro dele, ou seja, imunizando pessoas que tem 75 anos ou mais. O segundo grupo será de cidadão com 60 anos ou mais. O terceiro será de pessoas com comorbidades, independentemente da idade. E o quarto, categorias específicas, como o pessoal da segurança (policiais militares e forças armadas), professores, trabalhadores do transporte público, e servidores do sistema penitenciário, entre outros.

Somente após a proteção desses grupos, o setor privado poderá usar as vacinas em outras pessoas, mesmo assim, 50% do que for comprado terá que ser doado ao SUS.

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